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SELEÇÃO E GOVERNO: UM É A CARA DO OUTRO

SELEÇÃO PADRÃO DILMA, GOVERNO PADRÃO SCOLARI.
Ilustração do excelente desenhista, ilustrador e cartunista Spacca, publicado no site Mídia Sem Máscara que resume bem a tal "pátria em chuteiras".
Por Nilson Borges Filho (*)
Acredito que os especialistas estão cobertos de razão : álcool não faz bem para os miolos. O presidente no paralelo Luiz Inácio da Silva depois de duas inteligentíssimas opiniões, a primeira sobre a excelência da grama dos estádios que estaria prejudicando os jogadores estrangeiros e a segunda de que seria uma copa para argentino nenhum colocar defeito, recolheu-se à sua cobertura em São Bernardo do Campo e fechou a matraca. Não se sabe se por muito tempo, infelizmente.
Metido a entender de tudo, de unha encravada a futebol, de macroeconomia a enriquecimento de urânio, de aquecimento global à política monetária, Lula bem que poderia silenciar até o final da copa. Depois, sim, que percorra o país contando as bravatas de sempre a troco de votos dos brasileiros que passaram os anos dos governos petistas sendo submetidos à lavagem cerebral e aos trocados do bolsa-família.
E vai ter que se esforçar muito, pois sua candidata está descendo ladeira abaixo nas pesquisas. Sem carisma e não dizendo coisa com coisa, a presidente Dilma Rousseff chegou a um nível de rejeição que – dizem os analistas de pesquisas – será de difícil recuperação. A entrevista concedida por Dilma à jornalista Renata Lo Prete do canal Globo News deveria ser acompanhada por um tradutor, pois o idioma utilizado pela presidente não tinha qualquer semelhança com a língua que se fala no Brasil.
A rigor, as respostas de Dilma não tinham qualquer sentido. A falta de nexo do falatório da presidente dava a impressão de que a entrevista se realizava em outro planeta. Lamentavelmente, Dilma é incapaz de construir uma frase com sujeito, predicado e objeto que tenha algum nexo. A falta de conexão entre os dois neurônios presidenciais desestimula o interesse de uma criança pelos estudos.
O Brasil está pelas tabelas: o setor produtivo está perdendo a capacidade de se reinventar face a uma carga tributária obscena; o capital financeiro vive às turras com uma política monetária que não se sustenta por si só; o mercado está naquele dilema; se ficar o bicho come, se correr o bicho pega; a inflação assombra; o consumo derrapa com o aumento dos preços nas gôndolas dos supermercados e os juros alcançam patamares irreconciliáveis com o poder de compra dos brasileiros. Enfim, estamos na beira do precipício.
Para piorar a situação, o homem do povo está com a autoestima lá em baixo com o vexame e a humilhação de um selecionado medíocre, dirigido por um técnico padrão Dilma. O legado da copa, investimentos feitos a preços indecentes e desonestos com arenas de futebol não vai legar coisíssima nenhuma ao contribuinte. =ais uma balela de um governo esquizofrênico, que pensava fazer uso do futebol para, lá na frente, em outubro próximo, conseguir votos e vencer as eleições.
Na próxima semana, com o encerramento da copa, o país volta a ser o que sempre foi: refém de políticos corruptos, de fora e dentro do governo. A euforia inicial pela conquista da copa, depois de duas derrotas acachapantes do selecionado de Felipão, o brasileiro vai cair na real e perceber que acabou o circo e faltará o pão.
Ao acompanhar as entrevistas do treinador após os jogos, constata-se que Felipão tem tudo para fazer parte do governo petista. Para o técnico, o Brasil sempre jogou bem, seus jogadores se aplicaram ao máximo e se saíram bem até a pane dos seis minutos contra a Alemanha.
Por outro lado, ficou provado que a tal pane durou até o final da partida contra a Holanda. Embora em outro contexto, ao ouvir Felipão, era como se eu escutasse a voz do Lula falando como foram ótimos seus dois governos e como eram aplicados e bom de jogo seus auxiliares José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha.
Felipão, Lula e Dilma têm muito mais em comum do que se imagina. Ao observar o ar intelectual do auxiliar Murtosa eu me remetia, quase que por compulsão, às caras e bocas de Erenice Guerra, a auxiliar de Dilma na direção da Casa Civil. Caso desse uma pequena aparada no bigode, a semelhança física entre Murtosa e Erenice poderia confundir os menos avisados.
Além da mediocridade, acumulada com a arrogância e a enganação, os que dirigem o selecionado brasileiro estão bem próximos dos que dirigem o Brasil. Seleção e governo, um é a cara do outro. Sem tirar, nem pôr. 

(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.
Do Blog do Aluizio Amorim de 13-7-14.

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