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A GRAVE CRISE NA VENEZUELA

Venezuela: Crise de abastecimento de produtos básicos se intensifica
Por Agência Brasil, com Agência Lusa
BOGOTÁ - A crise de abastecimento se intensifica na Venezuela e atinge hotéis do país. Além disso, as companhias aéreas anunciaram suspensões nas rotas oferecidas para Caracas, alegando falta de pagamento. Dados divulgados pela imprensa venezuelana indicam que atualmente a escassez no país se aproxima de 30% para 19 produtos da cesta básica, especialmente sabonete, papel higiênico, açúcar, café, óleo de cozinha, leite, feijão, farinha e queijo, entre outros.
De acordo com a Federação de Nacional de Hotéis da Venezuela (Fenahoven), os hotéis do país enfrentam dificuldades para suprimento de papel higiênico, sabonetes e detergentes, produtos necessários ao funcionamento diário dos estabelecimentos.
"Não somos importadores nem fabricantes de produtos e matérias-primas, mas fazemos uso delas. Padecemos de problemas de abastecimento", disse Leudo González, presidente da federação em declarações à imprensa. Segundo ele, a escassez já começa a causar dificuldades para “oferecer as condições necessárias à hospedagem de clientes". A entidade representa 3 mil estabelecimentos em todo o país.
Por outro lado, as companhias aéreas voltaram a alertar sobre o risco de suspensão de voos para a Venezuela, devido à falta de pagamento de dívidas acumuladas pelo governo. A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) anunciou na sexta-feira que várias companhias aéreas poderão suspender operações na Venezuela, por causa dos atrasos no pagamento de dívidas acumuladas desde o início de 2013.
"Se a situação continuar a piorar, as companhias áreas vão ter que tomar medidas drásticas e mais transportadoras vão sair do mercado, apesar de não ser essa a intenção", disse Peter Cerda, vice-presidente da Iata para as Américas.
Cerda explicou que a suspensão de operações é uma decisão "muito difícil de tomar" pela aproximação que existe entre as empresas e o público venezuelano, mas lembrou, por outro lado, que o governo da Venezuela continua sem formalizar qualquer acordo de pagamento.
As declarações do vice-presidente da Iata foram feitas no mesmo dia em que a empresa Alitalia anunciou que irá suspender as suas operações na Venezuela a partir de 1º de junho, pela falta de pagamento de US$ 187 milhões de dívidas do governo venezuelano. Em março, a Air Canadá já havia suspendido as operações para Caracas.
A Iata já se reuniu com o governo venezuelano e pediu o pagamento da dívida acumulada de quase U$S 4 milhões de dólares. No país, há controle de câmbio desde 2003 e, por isso, o dinheiro das passagens vendidas em território venezuelano deve ser repatriado às empresas, o que não vem ocorrendo. Em março, o governo Nicolás Maduro informou que estava preparando um calendário para pagar as dívidas.
Segundo a Associação de Companhias Aéreas da Venezuela, desde janeiro, 11 das 26 transportadoras que voam para Caracas reduziram a oferta de lugares. Em alguns casos, houve redução de 80%, devido à impossibilidade de repatriar os capitais correspondentes às vendas.
Prisões
Internamente, o diálogo entre a oposição e o governo também foi estremecido após as prisões de 243 jovens há duas semanas, quando a polícia destruiu acampamentos de estudantes manifestantes.
Partidos opositores suspenderam o diálogo e informaram que esperariam a chegada de uma comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para entregar um relatório das últimas semanas. Uma visita dos chanceleres estava prevista para a quinta-feira passada, dia 15, mas foi adiada.
Segundo o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, visitará Caracas amanhã, domingo, para dar continuidade ao processo de diálogo entre o governo venezuelano e as forças da oposição.
Nessa sexta-feira, a Unasul emitiu um comunicado em sua página, solicitando que o diálogo não seja interrompido e que a oposição continue a negociação com o governo.
É neste contexto que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que chegou ontem a Caracas, fez sua terceira visita à capital venezuelana. A primeira foi em 2009. Segundo a embaixada do Estado Palestino em Caracas, além da assinatura de acordos de cooperação, a visita de Abbas representa o apoio palestino ao governo Nicolás Maduro.

*Com informações da Tv Multiestatal Telesur

Do Valor Econômico de 17-5-14.

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