DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 03-11-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Tesoureiro do PT no escândalo do Petrolão do governo Dilma, assim como Delúbio Soares desempenhou o mesmo papel no Mensalão do governo Lula, João Vaccari Neto conhece profundamente a extensão de mais esse escândalo de corrupção na era petista. Talvez isso explique sua iniciativa de prevenir a família e amigos mais chegados que terá a mesma sorte de Delúbio: ele acha que acabará na prisão.
Segundo denúncias na Operação Lava Jato, Vaccari seria o principal interlocutor do PT e dos governos Dilma e Lula no esquema corrupto.
Vaccari é acusado de criar empresa-fantasma para ocultar operações que lhe renderam grandes quantias, por meio de negócios simulados.
A Polícia Federal estima que o esquema envolvendo o doleiro Alberto Youssef, parceiro de Vaccari, “lavou” R$ 10 bilhões surrupiados.
João Vaccari é velho conhecido do Ministério Público, que o acusa de maracutaias na Bancoop, cooperativa de bancários de São Paulo.
O banco Itaú é o banco privado que mais movimentou verbas do governo federal em 2014: mais de R$ 964 milhões, segundo dados do Portal Transparência, da Controladoria-Geral da União. O banco da ‘marineira’ Neca Setúbal também recebe verbas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira para conceder empréstimos: R$ 218,1 milhões. Apenas um desses contratos transferiu ao Itaú mais de R$ 80 milhões.
Os contratos para financiar auxílio-alimentação de diversos ministérios e agências reguladoras transferiu ao Itaú R$ 96 milhões em 2014.
Na pindaíba, o Exército disfarça a bitributação do registro de caçadores esportivos: em vez de R$ 20 por ano, agora é só por alguns dias.
Apeado do governo pelos gaúchos, Tarso Genro (PT) merece virar ministro da Aviação de Dilma: ele é um “expert” em deportar cubanos.
Parte do PT insiste na criação de um “jornal de massas”. O petista Henrique Pizzolato, corrupto transitado em julgado, poderia ser correspondente na Itália, revelando a arte de uma bela pizza.
O governo Dilma teme efeito-cascata na delação de executivos conectados à Petrobras e ao doleiro Alberto Youssef, paralisando obras importantes, fechando subcontratadas e demitindo em massa.
Depois de recordes negativos em 2014, Arno Augustin (Tesouro) disse que a meta de superávit muda até o dia 22 e pôs a culpa na “opção” do governo pelo crescimento. Só esqueceu que o PIBinho encolheu.
Uma carta registrada custa R$ 4, mas os Correios cobram três vezes mais (R$ 12) por um pedacinho de papel avisando ao cliente otário sobre a chegada de encomenda a ser retirada de suas agências.
Governador eleito do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB) já tem pulga para a orelha em janeiro: o recente contrato de R$ 3,4 milhões da Secretaria de Turismo com empresa de xerox. Na esquina, 1 cópia custa R$ 0,90.
Saia justíssima para Dilma: se colocar banqueiro na Fazenda, será “massacrada” pelos petistas. Se não, será massacrada pela economia.

NO BLOG DO CORONEL
PETROBRAS VIROU ANTRO DE CRIMINOSOS Presidente da República não demite. Presidente do Conselho não demite. Presidente da empresa não demite. Quem demite é a multinacional de auditoria.










Sérgio Machado, presidente da Transpetro, está sendo demitido pela empresa de auditoria, que se recusa a avaliar o balanço da estatal se mais este "migucho" da Dilma na Petrobras continuar no cargo. Como todo mundo tem o rabo preso na roubalheira, ninguém demite ninguém com medo das delações premiadas.
A saída imediata de Sérgio Machado da presidência da Transpetro foi uma das condições impostas pela PriceWaterhouseCoopers para auditar o balanço da Petrobras. O assunto foi discutido em uma turbulenta reunião do conselho de administração da companhia, que ocorreu na última sexta-feira (31). Conforme apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os dez conselheiros ficaram divididos sobre a decisão, que terá de ser costurada nesta segunda-feira, (3), para que o martelo seja batido na reunião extraordinária marcada para terça-feira, (4).
A Price é a auditora independente que avaliza os balanços operacionais e financeiros da Petrobras. O envolvimento da petroleira em denúncias de corrupção e as revelações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa no processo de delação premiada da Operação Lava Jato levaram a Price a impor algumas exigência para referendar o balanço. Entre elas, a contratação de duas empresas independentes para atuar na investigação interna das denúncias - o que já foi providenciado pela Petrobras - e o afastamento do presidente da Transpetro.
Sérgio Machado, ex-deputado e ex-senador, é aliado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e desde o início do governo Lula, em 2003, preside a Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras. Teve seu nome citado por Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal. Costa afirmou que recebeu R$ 500 mil em dinheiro das mãos de Machado dentro do esquema de pagamento de propina que, segundo denunciou, alimentou movimentações políticas com recursos vindo de empresas contratadas pela Petrobras. Costa disse que recebeu o dinheiro no apartamento de Machado, mas não se recordava da data exata, situando em 2009 ou 2010.
Procurada, a Price não se manifestou sobre o assunto até o fechamento desta edição. Na sexta-feira, a empresa já havia informado que não comenta situação de clientes, ao ser procurada pelo Estado para falar sobre o ultimato feito à Petrobras para apuração das denúncias de corrupção. As exigências feita pela auditora internacional estão atrasando a divulgação do balanço da Petrobras, que tem até dia 14 de novembro para formalizar suas contas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Executivos da Price teriam lembrado, além da acusação de Paulo Roberto Costa, o requerimento do Ministério Público Federal à Justiça para o imediato afastamento de Sérgio Machado e bloqueio de seus bens. Em ação de improbidade administrativa, o MPF acusa Machado de participar de um suposto esquema para fraudar o processo de licitação para compra de 80 barcaças e 20 empurradores pelo Estaleiro Rio Tietê. 
O contrato, no valor de US$ 239,16 milhões, previa que as embarcações seriam entregues a partir de 2012. A frota entraria em operação em 2013, com operação plena em 2015 transportando etanol pela hidrovia Tietê/Paraná, no interior de São Paulo. 
Após a reunião do conselho, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, teria chamado Sérgio Machado para tentar um acordo, mas a situação continuou indefinida. A Petrobras não comentou o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa, Machado disse não ter nenhuma informação sobre a reunião do conselho. "O presidente não foi informado a respeito de eventual questionamento da Price relacionado com a denúncia do ex-diretor Paulo Roberto Costa, cujo teor não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos competentes. Sergio Machado reitera o que já afirmou: nega com veemência as acusações, que são levianas e absurdas", informou a Transpetro, em nota. (Estadão)

Um dos nomes que o governo deseja no TCU, para engavetar Pasadena, é o da ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti. Senado deve reagir para preservar sua independência.

O Palácio do Planalto trabalha para emplacar um aliado na vaga do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge, que se aposenta no próximo dia 18, ao completar 70 anos. A indicação de um substituto de perfil amigável é considerada estratégica pelo governo, pois o novo ocupante da cadeira herdará a relatoria dos processos de investigação da Petrobrás, entre eles o que avalia prejuízos na compra da refinaria de Pasadena (EUA). 
A apuração sobre Pasadena tem potencial para causar mais danos políticos à presidente Dilma Rousseff - que presidia o Conselho de Administração da Petrobrás na época da aquisição, iniciada em 2006.
Egresso da oposição no Senado, José Jorge tomou posse no TCU em 2009 e é considerado pelos aliados de Dilma um ministro rigoroso ao julgar casos delicados para o governo. Como relator, foi dele o voto - seguido pela maioria do plenário - pelo bloqueio dos bens de 11 executivos da Petrobrás por dano ao erário de US$ 792 milhões na compra de Pasadena. A tomada de contas especial sobre o caso, ainda em curso, poderá implicar no futuro conselheiros de administração da estatal que deram aval ao negócio, entre eles a presidente. Inicialmente, a corte os excluiu da lista de responsáveis.
O TCU é composto por nove ministros: 3 indicados pela Câmara, 3 pelo Senado e 3 pelo presidente da República. O substituto de José Jorge tem de ser indicado pelo Senado, pelo critério constitucional. Não há exigência de que o aprovado seja político, mas, tradicionalmente, os escolhidos são senadores, ex-senadores ou servidores apadrinhados pelas maiores bancadas da Casa. Os partidos aliados ainda não discutiram a questão oficialmente, mas já lançam alguns nomes nos bastidores.
Ministras 
Segundo fontes do governo, o Planalto é simpático à indicação da ex-senadora e atual ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti (PT-SC). Ela já era cotada para ocupar a vaga de Valmir Campelo, que deixou a corte em abril, mas o escolhido foi o ex-consultor legislativo do Senado e ex-integrante do Conselho Nacional de Justiça Bruno Dantas, que teve aval do PMDB. Ideli enfrenta resistência nas principais legendas, principalmente por causa do desgaste no papel de negociadora do governo quando ministra das Relações Institucionais.
Outra opção é a senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR), que perdeu a eleição para o governo do Paraná e voltou ao Congresso. Na Casa Civil ela tratou de alguns dos principais interesses do governo no TCU, como a aprovação de concessões. Gleisi, porém, foi vinculada recentemente ao escândalo na Petrobrás, o que dificulta sua indicação.
Como revelou o Estado, em depoimento ao Ministério Público Federal, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa afirmou que o esquema de corrupção na companhia repassou R$ 1 milhão para a campanha da petista ao Senado, em 2010. Ela nega participação nas irregularidades e diz que a acusação é mentirosa. 
Maior aliado do PT, o PMDB diz que só discutirá o assunto após a aposentadoria de José Jorge. Líderes do partido prometem não ceder facilmente ao PT e cogitam negociar a vaga de forma casada, com a cadeira a ser ocupada no Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Um dos nomes sugeridos para o TCU é o do senador Vital do Rêgo (PB), que preside as duas CPIs da Petrobrás e é um dos peemedebistas mais alinhados com o Planalto no Congresso. Ele é cotado ainda para ser o próximo líder do governo. 
Os três cotados, procurados pelo Estado, disseram não ter discutido o assunto com governo e partidos. Na base do governo, também é citado, embora com menos chances, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE). 
Azarões 
Como a votação é secreta, há a possibilidade de vitória de azarões, apadrinhados pela minoria. Foi o caso do próprio José Jorge em 2009, que conseguiu aprovação sendo um dos mais ativos opositores do governo Lula. No PSDB, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, é citado para concorrer a uma vaga no TCU.
Fora Pasadena, o gabinete de José Jorge concentra auditorias das maiores obras da Petrobrás, como a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O substituto de Jorge relatará os casos que já estão curso. A partir de 2015, novos processos sobre a Petrobrás serão conduzidos por José Múcio, ex-ministro de Lula.(Estadão)

O artigo abaixo, de Luiz Felipe Pondé, intitulado "Diálogo ou secessão" , foi publicado na Folha de São Paulo de hoje (03).
"A presidente bolivariana reeleita abriu seu novo reinado falando em diálogo. Gato escaldado tem medo de água fria: seria este o mesmo tipo de diálogo oferecido à "Veja"? Ou às depredações que a militância petista fez à Editora Abril? Ou às mentiras usadas contra Marina Silva e Aécio Neves durante a propaganda política? Ou às perseguições escondidas a profissionais de diversas áreas que recusam aceitar a cartilha petista, fazendo com que eles percam o emprego ou fiquem alijados de concursos e editais? 
Sei, muitos ainda negam a ideia de que exista um processo de destruição da liberdade de pensamento no Brasil. Mas, uma das razões que fazem este processo ser invisível é porque a maior parte dos intelectuais, professores, jornalistas, artistas e agentes culturais diversos concorda com a destruição da liberdade de pensamento no Brasil, uma vez que são membros da mesma seita bolivariana. O "marco regulatório da mídia", item do quarto mandato bolivariano, é justamente o nome fantasia para a destruição da liberdade de imprensa no país. 
Diálogo? Sim, contanto que se aceite a truculência petista e seus abusos de poder. Deve-se responder a este diálogo com uma política de secessão. Não institucional (como nos EUA no século 19 entre o norte e o sul), não se trata de uma chamada à guerra, mas sim uma chamada à continuidade da polarização política.
A presidente ganhou a eleição dentro das regras e, portanto, deve ser reconduzida a presidência com soberania plena. Mas nem por isso ela deve se iludir e pensar que representa o Brasil como um todo: não, ela representa apenas metade do Brasil. A outra foi obrigada a aceitá-la. Precisamos de uma militância de secessão: que os bolivarianos durmam inseguros com o dia seguinte, porque metade do país já sabe que eles não são de confiança. Que fique claro que a batalha foi ganha pelos bolivarianos, mas, a guerra acabou de começar, e começou bem. 
O Brasil está dividido. Esta frase pode ter vários sentidos. O partido bolivariano venceu de novo, completando em 2018 16 anos no poder -- o que já dá medo a qualquer pessoa minimamente inteligente ou sem má-fé política. A divisão do Brasil hoje é fruto inclusive da própria militância bolivariana que insiste em falar em "nós e eles". 
O fato da eleição para presidente ter sido decidida por alguns poucos votos a favor dos bolivarianos não implica que o lado derrotado veja a vencedora como sua representante legítima, ainda que legal. O PT ensinou bem ao Brasil o que significa ódio político e agora corre o risco de provar do próprio veneno. Falo de uma secessão simbólica, e que, creio, deve ser levada mais a sério pela intelligentsia (normalmente a favor do projeto bolivariano, mesmo que, às vezes, com sotaque e afetação francesa ou alemã). 
Os intelectuais não estão nem aí p'ra corrupção. Seu novo slogan é "rouba, mas faz o social". Não, não estou dizendo que aqueles que votaram contra o projeto bolivariano de domínio totalitário do país devam recusar institucionalmente o resultado das eleições. Estou dizendo que devem levar a fundo uma política de recusa sistemática da lógica de dominação petista. 
Os bolivarianos virão com sua "democratização das mídias", outro nome fantasia pra destruir a autonomia institucional, demitir gente "inadequada", tornar a mídia confiável aos projetos do "povo deles" -- o único que aceitam. Na verdade, fazer da mídia refém do movimento MTSM (os "trabalhadores sem mídia"). Esta recusa deve ser levada a cabo nas salas de aula das escolas de ensino médio (onde professores descaradamente pregavam voto na candidata petista), nas universidades, nos bares, nos empregos, nas redes sociais. 
Dito de outra forma: a polarização do debate deve continuar, e se aprofundar. Sem trégua. Do contrário, o PT ficará no poder mil anos. Pacto institucional, governabilidade, vida normal dentro das instituições democráticas, sim. Mas secessão política cotidiana em todo lugar onde algum bolivariano quiser acuar quem recusar a cartilha totalitária petista".

Gilmar Mendes alerta: STF pode se tornar uma corte bolivariana.











O STF (Supremo Tribunal Federal) corre o risco de tornar-se uma "corte bolivariana" com a possibilidade de governos do PT terem nomeado 10 de seus 11 membros a partir de 2016. A afirmação é do único personagem dessa conta hipotética a não ter sido indicado pelos presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff: o ministro Gilmar Mendes, 58. 
Indicado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2002, ele teme que, a exemplo do que ocorre na Venezuela, o STF perca o papel de contrapeso institucional e passe a "cumprir e chancelar" vontades do Executivo. 
A expressão bolivarianismo serve para designar as políticas intervencionistas em todas as esferas públicas preconizadas por Hugo Chávez (1954-2013) na Venezuela e por aliados seus, como Cristina Kirchner, na Argentina. "Não tenho bola de cristal, é importante que [o STF] não se converta numa corte bolivariana", disse. "Isto tem de ser avisado e denunciado." 
Sobre a eleição, Mendes fez críticas a Lula ao comentar representação do PSDB contra o uso, na propaganda do PT, de um discurso do petista em Belo Horizonte com ataques ao tucano Aécio Neves. Lula questionou o que o Aécio fazia quando Dilma lutava pela democracia e o associou ao consumo de álcool. Ao lembrar do caso, Mendes disse: "Diante de tal absurdo, será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro? Porque nós sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio", afirmou.
Folha -- Durante a campanha, o PT acusou o senhor de ser muito partidário.
Gilmar Mendes -- Não, de jeito nenhum. Eu chamei atenção do tribunal para abusos que estavam sendo cometidos de maneira sistemática e que era necessário o tribunal balizar. Caso, por exemplo, do discurso da presidente no Dia do Trabalho e propagandas de estatais com mensagem eleitoral. O resto, como sabem, sou bastante assertivo, às vezes até contundente, mas é minha forma de atuar. Acredito que animei um pouco as sessões. 
Animou como?
Chamei atenção para que a gente não tivesse ali uma paz de cemitério.
O que quer dizer com isso?
Saí do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2006. Não tenho tempo de acompanhar, mas achei uma composição muito diferente daquilo com que estava acostumado. Um ambiente de certa acomodação. Talvez um conformismo. Está tudo já determinado, devemos fazer isso mesmo que o establishment quer. 
Diria que o TSE estava tendendo a apoiar coisas do governo?
Fundamentalmente chegava a isso. Cheguei a apontar problemas nesse sentido.
O PT criticou sua decisão de suspender direito de resposta contra a revista "Veja".
A jurisprudência era não dar direito de resposta, especialmente contra a imprensa escrita. Quando nos assustamos, isso já estava se tornando quase normal. Uma coisa é televisão e rádio, concessões. Outra coisa é jornal ou revista. O TSE acabou ultrapassando essa jurisprudência e banalizou. 
Quando diz que banalizou a interferência na imprensa, acredita que avançou sobre a liberdade de expressão?
Quanto ao direito de resposta em relação a órgãos da imprensa escrita, certamente. Mas temos de compreender o fato de se ter que decidir num ambiente de certa pressa. E todo esse jogo de pressão. A campanha se tornou muito tensa. Talvez devamos pensar numa estrutura de Justiça Eleitoral mais forte, uma composição menos juvenil. 
Qual sua avaliação da eleição?
Tenho a impressão que se traça um projeto de campanha. Se alguns protagonistas não atuarem, inclusive como poder moderador, o projeto se completa. Eu estava na presidência do tribunal quando da campanha da presidente Dilma [de 2010]. O que ocorreu? Havia necessidade de torná-la conhecida. O presidente Lula, então, inaugurava tudo. Até buracos. Quando a Justiça começou a aplicar multas, ele até fez uma brincadeira: "Quem vai pagar minhas multas?" O crime compensava. Foi sendo feita propaganda antecipada, violando sistematicamente as regras. Agora havia também um projeto. Chamar redes para pronunciamentos oficiais, nos quais vamos fazer propaganda eleitoral. A mensagem do Dia do Trabalho tem na verdade uma menção ao 1º de maio. O resto é propaganda de geladeira, de projetos do governo. 
O sr. não exagerou nas críticas ao ex-presidente Lula no julgamento de uma representação do PSDB, quando chegou a perguntar se ele teria feito o teste do bafômetro?
O presidente Lula, no episódio de Belo Horizonte, faz uma série de considerações. Houve uma representação [do PSDB]. Ele chegou a perguntar onde estava o Aécio enquanto a presidente Dilma estava lutando pela democracia nos movimentos da luta armada. A representação lembrava que Aécio tinha 8 ou 10 anos. Ela trouxe elementos adicionais da matéria, de que teve um texto de uma psicóloga que dizia que ele [Aécio] usava drogas, que era megalomaníaco. E Lula falou também do teste do bafômetro. Diante de tal absurdo, [eu disse] "será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro?" Porque sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio. 
O PT criticou muito suas falas sobre o ex-presidente.
Estávamos analisando só o caso. Em que ele reclamou de alguém que saiu do jardim de infância não ter atuado na defesa da presidente Dilma. Quem faz este tipo de pergunta ou quer causar um impacto enorme e contrafactual ou está com algum problema nas faculdades mentais.
Em dois anos o sr. será o único ministro do STF não indicado por um presidente petista. Muda alguma coisa na corte?
Não tenho bola de cristal, é importante que não se converta numa corte bolivariana. 
Como assim?
Que perca o papel contramajoritário, que venha para cumprir e chancelar o que o governo quer. 
Há mesmo este risco?
Estou dizendo que isto tem de ser avisado e denunciado. 
Há algum sinal disso?
Já tivemos situações constrangedoras. Acabamos de vivenciar esta realidade triste deste caso do [Henrique] Pizzolato [a Justiça italiana negou sua extradição para cumprir pena no Brasil pela condenação no mensalão]. Muito provavelmente tem a ver com aquele outro caso vexaminoso que decidimos aqui, do [Cesare] Battisti [que o Brasil negou extraditar para Itália], em que houve clara interferência do governo. 
No mensalão, um tribunal formado em sua maioria por indicados por petistas condenou a antiga cúpula do PT.
Sim, mas depois tivemos uma mudança de julgamento, com aqueles embargos, e com a adaptação, aquele caso em que você diz que há uma organização criminosa que não pode ser chamada de quadrilha.
Ao falar de risco bolivariano, não teme ser acusado de adotar posições a favor do PSDB?
Não, não tenho nem vinculação partidária. A mim me preocupa a instituição, não estou preocupado com a opinião que este ou aquele partido tenha sobre mim. 
A aprovação da proposta que passa a aposentadoria compulsória de ministros do STF de 70 para 75 anos não reduz esse risco, já que menos ministros se aposentariam logo?
Não tenho segurança sobre isto, é uma questão afeita ao Congresso. O importante é que haja critérios orientados por princípios republicanos. 
O STF deve analisar outro caso de corrupção, na Petrobras. Como avalia essa questão?
A única coisa que me preocupa, se de fato os elementos que estão aí são consistentes, é que enquanto estávamos julgando o mensalão já estava em pleno desenvolvimento algo semelhante, talvez até mais intenso e denso, isso que vocês estão chamando de Petrolão. É interessante, se de fato isso ocorreu, o tamanho da coragem, da ousadia. (Entrevista concedida a Folha de São Paulo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Eu continuo muito incomodado com a manifestação extemporânea de João Otávio de Noronha, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu desqualificar o pedido encaminhado pelo PSDB para que haja uma auditoria nas eleições de 2014. Como vocês sabem, nunca desconfiei das urnas eletrônicas, e sempre me pareceu um avanço tê-las. Ocorre que as denúncias se multiplicaram. Há, nos milhares de protestos nas redes sociais, um tanto de insatisfação com a reeleição de Dilma Rousseff? Há, sim. Mas não é só isso. Antes que os políticos se incomodassem com a caixa-preta das urnas eletrônicas, o povo já havia se incomodado.
Doutor Noronha está bravo? Sugiro que ele pergunte a seus empregados se eles confiam no sistema. A resposta certamente será “não”. E aí me cumpre lembrar ao doutor que esse sistema existe não para o conforto dos burocratas, mas para a satisfação dos eleitores. Parte da enorme abstenção certamente se deve à desconfiança. As pessoas estão dando a cara a tapa em vídeos; fazem denúncias com CPF, nome completo e RG. Alguma resposta tem de ser dada, e é claro que não pode ser apenas um faniquito do corregedor.
Ora, o modelo é assim tão seguro? Então vejam este vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=QFgFtbbnqko
O jornal “Diário de Goiás” publicou uma reportagem a respeito do caso no dia 12 de outubro. Robson Ronne Brandão Rezende, que mora no conjunto Cidade Vera Cruz II, em Aparecida de Goiânia, em Goiás, encontrou num lixo uma sacola plástica com os seguintes documentos referentes à disputa eleitoral no primeiro turno:
- 2 cadernos identificados como “Manual do Mesário com Biometria 2014”;
- 2 cadernos identificados como “Folhas de Votação – Eleições Gerais 2014 – Justiça Eleitoral, Zona 0136. Local 1511 – Seção 0468;
- Lista dos partidos políticos;
- pen drive da urna;
- o extrato que deveria ser enviado ao TRE;
- justificativas de ausência.
Por sugestão do advogado Ubaldo Barbosa, o material foi enviado à Polícia Federal — abaixo, vocês veem o “Auto de Apreensão”.
Segundo o TRE, o malote da Seção 0468 se perdeu, provavelmente, quando o material foi descarregado no Sesc Faiçalville, onde ocorria a apuração da Zona 136. Ele deve ter caído no chão, e alguém o colocou numa sacola e jogou no lixo. Ah, bom! O tribunal informa que isso não atrapalhou a apuração porque, quando se deu pela falta do malote, um novo pen drive foi rodado com os votos. O resultado da urna está no site do Diário de Goiás. 
Vamos ver
O episódio, por si, prova que há fraude? Não! Mas não venha o doutor Noronha afirmar que aí está a evidência de que o sistema é seguro. Como se vê, não é. O pen drive de uma urna pode ir parar no lixo. Pergunto: existe algum registro da Justiça Eleitoral em Goiás sobre o sumiço do material? Não fosse o “Auto de Apreensão” da Polícia Federal e a denúncia feita, teríamos como saber do ocorrido? E que se note, hein: a afirmação é que se rodou um novo pen drive e se registraram os votos que estavam nas urnas. Os que justificaram votos, no entanto, seriam prejudicados. Pergunto de novo: existe o documento, na Justiça Eleitoral, acusando o sumiço do malote?
É esse “modelo” que Noronha não admite que seja nem mesmo questionado? Ora, doutor! Assim não dá!
Os casos que estão aparecendo às pencas requerem uma resposta, sim. E lembro mais uma vez ao doutor: apresentar petições ao poder público é uma garantia básica das democracias. E, ao servidor, cabe não julgar essa petição fora de sua instância adequada. A imprensa, por exemplo, não deve servir de tribunal a um juiz, não é mesmo?
Auditoria já!

Pouca gente se lembra, mas Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, transformado pelo PT no belzebu do Brasil, já foi um queridinho do partido. Lula se orgulhava de ter nomeado “o primeiro negro para a corte suprema do país”, o que, além de falso, era um tanto malandro. Antes de Barbosa, dois negros já haviam chegado à corte: Pedro Lessa, entre 1907 e 1921, e Hermenegildo de Barros, entre 1917 e 1931. Lula, como sempre, inaugurava o já inaugurado. O PT insistia na cor da pele de Barbosa porque esperava contar com um ministro grato que lhe fizesse todas as vontades. Quebrou a cara, e o herói de antes virou um desafeto.
Na edição desta semana, leiam, VEJA traz uma reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin demonstrando que o alvo da vez do partido é o juiz Sérgio Moro, que cuida do caso do petrolão, seguramente mais grave do que o mensalão, de quem já tomou o lugar de maior escândalo da história republicana. A artilharia contra Moro já está preparada.
À VEJA, disse um dos advogados dos acusados: “Já foram reunidas provas irrefutáveis de corrupção, e não temos mais como discutir o mérito. Nossa estratégia agora é encontrar falhas graves na condução do processo e tentar desqualificar o juiz”.
Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, notório advogado de mensaleiros e agora de acusados de participar da corrupção na Petrobras, disse que Moro tinha virado “o grande eleitor da sucessão de 2014″. Os defensores dos corruptos pretendem denunciar o juiz ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável por analisar a conduta de magistrados. “Vão alegar, informa VEJA, que ele promoveu um vazamento seletivo de um processo em curso na Justiça Federal e esperam contar com a simpatia pela causa da corregedora do CNJ, a ministra Nancy Andrighi. A ideia é conseguir o afastamento de Moro das ações relacionadas ao caso”. Vale lembrar: Dilma Rousseff, candidata à reeleição e agora reeleita, fez a mesma acusação.
A tropa de advogados pretende ainda buscar a anulação das delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, ainda a ser homologada, alegando que eles foram coagidos por Moro, que teria ameaçado prender familiares de ambos.
Informa ainda a revista: “Em outra frente, os advogados estudam a possibilidade de pedir a transferência das investigações para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da Petrobras, o foco dos maiores desvios em apuração. Com a mudança de foro, aumentariam suas chances de neutralizar os delegados da Polícia Federal e os procuradores que fazem as investigações. “Sem o trabalho deles, esse processo dificilmente chegará ao fim a contento”, diz uma das autoridades que trabalham no caso.
Vão parar por aí? Não! Um dos advogados afirma: “Também vamos levantar coisas da vida pessoal do juiz”. Informa VEJA: “A orientação é para verificar a evolução patrimonial dele e de seus familiares, além das relações políticas que eventualmente tenham”.
Os companheiros, em suma, vão recorrer ao método de sempre: pôr para funcionar a sua máquina de enlamear reputações e contar com a rede suja na Internet e na subimprensa, financiada por estatais, para tentar desmoralizar o juiz e melar a investigação.
Leiam a reportagem da VEJA que está nas bancas. O inimigo nº 1 do PT no momento chama-se Sérgio Moro, um juiz que tem o defeito, até onde todo mundo sabe, de ser incorruptível. Não serve para os “companheiros”.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
ELEIÇÕES 2014: FRAUDE, DECEPÇÃO, TRAIÇÃO CONDUZEM O BRASIL PARA O ABISMO COMUNISTA. POR QUE AÉCIO NEVES SILENCIA SOBRE O FORO DE SÃO PAULO?
No ato de posse de Toffoli como Ministro do STF, seu irmão beijou Lula.

De todas as análises que li sobre o segundo turno da eleição presidencial brasileira sem dúvida o artigo da jornalista Graça Salgueiro, do site Mídia Sem Máscara tem de ser destacado. Como também acompanho a política latino-americana, embora não tendo a pretensão de atingir o nível da excelente Graça Salgueiro, que é especialista no assunto, creio que reuno as condições suficientes em nível de percepção do assunto para assinar embaixo o escrito de Salgueiro e recomendá-lo.
Quando se concluía a apuração e já era dada como vitoriosa a "presidenta" de Lula e seus sequazes, imediatamente postei no Twitter que tudo se assemelhava ao que havia ocorrido na eleição presidencial venezuelana que o chavismo venceu por uma migalha de votos sem que a população tivesse a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento da apuração. Lá como cá, tudo ocorreu a portas fechadas e cercado de mistério. 
Por isso me expressei imediatamente pelo Twitter quando se anunciava a derrota de Aécio, seguido de um turbilhão de retuítes, conforme pode se verificar neste facsímile ou em @BlogdoAmorim, o endereço da minha conta no migroblog:
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada

O artigo de Graça Salgueiro vai diretamente ao ponto ao trazer para o debate o que tem sido descurado de forma intrigante pela oposição e mesmo pelo senador Aécio Neves. Refiro-me ao Foro de São Paulo, que é a organização fundada por Lula e Fidel Castro e sacramentada durante um evento na capital paulista em 1990. 
Impossível não trazer ao debate esta questão que Salgueiro faz com mestria enquanto, como os leitores mais atilados têm notado, é um assunto que foi transformado em tabu pela grande imprensa nacional toda ela controlada pelos esbirros do movimento comunista latino-americano dirigido pelo Foro de São Paulo. 
Todavia, insisto. Esta é a questão fundamental. ELA É QUE É A RESPONSÁVEL PELA DERROTA DE AÉCIO NEVES! O PSDB tem o dever imperioso e inadiável de posicionar-se sobre o Foro de São Paulo. Tem de admitir que o Brasil, e vamos ser claros, já está vivendo uma ditadura comunista bolivariana e falta pouco para os comunistas do PT/FORO DE SÃO PAULO cravarem o punhal vermelho no coração do Brasil, matando a democracia e a liberdade e iniciando a perseguição dos dissidentes e impondo a escassez de alimentos como já ocorre na Venezuela.
Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Geraldo Alckmin e demais lideranças do PSDB serão responsabilizadas pela história pela sua vergonhosa omissão. Eles têm o dever inarredável de lutar ao lado do povo contra esse monstrengo chamado Foro de São Paulo, do qual o PT é o principal dirigente e Lula o operador do esquema junto com os irmãos Fidel e Raúl Castro.
Torna-se grotesco para quem conhece a atuação do Foro de São Paulo, quando se ouve certos discursos de Aécio Neves, Fernando Henrique e outros líderes tucanos. Não adianta nenhum esforço e organização partidária, nenhuma providência terá qualquer resultado positivo para a oposição em futuras eleições se o Foro de São Paulo e o PT não forem banidos da vida política brasileira. Se não for feito o confronto a esse ataque comunista banindo o PT da vida política brasileira nenhum partido, por mais organizado e forte que seja, vencerá eleição presidencial no Brasil. Esta é a questão definitiva. Estamos numa encruzilhada: a democracia, a liberdade e a paz ou o inferno comunista bolivariano.
Portanto, recomendo não só aos honrados leitores como também às principais lideranças do PSDB, a começar por Aécio Neves, que leiam com atenção este artigo de Graca Salgueiro. O título original é: Eleições 2014: fraude, decepção, traição. Leiam e compartilhem pelas redes sociais:
Lula presidiu a reunião do Foro de São Paulo no ano passado na capital paulista, mas os jornalões, como sempre, minimizaram o evento além de escamotearem os objetivos desse encontro comunista.

Quando o então candidato Aécio Neves conseguiu votos para chegar ao segundo turno, comentei no meu programa Observatório Latino na Rádio Vox, que essa havia sido a praxis do Foro de São Paulo em toda a América Latina para enganar os eleitores, fazendo-os crer com isso que respeitavam o “jogo democrático”. “Permitindo” que um candidato opositor fosse disputar o cargo à Presidência, o processo seguiria mostrando o opositor à frente nas pesquisas eleitorais para em seguida dar empate técnico e, finalmente, mostrar seu candidato superando o opositor com alguns pontos de vantagem. Dessa forma, dava-se passagem para a fraude que seria cometida no dia do pleito. E assim foi. Rigorosamente igual.
Esse processo fraudulento ocorreu sempre na Venezuela, nas disputas entre Hugo Chávez e Henrique Capriles e depois, deste com o usurpador Nicolás Maduro. De igual modo ocorreu na Colômbia, na disputa entre Juan Manuel Santos e Oscar Iván Zuluaga, e em El Salvador, onde o candidato do Foro de São Paulo, Salvador Sánchez Cerén elegeu-se. 
Durante todo o dia 26 de outubro e seguintes, as denúncias de fraude nas urnas de votação e seções eleitorais abundaram pelas redes sociais. Através de fotos e vídeos, as pessoas lesadas referiam desde duplicidade de título de eleitor e de digitais, a atas e fitas de mesas de votação encontrados em lixeira, além de urnas que votaram sozinhas ou que na ata chamada zerésima (que é a primeira, provando que nem um único voto foi ainda depositado), a lista já trazia 400 votos impressos para a candidata governista.
Entretanto, a fraude mais descarada dessas eleições foi cometida pelo próprio STE que cercou a apuração de um hermetismo inadmissível, nunca visto em nenhum país democrático, nem mesmo aqui no Brasil em eleições anteriores. O presidente do STE, Antonio Dias Toffoli, outrora advogado do PT e posto no cargo estrategicamente pela presidente, declarou que o resultado só seria anunciado às 20h, alegando a diferença de horários entre as regiões Norte e Nordeste com o restante do Brasil que adotou o horário de verão.
Nunca viu-se em lugar algum, exceto na Venezuela, apurações de votos em sala fechada com apenas 23 eleitos, sem que os eleitores tivessem conhecimento dos números parciais do escrutínio. Ninguém, exceto esses escolhidos, conheceu o que de fato se passou naquela apuração. Algumas perguntas se impõem: quem eram essas pessoas, únicas a ter acesso à apuração, e quem as escolheu? Por que foi proibido divulgar os resultados parciais e o que se temia previamente? Por que escolher 23 funcionários do STE para participar do escrutínio e não outras pessoas? Delegados de partidos sempre tiveram o direito garantido por lei de acompanhar a apuração mas, desta vez, sob o comando do petista Dias Toffoli não foi permitido.
Em vídeo publicado pelo G1, o repórter informa que às 17h15m, quando começou a apuração, Aécio Neves aparecia com 62,71% dos votos contra 37,29% de Dilma. A vantagem se mantinha até às 19h32m, onde Aécio Neves aparecia com 50,05% e Dilma com 49,95%. Meia hora mais tarde é oficialmente anunciado que dona Dilma venceu as eleições com quase 52% dos votos válidos. Milagre como esse só se viu na Venezuela, de Chávez e Maduro, com a diferença de que lá a oposição pôde pedir uma auditoria nos resultados - embora tenha sido aceita pelo usurpador Maduro e depois negada -, uma vez que, além do voto eletrônico há o registro em papel, o que não ocorre aqui, cujas urnas são inauditáveis e as atas destruídas após o anúncio do resultado. E tudo isto nos dá SIM o direito de duvidar da lisura e transparência das apurações.
Para completar o que previ antes das eleições, tal como ocorreu com Capriles na Venezuela, Aécio aceitou de imediato a “derrota” sem questionar nem pedir auditoria, apesar de o PSDB ter recebido denúncias de fraude durante todo o dia. E para culminar a traição, ainda disse que isso fazia parte do “jogo democrático”, telefonou para a presidente felicitando-a pela “vitória” e em vez de se colocar como opositor, que foi o que levou mais de 50 milhões de brasileiros a crer na “mudança” proposta em sua campanha, chamou a presidente a uma “união de esforços” e em seguida partiu para o exterior de férias.
O PT deu dois golpes de uma só vez: não se satisfez apenas em fraudar as eleições mas jogou a maior parte nas regiões Norte-Nordeste, causando ira em alguns eleitores do Sul-Sudeste que agora advogam pelo separatismo dessas regiões, não percebendo que era exatamente isso que o governo desejava: criar a xenofobia interna e o ódio entre irmãos. Também como forma de humilhar Aécio Neves e jogar seus eleitores contra os mineiros, a candidata governista teve uma expressiva “vitória” naquele estado.
Para quem assistiu o crescimento de uma oposição que já julgávamos morta e sepultada, onde de norte a sul do país por onde a presidente passava levava vaias monumentais e xingamentos com palavras de baixo calão dirigidas a ela, seu mentor Lula e o PT, essa “vitória” é um cálice amargo de tragar porque não convence ninguém e eles SABEM que não foi limpa nem legítima. 
O jornal oficial da ditadura cubana, o Granma, publicava no dia seguinte que a “Reeleição de Rousseff avaliza a sucessão de mudanças no Brasil”, para a qual os Castros contribuíram enormemente com seus mais de 13 mil espiões disfarçados de médicos e temiam perder o maná que jorra do BNDES às custas do nossodinheiro e trabalho. E o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, diz em seu enfadonho pronunciamento oficial repleto de autoridades, militares da Guarda Presidencial em formação e adidos militares de vários países, que “a vitória do Brasil reforçou nossas forças revolucionárias na América Latina”, como pode-se ver ao final deste artigo.
Muitos brasileiros que apostaram e acreditaram na possibilidade de tirar o PT do poder se decepcionaram com os resultados porque não conhecem a história desse partido que veio para ficar, e passaram a se agredir buscando entre nós um (ou os) culpados. Entretanto, o que é preciso ficar claro é que o nosso grande inimigo é, e sempre foi, o Foro de São Paulo e os ditadores Castro que já mandam no Brasil. Por isso o PT não podia perder as eleições, porque ele é o coração do Foro de São Paulo. Se perdesse, seria o começo do fim desta organização criminosa e para evitar isso, eles usam a “combinação de todas as formas de luta”. Sobretudo as mais execráveis. Do site Mídia Sem Máscara

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