DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 16-4-14

NO JORNAL O POVO DE 16-4-14
Conta de luz ficará 17% mais cara no Ceará
O reajuste tarifário aprovado pela Aneel ficou acima dos 14% pedido pela Coelce

A conta de luz do Estado ficará 16,77% mais cara a partir do dia 22 de abril. O reajuste tarifário anual da Companhia Energética do Ceará (Coelce) foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira, 15. O reajuste pedido pela Coelce era de 14%.
Os clientes residenciais terão aumento de 17,02% e a tarifa para os industriais sobe 16,16%.
Segundo a Aneel, o principal fator para o reajuste foi a compra de energia no mercado de curto prazo, que aumentou 11,24% em relação ao processo tarifário anterior.
Saiba Mais
Reajuste tarifário
Sobre o valor da energia paga pelo consumidor, de acordo com fórmula prevista no contrato do consumidor. Objetivo é restabelecer o poder de compra de energia da concessionária.
Revisão tarifária
Realizada a cada quatro anos, de acordo com o contrato da concessão. São analisados custos operacionais e remuneração dos investimentos, para aplicar o Índice Geral de Preço do Mercado (IGPM) menos Fator X. O valor pode subir ou cair.

Presidente do TJ-CE admite indícios de venda de habeas corpus por desembargadores
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) denunciou e o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), desembargador Luiz Gerardo Brígido, está constatando um esquema montado no Poder Judiciário para venda de habeas-corpus. São investigados dois desembargadores, dois membros do Ministério Público, servidores e advogados que atuam do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Os habeas-corpus estavam sendo vendidos ao preço de R$ 150 mil cada nos plantões de final de semana e feriados.
"A palavra esquema é muito forte, o que nós temos são indícios de que há uma rede organizada visando a liberação de liminares criminais de soltura em plantões judiciários. Dois desembargadores são investigados pelo Conselho Nacional de Justiça. Há elementos também que incriminam advogados, servidores e membros do Ministério Público", disse em entrevista coletiva o presidente do TJ-CE.
A movimentação de advogados fora do normal nos plantões, quando a média era 15 pessoas, em alguns finais de semana chegou a ficar cinco vezes maior, chegando a 70. Isso chamou a atenção do TJ-CE. Com a situação, o desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo questionou a liberação de habeas-corpus durante os plantões e cobrou investigações.
Plantões fraudulentos
Atendendo ao pedido, o Tribunal fez o levantamento das liberações criminais dos últimos três anos e, preliminarmente, constatou as práticas fraudulentas nos plantões judiciários. Os habeas-corpus eram vendidos para pessoas com longa ficha criminal.
Um destes beneficiados é Márcio Gladson Dias da Silva, o Márcio do Gueto, chefe criminoso na Barra do Ceará. O réu, que deverá estar livre em breve, estava preso após assassinar um policial militar e seu colega em julho de 2013.
O Conselho Nacional de Justiça faz um mapeamento dos casos de solturas sob suspeita no Ceará. Para o presidente do TJ-CE. a venda de habeas-corpus ocorre no Estado desde 2011. O mapeamento do TJ foi concluído para 2013, quando ocorreram dezenas de irregularidades, aponta Luiz Brígido. "Essa é uma investigação difícil. É lenta e que tem de progredir dentro da ponderação e prudência", destaca o desembargador.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES DE 15-4-14
MIKKEL KELDORF JENSEN(*)
Quase dois anos e meio atrás eu estava sonhando em cobrir a Copa do Mundo no Brasil. O melhor esporte do mundo em um país maravilhoso. Eu fiz um plano e vim estudar no Brasil. Aprendi português e estava preparado para voltar.
Voltei em setembro de 2013. O sonho seria cumprido. Mas hoje, dois meses antes da festa da Copa, decidi que não vou continuar aqui. O sonho se transformou em pesadelo.
Durante cinco meses fiquei documentando as consequências da Copa. Existem várias: remoções, Forças Armadas e PMs nas comunidades, corrupção, projetos sociais fechando. Descobri que todos os projetos e mudanças têm como objetivo pessoas como eu – um gringo e também uma parte da imprensa internacional. Eu sou um cara usado para impressionar.
Em março, estive em Fortaleza para conhecer a cidade mais violenta a receber um jogo de Copa do Mundo até hoje. Falei com algumas pessoas que me colocaram em contato com crianças da rua e fiquei sabendo que algumas estão desaparecidas. Muitas vezes, são mortas quando estão dormindo à noite em áreas com muitos turistas. Por quê? Para deixar a cidade limpa para os gringos e a imprensa internacional? Por causa de mim?
Em Fortaleza eu encontrei Allison, 13 anos, que vive nas ruas. Um cara com uma vida muito difícil. Ele não tinha nada – só um pacote de amendoins. Quando nos encontramos ele me ofereceu tudo o que tinha, ou seja, os amendoins. Esse cara, que não tem nada, ofereceu a única coisa de valor que tinha para um gringo que carregava equipamentos de filmagem no valor de R$ 10.000 e tinha um MasterCard no bolso. Inacreditável.
Mas a vida dele está em perigo por causa de pessoas como eu. Ele corre o risco de se tornar a próxima vítima da limpeza que acontece em Fortaleza.
Eu não posso cobrir esse evento depois de saber que o preço da Copa não só é o mais alto da história em reais e centavos – também é um preço que, estou convencido disso, inclui vidas de crianças.
Hoje, vou para a Dinamarca e não voltarei para o Brasil. Minha presença só está contribuindo para um desagradável show. Um show de que eu, dois anos e meio atrás, sonhava participar. Mas hoje eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para criticar e focar no preço real da Copa do Mundo do Brasil.
Alguém quer dois ingressos para o jogo entre França e Equador no dia 25 de Junho?
*O dinamarquês Mikkel Jensen é jornalista independente

Publicado no Globo de 15-4-14
GIL CASTELLO BRANCO
Há dez dias, quando a presidente-candidata anunciou que lançará em agosto ─ dois meses antes das próximas eleições ─ a terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), lembrei-me dos filmes da série Rambo, que agradavam aos cinéfilos menos exigentes, especialmente pela pirotecnia. Na verdade, Lula e Dilma não inovaram ao “batizar” e associar um conjunto de ações aos seus mandatos. Assim foi em governos anteriores com o “Avança Brasil”, o “Brasil em Ação”, o “Programa de Metas”, o “Plano Salte”, entre outros. Estrategicamente, são “títulos fantasia” para Planos Plurianuais (PPAs), previstos na Constituição federal, que os governantes têm por obrigação realizar.
Às vésperas da divulgação do PAC 3, a Associação Contas Abertas reuniu dados oficiais sobre a execução do PAC 2, que abrange o período de 2011 a 2014. Essa etapa do programa foi anunciada com pompa e cerimônia em 29 de março de 2010, na presença de 30 ministros do governo Lula, prefeitos de várias capitais, empresários e líderes de movimentos sociais.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 15-4-14
Foster desmentiu o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, de que comprar Pasadena foi “ótimo negócio”. Imagina a reunião de diretoria…
A presidente da Petrobras, Graça Foster, negou qualquer contrato entre seu marido e a estatal, mas não explicou as 42 “pequenas compras de componentes” entre 2005 e 2010, na A C. Foster, empresa do maridão. Metade não foi licitada e compra confirmada pela estatal.
Difícil saber quem saiu pior na audiência no Senado sobre a Petrobras: Foster respondendo ou a maioria dos senadores perguntando?
O Comando da Marinha carioca teme não poder se defender dos traficantes da Ilha do Governador (RJ) e orientou fuzileiros de folga a não portar documentos militares, para evitar a fácil identificação. Os marginais do tráfico têm obrigado moradores e comerciantes da região a informá-los assim que avistarem fuzileiros desarmados para o envio imediato de uma “equipe de extermínio” fortemente armada.
Em situação de risco, integrantes das Forças Armadas são treinados a atirar, não a prender, como a polícia. E traficantes querem vingança.
A ordem dos traficantes que comandam a Ilha do Governador é que a partir de agora, os militares serão tratados como policiais e liquidados.
Um dono de bar identificou fuzileiros pelo corte de cabelo e os mandou embora explicando que não queria seguir ordens do “governo paralelo”.
A última pesquisa, onde a presidenta Dilma apresentou queda de seis pontos, acendeu sinal amarelo no PMDB. Reza a história que nenhum governante abaixo dos 35% de intenção de voto conseguiu se reeleger.
As cozinhas das residências oficiais do Alvorada e a Granja do Torto receberão banho de loja de até R$ 66,3 mil, com 40 açucareiros, 10 panelas de pressão, 12 frigideiras, 18 assadeiras, e outros apetrechos.
Não é por acaso que o ministro Guido Mantega (Fazenda) se trumbica, na economia e na educação. Há partes do site do ministério sem qualquer atualização há quase um ano.
…significativo o depoimento da presidente da Petrobras às vésperas da Semana Santa: afinal, alguém terá que ser crucificado até sexta-feira.

NO BLOG DO CORONEL DE 16-4-14

Na conclusão dos quatro primeiros inquéritos da Operação Lava Jato, a Polícia Federal indiciou ontem o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (foto) e o doleiro Alberto Youssef pelos crimes de formação de quadrilha, crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Youssef e um outro doleiro, Carlos Habid Chater, também foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas. Eles são acusados de fazer uma operação para um traficante. Ao todo, a polícia indiciou 46 investigados pela Operação Lava Jato, desencadeada no dia 17 de março para apurar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões entre 2009 e 2013.
Indiciamento é a figura jurídica aplicada quando a autoridade policial acredita já ter elementos suficientes para caracterizar um crime. A própria PF informou que poderão ocorrer novos indiciamentos a partir dos documentos apreendidos em 105 operações de busca. Entre os crimes citados estão os de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva e desvio de recursos públicos. Dos 19 presos preventivamente, 15 continuam na prisão --14 em Curitiba e um em São Paulo.
A Polícia Federal também encaminhou ontem quatro relatórios finais sobre doleiros. Além de Youssef, foram investigados os seguintes doleiros: Nelma Kodama, Raul Srour e Habib Chater. Youssef e Paulo Roberto são apontados pela PF como parceiros na tentativa de comprar por R$ 18 milhões uma empresa do Rio de Janeiro, a EcoGlobal, que obteve um contrato de R$ 443,8 milhões com a Petrobras. A Justiça considerou o negócio estranho porque a compra por R$ 18 milhões estava condicionada à obtenção do contrato com a Petrobras.
Youssef bancou um voo de jatinho do deputado André Vargas (PT-PR) de Londrina para João Pessoa, viagem que custa em torno de R$ 110 mil. Na interpretação da polícia, Vargas ajudou Youssef a conseguir uma parceria pela qual o Ministério da Saúde pagaria R$ 31 milhões para um laboratório que estava quebrado, chamado de Labogen.
A PF colheu indícios de que funcionários do Ministério da Saúde ajudaram Vargas e Youssef a se associar com a EMS, o maior laboratório em faturamento no país (R$ 5,8 milhões em 2012, o último dado disponível). O Ministério da Saúde cancelou a parceria depois que a Folha questionou o órgão sobre a parceria. Nenhum valor foi desembolsado --o dinheiro só seria pago mediante a entrega do medicamento.
OUTRO LADO
O advogado de Youssef, Antônio Augusto Figueiredo Basto, disse considerar absurdo e abusivo o indiciamento do seu cliente por financiamento ao tráfico. "Isso nunca existiu. Meu cliente nunca atuou nesse tipo de mercado".
A Folha não conseguiu localizar ontem à noite o advogado de Paulo Roberto, mas ele disse em outras ocasiões que o negócio que o seu cliente tratava com a EcoGlobal era absolutamente lícito e não foi concretizado. Os advogados dos outros indiciados não foram localizados. (Folha de São Paulo)

Dilma e Renan comandam "abafa" da CPI da Petrobras. Dupla quer ganhar tempo.
Em manobra articulada pelo governo, o Congresso decidiu esperar o STF (Supremo Tribunal Federal) se manifestar sobre a instalação da CPI da Petrobras para também definir se a comissão de inquérito deve efetivamente ser criada. Ao adiar a decisão, o governo ganha tempo para retardar o início das investigações em ano eleitoral.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu na noite desta terça-feira (15), em sessão do Congresso, os dois pedidos de criação de CPI mista da Petrobras, com deputados e senadores, mas deixou em suspensa a sua instalação porque considera que a palavra final sobre o impasse deve ser do Supremo.
"Não adiante colocar uma decisão do plenário acima da decisão do Supremo. Como há expectativa sobre a manifestação do STF, não adianta precipitarmos uma decisão do plenário do Senado ou do Congresso", afirmou.
Assim como no Senado, há dois pedidos de criação de CPI da Petrobras no Congresso. O primeiro, de autoria da oposição, pede que a comissão de inquérito apure apenas fatos relacionados à estatal. Já o segundo, apresentado por aliados da presidente Dilma Rousseff, inclui as investigações sobre a Petrobras, mas pede que a comissão também apure fatos que respingam na oposição em ano eleitoral, como o cartel do Metrô de São Paulo e o Porto de Suape (PE).
O PT repetiu a estratégia adotada no Senado e apresentou na sessão do Congresso pedido para que a CPI mista não seja instalada. Os petistas argumentam que a comissão não tem "fato determinado" porque reúne assuntos diversos sobre a Petrobras. DEM e PPS apresentaram outros pedidos solicitando que a CPI seja restrita a assuntos da estatal. O PMDB ainda apresentou um terceiro questionamento para que as duas CPIs sejam instaladas no Congresso: a proposta pelo governo e também a da oposição.
Renan disse que não vai responder a nenhum dos questionamentos antes da decisão do STF. "Vamos responder às questões, mas não há prazo nem sobreposição a uma decisão do Supremo", afirmou. A próxima sessão do Congresso está marcada para maio, mas Renan disse que pode marcar uma outra data para responder aos questionamentos a depender a decisão do STF.
A oposição apresentou mandado de segurança no Supremo com o pedido para que prevaleça a CPI exclusiva da Petrobras. A ministra Rosa Weber, do STF, prometeu a senadores da oposição decidir até a próxima quarta-feira (23). O mandado de segurança se refere ao pedido de CPI apresentado pela oposição no Senado, mas Renan disse que a resposta do Supremo deve valer também para as CPIs mistas da Petrobras.
Renan já declarou ser favorável à CPI mais ampliada, proposta pelo governo, por isso a oposição aposta que a ministra será favorável aos argumentos em favor da minoria no Legislativo.
Líder do DEM, o deputado Mendonça Filho (PE) disse que a oposição estuda ingressar com outro mandado de segurança no STF caso a ministra Rosa Weber determine a instalação da CPI governista. "Politicamente, o governo ganhou uma semana de prazo. É estratégia para levar a questão ao STF. Se apresentarmos outra ação, a gente pode cair nas mãos de outro ministro", afirmou.
MANOBRA
O Palácio do Planalto trabalha contra a instalação da CPI da Petrobras porque teme impactos na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A manobra articulada pelo governo esvaziou a sessão do Congresso marcada para a noite desta terça. Renan conseguiu apenas ler os pedidos de criação das CPIs, mas diante do baixo número de congressistas presentes, encerrou a sessão sem definir se a comissão de inquérito deve ser instalada.
O governo aposta no calendário apertado do Congresso este ano, com Copa do Mundo e eleições, para que não dê tempo de a CPI efetivamente começar as investigações. A oposição não protestou porque também prefere esperar uma decisão do STF sobre a CPI antes da manifestação oficial do Congresso.
Os deputados e senadores que assinaram os pedidos de CPI mista da Petrobras têm até a meia-noite desta terça-feira para retirarem apoio à comissão de inquérito –o que na prática não deve ocorrer porque governo e oposição têm, cada um, o seu próprio pedido de CPI. (Folha Poder)

Uma denúncia espantosa contra a presidenta Dilma Rousseff e contra a Petrobras. Assistam. 
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wvCluNRVcsg

Leiam este post feito pelo Blog em 2009. Clique aqui. E maiseste aqui. E este outro post aqui, de 2010. Há vários posts sobre este assunto no Blog, conforme abaixo:

NO BLOG DO NOBLAT DE 16-4-14
Leonardo Guandeline, O Globo
Cerca de mil pessoas voltaram às ruas de São Paulo na noite desta terça-feira para protestar contra a realização da Copa do Mundo. A manifestação que começou pacífica terminou com confronto entre mascarados e policiais. Segundo a Polícia Militar, 54 pessoas foram detidas na estação do metrô Butantã, na Zona Oeste da capital paulista. Ainda de acordo com a PM, eles foram levadas para o 14º Distrito Policial.
O clima de tensão começou só no final da caminhada, que seguiu da Avenida Paulista em direção ao Largo da Batata. Manifestantes jogaram duas bombas de fabricação caseira em direção à Polícia Militar, que não reagiu. Por volta das 21h30, quando o ato chegava ao fim, um grupo quebrou orelhões e atacou duas agências bancárias no entorno da estação Butantã. A Tropa de Choque da Polícia Militar cercou a área e os vândalos foram detidos dentro da estação.

Egi Santana e Maiana Belo, G1
A assembleia realizada na tarde desta terça-feira (15), no Wet'n Wild, um dos principais espaços de shows em Salvador, aprovou a greve da Polícia Militar. Os participantes aguardaram o início do encontro desde as 15h. A decisão só ocorreu após as 19h30, depois de representantes de associações analisarem a proposta da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O vereador pelo PSDB Marco Prisco, que é presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) e foi preso ao fim da última greve, anunciou a proposta do governo da Bahia à massa de policiais e perguntou se eles aprovavam, sendo que a maioria respondeu que não.

Demétrio Weber, O Globo
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República informou nesta terça-feira que foram vendidos apenas 12% das passagens aéreas ofertadas nas 12 cidades-sede da Copa, para voos no período de 6 de junho a 20 de julho.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, isso representa um aumento de 10%. Em números absolutos, foram vendidos cerca de 1,38 milhão de bilhetes, tendo como destino 16 aeroportos que atendem as cidades-sede.
O ministro-chefe da secretaria, Moreira Franco, evitou responder se considerava o número baixo. Ele destacou que o tamanho da oferta - 11,5 milhões de passagens - contribui para evitar aumentos abusivos de preço. 

Danielle Nogueira, O Globo
A Polícia Federal confirmou nesta terça-feira que “vai instaurar inquérito policial para apurar possíveis crimes financeiros” atribuídos ao empresário Eike Batista, como solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF). Paralelamente, um grupo de acionistas minoritários da ex-OGX (atual OGPar), petroleira de Eike, protocolou queixa contra o empresário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e seu presidente, Edemir Pinto, no Ministério Público Federal de São Paulo.
Na PF, o inquérito só será aberto após o processo ser distribuído à Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, o que ainda não aconteceu. O advogado de Eike, Sergio Bermudes, disse que o empresário “não teme o inquérito” e que o processo “será uma oportunidade para mostrar que tudo foi feito regularmente".

O Globo
O Senado adiou para depois da Páscoa a votação do relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a amplitude da investigação da comissão a ser criada pelos senadores. A ideia é aguardar a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber sobre a amplitude da CPI: se ampla, como defende o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ou restrita à Petrobras, como defende a oposição.
— Não houve entendimento — disse Renan.
Depois do adiamento da votação no Senado, o Congresso fez apenas a leitura dos dois requerimentos pedindo abertura de CPIs Mistas. Na prática, o governo conseguiu adiar para depois da Páscoa qualquer instalação de CPIs ou CPMIs.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 16-4-14

NO BLOG DO JOSIAS DE 16-4-14
A política é uma sucessão de poses. O político começa a fazer pose defronte do espelho, ao escovar os dentes de manhã. E só para na hora de se enfiar sob os cobertores, à noite. Tome-se o caso do presidente do Congresso. No momento, Renan põe seus melhores ternos, suas mais elegantes gravatas e suas melhores virtudes para demonstrar que não se considera o Calheiros que todos conhecem, mas um reles subordinado das togas do STF.
Renan tem sobre a mesa quatro pedidos de CPI. Duas só do Senado. Duas mistas, incluindo a Câmara. Duas só da Petrobras. Duas mais amplas, misturando a Petrobras com o metrô de São Paulo e o porto pernambucano de Suape, temas que incomodam a oposição. Com poderes para optar por qualquer uma, Renan decidiu não decidir. Pose.
Oposição e governo foram bater na porta do STF. Renan achou ótimo. Pose. Acionada, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado passou o trator sobre a minoria, aprovando a CPI ampliada. Renan aplaudiu. Disse que o melhor é investigar tudo. Pose.
Os líderes partidários informaram que preferem a CPI mista à comissão exclusiva do Senado. Renan assentiu gostosamente. Pose. Na semana passada, prometera encerrar a novela na noite desta terça-feira. Pose.
Velho crítico da judicialização da política, Renan agora prega a submissão do Congresso Nacional à deliberação do Supremo Tribunal Federal. “O importante, primeiro, é que nós tenhamos a decisão do Supremo sobre o que é que podemos fazer em relação à criação de comissões parlamentares de inquérito quando há vários requerimentos. A prudência recomenda que nós esperemos”, disse Renan. Pose.
Renan atribui o impasse ao ineditismo do enredo. O Congresso jamais lidara com pedidos similares de CPIs, ele alega. Pose. Antes mesmo da deliberação do STF, Renan aventa a hipótese de o Congresso aprovar um projeto capaz de disciplinar os surtos investigatórios dos congressistas. Pose.
A plateia, em sua densa ingenuidade, talvez não imagine como Renan precisa de poses nesse instante. Articulador de patrióticas nomeações na Petrobras, cada movimento, cada frase, cada olhar de Renan é uma pose. Juntas, elas compõem um quadro plástico.
Todo o mundo sabe que o Renan dos últimos dias é uma representação do velho Calheiros de sempre. Mas em vez de transformar cada discurso num comício, os incomodados, Aécio Neves à frente, preferem visitar a ministra Rosa Weber, do STF. Rogam-lhe que obrigue o Parlamento a fazer por pressão o que não é capaz de fazer por obrigação. Poses coletivas.
O Congresso virou um teatro. Se Dante fosse deputado ou senador no Brasil de hoje, estaria dispensado de fazer a Divina Comédia. Bastaria que protocolasse no STF um mandado de segurança. E Dante viraria um escritor por liminar. Em Brasília, a comédia já vem pronta. É 100% feita de poses.

Numa intensa troca de telefonemas, parlamentares e dirigentes do PT esforçavam-se na noite passada para compreender o vaivém do deputado paranaense André Vargas. O anúncio de que Vargas renunciara à ideia de renunciar ao mandato dividiu a legenda. Uma parte ficou indignada. Outra, preocupada.
Ouvido pelo blog, um amigo de Vargas disse que ele exibe sinais de depressão. Tornou-se um personagem “ciclotímico”. Em intervalos curtos, vai do choro à euforia. Ora queixa-se de solidão ora declara-se pronto para a luta. Um petista que falou com Vargas depreendeu que tudo pode acontecer nesta quarta-feira (16). Inclusive nada.
Intensificou-se a pressão para que Vargas renuncie ao mandato de deputado o quanto antes. O PT acena inclusive com a hipótese de arquivar o procedimento aberto contra ele na comissão de ética da legenda. Mas condiciona o gesto à renúncia. A prioridade da legenda é retirar Vargas do palco nacional, atenuando os prejuízos eleitorais que sua derrocada impõe à legenda e seus candidatos.
Há método na suposta depressão de Vargas. Até aqui, ele vem se rendendo à pressão do PT. Mas faz isso em conta-gotas. Instado a renunciar no alvorecer do escândalo, ofereceu um pedido de licença da Câmara. Comprometera-se com 90 dias. Na formalização do requerimento, anotou 60 dias.
Súbito, avisou ao partido que encurtaria a licença. Retornaria à Câmara no dia 21, depois de mastigar o chocolate da Páscoa. Informou que já havia inclusive providenciado um advogado para defendê-lo no Conselho de Ética da Câmara. Chama-se Michel Saliba, o mesmo que defendera o deputado preso Natan Donadon.
Alertado para o fato de que, no voto aberto, nem a bancada do PT se animaria a absolvê-lo em plenário, Vargas deu meia-volta em menos de 72 horas. Abriu a semana com o comunicado de que renunciaria na terça. Esqueceu-se de algo que o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), dissera sob refletores.
Na semana passada, antes de embarcar para uma viagem oficial à China, Henrique avisara que, uma vez aberto o processo por quebra de decoro no Conselho de Ética, a eventual renúncia não teria o condão de interromper o procedimento. É o que determina a Constituição, dissera o presidente da Câmara. Dito e feito.
O Conselho de Ética agora quer concluir a coreografia, levando Vargas até o cadafalso do plenário até o final de maio. Se confirmada, a renúncia do deputado deve ser enviada ao freezer. Seus efeitos permanecerão congelados até a conclusão do processo político. Daí a hesitação de Vargas.
Você logo ficará sabendo se a pressão do PT, agora mais forte do que antes, levará Vargas a renunciar à decisão de não renunciar.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 16-4-14
O governo federal gastou R$ 2,3 bilhões para veicular propaganda em 2013. O valor é o maior já registrado desde 2000, quando começou a ser divulgado esse tipo de dado.
Até o atual recorde estabelecido pela presidente Dilma Rousseff, o maior gasto havia sido o de 2009, sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com R$ 2,2 bilhões.
Essas informações foram divulgadas nesta semana pela Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto. Todos os números foram corrigidos pelo IGPM, da FGV, o indicador mais usado no mercado publicitário.
Em relação ao ano de 2012, o gasto do governo federal com propaganda aumentou 7,4%, acima da inflação oficial do período, que foi de 5,91%, segundo o IPCA, calculado pelo IBGE.
Os valores incluem toda a administração pública direta e indireta. Ou seja, as grandes estatais estão nesse bolo de R$ 2,3 bilhões. Quando são considerados só os órgãos e entidades da administração direta (ministérios e Palácio do Planalto, por exemplo), o total de 2013 foi de R$ 761,4 milhões, também um recorde na última década e meia.
De 2012 para 2013 os gastos totais do governo com pessoal, custeio e investimento subiram 7,2%, já descontada a inflação do período.
Em 2010, ano em que Lula estava interessado em eleger Dilma como sucessora, os gastos da administração federal direta com propaganda foram de R$ 576,7 milhões.
A Secom argumentou por meio de assessoria que "em 2013 o governo federal apresentou novas campanhas de utilidade pública voltadas à prevenção de acidentes de trânsito, de combate ao uso do crack e de lançamento do programa Mais Médicos".
O governo também justifica o aumento com o fato de que "um terço do crescimento do volume publicitário de 2013 foi puxado pelas ações dos Correios, [empresa] que completou 350 anos em 2013".
Essa empresa pública foi a que esteve envolvida diretamente no caso do mensalão, escândalo de 2005 e que envolvia o uso de agências publicitárias com contas na administração federal.
Há, dentro do governo, também uma insatisfação com a forma de coleta desses dados. Os valores são aferidos por meio de uma cópia de cada pedido de inserção de anúncio que as agências estão obrigadas a enviar aos veículos de comunicação no momento em que dão a ordem para publicar a propaganda. Às vezes, há cancelamentos.
A Secom acha que os dados "não representam necessariamente gastos efetivamente realizados". A Folha apurou, entretanto, que as discrepâncias são mínimas.
Os R$ 2,3 bilhões gastos colocam o governo federal na quarta colocação do ranking dos maiores anunciantes brasileiros em 2013. O primeiro lugar ficou com a Unilever (R$ 4,6 bilhões), seguida por Casas Bahia (R$ 3,4 bilhões) e o laboratório Genomma (R$ 2,5 bilhões).
Os dados das empresas são divulgados pelo Ibope, que monitora esses gastos verificando o que é publicado. Há distorção no que é apurado, pois o levantamento considera os preços de tabela dos veículos de mídia --e, nesse mercado, há descontos altos, às vezes superiores a 50%.
Já no caso do que é apurado pelo governo, trata-se de uma cifra muito próxima ao que aconteceu de fato. O valor investido por Dilma supera até a gigante do ramo de bebidas Ambev, que, segundo o Ibope, gastou R$ 1,8 bilhão.
Quando se observa o tipo de veículo preferido pelo governo, a TV ganha com 65% do total. Os meios rádio, jornal, revista e internet ficaram com 7,6%, 7%, 6,3% 6% do bolo, respectivamente. Os anúncios estatais na web tiveram em 2013 aumento de 22% em relação a 2012. Do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira

Caricatura veiculada pelo site Charge Online do excelente chargista Clayton publicada no jornal O Povo, de Fortaleza, Ceará. 

A cara de pau da turma do PT atingiu nesta terça-feira a sua máxima expressão. E sobrou para Graça Foster a “presidenta” da Petrobras tentar livrar a cara do Lula, da Dilma, e seus sequazes, enfim, de toda a quadrilha que se apossou não só da Petrobras, mas de todas as instâncias do Estado brasileiro. Deu as caras no Congresso para evitar a CPI. Em outras palavras, simplesmente varrer a sujeira para debaixo dos tapetes.
É incrível a capacidade de mistificar fatos, de dizer que não sabia, de tentar cobrir o sol com a peneira. O Brasil assiste há mais de uma década esse teatro do absurdo, onde a mentira se transforma em verdade e a maioria dos brasileiros faz que acredita. O silêncio é total, valendo o velho e surrado adágio que cabe como um luva para resumir tudo: “quem cala consente”.
Se a questão se resumisse só e apenas no que concerne à Petrobras, vá lá. Entretanto, o problema não se resume à petroleira estatal. A coisa é muito mais ampla do que a maioria imagina. 
Refiro-me ao aparelhamento de todas as áreas e instâncias do Estado brasileiro, desde as empresas estatatais até a mais obscura repartição pública da administração direta. Estou falando apenas no que respeita ao Poder Executivo. Mas tem ainda o Poder Judiciário infestado de magistrados e promotores doutrinados por meio do direito alternativo. Há até mesmo a figura do Juiz Agrário. Cáspite! Hoje mesmo aqui em Florianópolis se vê o teatro do absurdo. Uma propriedade privada foi invadida por uma horda de jagungos ideológicos do PT em dezembro do ano passado e até hoje permanecem no local. O despejo teria de ser feito hoje. Até o final desta tarde os jagunços continuavam ocupando o terreno. Fatos como esse ocorrem todos os dias em todo o Brasil. 
OTÁRIOS PENSAM QUE SÃO LADINOS
Falei do aparelhamento do Executivo e do Judiciário. Sobra então o Poder Legislativo. Quanto a esse nem é preciso discorrer com exemplos. Desde que Lula colocou seus pés no Palácio do Planalto, o Congresso Nacional virou um diretório do PT, que a grande mídia denomina “base aliada”, mas que todos sabem que é uma “base alugada”, e paga, sem a menor cerimônia, com dinheiro público, dinheiro dos otários que agora mesmo estão entregando seus formulários do Imposto de Renda!
Até aqui falei na ocupação da esfera pública pelo PT. Entretanto, deve-se acrescentar que na esfera privada há também esse aparelhamento, sobretudo no que tange às organizações representativas do setor privado cujo comportamento é de total adesão ao dito “projeto do PT”, eufemismo que esconde a cubanização do Brasil nos moldes do que está ocorrendo na Venezuela e já ocorreu no Equador, na Bolívia e está acontecendo na Argentina, El Salvador e no Uruguai.
Nesse países o dito "socialismo do século XXI”, eufemismo para designar o comunismo, já está a todo vapor. O resultado é o esfacelamento do setor produtivo. Na Venezuela, os empresários que aderiram a esse programa comunista do Foro de São Paulo, a organização esquerdista transnacional fundada por Lula e Fidel Castro em 1990, são denominados “boliburgueses”. Esse neologismo junta “bolivariano” com “burguês”. O exemplo brasileiro de boliburguês é o Marcelo Odebrech, dirigente da empreiteira Odebrecht que constituiu o porto de Mariel, em Cuba.
Alguns desses boliburgueses já encheram os bolsos e rumaram, é claro, para os Estados Unidos. Abandonaram a Venezuela. Viraram as costas para seus conterrâneos deixando-os à mercê de Nicolás Maduro e seus acólitos. O resultado dessa insanidade se reflete na escassez de alimentos. O espectro da fome já se abateu sobre o povo venezuelano.
LIBERDADE NÃO TEM PREÇO
Resumidamente, é isto que está acontecendo. Recuperar perdas econômicas sejam elas de qualquer tamanho, é uma tarefa perfeitamente factível. Entretanto, repito: a recuperar a liberdade é praticamente impossível, pelo menos para as próximas gerações, caso os psicopatas do PT, com ajuda prestimosa dos “boliburgueses” locais, conseguirem concluir o seu tal “projeto’.
É que depois que os comunistas ficam as suas garras sobre uma Nação não saem tão cedo - ou não sairão nunca do poder! Em Cuba, o povo já vive cinco gerações debaixo do tacão da ditadura de Fidel Castro, passando as maiores privações, vivendo numa grande favela, zanzando nas ruas em busca de alimento.
Esse período da escassez perpétua começou há algum tempo na Venezuela. Mas tanto nos palacetes do Laguito quanto no Palácio Miraflores, as despensas são fartas. Os comunistas sempre adoraram o comunismo para o povo. Eles continuam vivendo as delícias do consumo de alto nível, do bem-estar. Nicolás Maduro, por exemplo, pode decidir a qualquer momento, por exemplo, pegar um avião de luxo particular e dar uma voltinha em Miami e adjacências para se deslumbrar com as lojas de produtos luxuosos e fazer suas compras.
O GOLPE COMUNISTA DO PT
O tempo está passando na janela. Só os brasileiros idiotas, embora metidos a espertos, não vêem. Na Venezuela, parece que se acordaram quando já era tarde demais. Mais de 40 opositores já foram mortos pela polícia de Nicolás Maduro, uma espécie de Lula venezuelano. O principal líder da oposição, o economista Leopoldo Lopez, está há quase dois meses preso num calabouço da política política do regime. Estima-se que já foram presos cerca de 2 mil pessoas, muitas delas torturadas brutalmente nos porões do regime. Há ainda desaparecidos. E, como não poderia deixar de ser, faltam alimentos, medicamentos, gás de cozinha e papel higiênico.
Os jornais que ainda resistem estão sendo impressos graças a toneladas de bobinas de papel doadas pelos proprietários de empresas jornalísticas da Colômbia.
No Brasil os donos de O Globo, Folha de São Paulo, Grupo RBS, para listar as maiores empresas jornalísticas que editam jornais impressos, fazem que não vêem o que se passa na Venezuela. Nem um mínimo de solidariedade, nem um gesto de luta em defesa da liberdade de imprensa.
Além da visão mesquinha e plusilânime dessa gente da imprensa brasileira, os jornalões todos já se transformaram em veículos oficiais de Lula, Dilma e seus sequazes.
O panorama político e social do Brasil é péssimo. E do ponto de vista moral e ético um desastre. Uma vergonha indescritível, a indicar que o fantasma do golpe comunista começa a sofrer uma metamorfose evidente, já aparentando feições humanas, ainda que diabólicas.

NO BLOG UCHO.INFO DE 15-4-14
Petrobras: base aliada e imprensa “chapa branca” apunhalam o País ao defender o governo
Vexame esperado – “Nauseante”. Assim pode ser classificado o desafio de definir o que foi mais vergonhoso e pífio no cenário da audiência pública em que Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, tentou explicar o inexplicável. A dúvida recai sobre o papel vergonhoso da chamada base aliada e a postura obediente da imprensa “chapa branca” ao fazer comentários sobre o depoimento de Foster.
Patrimônio do povo brasileiro, controlador da empresa, e com milhares de acionistas minoritários, a Petrobras vem sendo saqueada nos últimos onze anos na esteira de um aparelhamento criminoso comandado pelo PT, mas os senadores da base aliada se prestaram ao papel pequeno de criticar as investidas da oposição, que com base legal insiste na criação de uma CPI exclusiva para investigar a petroleira.
Senadores da tropa de choque do governo se revezaram durante o depoimento de Maria das Graças Foster na tentativa de tirar a presidente da República do olho do furacão, ao mesmo tempo em que arriscava passar à opinião pública a falsa sensação de que a polêmica em torno da estatal resulta de um jogo político. Um dos que ancoraram essa operação vergonhosa foi o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado e cujo histórico político fala por si só. Quem conhece as entranhas da política amazonense sabe quem é de fato o empertigado Braga.
A sociedade brasileira não pode aceitar a farsa de que a Petrobras é suprema e foi vítima de um grupelho de bandidos aproveitadores. As indicações políticas, feitas por Lula e Dilma, promoveram uma sangria nos cofres da empresa e comprometeram sobremaneira a qualidade de sua administração. Querer jogar a sujeira para debaixo do tapete é inaceitável em um caso de corrupção bilionário, no qual dinheiro do contribuinte foi usado para alimentar o caixa criminoso de políticos e partidos.
Tão grave quanto a atuação dos senadores aliados foi a postura repugnante de parte da imprensa, que passou a disseminar a ideia de que o depoimento de Maria das Graças Foster favoreceu o desgoverno petista. Somente um desavisado é capaz de acreditar que ajudou o governo a presidente de uma estatal que afirma que é contra nomeações políticas e que a compra de uma refinaria obsoleta e superfaturada “não foi um bom negócio”.
Ultrapassa a fronteira da razão a forma como a população assiste a esse espetáculo deprimente em que se transformou a tentativa do Palácio do Planalto de transformar o escândalo da Petrobras em mera intriga da oposição. Os senadores que funcionam como capachos do governo são tão acintosos, que chegam ao ridículo de voltar aos tempos de FHC para tentar justificar o injustificável.
A depender da decisão da ministra Rosa Maria Weber, do Supremo Tribunal Federal, sobre o impasse que ronda a criação da CPI da Petrobras, o Brasil terá dado um largo e perigoso passo na direção de uma ditadura esquerdista, como já acontece em alguns países latino-americanos, começando pela Venezuela, onde a verdade é continuamente sufocada pela violência da máquina do ditador Nicolás Maduro.

Imprensa não atentou para o fato de Genoino ter chegado a clínica de Brasília em carro particular
(Alan Marques – Folhapress)

Vida mansa – Preocupada apenas com os escândalos da Petrobras e as investigações da Operação lava-Jato, o que rende manchetes fervilhantes, a imprensa brasileira não cumpre o seu papel de defensora dos direitos de uma sociedade diuturnamente espoliada. No último sábado (12), o petista José Genoinosubmeteu-se a nova avaliação médica a pedido do Supremo Tribunal Federal, uma vez que o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, decidirá se o mensaleiro continuará em prisão domiciliar ou cumprirá a pena a que foi condenado em estabelecimento penal, a exemplo do que já ocorre com seus companheiros de Mensalão do PT.
Para fugir dos muros de um presídio, Genoino alegou cardiopatia grave, situação que já foi afastada em recente exame médico realizado a pedido da Câmara dos Deputados. A equipe de cardiologistas que avaliaram o mensaleiro petista concluiu que seu estado de saúde não justifica a concessão, por parte da Casa legislativa, de aposentadoria por invalidez. Isso significa que a avaliação médica realizada a pedido do STF não poder apontar resultado diverso.
A grande questão que deixou de ser enfocada pelos órgãos de comunicação do País é que Genoino, que cumpre pena de prisão domiciliar, deveria ter chegado ao Instituto Cardiológico de Brasília a bordo de viatura policial, não em carro particular. Acostumado a fazer papel de vítima, incompreendido e desvalido, o ex-presidente do PT chegou à unidade médica em carro de luxo, situação estranha para quem defende com unhas e dentes o comunismo e a distribuição de renda.
Genoino, que por força da decisão do presidente do Supremo e relator da Ação Penal 470 passou a morar em mansão alugada em nome do filho, cuja locação custa mensalmente perto de R$ 5 mil, deveria se submeter à legislação vigente, o que acontece com os cidadãos comuns. O mais estranho nesse novo capítulo da ladroagem instalada no País pelo PT é que Genoino chegou ao instituo médico acompanhado da esposa e uma assessora.
Que o Brasil é o paraíso da piada pronta e do faz de conta todos sabem, mas “nunca antes na história deste país” um condenado à prisão e cumprindo pena teve à disposição uma assessora. Para quem alega grave cardiopatia para escapar do cumprimento de pena em presídio, José Genoino se mostra extremamente apto a ir para a Papuda, pois quem circula na companhia de assessora não tem qualquer problema grave de saúde.
José Genoino é um embusteiro conhecido que desde a sua condenação vem se valendo da dramatização para não ver o sol nascer quadrado. Para tal, encenou um dramalhão mexicano momentos antes de se entregar à Polícia Federal, espetáculo que contou com a participação da filha, que nas semanas seguintes continuou com a ópera bufa.
Fosse um reles cidadão a enfrentar a situação imposta pela Justiça ao mensaleiro José Genoino, por certo a dureza da lei já teria cantado mais alto. Acontece que a quadrilha que se apossou criminosamente do Brasil está acima do bem e do mal.





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