DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 27-7-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
São ferozes como os vikings e, como os vikings, acreditam no poder da destruição: os vândalos ferem, destroem e já mataram pelo menos uma pessoa. São unidos como os vikings, e desta união extraem sua força: a coordenação que mantiveram deixou os inimigos, os policiais, desarvorados. E, quem diria, a moda viking, aquele famoso capacete com chifres, expôs sua maneira de agir. Uma integrante do grupo de vândalos, Anne-Josephine Louise Marie Rosencrantz, descobriu que seu namorado Luiz Carlos Rendeiro Jr., Game Over, pai de seu filho, era partilhado por outra ativista, Elisa Quadros Pinto Sanzi, Sininho.
A traída se vingou traindo: Anne-Josephine foi à Polícia e prestou depoimento sobre a ação dos vândalos. Começou informando como Sininho admitiu o namoro com Game Over: “Sininho diz que ela e Game Over tinham um romance revolucionário”. E apresentou as denúncias — entre elas, diz, a tentativa, liderada por Sininho, de incendiar o prédio da Câmara dos Vereadores do Rio. Segundo Anne-Josephine, este incêndio não fazia parte dos planos dos manifestantes, e Sininho, aos gritos, pedia que lhe levassem gasolina para iniciar o fogo. Conforme diz Anne-Josephine, foi Game Over que conseguiu controlá-la.
De acordo com a Polícia, Anne-Josephine detalhou ainda as funções dos principais lideres dos vândalos e — oh, novidade! — relatou o uso de drogas por eles.
E daí? Daí que todos os detidos por vandalismo, inclusive os acusados por Anne-Josephine, foram libertados por ordem do desembargador Siro Darlan.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, admitiu a coordenadores de campanha que a repercussão negativa do julgamento do mensalão no eleitorado paulista deve inviabilizar o partido de fazer a mesma bancada de 26 deputados federais nas eleições deste ano. Segundo dirigentes, além do desgaste da “marca PT”, o partido perdeu puxadores de votos importantes como João Paulo Cunha, preso condenado no mensalão.
Além de atrapalhar deputados, o desgaste do PT em SP atinge em cheio Alexandre Padilha, que não sai do lugar nas pesquisas ao governo.
O fantasma que assombra Padilha atende por outro nome: Labogen, do doleiro Youssef, que fechou parceria com a Saúde na gestão do ministro.
A Câmara dos Deputados gastou mais de R$ 3 milhões, sem licitação, na realização de concurso público no início deste ano. O lançamento aparece na Transparência da Casa como pago no último dia 30 de junho, dois dias antes da divulgação do resultado final do certame que oferecia salários altíssimos e arrecadou mais R$ 5 milhões com as inscrições dos 51.789 candidatos. Pela chance, cada um pagou entre R$ 110 e R$ 150.
O motivo de tanta procura eram os salários de R$ 12 mil para as vagas de policial legislativo e de R$ 25 mil para consultor legislativo.
Fernando Francischini (SD) criou constrangimento em audiência, a portas fechadas, com Osvaldo Perrout (TCU) na CPI da Petrobras: “Onde o PT vai arrumar Boeing para colocar os US$ 792 milhões que deve?”, questionou.
Especialista em marketing eleitoral, o cientista político Antônio Lavareda considera ruim o cenário para reeleição da presidenta Dilma, que tem o governo nas mãos, mas apresenta aprovação abaixo da casa dos 40%.
Lobão Filho (PMDB) é o mais rico na disputa ao governo do Maranhão. Com patrimônio de R$ 10 milhões, Lobinho tem de lanchas a helicóptero. O que falta? É o único que não tem carro, nem mesmo um popular.
Lideranças do PT estão em pânico com a falta de perspectiva de ajuda financeira em vários Estados. Nos bastidores, corre que a presidenta Dilma controla o caixa com mão de ferro e só libera dinheiro a “aliados”.
Prefeito Juazeiro do Norte (CE), Raimundo Macedo abandonou Memorial Padre Cícero, que foi saqueado. O MP tenta localizar, no Rio de Janeiro, as peças roubadas e deve acionar a prefeitura para recuperar o museu.

NO BLOG DO NOBLAT
Elio Gaspari, O Globo
Uma indicação de que os candidatos a Presidência da República dedicam-se a uma ilustre parolagem quando discutem a saúde pública:
Nenhum deles tratou em sua plataforma da questão do ressarcimento ao SUS quando sua rede atende clientes dos planos de saúde. Essa conta deveria ir para as operadoras e, no ano passado, a Agência Nacional de Saúde arrecadou apenas R$ 167 milhões. Melhorou, pois de 2001 a 2010 a Viúva só conseguiu receber de volta R$ 125 milhões.
A repórter Bárbara Bretanha mostrou que nos últimos cinco anos o total de clientes de planos atendidos pelo SUS cresceu 60%. Foram 320 mil internações. Entre os dez motivos mais comuns estão os partos.
Ganha uma viagem à Ucrânia quem for capaz de achar uma mulher que, tendo plano, pretendia parir no SUS.
O melhor negócio do mundo é vender um plano de saúde para quem a tem e remeter o cliente ao SUS quando ele precisa. O segundo melhor negócio, para candidatos, é não chatear as operadoras em tempo de arrecadação.

O Globo
O jornal espanhol “El País” repercutiu neste sábado o mal-estar gerado entre o banco Santander e o governo brasileiro com carta enviada pela instituição a correntistas, junto ao extrato do mês de julho, sugerindo que o crescimento da presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas eleitorais poderia acarretar na piora da economia brasileira.
A reportagem intitulada de “A saia justa do banco Santander” afirma que a iniciativa “caiu como uma bomba no Planalto”, ressaltando a estreita relação de Dilma com o presidente mundial do Santander, Emílio Botín. A publicação lembra que “hoje, o Brasil representa um quinto do lucro do grupo”.
Por conta disso, a vinda de Botín ao país, esperada esta semana para evento promovido pelo banco sobre educação, também estaria ameaçada. A publicação lembra que “desde que a presidenta Dilma Rousseff assumiu o poder, em 2011, o presidente mundial do Santander, Emílio Botín, esteve pelo menos quatro vezes no país. E nas quatro ocasiões, foi recebido pela presidenta no Palácio do Planalto, quando Botín fazia questão de tornar públicas suas mensagens de otimismo com o país”.
 
Dilma Rousseff e Emílio Botín, presidente do Santander - Divulgação

Pedro Venceslau e Luís Lima, O Estado de S. Paulo
O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, se recusou novamente a responder se já usou o aeroporto da cidade de Cláudio (MG), construído em um terreno que pertenceu ao seu tio-avô Múcio Guimarães Tolentino e ainda não foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Constrangido, o tucano disse neste sábado, 26, durante evento em uma obra social na região de Itaquera, na capital paulista, que "está tudo esclarecido" e passou a discorrer sobre a importância do empreendedorismo no País.
Em entrevista ao Estado, o tio-avô de Aécio afirmou que o aeroporto na cidade mineira era para todo mundo usar, "inclusive o governador". A questão do aeroporto foi até agora a pior crise enfrentada pela candidato tucano. Na última semana, Aécio evitou agendas públicas e se pronunciou sobre o caso apenas pelas redes sociais e por meio de notas divulgadas no site do PSDB.

NO BLOG DO CORONEL
PT não teve dinheiro para comprar Maluf.
Notícias que circulam por aí dão conta que Paulo Malu(PP) desertou para a campanha de Paulo Skaf(PMDB) por um motivo muito simples e comum entre todas as categorias de mercenários: dinheiro. Alexandre Padilha (PT) havia prometido R$ 10 milhões para o pepista fichado na Interpol, em cinco pagamentos, mas não honrou o compromisso, porque a campanha paulista está quebrada. Padilha não decola e as doações minguam. Agora o PT paulista está pedindo um socorro de R$ 50 milhões para Dilma. De onde vai sair a bolada de dinheiro ninguém sabe. Aliás, todo mundo sabe, só que não pode falar. Basta ler a reportagem que Veja publica nesta semana. 

NO BLOG DO JOSIAS
Dias antes de ser deslocado por Dilma Rousseff do comando dos Transportes para a pasta dos Portos, no mês passado, o ministro César Borges recebeu em seu gabinete Djalma Diniz, dono da Pavotec Pavimentação e Terraplenagem, sediada em Minas Gerais. O empreiteiro informou ao ministro que estava sofrendo um “achaque” do Partido da República. A legenda exigia que ele repassasse a deputados parte da receita obtida em contratos firmados nos Transportes.
Em conversas gravadas, o repórter Rodrigo Rangel reconstituiu o episódio. Relatou-o em notícia veiculada na última edição de Veja. Ele conta que, no total, a Pavotec mantém com o Ministério dos Transportes negócios de cerca de R$ 2 bilhões. A pressão do PR referia-se a dois contratos celebrados no início do ano com a estatal ferroviária Valec — um de R$ 514 milhões. Outro de R$ 719 milhões.
De acordo com o relato do empreiteiro Djalma Diniz, quem o procurou para exigir o pagamento de propina foi o deputado federal baiano João Carlos Bacelar Filho. Em conversa com pessoas de sua confiança, César Borges contou o que ouviu: “O dono da Pavotec me procurou no ministério para dizer que o deputado João Bacelar está cobrando dele uma participação nos contratos com a Valec.”
João Bacelar se apresentava como emissário do PR. E o empreiteiro quis saber do ministro se o deputado estava mesmo autorizado a falar em nome da legenda. Filiado ao PR, o ministro disse que não. Djalma Diniz se recusou a realizar os pagamentos. E o deputado Bacelar passou a desqualificar o empreiteiro e a conspirar contra o ministro.
Em privado, João Bacelar dizia que a Pavotec obtivera contratos com a Valec graças à interferência do PR. E teria se comprometido a repassar à legenda parte de seus ganhos. Mencionava cifras: “Era coisa de 90 a 100 milhões de reais”. Nessa versão, ao recusar-se a realizar os pagamentos, o empreiteiro rompia um acordo. Segundo o repórter, Djalma Diniz realmente reuniu-se com parlamentares em Brasília. O deputado baiano era um de seus interlocutores.
Ouvido, João Bacelar desancou o dono da Pavotec: “Esse Djalma é um chantagista”. No dia seguinte, procurou o repórter para se reposicionar em cena: “Não posso dizer que o considero chantagista. Apenas o qualifiquei conforme ouvi em muitos boatos.” Por meio de um advogado, Bacelar ameaçou processar Veja caso a reportagem fosse publicada.
Procurado, Djalma Diniz demorou uma semana para se pronunciar. Tentou negar que tivesse procurado o ministro. Informado sobre os detalhes colecionados pelo repórter, recorreu à desconversa: “Eu ando muito esquecido. Estou até com medo de estar com Alzheimer.” Instado a explicar seus encontros com o deputado Bacelar, o empreiteiro soou assim: “Ele estava me propondo um negócio numa pedreira que ele tem numa fazenda na Bahia.”
Cesar Borges mandou dizer, por meio de assessores, que não comentaria o assunto. Em privado, deu a entender que informara o Palácio do Planalto sobre o ocorrido. Dilma também serviu-se de auxiliares para falar sobre o tema. Ela negou ter tomado conhecimento da encrenca. Mandou dizer que, se um ministro lhe relatasse algo parecido, mandaria encaminhar o caso à Polícia Federal, ao Ministério Público e aos órgãos de controle. Ainda está em tempo.
Hoje, César Borges é ministro-chefe da Secretaria de Portos. Foi desalojado dos Transportes por exigência do PR. Seguindo orientação do mensaleiro preso Valdemar Costa Neto, seu maior cacique, a tribo do PR condicionou o ingresso da legenda na coligação reeleitoral de Dilma à saída de Borges do ministério. Em troca de 1min15s de tempo de propaganda no rádio e na tevê, a presidente da República cedeu. Com isso, Dilma ressuscitou o grupo político que havia sido varrido dos Transportes na pseudofaxina de 2011.

O grande legado da Copa é a comprovação de que o futebol brasileiro virou nostalgia. Só existe no replay esmaecido dos lances de um passado remoto. O vexame traz à vitrine as mazelas. E a perplexidade potencializa as ideias exóticas. A mais extravagante ganhou impulso numa reunião realizada no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (25). Depois do 7 X 1, trama-se uma goleada contra o contribuinte.
Acompanhada dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Aldo Rebelo (Esporte), Dilma Rousseff conversou por cerca de duas horas com 14 dos principais cartolas do futebol nacional. Ao final, anunciou-se a criação de um grupo de trabalho com representantes do governo e dos clubes. Para quê?
Deseja-se colocar em pé um plano de socorro aos times de futebol, atolados em dívidas. Numa estimativa otimista, o espeto é de R$ 4 bilhões. Numa conta realista, passa dos R$ 5 bilhões. Um pedaço do problema refere-se a passivos trabalhistas. Mas o miolo do buraco é feito de sonegação de tributos e de contribuições à Previdência — dinheiro que deveria custear serviços públicos à torcida brasileira.
A encrenca vinha sendo tratada num projeto que tramita na Câmara sob denominação saneadora: Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Para apressar as coisas, Dilma não exclui a possibilidade de editar uma medida provisória. Por essa via, o refresco aos clubes seria servido imediatamente, antes mesmo da apreciação do Congresso. Por que tanta pressa?
Vale a pena ouvir o secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento: “Nós temos que correr, tem clube que não chega ao final do ano se esse projeto não for aprovado.” Também presente à reunião do Planalto, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Carlos Miguel Aidar, deu uma ideia do que está em jogo:
“Nós só queremos que nos sejam dados mecanismos para corrigir o passado daqueles que nos antecederam, que erraram na gestão, que endividaram os clubes, deixaram de pagar impostos, deixaram de pagar tributos, deixaram salários atrasados, geraram passivo trabalhista muito grande. O que nós teremos com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal é a oportunidade de reequacionar tudo isso e começar daqui para frente um marco zero”.
Nesse contexto, o ritmo de toque de caixa ofende a inteligência da arquibancada. Não é assim que se fazem as coisas. Do mesmo modo que não se pode atribuir a humilhação da semifinal contra a Alemanha a um mero apagão de seis minutos, não se deve pedir ao contribuinte que aceite um arranjo tributário trançado no escurinho de um ano eleitoral, com um governo e um Congresso em fim de feira.
Tem “clube que não chega ao final do ano?” Pois que quebre! Os cartolas “erraram na gestão, endividaram os clubes, deixaram de pagar impostos?” Auditoria neles! Num jogo justo, o governo exigiria a abertura das escriturações, os times iluminariam suas arcas perdidas, a controvérsia seria exposta no círculo central do gramado e a galera formaria sua opinião. Fora disso, a alegada responsabilidade fiscal vira uma espécie de abracadabra para a caverna do Ali-Babá.
Embora sejam geridos por homens de bens, os clubes de futebol negligenciaram uma regra capital: abstiveram-se de dar lucro. Ou, por outra: deram lucro nos bolsos errados. A atmosfera de penúria potencializa a diáspora de jogadores, enfraquece o espetáculo e esvazia os estádios. 
Deus talvez seja brasileiro. Mas o diabo é europeu. E leva embora os craques ainda fedendo a cueiro.
Em 2005, sob Lula, já havia brotado nos gramados nacionais, ermos de talento, uma pseudosolução para a breca dos clubes: criou-se uma loteria nova, a Timemania. É parecida com a Mega Sena.
 A diferença é que, além de números, o apostador assinala nas cartelas o emblema do seu time do coração.
As combinações vencedoras são definidas em sorteios geridos pela Caixa Econômica Federal. 
E parte da grana é usada para saldar as dívidas dos times com a União. Dizia-se que seria a redenção. Não foi. Hoje, a coleta propicia um abatimento anual de cerca de R$ 70 milhões na dívida tributária dos clubes. Que não para de crescer.
No início do ano passado, já sob Dilma, o governo esboçou uma medida provisória que previa o perdão de 90% do passivo dos times. Em troca, a cartolagem assumiria o compromisso de investir em projetos sociais de formação de novos jogadores. Nessa época, Toninho Nascimento, o secretário Nacional de Futebol do Ministério do Esporte, disse ao repórter Aiuri Rebello que time de futebol não pode ser tratado como um negócio convencional.
“Não podemos tratar os clubes de futebol, alguns com mais de 100 anos de idade, como empresas comuns. É uma oportunidade de os clubes modernizarem suas gestões, um impulso''.
O deputado Vicente Cândido (PT-SP) entusiasmou-se: “É uma mudança de paradigma, o governo brasileiro passa a agir diretamente no desenvolvimento de novos atletas e talentos.'' O ex-craque Romário (PSB-RJ), membro da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, também apoiou a ideia. Mas ponderou que o governo deveria exigir dos times o pagmento de pelo menos 30% das dívidas.
Ex-goleiro, o deputado Danrlei (PSD-RS) levou o pé atrás. Duvidou da eficácia da troca de dívida por projeto social. “É difícil de quantificar estes investimentos sociais”, disse, antes de descer ao ponto: “Alguns clubes já pagaram suas dívidas, não devem mais nada. Como vamos compensá-los? E quem vai fiscalizar estes projetos?''.
Hoje, os vocábulos “perdão” e “anistia” foram substituídos “refinanciamento” e “alongamento” das dívidas. Com remissão de multas, abatimento dos juros e prazos superiores a duas décadas, a perder de vista. Só não apareceu em campo uma alma capaz de recordar a célebre lição do juiz norte-americano Louis Brandeis (1856-1941): “A luz do Sol é o melhor dos desinfetantes.''
Num jogo em que o campo não é demarcado, a bola é quadrada e canelada conta ponto a favor, os clubes invadem a pequena área do Tesouro Nacional fazendo tabelinha com o governo, que deveria ser o supremo juiz. Convidado a narrar a cena, Silvio Luiz gritaria: “Olho no lance! Pelo amor dos meus filhinhos. O que é que eu vou dizer lá em casa?''

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
O General venezuelano Hugo Carvajal continua preso em Aruba, por sua ligações com o tráfico de drogas, segundo denúncia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O governo local aguada apenas a formalização do pedido de extradição para que o General Carvajal seja entregue às autoridades norte-americanas.
A prisão de Carvajal soou como uma bomba dentro do Palácio de Nicolás Maduro. Carvajal é um arquivo ambulante e foi chefe a inteligência militar e homem de confiança absoluta do finado caudilho Hugo Chávez e seu confidente.
Segundo o jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA), em reportagem do jornalista Antonio Maria Delgado, especialistas consultados pelo jornal disseram que o outrora homem de confiança do defunto caudilho tem todos os detalhes da má gestão que o chavismo perpetrou ao longo dos anos e poderia terminar “cantando” tudo, feito um “pajarito”, ante a alternativa de passar o resto de seus dias numa prisão norte-americana.
“Ele irá lutar pela sua pele’, comentou o vice-almirante reformado Iván Carratú, enquanto o ex-ministro de Defesa, Vicente Luis Narváez Churión, coincidiu com essa expectativa que apavora Maduro e seus sequazes.
“O temor que eles têm (o regime chavista) é que [Carvajal] termine cantando melhor doque Pavarotti. É muito o que ele pode saber, já que desempenhou a chefia durante longos anos da inteligência militar”.
Entre os dados que Carvajal poderia revelar aos autoridades americanas, inclui-se a extensão da participação do Exército venezuelano nas operações de narcotráfico, as operações e planos de Cuba, Irã e do Hezbolah no país, e a vinculação entre o chavismo e as FARC, segundo informam os experts consultados por El Nuevo Herald.
O General Carvajal enfrenta ao menos seis processos judicais diferentes nos Estados Unidos ante um acúmulo de provas que demonstrariam uma peça chave nas operações de narcotráfico realizadas pelos integrantes das Forças Armadas venezuelanas e funcionários de alta hierarquia.
Dilma tem total afinidade com os regimes bolivarianos. E como tudo corre em segredo entre os comunistas ninguém sabe o que pode acontecer se o general Carvajal resolver abrir o bico feito um 'pajarito' e contar tudo o que sabe às autoridades americanas. É aí que podem ocorrer respingos sobre o Lula e o PT e até mesmo na campanha eleitoral da Dilma, haja vista que os bolivarianos são todos amigos íntimos.
LULA, DILMA E A CONEXÃO BOLIVARIANA
Cabe acrescentar a essas informações de El Nuevo Herald, o fato de que o impacto de eventuais revelações desse virtual homem-bomba do chavismo, poderá não se restringir apenas ao regime de Caracas, mas resvalar por todo o continente latino-americano, incluindo o Brasil, já que Lula é o chefe do Foro de São Paulo, a organização comunista fundada pelo próprio Lula e Fidel Castro e que articula o esquema bolivariano em todo o continente latino-americano. Além disso, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tem ampla afinidade com os bolivarianos e permanente contato com Nicolás Maduro de quem recebeu um quadro com a foto de Hugo Chávez. Maduro esteve recentemente na casa de campo do governo brasileiro, durante um jantar com Raúl Castro. Dilma hospedou Castro na Granja do Torto, quando foi realizado o jantar cubano de articulação do Foro de São Paulo. Nicolás Maduro chegou à Granja do Torto sob a guarda de batedores da Polícia Federal, segundo noticiou a imprensa brasileira.
Face a tudo isso, não se pode, portanto, desligar a prisão de Carvajal desse contexto mais amplo, devido ao Foro de São Paulo. No que se relaciona ao Brasil, poderia contaminar a campanha de Dilma pela reeleição, haja vista que os governos do PT e do chavismo bolivariano são unha e carne. Dependerá do que acontecer ao longo do próximo mês.
Transcrevo no original em espanhol a parte inicial da reportagem do Herald, com link para leitura completa. Leiam:
EN ESPAÑOL - El mayor general retirado Hugo Carvajal, un ex director de inteligencia venezolano que fue arrestado esta semana en Aruba por sus presuntas vinculaciones con el narcotráfico, podría brindar explosivas revelaciones que sacudirían los cimientos del régimen de Nicolás Maduro de ser entregado a las autoridades estadounidenses.
Expertos consultados dijeron que el otrora hombre de confianza del fallecido presidente Hugo Chávez tiene los detalles de los malos manejos que el chavismo ha perpetrado a lo largo de los años, y que podría terminar cantándolo todo ante la alternativa de pasar el resto de sus días en una cárcel estadounidense.
“El va a ir a pelear por su pellejo”, comentó el vicealmirante retirado Iván Carratú.
El ex ministro de Defensa, Vicente Luis Narváez Churión, coincidió.
“El temor que tienen ellos [el régimen chavista] es que termine cantando mejor que Pavarotti. Es mucho lo que él puede saber, habiéndose desempeñado tantos años en la inteligencia militar”, agregó Narváez.
Entre los datos que podría divulgar el mayor general se encuentran, la extensión de la participación del Ejército venezolano en las operaciones de narcotráfico, las operaciones y planes de Cuba, Irán y del Hezbolá en el país, y la vinculación entre el chavismo y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia, dijeron los expertos.
Agregaron que el hombre había sido designado por Chávez para que espiara a todo el mundo en Venezuela, ejerciendo un papel parecido al del ex jefe de la inteligencia peruana Vladimiro Montesinos.
El ex director de Inteligencia Militar enfrenta al menos seis procesos judiciales diferentes en Estados Unidos ante un cúmulo de pruebas que demostrarían que es pieza clave en las operaciones de narcotráfico presuntamente realizadas por integrantes de las fuerzas armadas venezolanas y funcionarios de alto rango.
El mayor general se encontraba el sábado bajo detención de las autoridades de Aruba en espera del pedido de extradición a ser presentado por las autoridades estadounidenses, luego de que un juez rechazara el viernes una solicitud del gobierno venezolano para que le liberara, bajo el argumento de que se le había violado su inmunidad diplomática.
Carvajal, designado en enero cónsul general en Aruba por el presidente Nicolás Maduro, fue arrestado el miércoles por la noche a su llegada a la pequeña isla antillana, ya que aún no había recibido el placet del gobierno holandés que le hubiera acreditado como diplomático.
Entre tanto, el régimen bolivariano ha ejecutado una serie de presiones para tratar de obligar a las autoridades de Aruba que suelten al militar retirado, amenazándoles con bloquear el flujo turístico de venezolanos a al isla.
“No vamos a permitir que sea mancillado el país o ningún venezolano. Es tarea de todos hacer respetar a la Patria. Me la juego por el general Carvajal Barrios”, expresó el jueves Maduro.
Esteban Gerbasi, un analista político especializado en temas de seguridad, dijo que Carvajal podría aportar un cuadro muy detallado sobre el estrecho vínculo, cimentado a lo largo del tiempo, entre el chavismo y el narcotráfico.
“En Carvajal yace la máxima prueba de que Venezuela es un narcoestado”, comentó Gerbasi desde Miami.
No solo por los detalles que podría terminar brindado sobre su vinculación con los envíos de droga hacia Estados Unidos, sino por todos los furibundos esfuerzos que está emprendiendo el régimen para tratar de conseguir su liberación, dijo. Hacer CLIC AQUI para leer toda la história

LIVRO-BOMBA REVELA HIPOCRISIA E TRAIÇÃO NA MORTE DE CHÁVEZ E AFIRMA QUE OS RESTOS DO CAUDILHO NÃO ESTÃO EM SEU TÚMULO NA VENEZUELA
Acima o livro-bomba sobre a misteriosa morte de Chávez. Na sequência, fotomontagem que circula pela internet mostrando o caudilho no caixão, Dilma acompanhada de Lula e da filha de Chávez derrama lágrimas sobre o suposto corpo do caudilho, já que foi aventado na época que seria apenas um boneco de cera. E aqui, Maduro e Raúl Castro, não escondem o cinismo em suas faces. 
Onde está enterrado Hugo Chávez? Porque ocultaram o diagnóstico real, a evolução da enfermidade e a morte do caudilho?
A partir dessas perguntas que não querem calar, o escritor Pablo Medina, um político e ex-parlamentar venezuelano, procura desvendar as mentiras, desinformação e segredos montados pelos governos da Venezuela e de Cuba que sustentam uma grande farsa destinada a impor um “Cavalo de Tróia” 'colombo-cubano' na presidência da Venezuela. Tudo isso veio a público agora no livro intitulado “O Grande Engano - Hipocrisia e Traição na Morte de Chávez”, em sua primeira edição em espanhol.
Nessa grande e macabra montagem se percebe - afirma o autor - a cumplicidade de diferentes Chefes de Estado, que sabiam que Hugo Chávez nunca esteve no Hospital Militar 'Dr. Carlos Arvelo', de Caracas, mas que sua morte ocorreu em Havana, após sua intervenção cirúrgica em dezembro de 2012.
Em sua investigação que resultou neste livro, Pablo Medina diz que os restos mortais de Chávez não estão no “El Quartel de la Montaña”, nem no cemitério ao lado de sua avó Rosa Inés, em seu estado natal de Barinas. O cadáver do caudilho simplesmente evaporou em Havana. 
No decorrer da obra, Medina analisa as implicações políticas, econômicas, territoriais e militares desse caso advertindo para o perigo que isso representa para a Venezuela, assim como para a comunidade internacional.

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