CAMINHO, "MERDADE" E DILMA

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 31-12-2014
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Uma perguntinha que Dilma Rousseff, o demissionário Guido Mantega, Maria das Graças Foster e seu poderoso diretor financeiro e de relações com o mercado, Almir Guilherme Barbassa, poderiam responder: Como foi a complicada negociação com credores, que poderiam exigir R$ 7 bilhões por atraso na divulgação do balanço auditado da Petrobras, agora previsto para acontecer apenas em janeiro, conforme a estatal de economia mista comunicou ontem à noite? A resposta detalhada, certamente, é impublicável.
A Petrobras demonstrou fragilidade ao anunciar a antecipação de recebíveis, a redução do ritmo dos investimentos em projetos, a revisão de estratégias de preços de produtos e a redução de custos operacionais para 2015. Enquanto promete implantar uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações, tomando por premissas taxa de câmbio do dólar em R$ 2,60 e preço médio do barril de petróleo brent em 2015 de US$ 70,00, a Petrobras volta a ser saco de pancada do jornal britânico Financial Times, controlado pelo grupo Pearson, em colisão direta com o governo brasileiro que prejudica seus lucrativos negócios na área de Educação.
O desespero da direção da Petrobras é gritante. Para evitar o vencimento antecipado de dívida por seus credores, a Petrobras foi forçada a fazer tal manobra de comunicação ao mercado. Novamente, a empresa não especifica uma data para divulgar as tão esperadas demonstrações contábeis referentes ao terceiro trimestre de 2014. O pior é que os números certamente não virão com o aguardado relatório de revisão da auditoria externa, a PricewaterhouseCoopers - que fica mal na fita por não ter "percebido" os efeitos criminosos do Petrolão sobre as finanças da companhia.
O jornal porta-voz dos investidores britânicos, estrategicamente de olho na chance concreta que têm de tomar o controle da Petrobras quando ela estiver na bacia das almas, pegou pesado contra a empresa: "A Petrobras, que em 2007 era o orgulho do Brasil após anunciar as maiores descobertas de petróleo offshore do mundo em décadas, hoje corre o risco de se tornar um pária entre os investidores e uma vergonha nacional para os brasileiros".
O FT calculadamente chamou a atenção para o grande risco previsto para 2015: "Se a Petrobras não for capaz de divulgar os resultados financeiros auditados até 30 de abril, a empresa, que é uma dos maiores tomadores de empréstimos corporativos do Brasil com dívida estimada pela agência Moody's em US$ 170 bilhões, poderia desencadear um default técnico".
A previsão sombria não deve se concretizar. O malabarismo contábil, no final das contas, sempre prevalece. O que ficou mais concreto que o cimento superfaturado pelo cartel de empreiteiras é a destruição da imagem da empresa. A proeza deve ser debitada na conta de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua sucessora Dilma Rousseff, junto com toda a diretoria executiva e conselheiros da Petrobras. Com as ações judiciais movidas nos Estados Unidos, daqui a alguns anos, todos terão de pagar pelo mal que fizeram à empresa e ao Brasil.
Quem não acertar antes o balanço com o juízo final, certamente acabará acertando com a justiça dos homens do Tio Sam. O caminho é sem volta. A merda já está feita. Pior para Dilma. A Presidenta finge que começa, no ano novo, seu mandato com prazo de validade vencido. Dilma já era, sem nunca ter sido. Igualzinha à Viúva Porcina da peça do imortal Dias Gomes que virou novela (Roque Santeiro). 
Sinhozinho Malta que se cuide... Logo o buraco infernal do Petrolão já chega aí em cima, na zona do triplex...
Cara da Moto
O Globo lembrou ontem que o futuro ministro da Previdência, Carlos Gabas, tornou-se conhecido em Brasília justamente pela proximidade com a presidente desde o início do primeiro mandato, em 2011.
O maior símbolo da intimidade dos dois veio à tona no ano passado, quando foi revelado que Dilma passeou pela capital federal, num domingo, na carona de uma Harley-Davidson pilotada pelo auxiliar.
O próprio ministro da Previdência, Garibaldi Alves, brincava com o fato de seu secretário-executivo ser muitas vezes chamado diretamente por Dilma para tratar dos temas de sua área.
Pode piorar...
Calma, que 2014 já está acabando... E a esperança é que 2015 comece a acabar, definitivamente, com o governo do crime organizado no Brasil...

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