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UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES - 21-02-14

HELIO FERNANDES –
Só no ano passado caiu de terceira maior petrolífera do mundo, a décima segunda. E continua caindo. Dou essa notícia chorando e lamentando. Já disse e repito: “Sou dos maiores petrobrasistas do mundo”. Não tenho uma ação da empresa, mas sou acionista majoritário do Brasil, que precisa da Petrobras rica e progressista para se impor como país-potência.
Equívocos desde o início
Quando a Petrobras foi criada, num pais “que não tinha petróleo”, royalties para a repetida afirmação dos EUA, defendi com insistência, que a Petrobras não abrisse capital ao público. No meu entendimento, isso prejudicaria o desenvolvimento da empresa. Prejudicou a empresa, os acionistas, e lógico, o Brasil.
Prejuízos colossais
Uma ação da Petrobras chegou a valer 53 reais, hoje oscila entre 11 e 13 reais, com tendência para menos e não para mais.
O “otimismo” de Dona Graça
Apesar dessa realidade, a presidente da Petrobras, acena para os acionistas e garante sem constrangimento: “Este 2014 será o ano da recuperação das ações”. O que é que a senhora chama de recuperação? Não será melhor encher essa palavra de aspas? Para “recuperar” o tempo e chegar no mínimo a 71 reais, isso só no imaginário folclórico da arrogante Dona Graça.
A recompra das ações
Agora, alguns participantes deste espaço, fazem sugestão, que quase se equipara a que fiz na formação da empresa. Apresentam a ideia da Petrobras comprar o máximo de ações da Petrobras. Isso teria muitas vantagens. Como as ações estão altamente desvalorizadas, a Petrobras teria que despender poucos recursos para “ficar quase que totalmente dona da empresa”.
Agora, a corrupção
No momento Dona Graça não pode se movimentar para qualquer providencia que transforme a Petrobras num aríete do progresso do Brasil. Progresso que não pode demorar ou não terá salvação. Voltamos aos tempos nada gloriosos do “japonesinho” Shigeaki Ueki.
Depois de arruinar a Petrobras e enriquecer na Petrobras, o que lhe aconteceu? Foi promovido a ministro de Minas e Energia, que controla a Petrobras. Enriqueceu ainda mais, sob a proteção do general “presidente” Geisel.
Shigeaki tem que ser responsabilizado
Mora com os filhos, no Texas, feudo dos Bush, presidente dos EUA, pai e filho. E Shigeaki mais rico do que os ex-presidentes. Crime de corrupção não prescreve, Dona Graça. É preciso mostrar à comunidade como enriqueceram.
Falam muito em Joaquim
Ele não sai das manchetes para o bem e para o mal. Ele mesmo faz questão dessas coisas. Primeiro ficava em silêncio. Agora resolveu falar, mas a cada dia diz uma coisa, contraditoriamente.
Semana passada: “Não sou candidato a nada, mas posso deixar o Supremo. Já estou há muito tempo”. Logo a seguir, gente ligada a ele, “vaza” para jornais: “Ele pode ser candidato a senador”. Joaquim sempre foi muito polêmico, inegável, mas pouco inteligente, visível.
Se Joaquim se candidatar a presidente, mesmo perdendo, circunstâncias. Mesmo ganhando, incoerência. Nesse caso seria ridicularizado.
O equivoco de Dona Dilma
Afirmação pública da presidente: “Vou convocar o Exército para coibir (sic) a violência das ruas durante a Copa”. Só mesmo ela seria capaz dessa contradição. O Exército é mestre em provocar, estimular e acelerar a violência, em vez de combatê-la.
Isso está em toda a História do Brasil, desde a República, manifestação de grandeza transformada num golpe, por dois marechais que como coronéis vieram brigados da estranha Guerra do Paraguai.
Dona Dilma, data vênia, não tem liderança, carisma, competência. É solerte, indecifrável, estigmatizada, que palavra, e para espanto do país e do mundo, deve ficar mais cinco anos no Poder. Ninguém aguenta ou suporta. E acredita que reeleita, seus novos tempos serão tumultuados, controversos, com o povo nas ruas. Assim, quer o Exército também nas ruas.
Nem percebe que chamados para as ruas, os militares provavelmente não voltarão para os quartéis. Dona Dilma acredita que vão salvá-la. O Exército violento só combate o Exército pacífico que está sempre ao lado do povo.
Venezuela: a pátria nas ruas
Com todos os erros, equívocos, defeitos e incapacidade, Chaves era Chaves, pelo menos tinha domínio sobre o povo. Seus mandatos foram todos fracassados. Levou o país ao desespero e à fome. Nem ele conseguiu fingir que o povo podia comer e beber petróleo.
Morreu, deixou um incompetente no seu lugar, o povo rigorosamente separado. Vieram às eleições, Maduro não chegou aos 51 por cento, a oposição passou um pouco de 49. Agora, decorrido pouco mais de 1 ano, o que parecia desencontro de números, é uma terrível divisão da população.
A diferença de 1,6% nas urnas, faz o sangue correr nas ruas
O sangue mancha as ruas de Caracas, a capital. Embora se propague por outros estados, o grande confronto acontece na bela Caracas, cercada de favelas, desde o aeroporto. Os aviões pousam e decolam com dificuldades, “roçando” nas favelas.
Isso há dezenas de anos, mas não tão dramático e trágico quanto agora. Com a população toda insatisfeita, guerreando pelo que nem o governo nem a oposição pode conceder: o mínimo de vida, de abastecimento, de paz, tranquilidade, uma inflação chegando aos 30 por cento, embora o governo diga que não chegou a 10 por cento.
A Venezuela se “argentinizou”, embora quase todos acreditassem que nos tempos de Chaves estivesse se “cubanizando”. Agora, Maduro pode se “dilmizar”, ela é tão insensata quanto ele.
A Venezuela tem salvação?
O povo está nas ruas no mundo oriental e ocidental. Mas não em massa como na Venezuela. Metade atirando para um lado, a outra metade revidando. O líder da oposição foi preso e continua encarcerado. Aparentemente continua com vida, teria morrido não fosse a reação enérgica do mundo.
Não do povo mas de países, de presidentes e primeiros ministros. União? Pacificação? Contemporização? Quase impossível. Metade da população tem as armas e a força do poder. A outra metade ao se defender é atacada e rotulada de agressiva.
Com exclusão de Dona Dilma, os “presidenciáveis”, pensam em 2018
Antes e depois do golpe de 64, é a sucessão mais estranha. Antes não havia reeleição, agora só ela centralizada em continuar no Poder. Todos os outros querem apenas assinar a inscrição para 2018. Consideram, e estão praticamente certos: nesse auspicioso 2018, o PT não terá mais Lula ou Dilma, quer dizer, ficará sem ninguém.
Surgirá alguém que não seja poste?
Lula acredita que manterá Dona Dilma mais quatro anos inoperantes no Planalto-Alvorada. Ele mesmo, na época com 73 anos, não se leva a sério como candidato. Os postes que enterrou em São Paulo têm uma caminhada difícil até poderem se apresentar, digamos em 2022.
Padilha nem chega perto de Alckmin
O já ex-ministro da Saúde pensa (?) mesmo que Lula pode lhe dar uma vida ou sobrevida eleitoral e política. Não me satisfaço com a derrota de Padilha, isso significa mais quatro anos de Alckmin. Uma anestesia que São Paulo e o Brasil não merecem. Nem é segredo: ganhando agora, Alckmin será presidenciável pela segunda vez em 2018.
PS – Desculpe, Lourenço Mestrinho, agradeço pela correção a respeito do senador e Ministro Lobão. Agradeço mas lamento. Mais cinco anos dele, com “racionamento zero”. É lógico que continuará, para que o filho suplente, continue fingindo de efetivo, autêntico e verdadeiro.

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