O PRETENSO GOLPE DA CONSTITUINTE EXCLUSIVA

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 03-5-14
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Uma Constituinte Exclusiva (golpe institucional no melhor estilo do socialismo boliviariano do Foro de São Paulo) e o tão sonhado projeto de regulamentação da mídia (nos moldes de leis restritivas à liberdade de informação aprovadas na Argentina e Venezuela). Estas duas prioridades foram claramente definidas no espetaculoso 14º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo.
Concretamente, o evento petista deu uma travada na autofágica guerra interna no PT que pregava o “volta, Lula”. Boatos chegaram a revelar que Dilma Rousseff teria cometido a bravata de “ameaçar renunciar”, caso sua candidatura não fosse lançada, oficialmente, antes da convenção do PT. O rosto animado de Lula, levantando o braço de sua “campeã”, revela como o subconsciente trai quem falta com a verdade política...
O plano de golpe petralha ficou bem delineado. Além de puxar a votação simbólica para definir, claramente, que a Presidenta Dilma é a candidata è reeleição, sem o risco de ser atropelada pelo Presidentro Lula da Silva (que não poderia voltar de onde nunca saiu de fato), o presidente do PT, Rui Falcão, deixou claro que a reforma constitucional e a intervenção legal no controle dos meios de comunicação de massa são as prioridades do partido, após a prioritária luta pela vitória de Dilma. O plano golpista de Falcão foi endossado por Lula, olhando para Dilma: “Temos que discutir marco regulatório para democratizar os meios de comunicação. O que causa preocupação é que o principal partido de oposição à vossa excelência é a nossa gloriosa imprensa”.
Tem culpa a imprensa?
Lula não conseguiu mentir nem para ele mesmo, ao admitir, psicologicamente, que existe risco de derrota: “Nós estamos com o jogo mais ou menos garantido, mas não podemos entrar de sapato alto”. Só faltou o Presidentro ter a sinceridade de lembrar que os principais adversários de Dilma, que têm tudo para derrotá-la, foram fabricados por seu desgoverno: “aumento real do custo de vida” com “perda do poder de compra dos salários” (vulgo inflação), “juros cada vez mais altos” com “lucros recordes para os bancos e dificuldades para quitar o crédito tomado a fórceps” e “má gestão, excessiva interferência estatal e corrupção descontrolada que causaram enormes prejuízos a grandes investidores, principalmente estrangeiros, que só aceitam fazer novos negócios no Brasil se houver mudança no trono do Palácio do Planalto”.
O presidentro sepultou, definitivamente, a ameaça de ser candidato no lugar de Dilma: “Foi importante o Rui Falcão colocar aqui a Dilma como pré-candidata. Vamos parar de imaginar que existe outro candidato que não a Dilma, os adversários tiram proveito disso. Não podemos gastar energia com coisa secundária. Não teremos campanha fácil”. Lula terminou seu discurso de 35 minutos advertindo: “Dilminha, se me permite chamar assim. É só você preparar a agenda que o Lulinha estará junto com você para ganhar as eleições”.
Dilma abriu o discurso dela, que duraria intermináveis 58 minutos, puxando o saco do Presidentro: “Dirijo a você, presidente Lula, minhas palavras de respeito e carinho. É uma prova forte e contundente da nossa confiança mútua e os laços profundos que nos unem ao povo brasileiro”. Como era esperado, já se sentindo menos pressionada pelo risco de bola nas costas, proclamou que aceitava a “missão honrosa, desafiadora, de ser a pré-candidata do PT à Presidência”. Como boa marxista-brizolista, Dilma não deixou de meter o pau nas tais “elites” e no fantasma que mais a apavora, que é uma improvável volta de um regime militar:
“O rancor que os saudosistas do passado e uma certa elite têm de nós provém do nosso êxito e da nossa visão de Brasil, e não do fracasso pelo qual eles tanto torceram e torcem. Esse é um Brasil que não aceita retrocessos, mesmo que venham travestidos de novidade, da estranha novidade de medidas que se denominam impopulares e que, na verdade, são antipopulares. Vivemos um tempo estranho e temos que ficar atentos. Um tempo em que aqueles que até ontem não tinham a menor sensibilidade pela questão social se apresentam como paladinos da questão social. O Brasil não vai voltar no tempo, porque o povo não vai deixar”.
O discurso com frases negativas – e não afirmativas, como é recomendável pelo mais simplório marketing político em campanhas eleitorais – deixa clara a insegurança dos petistas com a conjuntura reeleitoral. Dilma tem tudo para perder a reeleição. Seus supostos opositores - Aécio Neves e Eduardo Campos – só precisam de algumas gotas de competência política para tirar o PT do poder. O PT no poder é a consolidação do projeto autoritário bolivariano do Foro de São Paulo – que vai consolidar o sistema Capimunista no Brasil. Por isso, a prioridade urgente é tirar a petralhada e seus comparsas do poder. Depois, reconstruir o País, limpando as cagadas que eles fizeram.
Falsa Faxineira para sempre
Psicologicamente, Dilma também deixou claro que seu grande temor é ter a imagem associada a um governo corrupto. Por isso, aproveitando para fazer uma defesa prévia dos escândalos na Petrobras - que mais a atormentam e lhe atingem diretamente, como ex-presidente do Conselho de Administração da estatal -, Dilma repetiu o discurso moralista, de paladina da honestidade e faxineira da corrupção, montado por seus marketeiros:
“Antes de nós, a corrupção era muitas vezes varrida para debaixo do tapete. Engavetava-se muito, investigava-se pouco. Agora que abrimos as gavetas, muito aparece e muito é investigado. Eu nunca admitirei ilícitos”.
Só não ficou claro se o “antes de nós” se referia aos tempos do Presidentro Lula ou aos tempos do FHC – que já deixou o poder há mais de 15 anos...
Para o discurso de falsa faxineira ficar completo, só falta os marketeiros lhe arrumarem um uniforme de fada, com uma vassoura vermelha, tendo a estrelinha do PT na ponta do cabo...
Eike forever
Alvo de investigações da Polícia Federal por suspeitas de crimes financeiros, Eike Batista conseguiu ontem duas façanhas econômicas.
O bilionário foi reeleito, junto com todos os seis membros do Conselho de Administração da Óleo e Gás Participações, incluindo seu pai, Eliezer Batista da Silva (vice-presidente).
E ainda garantiu R$ 21,015 milhões (aumento de 11% em relação ao ano passado) para remuneração dos administradores da empresa.
Excelente para uma empresa que está em recuperação judicial e fechou ano passado com R$ 17,5 bilhões de prejuízo...
Investidores se rebelam
Quem perdeu fortunas com as empresas de Eike já aciona o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários, para impedir que o empresário fique bem na fita.
Investidores já formalizaram ao MPF denúncias de que Eike manipulação de mercado, insider trading (uso de informação privilegiada) e lavagem de dinheiro.
Agora, investidores suspeitam que Eike esteja comprando a dívida da empresa, com descontos incríveis, com o objetivo de, no final das contas, ficar devendo para ele mesmo – o que significa sumir com o endividamento...
Responsáveis por tudo

 Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

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