GRAÇA FOSTER CONFESSA...

O jornal O Globo traz, hoje, uma entrevista bombástica com a poderosa presidente da estatal, Graça Foster. Só agora, depois de dois anos no cargo, Foster abre uma comissão interna para investigar a negociata de Pasadena, que gerou prejuízo de mais de U$ 1 bilhão para a Petrobras. Leiam, abaixo, as respostas em que ela revela que o ex-diretor preso era quem comandava os negócios junto à Astra Oil, representando a estatal brasileira acima do Conselho de Administração e da Diretoria. Uma irregularidade que, por si só, já justifica uma CPI.

O que decidiu sobre Pasadena?

Ontem, tomamos a decisão de abrir uma comissão de apuração interna na Petrobras sobre Pasadena. Fui eu que abri. Isso é extremamente importante para esse caso. Temos até 45 dias para poder nos manifestar a uma série de processos que já estávamos em avaliação de forma administrativa. Eu já vinha tratando disso, pois sou a diretora da área internacional e fiz várias mudanças na busca de melhorias. Essa comissão não foi aberta motivada se a cláusula devia ou não estar no resumo executivo. Entendo que a demanda do conselho de administração é correta e justa e precisa ter informações. Não é preciso fazer uma comissão de 45 dias para se chegar a conclusão sobre a importância de tê-las no resumo executivo. É muito importante que se saiba que a Petrobras tem comando. A Petrobras é uma empresa de 85 mil funcionários e tem uma presidente. Sou eu. Eu respondo pela Petrobras. Temos uma diretoria colegiada que trabalha pela busca da melhoria. E o que precisa ser investigado é investigado nessa empresa. Esse é o ponto fundamental. Aqui, tem normas, procedimentos e ela investiga.

Qual foi a gota d’água para essa decisão?

Foi um somatório de fatos. As últimas discussões sobre a relação eventual do diretor Paulo Roberto (ex-diretor) com Pasadena. Eu descobri ontem (segunda-feira) , não sabia que existia um Comitê de proprietários de Pasadena no qual o Paulo Roberto era representante da Petrobras. Esse comitê era acima do board. Depois que entramos em processo arbitral esse comitê deixou de existir.

Qual era a função desse comitê de proprietários?

Não sei ainda e esse é um ponto que a comissão está procurando, quais eram os estatutos, quais eram as atribuições, qual era o poder e onde estão as datas. Eu não sei nada.

Como a senhora reagiu a descoberta da existência desse Comitê de proprietários?

Fui surpreendida com essa informação. Eu tenho sim que buscar a informação.

Ter descoberto a existência desse comitê de proprietários, leva à alguma suspeita de irregularidade?

Nada quer dizer que possa ter havido qualquer ato falho, negativo, prejudical à companhia. Mas eu não posso. Pelo fato de ter havido esse comitê e o Paulo (Paulo Roberto) estar nesse comitê não significa que esse comitê não tenha executado as melhores práticas.

Como a senhora se sentiu ao descobrir esse comitê?

Eu não posso saber disso dois anos depois de estar na presidência da Petrobras. Eu não posso ser surpreendida com informações que me dão o desconforto necessário para que eu busque uma comissão para apuração.

Clique aqui para ler toda a entrevista em O Globo.

Do Blog do Coronel de 26-3-14.

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