DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 14-5-14

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA DE 14-5-14
Em 2007 – há exatos 7 anos – o Brasil ganhou da Fifa o direito de organizar a Copa do Mundo 2014.
O governo brasileiro teve todo esse tempo para cumprir suas tarefas, uma das quais seria garantir telecomunicação eficiente dentro e fora dos estádios da Copa.
Falta menos de um mês para o início dos jogos e – segundo o próprio governo – a maioria dos estádios, incluindo o Castelão, em Fortaleza, ainda não tem tecnologia 4G para garantir à mídia a telefonia móvel.
Em um país sério, já teria sido demitido o ministro das Comunicações.
No Brasil, é o próprio, pessoalmente, que anuncia a má notícia.
A culpa é dividida entre o governo e as operadoras.

NO ESTADÃO DE 14-5-14
Felipão não teria declarado mais de R$ 22 milhões, diz jornal
Publicação holandesa afirma que técnico da seleção é investigado por burlar o fisco de Portugal; Scolari nega
13 de maio de 2014 | 19h 23
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, é suspeito de evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Felipão teria deixado de declarar 7,4 milhões de euros (R$ 22,4 milhões pelo câmbio atual) entre 2003 e 2008, período em que treinou a seleção de Portugal. De acordo com documentos obtidos pelo site www.offshorealert.com e revelados pelo jornal holandês Het Financieele Dagblad, o Departamento de Investigação e Ação Penal de Portugal fez um pedido de assistência jurídica para os Estados Unidos para ajudar a apurar o caso.
Wilton Junior/Estadão
Felipão nega irregularidades
Felipão teria usado três empresas para burlar o fisco português. A suspeita é que o treinador utilizou a Flamboyant Sports CV, com sede na Holanda, para intermediar um contrato de imagem no valor de 200 mil euros (R$ 605 mil pelo câmbio atual) com a marca de roupas esportivas Nike. O treinador também teria contratos com a empresa inglesa Chaterella Investors Ltd (CIL ) e Taliston Financial, das Ilhas Virgens Britânicas.
Esses negócios somariam mais de 7 milhões de euros (R$ 21 milhões pelo câmbio atual). A Justiça de Portugal pediu a colaboração dos Estados Unidos porque os pagamentos teriam sido feitos em contas bancárias nos nomes de Felipão e de um dos seus filhos em Miami.
Em nota enviada ao Estado pela sua assessoria de imprensa, Felipão se defendeu. “Eu fiz todas as minhas declarações de renda corretamente. Em todos os Países que trabalhei sempre declarei os meus rendimentos. Tenho absoluta convicção da correção das minhas declarações. Se há algo errado, não é comigo. Que a justiça apure todos os fatos.” 

NO JORNAL DO BRASIL DE 13-5-14
Grupos preparam "Dia Internacional de Lutas contra a Copa do Mundo" para quinta
Atos serão realizados em 15 cidades brasileiras e em sete no exterior
Ana Luiza Albuquerque(*)
A próxima quinta-feira (15) promete ser um dia emblemático na resistência de grupos populares contra a Copa do Mundo 2014. A data foi batizada como o "Dia Internacional de Lutas contra a Copa do Mundo" e contará com atos em 15 cidades no Brasil e em sete no exterior, segundo o Comitê Popular da Copa SP. As manifestações estariam confirmadas em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Vitória, Cuiabá, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Belém, Fortaleza, São Carlos, Sorocaba, Campinas, Buenos Aires, Santiago, Bogotá, Barcelona, Paris, Londres e Berlim.
Alguns eventos já foram divulgados no Facebook. Em São Paulo, a concentração será na Praça do Ciclista, às 17h, e a passeata seguirá até o Estádio do Pacaembu. Em Salvador, o protesto terá início às 17h, na Praça da Piedade. Em Brasília, às 16h30, na Rodoviária Plano Piloto. Na cidade de Porto Alegre, o ato será às 18h, em frente à Prefeitura. Em Belo Horizonte, acontecerá na Praça Raul Soares, às 17h.

De acordo com o Comitê Popular da Copa de São Paulo, a articulação dos movimentos sociais, coletivos e ativistas protesta contra as nove mortes de trabalhadores na construção das arenas do Mundial, a remoção forçada de 250 mil pessoas por conta de obras, a proibição do trabalho ambulante e de artistas independentes pela Lei Geral da Copa, a violência cometida contra a população em situação de rua, a elitização dos estádios e a privatização do espaço público. Entretanto, a principal bandeira de luta do dia será a garantia da liberdade de manifestação antes, durante e depois da Copa. Segundo os organizadores, este direito constitucional está ameaçado por uma série de leis anti-manifestação e pelo recrudescimento das forças policiais. Somente na área da “segurança”, 2 bilhões de reais teriam sido gastos em armamentos, treinamentos e equipamentos de vigilância.
O lema do ato é "Copa sem Povo, tô na rua de novo!". Segundo Juliana Machado, membro do comitê, a expressão está ligada à frente de Resistência Urbana e ao ato que teve início no dia 8 de maio em São Paulo e que terá continuidade na própria quinta-feira, durante o dia, com ações do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e de outros grupos.
Outras manifestações
Nem a Embaixada do Brasil em Berlim escapou da ira contra o Mundial. Na madrugada de segunda-feira (12), o prédio foi apedrejado por pelo menos quatro pessoas encapuzadas. Por volta das 11h, um grupo divulgou um manifesto na internet, em alemão, assumindo a autoria do ataque e o atribuindo a uma ação contra os gastos excessivos com o evento. O texto foi finalizado com o mote "Não vai ter Copa".
No dia 8 de maio, movimentos sociais integrantes do grupo Resistência Urbana ocuparam sedes das construtoras OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez, denunciando o enriquecimento destas empresas em detrimento do trabalhador médio. As remoções e a crescente especulação imobiliária também foram criticados no ato. "As empreiteiras ficam com grande parte do recurso público, são grandes negócios do capitalismo. A construção das obras é para a elite. O governo precisa controlar a intervenção delas, porque essas empresas causam especulação imobiliária", declarou Natália Szermeta, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), à reportagem do JB. Ela garantiu que este foi somente o primeiro ato da campanha "Copa sem Povo, tô na rua de novo!", uma jornada para reivindicar que "os bilhões que estão sendo distribuídos para a construção do megaevento sejam utilizados para os trabalhadores".
Mais protestos à vista
De fato, parece que a Copa do Mundo não será recebida com tranquilidade. Diversos protestos devem continuar sendo organizados até o final do evento. Nos dias 23 e 24 de maio, está agendado no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente, o ato "Não vai ter Copa!". A reunião será contra as remoções forçadas, os gastos indevidos do dinheiro público, a elitização dos estádios e a repressão dos movimentos. Esta será a 7º manifestação em São Paulo contra o Mundial. Por sua vez, a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e outros movimentos sociais como o Passe Livre e a Central dos Movimentos Populares articulam mobilizações que devem começar antes da Copa.
Greves pressionam o governo
Além das manifestações, o governo enfrenta um forte conjunto de greves. Nesta terça-feira (13), no Rio de Janeiro, rodoviários, engenheiros da Prefeitura e professores das redes municipal e estadual estão paralisados. Além destes grupos, também estão em greve servidores do Ministério da Cultura e funcionários de diversas embaixadas brasileiras no exterior. Ainda há ameaça de paralisação durante a Copa por parte da Polícia Federal.
Os rodoviários grevistas pedem aumento de 40%, R$ 400 de auxílio-alimentação e fim da dupla função de motorista e cobrador. A greve continuará até o fim desta quarta-feira (14). Segundo o secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro, somente 18% da frota dos 8.749 ônibus urbanos está em circulação nesta terça-feira. Além disso, Pelo menos 75 ônibus foram apedrejados e 12 pessoas presas em atos de vandalismo, segundo a assessoria de imprensa da Rio Ônibus, que representa a classe patronal.
Os professores paralisados requerem que os acordos estabelecidos durante a última paralisação, que durou 70 dias, sejam cumpridos. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) garante que ainda não há 1/3 de atividades extra-classe, que não houve redução de 40 para 30 horas semanais, controle quantitativo dos alunos, nem revisão da matriz curricular. Outra reclamação é a diferença salarial entre professores da rede municipal, que estariam recebendo entre 18 e 25 reais por hora/aula. Segundo Gesa Linhares, uma das coordenadoras do sindicato, será realizada uma passeata após a assembleia unificada dos profissionais da educação, que acontecerá nesta quinta-feira, às 11h, no clube municipal da Tijuca. De acordo com ela, a adesão ao movimento até a noite desta segunda-feira foi de 50% na rede municipal do Rio de Janeiro e 30% na rede estadual. 
Os funcionários dos consulados do Brasil em Nova York e de outras representações diplomáticas nos Estados Unidos, como Houston, Atlanta, Los Angeles, São Francisco, no Canadá e na Europa entraram nesta terça em uma greve de 48 horas. Eles pedem o aumento de salários que estão sem reajustes, dependendo do caso, entre três e oito anos. Outra paralisação iniciada hoje foi a dos servidores o Ministério da Cultura, que buscam reivindicar a negociação de gratificações por titularidade e igualdade salarial com servidores da Agência Nacional de Cinema e da Fundação Casa Ruy Barbosa, entre outras reivindicações. No Rio de Janeiro, 18 museus, institutos e escritórios do Ministério da Cultura estão parados pela greve, que foi deflagrada por tempo indeterminado. A paralisação se deu justamente com a inauguração da 12ª Semana Nacional de Museus. Por sua vez, cerca de 1.200 engenheiros da Prefeitura do Rio também entraram em greve nesta terça-feira, anunciando três dias de paralisação por melhorias salariais. 
Ao mesmo tempo em que o técnico da Seleção, Luís Felipe Scolari, divulgava os jogadores convocados para a Copa, no dia 7 de maio, o Sindicato da Polícia Federal do Rio protestava por melhores condições de trabalho e aumento salarial. As autoridades federais ameaçam entrar em greve durante o Mundial caso não tenham suas reivindicações atendidas. Os manifestantes reclamam que o governo tem dinheiro para promover o evento, mas não para reestruturar a polícia.
(*) Programa de Estágio Jornal do Brasil
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 14-5-14
https://www.youtube.com/watch?v=Riix8HUtvL0
O vídeo (no link acima) que registra um trecho do palavrório de Lula no último Encontro Nacional do PT enfileira, em apenas 26 segundos, uma facada nas costas da razão, o extermínio de um plural e outro assassinato da verdade. É coisa de espantar mesmo quem já não se espanta com nada que venha do palanque ambulante.
“Disputa eleitoral é sempre troca de farpa, troca de acusação e nós temos alguns partido (sic) de oposição”, diz o mestre a seus discípulos. Uma eleição pode caber nesse reducionismo mequetrefe no submundo em que o ex-presidente nasceu, vive e morrerá. Em nações civilizadas, embates decididos nas urnas não têm parentesco com o vale-tudo em que o vitorioso é quem desfere golpes baixos com maior eficiência. Nas democracias de verdade, candidatos lutam por votos amparados em programas, ideias e pontos de vista.
Para concluir o sermão de missa negra, o celebrante se volta para Dilma Rousseff: “Mas o que me causa preocupação, presidenta, é que o principal partido de oposição a Vossa Excelência é a nossa gloriosa imprensa, que é o grande partido de oposição neste país”, capricha na redundância o recordista mundial de mentiras por minuto. O adjetivo “glorioso” identifica o jornalismo independente. O resto, muito apreciado pelo orador, é o lixão que junta jornais, revistas, canais de TV, emissoras de rádio, sites e blogs a serviço da seita lulopetista e de seu único deus.
Lula finge que a imprensa é um partido oposicionista para escapar de cobranças e perguntas que todo governante é obrigado a enfrentar em países onde efetivamente vigoram a liberdade de expressão e o direito à informação.
Que fim levou a autossuficiência na produção de petróleo proclamada em 2006 pelo fundador do Brasil Maravilha que continua importando milhões de barris? Ele também nunca soube nada sobre a compra do trambolho de Pasadena? O que aconteceu para que o preço da Refinaria de Abreu e Lima, tramada em parceria com Hugo Chávez, subisse de US$ 2 bilhões para US$ 20 bilhões? Um filho de um operário metalúrgico tornar-se multimilionário é apenas um milagre brasileiro? Onde estão as provas de que o mensalão foi apenas uma trama golpista dos loiros de olhos azuis? Como explicar o fiasco monumental da supergerente transformada em sucessora? Quando será balbuciado algum álibi vinculado às roubalheiras promovidas por Rosemary Noronha e seus amigos no escritório da Presidência da República em São Paulo?
É para furtar-se a essas e outras perguntas sem respostas convincentes que Lula resolveu decretar que a imprensa é um partido de oposição. Antes que use o mesmo argumento contra o Ministério Público, os procuradores e promotores de Justiça responsáveis por investigar as maracutaias que envolvem o ex-presidente devem cumprir seu dever e intimá-lo a contar o muito que sabe.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 14-5-14
A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou pedido de liminar no Superior Tribunal de Justiça para proibir greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal, ou mesmo “operação padrão”, previstas para o período da Copa do Mundo, e solicita a aplicação de multa diária de R$ 200 mil em caso de desobediência. A relatora, ministra Assusete Magalhães concedeu a liminar nesta terça (13).
A AGU sustenta que “operação padrão” é forma de pressão ilegítima e danosa para a sociedade, “uma modalidade atípica e ilegal de greve”.
A policia alemã, que investiga em sigilo o atentado a pedradas na embaixada do Brasil em Berlim, fará a segurança do prédio por seis meses. Para azar do líder dos Black Blocs, Pablo Capilé, que esteve na cidade na semana passada.
A iluminação do Cristo Redentor quase foi a pique na madrugada de ontem, no Rio. Primeiro sumiram os braços, depois a cabeça, fraquejou o corpo e quase o símbolo mais famoso do país apagou de vez.
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro acha que o ministro Joaquim Barbosa – presidente do STF, relator do mensalão e juiz de execuções penais nas horas vagas – tem obsessão por José Dirceu. Para ele, passou da hora do ex-ministro ingressar com habeas corpus.
Para o Itamaraty a ordem de liberar vistos para países como Líbia, Afeganistão, Paquistão, Irã e Iraque “sem consulta” ao Brasil “não contraria” os protocolos de segurança para a Copa do Mundo.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 14-5-14

NO BLOG DO NOBLAT DE 14-5-14
O Globo
A Justiça da Suíça bloqueou uma conta bancária por suspeitar que ela tenha sido abastecida com dinheiro de propina pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) Robson Riedel Marinho, chefe da Casa Civil do governador Mário Covas (1995 a abril de 1997).
Foi o próprio governador quem o nomeou conselheiro do TCE-SP. Segundo os suíços, Marinho teria recebido irregularmente US$ 2,7 milhões, de 1998 a 2005. De acordo com o Ministério Público (MP), o conselheiro recebeu dinheiro da Alstom para dar um parecer favorável à empresa em um contrato com antigas estatais. 

Carolina Brígido, O Globo
O novo presidente do TSE, Dias Toffoli, criticou a quantidade de partidos que existem hoje e o fácil acesso que eles têm aos direitos de tempo no rádio e na televisão, além do financiamento público, em seu discurso durante a cerimônia no cargo nesta terça-feira.
— Um desafio é a fragilidade partidária e o papel dos partidos como mediadores exclusivos de acesso ao poder. As intervenções dos períodos não democráticos, ao proibir os partidos, ao subjugá-los, levaram à ampla facilidade de criação dos partidos. O direito ao acesso de antena e ao financiamento público é o pêndulo. Ajustar o pêndulo parece tarefa urgente ao Congresso e ao Judiciário — afirmou. 

NO BLOG DO CORONEL DE 14-5-14
A Transposição do Rio São Francisco começou em 2007, pelas mãos do Exército. Sem dinheiro e sem projeto. O prazo de entrega era 2012. Mas na verdade os editais foram lançados em 2005 e desde lá o TCU alerta para as falcatruas cometidas na obra. Os primeiros editais de concorrência para elaboração do projeto, execução e supervisão das obras, foram cancelados em decorrência do sobrepreço detectado da ordem de R$ 400 milhões. Portanto, a obra começou não em 2007, mas em 2005. Depois de furar o primeiro prazo de entrega, que seria 2012, está prevista para ficar pronta em 2015. 
Ontem, Dilma Rousseff visitou a obra, novamente. Em meio a protestos da população de várias cidades. E declarou, com a maior cara de pau: "a obra foi subestimada. Mas, pela complexidade do projeto, posso afirmar que nenhum outro país conseguiria terminá-la em um, dois ou três anos", disse.
Sim, foi subestimada pelo PT. Não, não são três anos. Serão dez anos entre projeto, editais e final da obra. Isto se ficar pronto, porque tem tudo para Dilma não cumprir mais esta promessa. Os resultados até agora são um escândalo. Um superfaturamento de R$ 1,1 bilhão e um aumento de custos da ordem de R$ 3,5 bilhões. A Tranposição do Rio São Francisco é um símbolo da mentira e da incompetência petista.
Governo não sabe explicar porque 59% das obras da Copa não ficarão prontas. Gilberto Carvalho torce para frustração passar quando a bola rolar.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou ontem que o atraso nas obras da Copa do Mundo é "frustrante", mas que o "essencial" para o evento será entregue. A fala ocorreu em resposta a questão que citava o levantamento da Folha divulgado ontem, segundo o qual só 41% das obras e intervenções previstas pelo governo estão prontas, a menos de um mês para o início do Mundial.
"É uma frustração, claro. A gente lamenta isso. Mas as obras vão ficar prontas", declarou Carvalho. "Elas não são inúteis e não ficarão paralisadas. Serão concluídas, a serviço do povo." O ministro disse, porém, que obras essenciais, como aeroportos e vias de acesso aos estádios, serão entregues. Mesmo essas obras tiveram problemas. A reforma do aeroporto de Fortaleza, por exemplo, não saiu a tempo e o governo decidiu fazer às pressas um terminal de lona.
Carvalho deu as declarações em Curitiba, onde participou de seminário organizado pela Presidência da República e por centrais sindicais para debater o legado da Copa com movimentos sociais. No evento, a gestão petista também fez um mea-culpa: "O governo federal foi incompetente [no diálogo com a sociedade sobre a Copa]. Eu não deveria estar aqui hoje. Deveria estar dois, três anos atrás", disse o ministro à plateia, que o aplaudiu.
Sobre os protestos, Carvalho afirmou que o objetivo do evento, ou do governo, não é inibi-los, mas só pedir que sejam feitos sem violência. Para o ministro, o clima "anti-Copa" deverá arrefecer após o início do evento. Já a presidente Dilma Rousseff afirmou que estádios e aeroportos estão "encaminhados" para o evento. "Acho que a Copa tem todas as condições para ser um sucesso", disse ontem em entrevista em Jati, no Ceará, onde visitou obras de transposição do rio São Francisco.
OUTRO TOM
O ministro Aldo Rebelo (Esporte) usou ontem tom diferente ao de Carvalho. No programa "Bom Dia, Ministro", da TV NBR, ele disse que a Copa ajudou o país a acelerar obras, mesmo aquelas que não ficarão prontas a tempo. "As obras de mobilidade eram do PAC e estavam planejadas independentemente de o Brasil receber a Copa. São obras de que nossas metrópoles careciam para melhorar o tráfego. (...) A Copa ajudou e ajuda, sim, o Brasil a ter uma infraestrutura melhor." (Folha de São Paulo)

A Justiça Federal encaminhou ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, material sobre o envolvimento do deputado federal André Vargas (ex-PT) com o doleiro Alberto Youssef. O parlamentar é suspeito de corrupção passiva e tráfico de influência ou advocacia administrativa.
Os indícios foram apurados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que resultou na prisão do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e de Youssef. O doleiro é suspeito de chefiar esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões e tinha elos com partidos como o PT, PP e PMDB.
Um desses indícios, revelado pela Folha, foi o empréstimo do jatinho de Youssef a Vargas para uma viagem de férias --o voo tem custo estimado em R$ 110 mil. Vargas também ajudou laboratório controlado por Youssef, o Labogen, a obter parceria de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde. "Há indícios de que a Labogen não teria estrutura mínima para a obtenção da parceria", escreveu o juiz Sérgio Moro no despacho enviado ao Supremo.
A parceria foi cancelada após a Folha revelar que o doleiro estava por trás do negócio. Ministro à época do acordo, Padilha diz apoiar o rompimento e nega envolvimento.Para o advogado de Vargas, José Batochio, o juiz extrapolou sua função ao citar os crimes sobre os quais acredita haver indícios contra o deputado. Já o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto, diz ser "um equívoco" enviar apenas uma parte da investigação ao STF. (Folha de São Paulo)

Michel Temer, vice-presidente e presidente licenciado do PMDB, assina o livro do Espaço Institucional da Odebrecht, em São Paulo. Marcelo Odebrecht, ao seu lado, assinou uma super doação de R$ 11 milhões para o PMDB. Deve ser por afinidade ideológica.
Com uma megadoação de R$ 11 milhões, em três parcelas, a empreiteira Norberto Odebrecht respondeu por quase dois terços de todos os recursos que o PMDB recebeu de pessoas jurídicas em 2013, segundo a prestação de contas entregue pelo partido à Justiça Eleitoral. Outros R$ 2,8 milhões foram doados por 14 empresas do setor de bebidas - a maioria distribuidoras da Coca-Cola nas regiões Nordeste e Sudeste.
Apenas 20 empresas aparecem na lista de financiadores do PMDB em 2013 - ou seja, 70% delas são do setor de sucos e refrigerantes. Quase todas aparecem na lista de integrantes da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir).
As doações da Odebrecht chamam a atenção pelo volume, ainda mais em se tratando de um ano não eleitoral. Os R$ 11 milhões superam o valor doado pela empresa em toda a campanha de 2010, quando houve eleições para a Presidência e para os governos das 27 unidades da Federação, além do Congresso e das Assembleias Legislativas. Na época, as contribuições da empreiteira, somadas, chegaram a R$ 6,1 milhões. Corrigido pela inflação, o valor sobe para R$ 7,5 milhões. Em um distante segundo lugar na lista das empreiteiras doadoras aparece a Andrade Gutierrez, com R$ 500 mil.
Refrescos 
Do setor de bebidas, a maior doação para o partido, de pouco mais de R$ 1 milhão, saiu da indústria Spal, ligada ao grupo Femsa, que produz e distribui os refrigerantes da Coca-Cola no Brasil. O senador Eunício Oliveira (CE), tesoureiro do diretório nacional do PMDB, foi procurado para explicar as contribuições de empresas ao partido, mas não se manifestou.
Além dos recursos privados, o PMDB contou com R$ 43,3 milhões do Fundo Partidário para financiar suas atividades. O fundo é formado por recursos públicos e dividido majoritariamente de acordo com a votação de cada partido na eleição para a Câmara dos Deputados. O total de receitas dos peemedebistas chegou a R$ 63 milhões.
Os dados estão na prestação de contas que o PMDB entregou ao Tribunal Superior Eleitoral. O prazo final para o partido prestar contas terminou no último dia 30, mas só ontem, passadas quase duas semanas, as informações foram publicadas pelo TSE em seu site. (Estadão)

NO BLOG DO JOSIAS DE 14-5-14
Líder do PMDB e candidato ao governo do Ceará, o senador Eunício Oliveira propôs ao PSDB uma parceria no Estado. Deseja formalizar uma aliança, incluindo em sua chapa o tucano Tasso Jereissati, que ensaia uma candidatura ao Senado. Fez a proposta em conversas com o líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), e com o presidenciável Aécio Neves. Antes, avisou ao ministro Aloisio Mercadante (Gabinete Civil) e à própria presidente Dilma Rousseff.
Na proposta do PMDB, Eunício pediria votos para Dilma e Tasso montaria um palanque para Aécio no Ceará. Em privado, Eunício não excluiu a hipótese de migrar para Aécio, a depender do modo como o governo e o PT irão tratá-lo durante a campanha. O tucanato ainda não deu resposta. Tasso já havia recebido proposta semelhante de Roberto Pessoa, um ex-prefeito que cogita disputar o governo cearense pelo também governista PR.
De acordo com o Ibope, Eunício e Tasso são, hoje, os dois candidatos mais bem postos no Ceará. Um alcança percentuais de até 46%, dependendo do cenário pesquisado. Outro vai a 49%. O líder peemedebista acredita que, reunidas numa chapa, as candidaturas se potencializam. O eleitor de Tasso que não vota em Eunício poderia mudar de ideia. E vive-versa.
Ainda que não leve a nada, o flerte de PMDB e PR com o PSDB revela que a arca governista explodiu no Ceará. Dilma e Mercadante conversaram com o governador cearense, Cid Gomes (Pros), sobre a hipótese de apoiar a candidatura de Eunício. Mas a ideia não parece entusiasmá-lo. O PT rachou. Um pedaço se dispõe a apoiar o candidato que Cid ainda não escolheu. Outro naco fechou com Eunício. “Estão me jogando no colo do PMDB”, disse ele, em privado.

Eleita como supergerente, Dilma Rousseff chega ao fim do mandato com dificuldades para gerenciar o vexame da Transposição do Rio São Francisco. Chefe da Casa Civil de Lula, Dilma coordenava o PAC, que tinha na transposição uma prioridade. Na campanha de 2010, a obra foi à vitrine como grande feito do presidente-operário e da candidata-gestora. Na campanha de 2014, virou um estelionato verbal.
Obra de transposição do rio São Francisco recebe políticos de governo e oposição10 fotos1 / 10
14.out.2009 - O então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, posa ladeado pela então ministra da Casa Civil do governo, Dilma Rousseff, do ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) (à esquerda) e do governador de Minas Gerais à época, Aécio Neves (PSDB), durante visita às obras de transposição do rio São Francisco no Estado Leia maisRicardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação
Nos planos originais da ex-gerente, o sertão seria irrigado ainda em 2010. Não deu. Dezessete dias antes de passar a faixa presidencial para Dilma, Lula vaticinou, numa visita sentimental ao canteiro do São Francisco: “Estou percebendo que a obra vai ser inaugurada definitivamente em 2012, a não ser que aconteça um dilúvio…” Era mais conversa mole.
Nesta terça-feira (13), instada a comentar o vexame do dilúvio seco, Dilma como que assumiu sua condição de ex-Dilma: “A gente começou bastante inexperiente, e houve uma subestimação. Em nenhum lugar do mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão. Ela é bastante sofisticada, leva um tempo de maturação. Houve atraso porque se superestimou a velocidade que ela poderia ter, minimizando a complexidade.”
Ministra, Dilma avalizara um orçamento de R$ 4,8 bilhões. Presidente, convive com previsões que jogam o custo da transposição para R$ 8,4 bilhões. Na pele de ‘Mãe do PAC’, a supergestora autorizara a implantação dos canteiros de obras a partir de “projetos básicos”, eufemismo para uma falta de planejamento que agora estoura no colo da ex-bambambã.
No cronograma oficial, a fita da transposição será cortada em 2015, primeiro ano do mandato do próximo presidente. No paralelo, a coisa é empurrada para 2016. O TCU suspeita que, se não melhorar a gestão, o atraso pode ser ainda maior. Mas a recandidata não se dá por achada. Ela agora acena com uma transposição em conta-gotas. E promote as primeiras gotas já para 2014.
“Vamos antecipar a chegada de água às pessoas, não necessariamente com inauguração formal. A obra tem estágios. Vai ficando pronto, e nós vamos deixando para uso da população.” Alvíssaras! Os sertanejos já preparam as tinas e os baldes. Os mais ingênuos já coçam o dedo indicador, aquele que pressiona as teclas da urna eletrônica.





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA