REFLEXÃO CRISTÃ - 30-6-14



Estudando o Bem e o Mal

Para que sejamos intérpretes genuínos do bem, não basta desculpar o mal.
É imprescindível nos despreocupe­mos dele, em sentido absoluto, relegan­do-o à condição de efêmero acessório do triunfo real das Leis que nos regem.
Evitando comentários complexos em nosso culto à simplicidade, recorra­mos à Natureza.
Vejamos, por exemplo, o apelo vivo da fonte.
Quantas vezes terá sido injuriada a água que hoje nos serve à mesa?
Do manancial ao vaso limpo, difícil trajetória cumulou-a de vicissitudes e provações.
O leito duro de pedra e areia...
A baba venenosa dos répteis...
O insulto dos animais de grande porte...
O enxurro dos temporais...
Os detritos que lhe foram arrojados ao seio...
A fonte, entretanto, caminhou des­pretensiosa, sem demorar-se em qualquer consideração aos sarcasmos da sen­da, até surpreender-nos, diligente e pu­ra, aceitando o filtro que lhe apura as condições, a fim de que nos assegure sa­ciedade e conforto.
Segundo observamos, na lição apa­rentemente infantil, o ribeiro não so­mente olvidou as ofensas que lhe foram precipitadas à face.
Movimentou-se, avançou, humi­lhou-se para auxiliar e perdoou infinita­mente, sem imobilizar-se um minuto, porque a imobilidade para ele constitui­ria adesão ao charco, no qual, ao invés de servir, converter-se-ia tão-só em veículo de corrupção.
É por isso que o ensinamento cristão da caridade envolve o completo esqueci­mento de todo mal.
"Que a vossa mão esquerda ignore o bem praticado pela direita."
Semelhantes palavras do Senhor induzem-nos a jornadear na Terra, exaltando o bem, por todos os meios ao nosso alcance, com integral despreocupação de tudo o que represente vaidade nossa ou incompreensão dos outros, de vez que em qualquer boa dádiva somente a Deus se atribui a procedência.
Procurando a nossa posição de servidores fiéis da regeneração do mundo, a começar de nós mesmos, pela renovação dos nossos hábitos e impulsos, olvidemos a sombra e busquemos a luz, cada dia, conscientes de que qualquer pausa mais longa na apreciação dos quadros menos dignos que ainda nos cercam será nossa provável indução ao estacionamento indeterminado no cárcere do desequilíbrio e do sofrimento.

Do livro Mediunidade e Sintonia, cap. 12, de Emmanuel, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier. 
Do www.oconsolador.com.br - Elucidações de Emmanuel - de 16-11-08.

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