DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 11-4-14

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO DE 11-4-14
Após a descoberta de “contrabando” que acrescentou à Medida Provisória 627 para livrar os planos de saúde do pagamento de multas por infrações cometidas contra a clientela, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) passou a defender que a presidenta Dilma vete justamente esses artigos polêmicos. Esperteza dele, relator da MP, na tentativa de preservar outros 20 “contrabandos” que lhe são bem mais caros.
Entre os outros “contrabandos” na MP 627 está isenção de impostos para remessa de dinheiro e até para “ganhos de capital” no exterior.
Relatório do Conselho de Segurança da ONU, obtido pela coluna, sobre contrabando de armas para a Coreia do Norte, revela que o porto de Mariel, em Cuba, construído com financiamento brasileiro (US$ 1 bilhão do BNDES), é a “ponte” para exportação do antigo armamento soviético para a tirania comunista na Ásia. A suspeita surgiu após apreensão no Panamá de navio norte-coreano com “açúcar” cubano.
Velhos MIG soviéticos, tanques, mísseis terra-ar e explosivos, integram o ardiloso esquema norte-coreano para enganar autoridades marítimas.
Uma empresa “laranja” russa da Coreia do Norte registrou um carregamento em nome da Ocean Maritime Management-Brasil.
O porto cubano construído com nossa grana pela Odebrecht, amiga de Lula, será administrado por uma empresa de Cingapura. Humm…
A direção do PT parece fazer “mea culpa”: em nota, afirma que estar contra a Petrobras é estar “contra o Brasil”. Deve ser referência ao fato de a Petrobras ter sido a empresa que mais perdeu valor de mercado em 2013, após 8 anos de governo Lula e 3 de Dilma: R$ 34 bilhões.
Gim Argello (PTB-DF), que desistiu da indicação para ser ministro do Tribunal de Contas da União, sente-se traído pelos aliados do PT, cujos galhos está habituado a quebrar. Eles sumiram do plenário do Senado no momento em que se decidiria a sua sorte. Terão troco.
O Ministério Público do DF ajuizou 17 ações no âmbito da operação Caixa de Pandora, que derrubou José Roberto Arruda. São as mesmas acusações, fatiadas, já ajuizadas pelo MP Federal. A iniciativa coincide com pesquisas onde Arruda aparece liderando para governador do DF.
Setores mais à esquerda do PT defendem a expulsão do deputado André Vargas (PR). Talvez por não saberem do risco que o partido corre, caso o sócio do doleiro Alberto Youssef resolva abrir o bico.
André Vargas garante não haver cometido “ato ilícito”. Exceto receber vantagens de criminoso (jatinho etc), fazer lobby no Ministério da Saúde…

NO BLOG DO CORONEL DE 11-4-14
Enquanto o PT gritava que FHC queria privatizar a Petrobras, um diretor da estatal, hoje senador pelo partido, Delcídio Amaral (PT/MS) contratava a Alstom sem licitação, para fornecer turbinas para uma termoelétrica, em plena crise energética. Ali começava o "império" dos companheiros que está destruindo a maior estatal do país.
A Petrobras manteve contratos para o fornecimento e manutenção de turbinas em usinas termelétrica com a empresa Alstom, investigada por supostas irregularidades no metrô de São Paulo. Segundo reportagem do Jornal Nacional desta quinta-feira, os negócios foram iniciados na gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso e continuaram nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Alstom e Petrobras são objeto de uma CPI que está para ser instalada no Congresso. Antes assuntos desconexos, agora surge um elo de ligação entre os dois casos.
Em 2001, a Petrobras teria negociado diretamente com a Alstom a compra de turbinas para a termelétrica de Nova Piratininga (SP), que passaria a operar com turbinas a gás, em vez de ser movida a óleo. O negócio custou US$ 49,7 milhões. Na época, o presidente era Fernando Henrique e a compra fora inserida no Programa Emergencial de Termelétrica, levado à cabo por conta da baixa oferta de energia que havia então.
O JN mostra documentos do departamento jurídico da Petrobras, que listou 22 problemas no contrato, que poderiam causar prejuízos à empresa. Entre os alertas do jurídico da Petrobras estava uma cláusula que dizia que caso uma turbina apresentasse defeito, apenas 15% de seu valor seria ressarcido. Outro alerta referia-se ao fato de que caberia à Alstom a decisão unilateral sobre garantias de desempenho dos equipamentos, o que segundo a Petrobras informou ao telejornal, é algo "comum" para esse tipo de maquinário. Finalmente, caso a Alstom atrasasse a entrega do material, não seriam aplicadas penas, ainda que isso significasse prejuízo à Petrobras.
O resumo executivo que justificou a compra foi feito pelo senador petista Delcídio Amaral (MS), à época diretor de energia e gás da Petrobras. Nestor Cerveró, pivô do escândalo da compra da refinaria de Pasadena, era na época gerente executivo de energia e assinou os instrumentos contratuais do negócio. Um ano antes, no ano 2000, a Alstom havia deixado de cumprir 35 dos 61 contratos de entrega de turbinas a termelétricas fechados com a Petrobras por conta de defeitos apresentados nas peças,o que, segundo documentos da Petrobras obtidos pelo Jornal Nacional, resultou em perdas financeiras para a estatal.
Em 2007, já na gestão de Lula, contratos sem licitação com a Alstom estavam em vigor nos mesmos moldes dos firmados na época de Fernando Henrique. O JN mostrou um laudo da Petrobras afirmando que no contrato de Nova Piratininga a Petrobras pagou por equipamentos que não foram entregues. Em 2013, sob Dilma, a Alstom anunciou a renovação de um contrato para a manutenção de turbinas em termelétricas da Petrobras. Ao Jornal Nacional a Petrobras disse que os alertas da área jurídica não foram considerados "pertinentes" pela área técnica. A empresa disse que não há novos contratos para a compra de turbinas com a Alstom.
A Alstom também respondeu ao telejornal, dizendo repudiar alegações de irregularidade e afirmando que cumpriu o contrato. (O Globo)

André Vargas, o deputado petista sócio do doleiro preso pela PF na Operação Lava Jato, mandou avisar: quer o PT defendendo o seu mandato ou abre o bico e leva mais gente junto. Citou nominalmente dois candidatos a governos estaduais. Exigiu manifestações de apoio e disse que quer o PT solidário enquanto ele for julgado pela Comissão de Ética da Câmara. Vargas está um poço até aqui de mágoa. É uma bomba relógio, segundo um deputado petista, prestes a explodir.
Após o recado explícito, a Executiva Nacional do PT decidiu ontem mesmo instalar uma comissão formada por três dirigentes da sigla para ouvir o deputado licenciado e ex-vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), antes de instaurar qualquer procedimento interno. 
Esta foi uma das exigências de Vargas, que também ameaça Lula, que, no início da semana, disse que ele deve "explicar à sociedade" sua ligação com o doleiro para que o PT "não pague o pato". O deputado não gostou, chamou Lula de "traíra" e "mal agradecido", que não ia ser "um segundo José Dirceu". Ao final, acertou com o partido que será advertido, mas que não haverá expulsão da legenda. 
O próprio presidente do PT, Rui Falcão, em jogada ensaiada, saiu em defesa de Vargas, ontem, "Previamente à instalação da Comissão de Ética [no partido], a Comissão Executiva Nacional decidiu ouvir o companheiro André Vargas a respeito dos fatos noticiados", disse, após reunião em São Paulo. "São fatos noticiados que, por si só, não incriminam ninguém." A ordem interna é ganhar tempo. 
Durante o encontro convocado às pressas, representantes de alas mais à esquerda do PT defenderam a instauração imediata de comissão de ética no partido, enquanto dirigentes da ala majoritária fizeram coro a Falcão e conseguiram fechar a resolução por consenso. O medo das denúncias prometidas por Vargas falou mais alto.
Por outro lado, o Conselho de Ética da Câmara já instaurou processo disciplinar que pode acabar na cassação de Vargas. A Casa deve decidir até 23 de abril se cabe dar prosseguimento ao caso. O PT vai pressionar de todas as formas para que Vargas seja absolvido e já se fala em "mensalão em dólar". Se isto ocorrer, o PT nem mesmo precisaria montar a sua própria sindicância. 
No entanto, a comissão que deve ouvir Vargas já foi nomeada e só tem "peixe" do ex-vice presidente da Câmara: Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, Florisvaldo Souza, secretário de organização e Carlos Árabe, secretário de formação. O temor de Lula e da cúpula do PT é que a crise tenha efeito nas eleições deste ano, principalmente em São Paulo e no Paraná. Mas o medo maior é que Vargas saia atirando e denunciando gente graúda dentro do partido. 
O deputado pediu licença por 60 dias do mandato e renunciou à vice-presidência da Câmara anteontem. Depois do acordão interno formalizado, blindado pela companheirada, deve retornar em 10 dias para, segundo ele, "defender o seu mandato". Só faltou dizer que fará isso com "unhas e dentes", como sugeriu Lula em relação à Petrobras.

Dalmazzo com Graça Foster. Em entrevista, o executivo escancara o lado podre da Petrobras.

O executivo Paulo Roberto Dalmazzo, CEO da Jaraguá Equipamentos, fornecedora da Petrobras, admitiu em entrevista ao GLOBO que os R$ 1,9 milhão pagos a uma empresa de consultoria ligada ao doleiro Alberto Youssef serviram como "intermediação" para a obtenção de quatro contratos com a estatal, que totalizaram R$ 1,1 bilhão. O pagamento é investigado pela Polícia Federal.
Dalmazzo afirma que a empresa pagou por um consultor para “validar os números” da proposta apresentada em licitação, com a promessa de vencê-la, mas disse não saber dizer quem é a pessoa que prestou o serviço, porque não estava na empresa na época dos fatos. Perguntado se é possível que a contratação tenha sido uma forma de pagar propina, como sugere a Polícia Federal, respondeu: "Pode acontecer tudo. Você pode ter que pagar ou guardar para livrar seus pontos da carteira. Esse é o Brasil de hoje. Entendeu? Eu posso responder pelos meus atos; pelos dos outros, não posso”.
Há dez anos atuando no setor, ex-diretor do estaleiro de Inhaúma, no Rio de Janeiro, e ex-presidente de Óleo e Gás da Andrade Gutierrez, o executivo afirma que durante sua carreira sempre tratou diretamente com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que está preso, mas nega que em algum momento ele tenha lhe pedido “qualquer coisa”. Disse acreditar ser possível trabalhar como fornecedor da Petrobras sem ter que pagar "consultoria", mas afirmou reconhecer que a empresa tem “um lado podre, como tem em qualquer instituição onde tem o bicho homem”.
O executivo revelou que a Jaraguá está com dívidas de R$ 500 milhões e tenta se recuperar depois de sofrer graves erros de gestão da diretoria anterior, que envolvem inclusive a precificação dos quatro contratos com a Petrobras, que teriam custo mais elevado do que o proposto na concorrência. “Você acha que uma empresa que não está bem pode ter tido algum benefício? Acho que não”, afirmou. Ele criticou, também, “a mão do governo” na gestão da Petrobras. E disse que empresas doam a políticos e partidos para influenciar a agenda legislativa.
Clique aqui e leia a entrevista em O Globo

Valdemar da Costa Neto, presidente do PR, direto da Papuda, retoma o Ministério dos Transportes, que havia sido faxinado por Dilma em 2011. Tudo em nome dos segundos do partido no horário eleitoral da "presidenta".

Após ameaçar romper com o governo ao aderir ao blocão formado em março no Congresso, o Partido da República (PR) está recompondo seu poder no setor de Transportes, encolhido após a “faxina” da presidente Dilma Rousseff em 2011. Na quarta-feira, o então presidente do partido no Pará, Anivaldo Vale, pai do deputado Lúcio Vale (PR-PA), foi oficialmente nomeado para a secretaria executiva do ministério, com o apoio da bancada. A pasta é comandada pelo ministro César Borges.
Outros nomes já indicados para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e enviados pelo ministério à Casa Civil para a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também passaram pelo crivo do partido e de seu ex-presidente Valdemar Costa Neto. Preso por envolvimento no mensalão, Valdemar continua influente no partido: ele vem se encontrando com o líder Bernardo Santana (MG) e outros caciques da sigla. Desde o início do ano, o PR já exerce interferência na diretoria da Valec.
Ministro “da presidente Dilma"
Parte da bancada do PR se insurgiu contra o ministro Borges, queixando-se de que ele não tem atendido aos pedidos da sigla. Os insatisfeitos dizem que ele “não é um ministro do partido, mas, sim, da presidente Dilma”. A interlocutores, líderes do PR dizem que o baiano Borges foi colocado na pasta mais por influência do governador da Bahia, o petista Jacques Wagner, do que pelas bancadas do partido.
Pressionado a colaborar mais com o partido no mês passado, o ministro chegou a pôr o cargo à disposição do PR, que estava votando repetidamente contra o governo, com a formação do blocão no Congresso. Satisfeito com os resultados do ministro à frente da pasta, o Palácio do Planalto saiu em defesa dele. Após um acordo envolvendo a nomeação de novos indicados pelo partido a cargos no governo, a maioria do PR voltou à base. Segundo um parlamentar do PT, Dilma também aconselhou Borges a se fortalecer junto aos deputados do PR aliados do governo.
Contrários à sua relação com o partido, alguns integrantes do PR comparam Borges ao ex-ministro do Trabalho Brizola Neto, que não teve apoio da bancada do PDT e acabou deixando o cargo. O sentimento de parte dos deputados do PR é o de que o partido não deve apoiar a reeleição de Dilma. Muitos vêm defendendo, nos bastidores e nos encontros com aliados de outros partidos, o “volta, Lula”.
Anivaldo Vale substituiu Miguel Masella, que estava no ministério desde o governo Lula e que agora deve seguir para a Empresa de Projetos e Logística (EPL). Vale foi deputado pelo PR e vice-prefeito de Belém. Outros três novos diretores foram indicados ao Dnit no início deste mês, em cargos que eram pleiteados pelo partido. Os nomes ainda deverão ser sabatinados pelo Senado. Apesar de serem três técnicos, o PR tem buscado “apadrinhá-los”, segundo fontes a par da nomeação.
O Ministério dos Transportes enviou à Casa Civil, nos últimos dias, quatro nomes para compor a diretoria da ANTT. Servidores e empresas do ramo temem uma pressão por aparelhamento político da agência, principalmente depois de o governo ter retirado nomes já indicados para o órgão ano passado, sob risco de reprovação no Senado. A recondução do atual diretor-geral, Jorge Bastos, foi aprovada em março, com o apoio de senadores do PMDB.
O temor entre servidores e empresas do ramo é o de que uma maioria de indicações políticas à ANTT, entre os cinco membros da diretoria colegiada, possa reduzir o nível técnico das decisões da agência, que está no centro do ousado programa de concessões do governo federal. A agência também tem lidado com temas polêmicos, como a nova licitação de linhas de ônibus interestaduais. ( Informações de O Globo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO DE 11-4-14

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM DE 11-4-14
O opositor Henrique Capriles durante a reunião de diálogo da oposição com o governo. No momento em que faço esta postagem a reunião ainda está acontecendo, segundo me informam desde a Venezuela, pelo Twitter. A reunião está sendo transmitida em cadeia de rádio e televisão, já que o governo controla todas as emissoras obrigando-as a transmitir as tais "cadenas". 

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles assume um grande risco ao participar nos ‘diálogos de paz’ convocados pelo regime de Nicolás Maduro, ao envolver-se numa situação que poderia erodir ainda mais seu capital político por participar num processo que não irá a nenhum lugar, segundo advertem diversos analistas políticos ouvidos pelo jornal El Nuevo Herald. A reportagem é assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado, expert em América Latina, cujos primeiros parágrafos reproduzo em tradu,ção livre do espanhol e, abaixo, no original com link para leitura completa.
Diz a reportagem que os especialistas consultados asseguram que o diálogo é apenas um evento para fotografia, que não poderá deter o crescente descontentamento que se está acumulando contra o regime de Maduro, nem a feroz repressão empreendida por seu regime, que já deixou um saldo de 39 mortos, mais de 600 feridos e mais de 2.200 detidos.
“O que está se passando na Venezuela adquiriu vida própria. O protesto, a resistência que já chega a dois meses na Venezuela, não têm a liderança de Capriles e nem é conduzido por ele e nem pela Mesa de Unidade Democrática (MUD)” [que reúne os partidos de oposição contra o chavismo], disse em Miami ( EUA) o analista político Rafael Revilla.
O assesor político Orlando Viera-Blanco coincidiu na sua análise com Revilla: “Maduro não poderá superar a crise com esse diálogo - sustentou Viera-Blanco desde Miami. “No momento, o que poderia ganhar é uma espécie de trégua espontânea, para respirar, que não passa de 48 horas.”
Capriles e a MUD, em troca, poderiam ver-se prejudicados politicamente entre os setores da oposição, ao ver-se demasiados dispostos a dar a mão a Maduro, disse Viera-Blanco
“A MUD converteu-se no operador político de menos prestígio segundo as últimas pesquisas”, observa o analisar Viera-Blanco.
O governo da Venezuela e a oposição acordaram terça-feira sentar-se à mesa para conversa numa reunião pública que ocorreu nesta quinta-feira.
Mas segundo os analistas, Capriles podereia estar fazendo o papel de bobo útil ao envolverse num processo que por um lado está condenado ao frcasso, e que por outro, somente beneficia o governo.
“O diálogo é uma legitimação para Maduro, que havia perdido a legitimidade internacional e este proecesso lhe permite recuperá-la. Lhe permite voltar a exibir um critério de que é democrático e que tem legitimidade para governar, o que havia perdido com a violação dos direitos humanos”, disse Antonio De La Cruz, diretor executivo da empresa de assessoria Inter American Trends, em Washington.
Transcrevo a primeira parte da reportagem de El Nuevo Herald no original em espanhol com link para leitura completa. Leiam:
EN ESPAÑOL - El líder opositor venezolano Henrique Capriles asume un gran riesgo al participar en los diálogos de paz convocados por el régimen de Nicolás Maduro, al involucrarse en una situación que podría erosionar aún más su capital político a cambio de participar en un proceso que no va a ninguna parte, advirtieron analistas.
Los especialistas consultados aseguraron que el diálogo que se inicia el jueves en Caracas es solo un evento de fotografía, que no podrá detener el creciente descontento que se está acumulando en contra del régimen de Maduro, ni la feroz represión emprendida por su régimen, que ha dejado un saldo de 39 muertos, más de 600 heridos y más de 2,200 detenidos.
“Lo que está pasando en Venezuela ya adquirió vida propia. La protesta, la resistencia que lleva 60 días en Venezuela, no la están conduciendo Capriles, ni la Mesa de la Unidad Democrática [MUD]”, dijo en Miami el analista político Rafael Revilla.
El asesor político Orlando Viera-Blanco coincidió.
“Maduro no va a poder superar la crisis con ese diálogo”, sostuvo Viera-Blanco también en Miami. “Por lo pronto, lo que podría ganar es una especie de tregua espontánea, de respiro que no pasa de 48 horas”.
Capriles y la MUD, en cambio, podrían verse perjudicados políticamente entre los sectores de la oposición, al verse demasiado dispuestos a darle una mano a Maduro, dijo Viera-Blanco.
“La MUD se ha convertido en el operador político de menos prestigio según las últimas encuestas”, señaló.
El otrora candidato presidencial de la oposición aseguró que acudirá el jueves al diálogo, en un mensaje en el que también les pidió a los venezolanos a ver la transmisión en cadena de radio y televisión, porque pretende tomar la oportunidad para hablar con la verdad en la mano.
“Yo voy mañana (jueves) a defender la verdad […] Mañana (jueves) todos vean la cadena porque les aseguro que si esa reunión es en Miraflores cuando nos toque hablar temblará Miraflores, porque le diremos al gobierno la verdad”, dijo Capriles en un acto público.
El gobierno de Venezuela y la oposición acordaron el martes sentarse a conversar en una reunión que será pública y contará con la presencia de tres cancilleres de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y a la que también se extendió una invitación al Vaticano para ser “testigo de buena fe”.
Pero, según los analistas, Capriles podría estar jugando el papel del tonto útil al involucrase en un proceso que por un lado está condenado al fracaso, y que por el otro, solo beneficia al gobierno.
“El diálogo es una legitimación para Maduro, que había perdido legitimidad internacional y este proceso le permite recuperarla. Le permite volver a montarse sobre un criterio de que es democrático y de que tiene legitimidad para gobernar, lo que había perdido con la violación de los derechos humanos”, dijo Antonio De La Cruz, director ejecutivo de la firma de asesores Inter American Trends, en Washington. Hacer CLIC AQUÍ para leer toda la historia


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