DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 28-7-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
27/07/2014 às 18:54 \ Opinião
Publicado na edição impressa de VEJA
Um anúncio da safra da Copa… anúncio de quê, mesmo? Houve tempo em que os anúncios iam direto ao ponto – “Beba Coca-Cola”. Hoje a criatividade sufoca as marcas. Houve um anúncio da safra da Copa, sabe-se lá do quê, em que um homem, de costas, vinha e depositava no chão a maleta que trazia no braço, na pose de quem chegava a algum lugar. “O futebol está voltando para casa”, dizia o locutor. E não é que o futebol voltou mesmo para casa? Voltou para a querida Europa de nascença. País do futebol, hoje, 100 anos depois de o kaiser Guilherme II dar o pontapé inicial à I Guerra Mundial, 91 anos depois do putsch de Munique, 75 anos depois do início e 69 do fim da II Guerra Mundial, 53 depois da construção e 25 da derrubada do Muro de Berlim, nove anos depois da eleição e um depois da renúncia do papa Ratzinger, é a Alemanha. É lá que se joga um futebol alegre e bonito. No Brasil, joga-se um futebol “de resultados” dotado da singular característica de não produzir resultados.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Em uma briga que remonta ao escândalo do mensalão, o marqueteiro Duda Mendonça convenceu o candidato Paulo Skaf (PMDB-SP) a vetar a presidente Dilma em seu palanque para dar o troco no arquiinimigo João Santana, queridinho da presidenciável petista. Duda, que ajudou Santana no passado a se inserir no núcleo do PT, não perdoa o ex-colega por ter  aproveitado o desgaste do mensalão para tomar o seu lugar no governo.
Homem de confiança de Dilma, Santana é o responsável pela campanha ao governo do petista Alexandre Padilha (SP), que não sai do lugar.
Não surpreenderá a ninguém se Duda e Franklin Martins se unirem para dar uma lição em João Santana, a quem consideram “muito arrogante”.
Dilma Rousseff tem apreço por joias. Desde que assumiu a Presidência da República, a petista conseguiu acumular R$ 72 mil em adornos. Com essa dinheirama, Dilma poderia até trocar seu carro, um Fiat Tipo 96.
Trabalhar faz bem para finanças, ou pelo menos o Ministério do Trabalho parece fazer. Em 2006, Carlos Lupi tinha R$ 638 mil em bens. Após virar ministro de Lula, o patrimônio de Lupi disparou aos atuais R$ 1,2 milhão.
O TRE da Paraíba deve julgar esta semana a legitimidade da candidatura de Cassio Cunha Lima (PSDB) ao governo. Se for impugnado, será mais um problema para Aécio Neves no Nordeste em menos de sete dias.
Com a recusa de Cid Gomes (CE) em usar símbolos do PT na campanha de Camilo Santana à sucessão, Luizianne Lins lidera rebelião no partido para trocar na marra a cor laranja pelo vermelho na pintura dos muros.
… o Itamaraty poderia aproveitar a coragem repentina para também se posicionar sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

NO BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"Eu estou à disposição da Justiça, mas acho que quem poderia esclarecer mais coisas sobre o Paulo Roberto Costa é a Dilma, que presidia o Conselho de Administração da Petrobras, que nomeou o Paulo Roberto e que o manteve lá anos e anos." (Eduardo Campos, candidato a presidente da República pelo PSB, chamado a falar na Justiça como testemunha sobre obras da Petrobras.)

Fica combinado: Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobras em 2006, nada teve a ver com a compra pela empresa da refinaria americana de Pasadena, negócio de US$ 1,245 bilhão que deixou um prejuízo de US$ 792 milhões.
E Aécio Neves, então governador de Minas Gerais, nada fez de censurável ao asfaltar em 2010 uma pista de aeroporto a apenas 6 quilômetros de uma fazenda dele.
Candidato a vice-presidente na chapa de Aécio, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) comentou a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que isentou Dilma e os demais membros do Conselho de Administração da Petrobras de responsabilidade pelo mau negócio de Pasadena:
- No sentido jurídico, que implica ressarcimento ao dano, ela foi inocentada. Mas, e a responsabilidade moral?
Por oportuna, a indagação do senador caberia no caso de Aécio e da pista de aeroporto na cidade de Cláudio. Ali foi construída em 1983 uma pista de terra batida quando Tancredo Neves, avô de Aécio, governava Minas.
Em 2010, no governo Aécio, o Estado gastou R$ 13,9 milhões com o asfaltamento da pista, o sistema de iluminação do aeroporto e outras benfeitorias.
“Não prejulgo ninguém, acho apenas que todos devem prestar esclarecimento de questões que surgem”, disse Aécio na sexta-feira passada.
Não, ele não se referia ao aeroporto de Cláudio. Nem a outro em Montezuma, cidade do Norte de Minas, onde a família de Aécio é também dona de terras. A pavimentação da pista custou R$ 309 mil em 2007. O aeroporto ainda não funciona.
Aécio cobrou uma palavra de Dilma a respeito de Pasadena. Há quatro meses, Dilma afirmou que ela e os demais conselheiros da Petrobras se basearam num parecer técnico e “juridicamente falho” para aprovar a compra da refinaria.
E jogou a culpa na diretoria da Petrobras comandada, na época, por José Sérgio Gabrielli, homem de confiança de Lula. Por mais absurda que soe, o TCU aceitou a explicação de Dilma.
O Ministério Público de Minas investigou a obra no aeroporto de Cláudio e concluiu que nenhuma ilegalidade foi cometida. Quanto ao aspecto moral...
Não se deve misturar investimento público com propriedade privada. Aécio tornou-se vulnerável a ataques. Assim como a antiga diretoria da Petrobras, que responderá pela compra de Pasadena.
Quanto à capacidade de Dilma como gestora... Pois é!
Peca o TCU pela falta de rigor no exame de assuntos que envolvem políticos importantes.
O inciso IV do artigo 29 do estatuto da Petrobras diz que compete privativamente ao Conselho de Administração “a constituição de subsidiárias, participações em sociedades controladas ou coligadas, ou a cessão dessa participação, bem como a aquisição de ações ou cotas de outras sociedades”. (Olha Pasadena aí, gente!)
O Conselho representa os acionistas da empresa. A diretoria da Petrobras não tem autoridade para vender ou comprar algo sem o referendo dele. É simples assim.
Tinha duas páginas e meia o parecer que Dilma taxou de técnico e “juridicamente falho”. Ora, os conselheiros poderiam ter pedido mais detalhes do negócio. Não o fizeram. Foram açodados - para dizer o mínimo.
No último dia 18, o Conselho aprovou por R$ 600 milhões a venda para a Companhia Energética de Minas da participação acionária da Petrobras na estatal Gasmig.
O preço foi estipulado com base numa avaliação feita pelo Unibanco. Insatisfeito, o Conselho encomendou ao Banco do Brasil outra avaliação. Que confirmou a primeira.
É assim que se faz. E estamos conversados.

Felipe Frazão, Veja
Nos últimos anos, o PT conseguiu construir um importante reduto eleitoral na capital paulista. Na populosa Zona Leste da cidade, o partido ganhou força pelas mãos de dois irmãos, o vereador Senival Moura e o deputado Luiz Moura, ambos ex-líderes de perueiros. Os votos da região foram decisivos para os petistas nas últimas eleições, especialmente para a vitória do prefeito Fernando Haddad.
Tudo funcionou bem até maio, quando veio a público a informação de que policiais flagraram Luiz Moura, ex-presidiário, em uma reunião com sindicalistas na garagem de uma cooperativa na qual também estavam dezoito membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Desde então, o deputado tornou-se um fardo difícil para o partido.
 
PT articula a expulsão do deputado estadual Luiz Moura. Foto: Vera Massaro

O Globo
A cidade de Nova York aprovou o plano de uma construtora de incluir uma “porta dos pobres” em um complexo de apartamentos de luxo no bairro chique de Upper West Side. A ideia de uma entrada separada para residentes de baixa renda já vem circulando há algum tempo, mas só agora um desses planos recebeu luz verde das autoridades urbanas.
No caso, trata-se de uma incorporação da empresa Extell Development — um prédio de 33 andares com 219 apartamentos. As unidades “da elite” terão vista para o Rio Hudson, ao passo que as 55 unidades mais baratas terão frente para a rua.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Na fase do Terror, a guilhotina se transforma numa das armas dos poderosos

Cabeças vão rolar no banco Santander no Brasil. Por quê? Porque alguém — ou um departamento, sabe-se lá — decidiu anexar ao extrato de um grupo seleto de clientes uma avaliação sobre o comportamento dos indicadores econômicos e sua conexão com as pesquisas eleitorais. Em síntese, o texto, um tanto confuso, afirmava que, se a presidente Dilma voltar a subir nas pesquisas ou se mantiver estável, os juros vão subir, a Bolsa vai cair e o câmbio vai se desvalorizar. Há algo de errado na avaliação? Não! Trata-se de alguma opinião surpreendente ou exótica? Não também! Um banco tem o direito de orientar seus correntistas e investidores? Tem. Mas se fez um enorme escarcéu.
Os petistas aproveitaram o caso para acusar uma grande conspiração dos ricos, dos bancos, do setor financeiro… Tudo não passa de uma bobajada infernal. Ao contrário: como Lula não cansa de repetir por aí, essa área da economia nunca lucrou tanto como em seu governo — e isso também é verdade. O partido que recebeu doações mais generosas dos bancos em 2006 e 2010 foi o PT. Era justamente no setor financeiro que se concentravam os maiores entusiastas do “Volta, Lula!”. Assim, essa guerra das tais elites contra o partido nunca passou de uma fantasia eleitoreira para enganar trouxas.
Acontece que a desconfiança no governo é, hoje, gigantesca. E isso vale para o conjunto do empresariado, inclusive e muito especialmente do setor industrial. O comunicado do Santander toca, direta ou indiretamente, no tripé do desconsolo provocado pela gestão petista: inflação alta, juros elevados e baixo crescimento. Por que o mercado reage mal quando acha que as chances de Dilma aumentam? Porque não vê pela frente perspectiva de mudança.
Jesús Zabalza, presidente do Santander no Brasil, conversou pessoalmente com Dilma e informou que todos os responsáveis pela elaboração do boletim serão demitidos. Neste domingo (27), Emilio Botín, que preside a instituição em escala mundial, destacou que a avaliação não é do Santander, mas de um analista. E reiterou a importância do Brasil para a empresa.
Coitados dos demitidos do Santander! Vão perder o emprego por terem falado uma verdade inconveniente. Nas democracias mundo afora, ninguém daria a menor bola para isso. O tal boletim não passou de uma análise corriqueira.
Na sexta, diga-se, o Banco Central anunciou mudança nas regras do compulsório recolhido pelos bancos. O objetivo e liberar pelo menos R$ 45 bilhões para o crédito. Acontece que, há dias, em sua ata, esse mesmo BC saudou o esfriamento do crédito como um dos elementos que concorreriam para diminuir a pressão inflacionária. Ou por outra: o BC tomou uma decisão na contramão de sua convicção técnica.
Quando isso acontece, como é que os tais agentes econômicos reagem? No mínimo, com pessimismo, não é? O que o Santander fez foi só uma leitura de conjuntura, que não é distinta daquela que está em todos os lugares, muito especialmente na imprensa. O próprio PT sabe que se está diante de uma verdade evidente.
Pedir cabeças? Cortar cabeças? Não são práticas que honrem a democracia, não é mesmo? Mas também não se trata de nada estranho ao PT. Como esquecer a tal lista negra de nove jornalistas, da qual honrosamente faço parte, elaborada pelo partido? Também para estes, o que se pedia era guilhotina.
Essa gente é o que é. E não é coisa boa!
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO CORONEL
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição no pleito de outubro, participa nesta segunda-feira (28) da série de sabatinas realizadas pela Folha, pelo portal UOL (ambos do Grupo Folha), pelo SBT e pela rádio Jovem Pan. O evento está previsto para as 15h, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, em Brasília, e terá transmissão ao vivo no UOL e no site da Folha.Os candidatos da oposição Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) foram sabatinados na semana retrasada.
Para saber porque Dilma vai cometer crime eleitoral, leia aqui.


Gabinete presidencial no Palácio do Planalto

Onze computadores do governo federal foram usados para alterar páginas da Wikipédia, enciclopédia on-line cujos textos podem ser editados livremente, como as do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT), do Movimento Passe Livre e do ex-governador José Serra (PSDB-SP).
Levantamento da Folha com os endereços de IP registrados em nome do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) e da Presidência da República mostra que artigos sofreram mudanças tanto para a inclusão de elogios e a retirada de críticas como para o inverso. As edições, feitas entre 2008 e 2014, acabaram desfeitas por outros usuários, por infringirem regras de uso. IPs são como uma "impressão digital" na internet, o que permite identificar ao menos a organização responsável pelo acesso. A Wikipédia registra todos os endereços do tipo que fazem alterações.
O caso mais relevante de edição ocorreu em dezembro de 2013, quando uma conexão de internet da Presidência foi usada para retirar trecho sobre suspeitas de corrupção na Funasa (Fundação Nacional da Saúde) quando Alexandre Padilha era diretor do órgão, e incluir elogio ao programa Mais Médicos. "Com o sucesso do Mais Médicos Padilha se torna um dos pré-candidatos petistas à disputa pelo governo de São Paulo em 2014", dizia o texto.
Em 10 de junho de 2013, em meio aos protestos de rua liderados pelo MPL (Movimento Passe Livre), um IP do Serpro foi usado para alterar a página do grupo na Wikipédia. A edição dizia que o MPL "se utiliza de protestos e, não raramente, depredação e violência para alavancar" reivindicações. Também afirmava que a tarifa zero ignora que "todo aumento de gasto público implica menos orçamento" para saúde e educação.
Em março de 2010, ano em que o ex-governador paulista José Serra (PSDB) concorreu à Presidência contra Dilma Rousseff (PT), um computador do governo federal foi usado para incluir críticas ao político na enciclopédia. O trecho dizia que "se eleito presidente, [Serra] pretende, como uma de suas metas, acabar com todas as empresas estatais e sucatear todas as empresas públicas" --durante a campanha, o tucano negou ter esse objetivo.
Outras edições foram feitas em páginas como as da Lei Rouanet e do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), mas não tinham informações incorretas -- foram retiradas por não seguir normas de padronização.
O OUTRO LADO
A reportagem forneceu endereços de IP, datas e horários de acesso ao Serpro, junto a um pedido de identificação dos locais físicos em que esses IPs estão alocados. O órgão disse que não poderia comentar o assunto por motivos legais, uma vez que a lei 5.615/70, que criou o Serpro, determina que a empresa e seus servidores "são obrigados a guardar sigilo quanto a elementos manipulados". "A própria identificação e divulgação de órgão usuário do IP implicaria quebra de sigilo contratual, já que a empresa se compromete em garantir tratamento sigiloso para os dados e informações dos contratantes", disse a companhia federal em nota.
Questionada sobre o caso da página de Alexandre Padilha, a Presidência afirmou que não poderia se posicionar a tempo; sugeriu que o pedido fosse feito pela Lei de Acesso à Informação.(FSP)

Aos poucos, líderes petistas começam a dizer em reservado que a campanha da presidente Dilma Rousseff agora paga por ter menosprezado o cenário eleitoral e o tamanho do desgaste do governo. Depois de uma rodada de reuniões comandada na última semana pela presidente, quem passou pelo Palácio da Alvorada saiu desanimado.
Em uma dessas conversas, Dilma falou da necessidade de acertar a articulação em estados estratégicos e reduzir os índices de rejeição apontados pelas últimas pesquisas de opinião. Mas, na linha “eu bem que avisei”, alguns petistas já falam em erro estratégico e alegam que o problema se anunciava meses atrás.
Parte deles não hesita em jogar a culpa no marqueteiro João Santana. Diz que, em maio deste ano, ele ainda demonstrava “otimismo excessivo” e chegava a falar em vitória no primeiro turno. (Poder Online)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
O general Hugo Carvajal "el Pollo", mega narcotraficante do governo chavista, agora leve, livre e solto por decisão do governo holandês. A foto é do jornal El Nuevo Herald onde há reportagem sobre a inusitada libertação que envolveu até Valdmir Putin.

O general venezuelano Hugo Carvajal, “el Pollo”, o frango) acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, de ser o operador do cartel de drogas em conluio com as FARC e que havia sido preso na última quarta-feira em Aruba, já está solto. O governo Holandês, determinou a soltura sem maiores explicações, a não ser o fato de que Carvajal detinha a condição de diplomata. Nicolás Maduro havia designado El Pollo, como cônsul em Aruba, território vinculado ao Reino da Holanda.
Todavia, o Reino holandês e os Estados Unidos têm um acordo bilateral no que se relaciona à segurança e o combate ao tráfico de drogas. Inclusive os Estados Unidos possuem em Aruba funcionários da DEA, órgão do governo americano destinado ao combate ao tráfico de drogas. Sobre as costas de Carvajal, há uma série de processos instaurados pela Justiça americana, que o acusa de ser o “capo” do tráfico de drogas, o homem que coordena o envio da “mercadoria” para os Estados Unidos, além disso, está sintonizado com as FARC, o grupo comuno-terrorista colombiano.
O episódio põe a nu uma realidade cruel. A civilização ocidental está sendo corroída sob todas as formas, mormente nos planos moral e ético. Os cartéis das drogas demonstram reunir poderes jamais imaginados. Vou tentar resumir o que de fato está acontecendo e é escamoteado pela maioria da grande mídia a partir desse inusitado caso. Sobretudo o que se relaciona ao nível político e ideológico.
O general Carvajal, que já se encontra na reserva, era confidente de Hugo Chávez, homem de confiança total e dirigiu por longos anos o setor de inteligência militar a mando de Chávez.
PODER SEM LIMITE
Como a América Latina se transformou numa plataforma gigante de exportação da droga para os Estados Unidos e Europa, quem opera o esquema são as ditaduras ditas bolivarianas, sob a orientação direta de Cuba. Por serem governos ditatoriais com zero de transparência como todas as ditaduras, os bolivarianos montaram um sistema de poder do qual já fazem parte altas autoridades e empresários de diversos países como Estados Unidos e Holanda, por exemplo, e, particularmente, dirigentes de grandes empresas multinacionais.
Ao libertar o "Frango" de estimação de Nicolás Maduro, o governo holandês o expulsou avisando que se voltar será preso. E aí vem a indagação: e por que foi solto?
A libertação desse mega-narcotraficante venezuelano faz emergir como funciona o sistema de poder que corrói as democracias ocidentais. A poderosa construtora de navios holandesa, Damen Shipyards Group, tem contratos de construção de embarcações com Cuba e diversos países vinculados ao Foro de São Paulo, a organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990. Projetos de navios Damen, estão em construção em estaleiros no México, Cuba, Venezuela, Equador, Brasil e Argentina. 
Entretanto, com a Venezuela, esse grupo holandês tem um contrato bilionário. Construirá 12 navios-patrulha para a Marinha da Venezuela.
Além disso outra empresa que opera negócios petroliferos na Venezuela é a Shell, poderoso grupo anglo-holandês que também possui altos negócios com a Rússia.
O ex-embaixador venezuelano antes as Nações Unidas, Diego Arria,afirmou que a súbita decisão holandesa de libertar o general do narcotráfico poderia ser uma nova manifestação de como os intereses econômicos preponderam sobre os princípios da Justiça. Lembra Arria, que milhões de holandeses possuem seus fundos de pensão com investimentos diretos nas ações da Shell, fato que faz dessa gigante do petróleo ser intocável. Qualquer ameaça à sua performance torna-se um drama para os velhinhos holandeses que dependem de seus fundos de pensão. Em outras palavras, isto representa não só uma couraça de segurança à Shell, mas por outro lado beneficia ditaduras assassinas na América Latina, como da Venezuela chavista. E pouco importa para os mega acionistas da Shell e seus diretores que a América Latina seja transformada nesse lixão marcado pela violência escandalosa que deriva totalmente da maldição do narcotráfico sob a proteção estatal.
Além disso, o governo da Venezuela também pediu a ajuda da Rússia para conseguir a libertação de "El Pollo", solicitando os préstimos do “companheiro” Vladimir Putin. Lembrem-se que a Shell também possui negócios de vulto na Rússia.
FINANCIANDO O TERROR
O episódio dessa prisão e soltura do general narcotraficante, como afirmei no início deste texto, demonstra de forma clara e objetiva que quem segura a vagabundagem bolivariana no poder na Venezuela, Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e Uruguay, não são os bolsas-famílias, a horda que vive de uma forma ou de outra à expensas da caridade estatal. São empresas gigantes como a Shell e a Damen holandesas, ou ainda a empreiteira brasileira Odebrecht que construiu o porto de Mariel em Cuba com o financiamento do BNDES e cujo montante dos recursos é desconhecido, já que o governo do PT carimbou a operação como "sigilosa"! Estes são os financiadores desses regimes espúrios liderados pelos barões do narcotráfico, o que não deixa de ser uma coisa vergonhosa e lastimável. 
Já se chegou a uma situação em que as fronteiras do que é público e o que é privado não existem mais. E quando essa separação deixa de existir morrem a democracia e a liberdade; morre a civilização ocidental!
Lamentavelmente, é na América Latina que emergiu essa experiência sinistra do dito “socialismo do século XXI”, porquanto os países que adotam esse regime preconizado pelo Foro de São Paulo se transformaram no locus por excelência para a operação de todos os tipos de fraudes e falcatruas.
Ainda que tudo isso seja muito triste e lamentável, é a verdade dos fatos. E como a grande mídia nacional e internacional já faz parte desse contubérnio escandaloso, dificilmente o que acabei de narrar aqui e agora será objeto de reportagens nos grandes jornais e televisões. Aqui no Brasil, por exemplo, estão mais preocupados com um aeródromo no interior de Minas Gerais. Mas isto, como podem notar, faz sentido. Trata-se de manter intocável o esquema do Foro de São Paulo e os favores que concede aos seus amigos.
Que o diga "El Pollo" e seus sequazes.









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