DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 22-4-14

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 21-4-14
Publicado no Estadão de 21-4-14
O governo federal prepara uma “forte campanha de mídia” para convencer o contribuinte de que a realização da Copa do Mundo é boa para o País. Nas palavras do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, há a necessidade de fazer um esforço de propaganda para servir de contraponto ao noticiário negativo. “A imprensa mente para caramba”, declarou Carvalho, na característica linguagem autoritária do governo petista, para o qual qualquer crítica equivale a uma tentativa de golpe.
Segundo disse o ministro em encontro com militantes de movimentos sociais, o governo se equivocou ao permitir que se criasse “uma visão parcial e distorcida” a respeito dos gastos com estádios e dos atrasos de obras. Na opinião dos governistas, portanto, os inúmeros problemas relativos à Copa não existem ─ trata-se de manipulação da imprensa.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 22-4-14
Diante da tentativa do governo Dilma de naufragar investigações contra Petrobras, os partidos de oposição – PSDB, SDD e DEM – decidiram apostar fichas na comissão externa criada para apurar as denúncias de corrupção. A estratégia será mirar empresas que tem contratos com a estatal e para as quais o ex-diretor Paulo Roberto Costa operava em troca de propinas, em muitos casos de até 50% do valor do contrato.
Planilhas obtidas na operação Lava Jato detalham empresas e o valor das comissões cobradas por Paulo Roberto, preso pela Polícia Federal.
Trabalhadores da plataforma P-33, na Bacia de Campos, reclamam da precariedade da unidade. Falta copo plástico para água, fio dental, assento sanitário etc. De sobra só as baratas que infestam o refeitório.
A Câmara dos Deputados vai gastar R$7,3 milhões para limpeza e manutenção de garagens e de apartamentos funcionais em Brasília, onde a maioria de Suas Excelências não mora, ainda que de graça.
O índice de 5% de desemprego apresentado pelo IBGE contempla as pessoas que procuram trabalho. Muitas devem ter desistido, pois a criação de vagas de março de 2014 caiu quase 90% frente a 2013.
…é a Copa do Mundo que não está preparada para o Brasil.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 22-4-14

NO BLOG DO CORONEL DE 22-4-14
A perda bilionária registrada com a refinaria de Pasadena, que tem exigido da presidente Dilma Rousseff e de executivos da Petrobras um grande esforço para explicar sua compra, poderia ter sido um negócio com impacto financeiro bem menor caso a empresa tivesse topado vendê-la de volta aos sócios, como eles chegaram a propor.
O grupo belga Astra, de quem a Petrobras comprou metade da refinaria em 2006 por US$ 360 milhões, aí incluídos estoques de petróleo, sugeriu ao então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli recomprar a fatia na empresa, em 2007. Na época, os dois sócios começaram a divergir sobre os planos para investir na unidade.
A informação consta de depoimentos dados por executivos do Grupo Astra à Associação Americana de Arbitragem, aos quais a Folha teve acesso. O tribunal foi um dos que julgaram a disputa entre as sócias entre 2008 e 2012.
Gilles Samyn, então presidente do Conselho de Administração da Astra Transcor, acionista da Astra Oil, contou que, em conversa telefônica com Gabrielli em agosto de 2007, ambos reconheceram as dificuldades em chegar a um consenso sobre os investimentos para dobrar a capacidade da refinaria, como queria a Petrobras.
O custo era de US$ 2,5 bilhões, considerado alto pela Astra. "Para resolver a questão, eu ofereci comprarmos de volta a participação de 50% da Petrobras, mas Gabrielli insistiu que isso deveria ser resolvido de outra maneira", afirmou o executivo na arbitragem.
Em 14 de setembro de 2007, Samyn reuniu-se com Gabrielli e Nestor Cerveró, então diretor internacional da Petrobras, na Dinamarca. Samyn disse ter refeito a oferta. "Gabrielli, em resposta, sugeriu oferecer, até o fim de setembro, uma proposta firme para comprar da Astra o resto da refinaria e da trading' comercializadora de combustível".
Outro depoimento, do então presidente da Astra Oil Mike Winget, também presente à reunião de Copenhagen, confirma a versão: "Gabrielli se recusou a vender de volta a participação e insistiu que Petrobras deveria comprar a participação da Astra".
Ainda segundo o depoimento, ao fim de setembro, a Petrobras enviou proposta de US$ 550 milhões pelo restante de Pasadena. Samyn, então, teria dito que a Astra esperava receber US$ 1 bilhão. Samyn e Winget foram ao Rio, onde, no dia 26 de novembro de 2007, Cerveró afirmou ter autorização do Conselho de Administração da Petrobras para oferecer até US$ 700 milhões pela refinaria.
PLANEJAMENTO
Em 5 de dezembro, depois de intensa troca de correspondências com Samyn, Cerveró assinou carta concordando em pagar os US$ 700 milhões e mais US$ 88 milhões pela "trading". No final, após uma batalha judicial encerrada em 2012, a Petrobras acabou pagando US$ 885 milhões pelo resto da refinaria. No total, a estatal brasileira desembolsou US$ 1,25 bilhão por um negócio comprado pela Astra por apenas US$ 42,5 milhões em 2005.
Dilma, que presidia o Conselho de Administração da Petrobras à época da compra da refinaria, afirmou recentemente que só aprovou o negócio porque Cerveró enviou ao Conselho um parecer falho, que omitia cláusulas que eram desvantajosas para a estatal. A declaração gerou polêmica e fez a oposição cobrar a criação de uma CPI para investigar o negócio.
Procurado, Cerveró não retornou os contatos. Gabrielli disse que a refinaria "atendia ao planejamento estratégico da companhia, definido no governo de Fernando Henrique, que previa investir em refino no exterior". A Petrobras informou que só se pronuncia depois de concluída a investigação interna. A Astra não comentou o caso. (Folha de São Paulo)

Voltemos à foto histórica! Você tem alguma dúvida de que Gabrielli, Graça Foster, Dilma Rousseff e Paulo Roberto Costa eram uma equipe totalmente afinada na Petrobras?
Dilma Rousseff não pode achar que os brasileiros são idiotas e que ela pode fugir das suas responsabilidades alegando que está em ata que ela não conhecia as cláusulas do negócio escandaloso de Pasadena. As cláusulas, segundo o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, em depoimento na Câmara, afirmou que estas cláusulas são "inócuas" e que existem em qualquer contrato da Petrobras. Ninguém desmentiu. Nem Dilma. Nem Graça Foster. Por que não mostram outros contratos provando que estas cláusulas só existiram para a negociata de Pasadena?
Mas há outras responsabilidades da qual Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras, cargo máximo na governança da estatal. Por que não pediu para ler o contrato ou para ter maiores informações diante de um negócio novo e tão vultoso? Por que, posteriormente, ao tomar conhecimento das cláusulas e que as informações estariam incompletas, não demitiu Nestor Cerveró e, em vez disso, promoveu o culpado para uma Diretoria Financeira da Petrobras Distribuidora? Por que, quando soube da perda bilionária da Petrobras, lá em 2008, Dilma Rousseff não determinou a abertura de sindicância interna, o que só ocorreu agora, após a prisão de Paulo Roberto Costa, o outro ex-diretor que montou um verdadeiro propinoduto na companhia?
É claro que Dilma Rousseff não pode fugir das suas responsabilidades. Neste aspecto, José Sérgio Gabrielli esta coberto de razão. É José mas não é Dirceu e não quer pagar o pato pelas tramóias e falcatruas desta organização criminosa chamada PT.

Dilma com o ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), um dos nomes cotados a aparecer nas gravações da Polícia Federal
Dilma com Fernando Collor de Mello, outro suspeito de operações nada republicanas na Petrobras.
Dilma, no seu modelito laranja da Petrobras, com o deputado Luiz Argôlo (PP-BA), já flagrado nos grampos da Polícia Federal em rolos com a estatal.
Petistas e integrantes da cúpula do governo apostam que, se a CPI da Petrobras não for enterrada nesta semana, como eles esperam, a polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena tenderá a "morrer" em breve. Para o grupo, apesar das declarações de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, segundo o qual a presidente Dilma Rousseff tem, sim, responsabilidade pelo negócio, a estratégia da oposição de manter a petista no foco do debate não prosperará por muito mais tempo.
Em entrevista publicada anteontem em "O Estado de S. Paulo", Gabrielli disse que Dilma "não pode fugir à responsabilidade" no caso, mas não fez acusação concreta à presidente, que chefiava o Conselho de Administração da Petrobras quando o negócio de Pasadena foi aprovado.
Nas contas internas, o noticiário das próximas semanas será dominado pela quebra de sigilo dos 34 celulares do doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava Jato. A Polícia Federal suspeita que Youssef tinha vasta conexão com autoridades públicas.
Para não alimentar a polêmica em torno da Petrobras, o Planalto adotou a estratégia de colocar panos quentes na declaração de Gabrielli. Alguns interlocutores que, até a semana passada, celebravam achar ter conseguido tirar da presidente do foco do negócio, admitiam ontem o temor de ver a chefe mais uma vez envolvida no caso.
Hoje a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber deverá tomar a decisão sobre a abrangência da CPI da Petrobras; se ampla, como quer o governo, ou restrita, como deseja a oposição.
O Planalto não quer CPI alguma, mas trabalha por uma investigação mais extensa, incluindo suspeitas de irregularidades na oposição. Assim, calcula desarmar o ímpeto do PSDB e do PSB por um inquérito parlamentar. Já esses duas siglas operam por uma CPI focada na Petrobras para investigar o governo. (Folha de São Paulo)

Miguel Rossetto e Dilma Rousseff
A Polícia Federal investiga por que o nome e o telefone do ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) estão numa agenda do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, indiciado sob suspeita de integrar esquema de lavagem de dinheiro comandado por doleiros. A agenda, com anotações referentes a 2012 e 2013, foi apreendida na Operação Lava Jato, deflagrada em março para apurar movimentação suspeita de R$ 10 bilhões.
A PF verifica eventuais ligações dos nomes e empresas citadas com o esquema investigado. Num segundo momento, os agentes pretendem averiguar se as pessoas citadas participaram ou não de irregularidades. O nome de Miguel Rossetto está grafado com apenas um "t". Abaixo dele, há dois números de telefones. Um deles é o da Petrobras Biocombustível, subsidiária da estatal que Rossetto comandava até o mês passado, quando foi convidado por Dilma Rousseff para reassumir o Desenvolvimento Agrário.
A agenda apreendida contém ainda nomes de empresários, diretores e presidentes de firmas ligadas à Petrobras e siglas e iniciais que a PF acredita serem de políticos, alguns do PP. Todos os citados --inclusive o ministro-- negam qualquer relação com os negócios do ex-diretor da Petrobras colocados sob suspeita pela PF.
O ministro diz desconhecer por que o nome e o telefone dele estão na agenda de Costa. "Minha relação com ele era de trabalho quando ele era do conselho [de administração da subsidiária]. Não sei porque ele anotou isso", disse, via assessoria.
Em dezembro do ano passado, Rossetto esteve no Congresso para explicar a compra de duas usinas pela subsidiária da Petrobras por R$ 255 milhões. À época, negou qualquer irregularidade e disse que as compras tinham o respaldo de pareceres técnicos. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT DE 22-4-14
Jamil Chade e Andreza Matais, Estadão
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato prestou depoimento à Justiça Italiana sobre suposto envolvimento com o italiano Valter Lavitola, conhecido como operador do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi.
Investigações conduzidas pela Justiça italiana apontam que Henrique Pizzolato mantinha uma "relação estreita" com Lavitola, que já morou no Brasil e hoje está preso nas proximidades de Nápoles. Os indícios apontam para a existência de "negócios conjuntos" que envolveria interesses de empresas de telecomunicações italianas no Brasil.

O Globo
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo", mostra que apenas 17% dos eleitores conhecem "bem" ou "um pouco" os três principais pré-candidatos a presidente da República: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A pesquisa foi realizada pelo Datafolha nos dias 2 e 3 de abril.
Considerando apenas os eleitores que afirmaram conhecer os três principais candidatos, Eduardo Campos estaria à frente com 28% das intenções de votos, seguidos por Dilma, com 26%, e Aécio com 24%. 

Cleide Silva, Estadão
Diante da ameaça de uma crise no setor automobilístico, com vendas no mercado interno e exportações em queda, empresas dando férias coletivas e abrindo programas de demissão voluntária (PDV), empresários e sindicalistas voltam ao governo federal para retomar discussões sobre a criação de um sistema nacional de proteção ao emprego.
A proposta é adotar um programa similar ao da Alemanha. O modelo alemão prevê que, em tempos de crise, os trabalhadores são afastados, mas não são demitidos. Eles continuam vinculados à empresa e recebem seus salários, boa parte paga pelo governo.

NO BLOG DO JOSIAS DE 22-4-14
De volta de uma viagem oficial à China, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), declarou que o processo aberto no Conselho de Ética contra o deputado André Vargas (PT-PR) tornou-se “irreversível”. Será levado ao plenário mesmo que o parlamentar resolva renunciar ao seu mandato.
A renúncia só seria um lenitivo para André Vargas se ele a tivesse formalizado antes da instauração do processo, explicou Henrique. O Conselho de Ética já nomeou inclusive um relator para o caso, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). “Na hora que se instaurou, o processo passou a ser irreversível”, enfatizou o presidente da Câmara. “Não há mais como reverter a situação.”
Henrique disse ter comunicado sua decisão ao próprio André Vargas. Fez isso na semana passada, na quinta-feira (17), quando ainda estava do outro lado do mundo. Contou que foi acordado por um telefonema do deputado. No Brasil, os relógios marcavam 15h. Na China, eram 4h da madrugada. Ao ler o nome do colega no visor do celular, Henrique decidiu atender.
“Expliquei tudo a ele”, relatou Henrique. “Depois, ainda pedi ao Mozart [Vianna, secretário-geral da Mesa da Câmara] que ligasse para o André. Ele ligou, deu as razões técnicas. Não tem mais o que fazer. Não se trata de ser simpático ou antipático com ninguém. Trata-se de respeitar a Constituição e o regimento da Câmara. Algo que, como presidente da Casa, eu tenho a obrigação de fazer.”
Henrique dissolveu outra polêmica relacionada ao caso. Na semana passada, membros do Conselho de Ética disseram que uma eventual renúncia de André Vargas teria seus efeitos suspensos até que o plenário da Câmara decidisse sobre o provável pedido de cassação do seu mandato. Não é bem assim.
Na visão de Henrique, “a renúncia é um ato unilateral”. Assim, disse o presidente da Câmara, “se a renúncia ocorrer, eu acatarei. E convocarei o suplente imediatamente.” Por quê? “Nao faz sentido ele renunciar, me encaminhar a renúncia e eu engavetar o documento. Se eu fizesse isso, teríamos um renunciado que não renunciou, o que não é admissível.”
“O nome do André Vargas permaneceria no painel”, prosseguiu Henrique. “Se quisesse, ele poderia continuar votando. E qualquer pessoa poderia questionar na Justiça o resultado de uma votação que tivesse a participação de um deputado que já renunciou. Insisto: não tem lógica. Se renunciar, o processo prossegue normalmente. Mas o suplente será convocado.”
Quando acordo o presidente da Câmara em plena madrugada chinesa, André Vargas já havia comunicado à imprensa e ao presidente do PT, Rui Falcão, que renunciaria ao mandato. Deu meia-volta ao constatar que a fuga, por tardia, não o livraria do julgmento no plenário. Incomodados com os respingos da sangria do filiado ilustre na já combalida imagem do PT, dirigentes petistas ainda pressionam Vargas para que renuncie.
Na conversa telefônica com Henrique, André Vargas repisou a tecla segundo a qual o único erro que cometeu foi o de realizar uma viagem de férias com a família num jato alugado pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. Disse que fará sua defesa no Conselho de Ética.
Ainda que fosse verdade, a situação de André Vargas não seria simples. O aluguel do Learjet 45, presente do amigo-doleiro, custou R$ 100 mil. Pilhado, Vargas disse que pagara o combustível. Desmentido pelos fatos, alegou ter recorrido a Youssef porque as passagens em voos de carreira estavam muito caras. Faltou-lhe nexo.
Para complicar, escalou a tribuna da Câmara para dizer que o favor aéreo não resultara em nenhum favor ao doleiro. De novo, os fatos se encarregaram de desdizê-lo. Mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal revelaram que André Vargas, então vice-presidente da Câmara, fez lobby para que o laboratório Laborgen, usado por Youssef para lavar dinheiro, obtivesse um contrato milionário no Ministério da Saúde.
Nesta semana, outro deputado enroscado com o doleiro preso sera levado ao Conselho de Ética da Câmara. Chama-se Luiz Argôlo (SDD-BA). Ele também trocou mensagens com Youssef. Apalpadas pela PF, revelaram indícios de um relacionamento monetário. Envolve até a entrega de dinheiro em domicílio, no apartamento functional da Câmara. Conforme noticiado aqui, os partidos que representaram contra André Vargas planejam fazer o mesmo com Argôlo.

Criada por Juscelino no deserto central, em ritmo de truque cinematográfico, Brasília faz aniversário de 54 anos neste 21 de abri de 2014. A cidade convive com a má fama desde o berço, que no seu caso foi um canteiro de obras lamacento. Ali, em meio ao movimento de máquinas pesadas, nasceu o Brasil moderno. Um país que esconde atrás do Ordem e Progresso o verdadeiro lema da nossa ilicitocracia: “Quanto eu Levo Nisso?”.
Decorridas mais de cinco décadas, a nação ainda olha para Brasília com o rabo do olho. Num esforço para não passar recibo, o país vê sua Capital sem olhar. Faz cara de nojo e sonha com o dia em que um herói surgirá do nada para enfrentar o Monstro do Lago Paranoá. O Brasil nunca encarou o Monstro do Lago de frente. Mas, como numa maldição presumida, sabe que ele está lá, escondido, mastigando propinas, protegido por carpas verbívoras e pelo Marcos Valério.
A nação anda meio decepcionada com Dilma, a supergerente que todos supunham talhada para enfrentar o Monstro do Lago. Os brasileiros ainda se lembram do processo de escolha. Vendo que chegava a hora de largar o poder, pois um terceiro mandato pegaria muito mal, Lula, a penúltima vítima do Monstro do Lago, debruçou-se sobre as biografias nacionais à procura de virilidade. E pinçou a mulher-maravilha.
Os que ainda não conheciam o talento de Lula para a estratégia política estranharam. Mas logo se revelou sua manobra genial. Como a cara feia de Dilma não foi páreo para o Monstro do Lago, Lula pode agora espalhar a insinuação de que conhece alguém capaz de livrar Brasília de sua maldição: Lula.
É verdade que a última tentativa resultou em malogro. Atravessada por um raio, que o Monstro do Lago disparou com um olhar, toda a tropa do cavaleiro sindical do ABC apodreceu. Teve de ser enviada à Papuda. Mas, mesmo que passem séculos, muitos acreditarão que aquele Lula imaculado, aquele mito que não sabia de nada, ainda vive. Ele e sua inocência podem ser buscados em São Bernardo tão logo a nação perceba que o Aécio Neves e o Eduardo Campos não estão à altura do desafio.
À espera de alguém que o trucide —ou o converta numa prova processual—, o Monstro do Lago olha para o Brasil que cerca Brasília. E se diverte com o esmeradíssimo esforço com que o país evita retribuir os seus olhares. O brasileiro sabe que o Monstro do Lago está de olho. Foge de encará-lo para não enxergar em suas retinas o reflexo de um culpado.
Assim como o Lago Paranoá, o Monstro do Lago é artificial. Um foi criado para atenuar a secura desértica de Brasília. Outro surgiu para aliviar o sentimento de culpa do resto do Brasil. A corrupção não é um produto natural de Brasília. O governo por licitação mutretada, o lobby como programa, o escurinho como habitat… nada disso veio junto com a água do lago. Essas coisas brotam nos Estados. E você se encarrega de mandar para Brasília.
Na sua manifestação mais recente, essa inesgotável vocação do brasileiro para a escolha do pior desfilava por Brasília disfarçada de André Vargas. A vida, os eleitores, a imprensa, o TCU, o Polícia Federal, a Procuradoria… tudo parecia conspirar a favor da camuglagem de André Vargas.
De repente, o deputado do PT paranaense recebe no celular a mensagem do amigo-doleiro Alberto Yossef: “Tô no limite. Preciso captar”. Responde sem titubeios: “Vou atuar”. E vem atuar na Esplanada dos Ministérios, cavando na pasta da Saúde um contrato milionário para o laboratório paulista Labogen, que serve de biombo para a lavanderia de dinheiro sujo do doleiro.
Agora responda rápido: quem tem mais culpa: você, que joga seu voto no lixo, ou Brasília, que convive há 54 anos com o produto do seu descaso?

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 22-4-14
ESCÂNDALO DOS SUPERSALÁRIOS DOS MARAJÁS DA PETROBRAS FOI ABAFADO QUANDO DILMA ROUSSEFF ERA PRESIDENTE DO CONSELHO DA ESTATAL IMPEDINDO CONVOCAÇÃO DE CPI EM 2007
Acima Dilma presidindo o Conselho da Petrobras. Abaixo uma das festas da estatal para cenas de marketing e os bons momentos de Sérgio Gabrielli com Graça Foster.
Em 2007 a oposição tentou em vão aprovar uma CPI para investigar uma série de irregularidades na Petrobras. Na ocasião o senador Alvaro Dias, baseado em documentação enviada ao Ministério da Previdência e à Receita Federal revelando que os supersalários dos marajás da estatal, que fecharam 2007 em torno de R$ 710 mil, ou seja, uma média mensal salarial de Cr$ 60 mil. 
Em 2007, Dilma Rousseff presidia o Conselho de Administração da Petrobras. Naquela época, como agora, a CPI foi abortada. Lula era então o todo poderoso e vivia embalado pelo marketing aparecendo em fotos com as mãos sujas de petróleo e alardeava que sob o seu reinado o Brasil atingia a autosuficiência na produção de petróleo.
Recolho do site do Estadão matéria datada de 26 de junho de 2007, quando estourou o escândalo dos supersalários da Petrobras que reproduzo abaixo. Tomem uma calculadora e façam as contas atualizando os supersalários dos marajás da estatal tomando como base os aumentos salariais normais dos trabalhadores brasileiros. Sem contar as vantagens diretas e indiretas, diárias, ajudas de custos, jetons e mordomias correlatas auferidas pela casta dos marajás. Leiam:
Diante da revelação que os integrantes da cúpula da Petrobrás recebem supersalários, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou ontem a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás já na próxima semana. De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense, documentação enviada pela Petrobrás ao Ministério da Previdência e à Receita Federal mostra que os vencimentos - salários mais bônus - de cada um dos diretores e do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, fecharam 2007 em torno de R$ 710 mil, uma média mensal salarial de R$ 60 mil.
O senador, autor do requerimento de criação da CPI, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por autorizarem reajustes de até 90%, entre 2003 e 2007, para a diretoria executiva da estatal. A diretoria é em boa parte loteada entre nomes do PT e do PMDB. Indicado pelo PT, o diretor de Operações e Exploração da empresa, Guilherme de Oliveira Estrella, por exemplo, teve rendimentos aumentados de R$ 368.711,36 em 2003, para R$ 701.764,79 em 2007.
"É evidente que dirão: Mas isto é legal? Não há dúvida, deve ser legal; afinal, os atos foram praticados em função de normas estabelecidas pela empresa, com o aval do Poder Executivo, já que quem preside o Conselho da Petrobrás é a ministra da Casa Civil. Nós não estamos discutindo a legalidade: nós estamos questionando a moralidade", afirmou Dias.
Para ele, a necessidade da CPI estaria mais do que justificada pela irregularidades reveladas nas operações Águas Profundas, Royalties e Castelo de Areia da Polícia Federal. "São fatos relevantes que justificam investigação em profundidade, para a necessária responsabilização civil e criminal, se os ilícitos forem confirmados. A CPI tem a função de colocar o mal à luz para chegar ao conhecimento da população, que pressiona e exige providências" , disse ele, referindo-se a denúncias de superfaturamento e pagamentos indevidos nas obras da refinaria de Pernambuco e na construção de plataformas para exploração de petróleo em alto mar.
Ao contrário dos demais servidores da Petrobrás, cujos aumentos salariais são definidos em acordo coletivo da categoria, os vencimentos dos diretores são decididos em assembleia-geral ordinária do conselho administrativo e fiscal da empresa, uma vez por ano. A assembleia deste ano, diz a reportagem, aprovou, em 8 de abril, a destinação de R$ 8,2 milhões para o pagamento de salários e benefícios aos diretores, conselheiros e presidente da estatal.
Presidido por Dilma, o conselho de administração da Petrobrás é integrado ainda pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o próprio Gabrielli, o empresário Jorge Gerdau, e o ex-ministro das Minas e Energia Silas Rondeau. Do site do Estadão

(*)
Quem acompanha o noticiário internacional apenas por meio de veículos da grande mídia tem a impressão que a crise na Venezuela arrefeceu e que o tiranete Nicolás Maduro conseguiu controlar tudo depois da malfadada reunião no Palácio Miraflores, destinada ao “diálogo”, que contou coma presença da Oposição.
Entretanto, a verdade é que nada mudou na Venezuela. Nem um milímetro. A população continua sob o assédio da polícia e dos ‘coletivos’, bandos armados paramilitares que foram instituídos já durante o reinado do defundo caudilho Hugo Chávez, comm assessoria cubana.
Além do terrorismo de Estado os venezuelanos continuam enfrentando a escassez de alimentos, uma estratégia antiga dos comunistas para anular a participação política dos cidadãos que passam a viver o dia a dia correndo atrás dos alimentos. Isto acontecia na ex-URSS e na ex-Alemanha oriental, e ocorre há meio século em Cuba e também na Coréia do Norte.
De fato não existe diálogo de paz coisa nenhuma e ficou muito claro que a decisão do líder oposicionista Henrique Capriles, de participar daquela reunião no Palácio Miraflores, foi um desastre total, já que legitimou o mandato do tiranete Nicolás Maduro.
Capriles foi àquela reunião sem impor qualquer condição. Nem mesmo exigiu que Leopoldo López, considerado atualmente como o maior líder oposicionista venezuelano, fosse libertado. López continua preso há mais de dois meses sem julgamento. E ainda há mais três prefeitos oposicionistas também encarcerados nas masmorras da política política do regime. Estão presos justamente porque se negaram a ceder aos caprichos do psicopata Nicolás Maduro que não hesita em prender e assassinar. Maduro é um assassino sanguinário que foi treinado na juventude em Cuba. É homem de confiança de Fidel Castro e seu irmão Raúl.
As notícias procedentes da Venezuela atualmente circulam apenas pelas redes sociais, particularmente pelo Twitter, onde chovem dezenas de denúncias, fotos, vídeos e textos reportando o fato de que a situação no país continua a mesma, isto é, a violência impera. Inconformados com o terror, a fome, insegurança e a miséria impostos pelos psicopatas teleguiados de Havana os venezuelanos continuam nas ruas.
Anunciam também pelo twitter que durante esta semana deverão ocorrer protestos em todo o país contra lei editada pelo tiranete Nicolás Maduro, que determina a doutrinação comunista nas escolas, abrangendo desde o pré-escolar à universidade. Maduro transformou-se num ditador depois que a Assembléia Nacional lhe conferiu poderes para legislar por decreto. 
Apesar de tudo isso, a grande imprensa internacional continua tratando Nicolás Maduro como “presidente”, quando na verdade é um ditador comunista. A Venezuela já vive uma situação anárquica de pré-guerra civil. (Publicado em 21-4-14)






























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