IRRITANDO-SE CONTRA OS FATOS
‘A inútil irritação oficial com o mercado’, editorial do Globo
Publicado no Globo de quinta-feira - 31-7-14
O governo enfrenta, nos últimos dias, uma crise no seu relacionamento com os fatos econômicos. A primeira grande rusga ocorreu em torno de uma análise feita no Santander para clientes preferenciais. O banco entrou na mira da artilharia oficial e da campanha à reeleição da presidente, por citar um fato já conhecido: a bolsa tem subido quando saem pesquisas negativas para o projeto da reeleição, e vice-versa.
Essas oscilações relacionadas a sondagens eleitorais são interpretadas como reação de investidores em ações de empresas estatais que pagam alto preço devido ao intervencionismo característico da administração Dilma. A Petrobras é o exemplo mais evidente, forçada a acumular perdas majestosas por subsidiar o preço interno de combustíveis, e com isso adiar pressões sobre a inflação. O investidor em ações faz uma dedução lógica: se Dilma não se reeleger, a empresa deixará de perder dinheiro e ele, acionista, receberá mais dividendos.
Da Coluna do Augusto Nunes de 31-7-14.
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