OPERAÇÃO LAVA JATO - PF DESENCADEIA 6ª FASE

PF faz buscas em empresas ligadas a ex-diretor da Petrobras
Algumas só recebiam pagamentos de fornecedores da Petrobras, o que levou MP a desconfiar que fossem canais por meio dos quais Costa recebia propina
Veja on line - Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto CostaO ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/VEJA)
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 6ª fase da Operação Lava Jato - desta vez, os alvos são empresas vinculadas ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e a seus familiares. Foram expedidos onze mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva. O mandado de condução é para Marcelo Barbosa Daniel, sócio do genro de Paulo Roberto em uma consultoria. 
Todos os mandados estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro. As medidas foram requeridas ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) pelos integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal, em trabalho conjunto com a Polícia Federal. A operação Lava Jato foi desencadeada em março s para desmontar sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de 10 bilhões de reais. A investigação mostra as digitais do doleiro Alberto Youssef em negócios sob suspeita do Ministério da Saúde e da Petrobras. Entre os clientes de Youssef estão as maiores empreiteiras do país, parlamentares notórios e três dos principais partidos do país – PT, PMDB e PP.
Para garantirem contratos na Petrobras, as empresas contribuíam para o caixa eleitoral de partidos ou pagavam propina diretamente a políticos. Indicado pelo PP à diretoria de Abastecimento da Petrobras, Costa tinha o poder de decidir quando, como e de quem comprar suprimentos, máquinas e serviços. Youssef, por sua vez, decidia quem poderia vender. Para isso, as empresas candidatas precisavam pagar um pedágio. 
Os mandados que estão sendo cumpridos hoje são para apurar suspeitas de envolvimento do grupo criminoso com contratos da Petrobras. A PF constatou que várias das empresas investigadas ficavam no mesmo lugar, e algumas só recebiam pagamentos de fornecedores da Petrobras, o que levou o Ministério Público a desconfiar que fossem apenas canais por meio dos quais Costa recebia diheiro de propina.

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