DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-7-2014
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
REYNALDO ROCHA
Não é a dureza da pena que incentiva o criminoso. É a certeza da impunidade. Este segundo mensalão é a prova disso. Tem a mesma raiz do outro: um projeto de poder ancorado na corrupção desenfreada.
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Documentos apreendidos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, aos quais esta coluna teve acesso, revelam grande interesse de uma empresa investigada, Piroquímica, no sal químico sibutramina, inibidor de apetite. O mega-doleiro Alberto Youssef fazia lobby para reverter a proibição desse comércio bilionário. Investigadores suspeitam que ele está por trás da liberação de inibidores, definida pelo Senado no dia 2.
Por oferecerem riscos à saúde, os inibidores tiveram a comercialização proibida em 2011, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A empresa Labogen é uma das principais investigadas na Operação Lava Jato, envolvendo inclusive o deputado André Vargas (ex-PT-PR).
Chegam a ser engraçados os codinomes utilizados pelos envolvidos no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato. Há emissários batizados de “Grandão” e “Careca”, que faziam o transporte do dinheiro sujo, em jatos, para o exterior e de lá para o Brasil.
A Operação Lava Jato leva pânico a vários figurões do Paraná que aparecem em escutas, ora em conversas indecorosas com o mega-doleiro Alberto Youssef, ora com o deputado André Vargas (ex-PT).
Os aliados do governo no Nordeste, inclusive petistas, estão se lixando para a candidatura de Dilma à reeleição. Nem usam sua imagem, nem pedem votos para ela. Só querem saber de Lula.
O Itaú anunciou redução para 0,99% ao mês os juros do financiamento de veículos, até o dia 10. No rodapé do anúncio, em letras miúdas, a real: a taxa soma 12,55% ao ano, mas, somadas tarifas e otras cositas, vai a 27,66%, mais que o dobro. E 27,66% ao ano são 2,06% ao mês.
Ao atacar Marina Silva (PSB), apostando na sua “derrubada”, caso eleita, o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros) prestava vassalagem à presidenta Dilma. Na visita a Fortaleza, ela desabafou que não se sentia bem atacando Marina. Ele se prontificou a fazer o serviço.
Os ataques do ex-ministro Ciro Gomes a Marina fazem parte do “pacote” oferecido à presidenta Dilma pelo irmão governador. Até se dispôs a percorrer o País tentando “desconstruir” a candidata do PSB.
Se Lula demitiu Cristovam Buarque da Educação por telefone e Dilma demitiu Guido Mantega pela imprensa, os ministros devem ficar ligados para não serem demitidos por sinais de fumaça.
NO BLOG DO CORONEL
Com a denúncia de que Eduardo Campos (PSB) fazia parte do esquema de propinas pagas por fornecedores da Petrobras para superfaturar obras e com a confirmação de que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, era o elo entre as empreiteiras, a Petrobras e os políticos da base do governo petista, nem Dilma, nem Marina, se eleitas, vão querer investigar a roubalheira instalada na estatal. As horas e horas de denúncias gravadas, filmadas e criptografadas, as pilhas e pilhas de provas, tudo isso será jogado num canto. O STF, onde o relator é o ministro Teori Zavatski, indicado por Dilma e que já mostrou a sua utilidade no processo do Mensalão 1, certamente arranjará algum motivo para anular as investigações e abafar o Mensalão 2. Pois não foi ele que mesmo com todos os crimes cometidos já deu liberdade para Paulo Roberto Costa, escandalizando o país, só mudando a sua decisão por pressão da opinião pública? Como disse Joaquim Barbosa, nós ainda não havíamos visto nada. Neste contexto de total aparelhamento do estado brasileiro, somente a eleição de Aécio Neves poderá garantir que o Brasil aproveitará a oportunidade de ouro que uma faxina na Petrobras pode representar, para varrer do mapa político do país a corrupção da esquerda representada pelo PT e PSB e o fisiologismo que é a marca do PMDB. Como disse Aécio Neves, no último programa eleitoral, o Brasil só tem uma via para mudar o que aí está: o voto.
NO BLOG DO JOSIAS
NO BLOG DO JOSIAS
Segundo a mistificação petista, Dilma Rousseff é uma executiva de mostruário. Mas no que se refere à roubalheira na Petrobras a presidenta ainda não encontrou uma solução. Em verdade, a despeito da delação do ex-diretor preso Paulo Roberto Costa, ela ainda não viu nem o problema.
“Gostaria de saber direito quais são as informações prestadas nessas condições. E asseguro que tomarei todas as providências cabíveis”, disse Dilma. “Não com base em especulações. Acho que as informações são essenciais e são devidas ao governo. Caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas.”
O Planalto de fachada progressista resultou em lucrativos negócios para as más companhias da presidente. A exemplo do que sucedera sob Lula, a convivência com Dilma propiciou a coronéis partidários um extraordinário merchandising. Algo que lhes permitiu fazer o pior o melhor possível.
O que falta a Dilma não é talento gerencial, mas uns bons conselhos de mãe. Imagine-se como seria diferente o destino da República se a presidente ouvisse mais a sua mãe. Um chefe de governo pode conviver com meia dúzia de Renans por obrigação protocolar, até por uma visão distorcida do que seria a governabilidade. Qualquer mãe entenderia isso.
Mas ir atrás dos Renans, cortejar os Renans, confiar a viabilidade de um governo e os negócios de suas estatais aos Renans… Já que o Lula falhou, alguém precisa assumir o papel de mãe da presidenta. Só para ligar de vez em quando. E dizer: “Afaste-se dos Renans, minha filha. É para o seu próprio bem. Afaste-se!”
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