DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-02-14

DO ESTADÃO
À espera do Velho Chico
Nordestino sofre com atraso na transposição do São Francisco e uma seca que já entra no terceiro ano
22 de fevereiro de 2014 | 17h 32
Alexa Salomão, de O Estado de S.Paulo

O Castanhão, o maior açude do Brasil, localizado no Ceará, é tão grande que pode ser visto do espaço. Armazena 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. É sete vezes maior do que o sistema da Cantareira, o reservatório da região metropolitana de São Paulo. Ao entrar em seu terceiro ano, a seca que castiga o Nordeste chega a esse oásis. Pela primeira vez desde a inauguração, em 2002, o Castanhão está com 38% da capacidade.

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Para preservar sua água, duas grandes áreas agrícolas irrigadas por ele, Tabuleiro das Russas e Chapada do Apodi, não podem, a partir de 2014, expandir a área de plantio. Se a água baixar mais, os piscicultores terão de reduzir a produção. "Estamos tensos, porque um corte na criação de peixes significa corte de empregos", diz Cristiano de Almeida, que cria tilápias no leito do açude. A economia no entorno do Castanhão gera mais de 6 mil empregos diretos.
Tanta tensão não existiria tivesse a transposição do Rio São Francisco sido concluída em 2010, como previu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Castanhão é o maior açude de uma lista de 21 que pelo projeto serão perenizados pela transposição em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. A reportagem do Estado percorreu 2,2 mil km de estradas para visitar seis deles: Além do Castanhão, Entremontes e Chapéu, em Pernambuco, São Gonçalo, Mãe D’Água e Coremas, na Paraíba (veja mapa). No caminho encontrou muita expectativa, frustação e prejuízos - traduzidos em animais mortos pela sede e culturas ceifadas por racionamentos de água - no que parece ser a espera sem fim pela águas do Velho Chico.
Dilema da água 
Neste começo de ano, instalou-se uma fornalha no Sudeste e no Sul do Brasil. Cidades como São Paulo, a terra da garoa, sofreram com temperaturas acima dos 30 graus. Os moradores da Capital ainda tomaram um susto ao saber que o Sistema da Cantareira, a principal fonte de água, estava com 20% da capacidade. O que tranquiliza é saber que os incômodos passam. Vai chover em algumas semanas. Fazer frio em poucos meses. O susto passa. Mas imagine se não passasse.
Pois no interior do Nordeste, na região conhecida como semiárido, é assim quase sempre. Nessa parte do Brasil onde vivem cerca de 13 milhões de pessoas – praticamente uma região metropolitana de São Paulo –, o clima pode ficar assim por anos. E ninguém sabe quando começa ou termina uma seca.
Neste momento, por exemplo, a estiagem entra no terceiro ano. Como nessas condições a água é um bem raro e precioso, há uma escala de importância para o seu uso. Primeiro, corta-se o suprimento da agricultura. Em seguida, o dos animais. A prioridade é manter até a última gota para o consumo humano. O perímetro irrigado de São Gonçalo, no município de Souza, na Paraíba, vive essa regra na prática.
Criada em 1972, essa gigantesca fazenda, com 7,5 mil habitantes e 2,5 mil empregados, depende exclusivamente do abastecimento do açude São Gonçalo. Há vários tipos de cultura no local, mas o destaque é a produção do coco verde que, por sua qualidade, domina os mercados do Rio de Janeiro e de São Paulo. Um coco vendido na praia de Ipanema e no Parque do Ibirapuera tem uma enorme probabilidade de ter sido cultivado por lá.
Em meados do ano passado, pela primeira vez na história, cortaram a água do perímetro para garantir o abastecimento de cidades como Souza. De lá para cá, o açude só fez baixar. Hoje está com 17% da capacidade, o que colocou a região, incluindo Souza, sob racionamento. Só há água a cada três dias.
Indignação 
Entre os produtores do perímetro – há quase um ano sem água –, a indignação é generalizada. "O governo gastou todo dinheiro com os estádios da Copa e não sobrou para a transposição", diz o produtor Sidnaldo Silva Filho, 44 anos. Silva mantém a cultura de bananas a duras penas, com água de poços, mas perdeu produtividade. A receita na propriedade da família equivale a um terço da conseguida quando há chuvas normais.
A dois quilômetros dali, Pedro de Lira Maciel, de 60 anos, é só revolta. "Meus 600 pés de cocos morreram, vendi todas as 20 cabeças de gado que tinha para não ver os bichos com sede, faço bicos e peço dinheiro emprestado para terminar de pagar por essa terra, senão vão me tomar", diz Maciel. "Cadê a transposição do São Francisco que era a promessa de água para nós?"
Nas cidades à espera do Velho Chico, todos os moradores sabem de cor a proposta da transposição: perenizar rios, riachos e açudes, além de alimentar grandes adutoras, para garantir o abastecimento das cidades e liberar água para a agropecuária. Em resumo: fazer a emancipação econômica de uma das áreas mais carentes do País.
Isamar Félix Peixoto, de apenas 21 anos, pode dar uma aula sobre os futuros benefícios da transposição enquanto carrega o carro-pipa do pai nas águas do Açude Mãe D’Água, na cidade de Piancó, também na Paraíba. Na vizinha Coremas, o agricultor aposentado João Alves Sobrinho, 72 anos, lamenta o atraso da obra enquanto observa a ilha que emergiu no leito do açude Coremas, outro que seca devagar. "O governo tem uma riqueza medonha, não entendo porque a água do São Francisco ainda não chegou aqui", diz Alves.
Apesar de consumir cada vez mais recursos – o investimento agora é de R$ 8,2 bilhões, 70% do previsto inicialmente –, a obra da transposição está com um atraso de quatro anos, no meio da maior seca em décadas. O ministro da Integração, Francisco Teixeira, lamenta as perdas. "Eu entendo o sentimento dos produtores porque essa seca é penosa, mas o governo tomou todas as providências para amparar a população e superar os muitos problemas que atrasaram a obra. A transposição será concluída em 2015", diz.
No Nordeste, há 101 projetos de irrigação – 99 dependem de um açude. Entre os 37 que estão sob a gestão do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, o Dnocs, 70% têm alguma restrição no abastecimento. "O governo acabou com a fome e a escuridão no Nordeste, mas não consegue acabar com a sede", diz Sebastião Guimarães, diretor do Dnocs na região do açude São Gonçalo. Ao receber a reportagem, ele pediu à secretária que servisse café. Ela saiu calada, mas foi pedir ajuda. Não havia água no prédio, nem para os banheiros, muito menos para o café – que afinal foi servido com água oferecida pelo fotógrafo do Estado. À espera do lado de fora do escritório, ele espantou-se com o alvoroço dos funcionários e lhes entregou a garrafinha de água mineral que levava na mochila.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O raquitismo crônico condenou o pibinho a nunca ser pibão na vida? A inflação real insiste em desmoralizar os índices maquiados pela contabilidade criativa? A gastança pública engordou de novo? A balança comercial voltou a pender para o lado dos gringos? Dilma Rousseff comanda uma reunião com Guido Mantega, Miriam Belchior e Aloizio Mercadante. O ministro da Fazenda erra todas as previsões há três anos. A ministra do Planejamento não acerta sequer o nome da chefe, que agora chama de “presidenta Lula”. O chefe da Casa Civil está concentrado na campanha para assumir o Ministério de Tudo.
A base alugada quer aumentar as cifras dos contratos de aluguel? O PMDB reivindica mais ministérios? O PT anda murmurando que Lula é que deveria ser candidato? Partidos governistas flertam com Aécio Neves e contemplam Eduardo Campos com o coração em descompasso? Dilma pede conselhos a Lula antes de outra reunião com Ideli Salvatti, um berreiro à procura de uma ideia, Gilberto Carvalho, o ex-coroinha que virou sacristão de missa negra, e, naturalmente, Aloizio Mercadante.
O governo do companheiro Nicolás Maduro desandou? Falta até papel higiênico na Venezuela? Estudantes que protestam contra a prisão de líderes oposicionistas são assassinados por milícias bolivarianas? Evo Morales exige a deportação do senador Roger Pinto Molina? O Mercosul lembra um fim de feira no sertão? Dilma convoca uma reunião com Marco Aurélio Garcia, algum representante do Itamaraty amestrado por Celso Amorim e, claro, Aloizio Mercadante.
O assassinato de um cinegrafista inaugura a nova etapa da insurreição dos selvagens sem causa nem cérebro? O MST mobiliza camponeses que não distinguem um boi de uma anta para o cerco ao Palácio do Planalto? O PCC aciona militantes em liberdade para mostrar que os presos governam as ruas? Bandidos são linchados por carrascos fantasiados de justiceiros? Os chefões das cadeias do Maranhão ressuscitam a morte por esquartejamento? Dilma convoca uma reunião com José Eduardo Cardozo, Gilberto Carvalho e, como não?, Aloizio Mercadante.
O Brasil protagonizou outro fiasco em alguma olimpíada estudantil? O índice de analfabetismo voltou a crescer e agora já são mais de 15 milhões os brasileiros que não sabem ler? O país agora forma doutores que não conseguem escrever um cartão de Natal? Como ainda não decorou o nome e o ramal do ministro da Educação, José Henrique Paim, Dilma convoca uma reunião com Aloizio Mercadante e os dois trocam ideias por telefone com Fernando Haddad.
Outro cubano desertou do Mais Médicos para livrar-se ao mesmo tempo da ilha-presídio do trabalho escravo? A filas do SUS bate o recorde mundial de extensão? Multidões exigem nas ruas a construção de hospitais padrão Fifa? Como ainda não decorou o ramal de Arthur Chioro, e vive chamando de “Choiro” o novo ministro da Saúde, Dilma convoca uma reunião com Alexandre Padilha e, sempre ele, Aloizio Mercadante. Os três concluem que devem consultar meia dúzia de jalecos do Sírio Libanês.
A arena da de Curitiba não ficou pronta? O estádio de Brasília, que já é o mais caro do mundo, vai cruzar a fronteiora dos dois bilhões de reais? As obras de mobilidade urbana continuam imóveis nos palanques? Dilma convoca uma reunião com Aldo Rabello e o inevitável Aloizio Mercadante. Os três concordam: é bom que o ministro do Esporte prepare o traseiro para mais um retumbante pontapé do cartola Jerôme Walcke.
O tsunami turístico que chegaria com a Copa pode virar marolinha porque os gringos têm amor à vida e ao patrimônio? Ninguém mais acredita que o brasileiro é tão cordial com os forasteiros? Dilma convoca uma reunião com João Santana, Marta Suplicy e Aloizioi Mercadante. O marqueteiro do reino informa que encomendou 900 comerciais de TV para popularizar o bordão “A Copa das Copas”. A ex-ministra do Turismo, agora fantasiada de ministra da Cultura, propõe que se acrescente uma sugestão à estrangeirada: “Relaxe e goze”.
O transporte aéreo está a beira do colapso? Os pousos e decolagens nos 800 aeroportos em cidades do interior só ocorrem na cabeça da presidente? Nem os puxadinhos estarão funcionando no apito inicial? Dilma está prestes a convocar uma reunião com o ministro da Aviação Civil (e Aloizio Mercadante) quando ouve o nome do convocado. Antes do encontro, ela quer saber quem é esse Wellington Moreira Franco, que não conhece nem de vista. O buraco na agenda é preenchido por uma conversa com Maria do Rosário, que quer contar à chefe quem será a vítima da próxima exumação.
Imagine o que se passa nessas reuniões. Pense nas propostas que ficam só entre eles. A equipe federal seria goleada pelo lanterninha da da série D do campeonato nacional. Os companheiros que ajudam Dilma a encontrar soluções são mais assustadores do que o pior dos muitos problemas que afligem o Brasil. Oremos.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
Para acomodar partidos e políticos com cargos e benesses, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), lançou mão de um antigo recurso: desmembrou em duas a comissão de Turismo e Desportos, assim como fez, em 2013, com a de Cultura e Educação. Quando discutia Turismo e Desportos, a comissão quase não obtinha quórum. Estendia reuniões esperando alguém aparecer para trabalhar.
Só com cinco servidores e funções comissionadas, o custo de cada nova comissão chega a R$ 807.312,05 (no total, R$ 1,6 milhão) ao ano.
Precisa chover dólares na conta corrente do Brasil, que está quase no “nível Cantareira” de secura.
Além de banqueiros e grandes empresários, as confederações da Indústria e da Agricultura se juntaram à ala do PT para pressionar o ex-presidente Lula a substituir Dilma Rousseff na disputa pela Presidência.
O Ministério da Defesa receberá um lote de 500 fuzis AR-10 com 1,5km de alcance, que os americanos no Iraque evitavam. A Polícia Federal também se arma: pagou R$ 14 milhões por pistolas de choque Taser.
Foi-se a primavera, mas a Presidência da República reservou R$ 141,5 mil para gastar até dezembro com flores diversas, incluindo coroas fúnebres e três árvores de Natal, com Papai Noel, gnomos e lâmpadas.
…parodiando o padre luterano Martin Niemöller, “quando levaram os venezuelanos eu me calei, porque afinal eu não era venezuelano”.

NO BLOG DO CORONEL
Quanto mais se aproxima a Copa do Mundo, mais os brasileiros percebem a mentira oficial sobre os seus benefícios. O tão propalado "legado" não existe, a não ser 12 estádios superfaturados, cujo valor daria para construir 120 hospitais de média complexidade.
Há vários exemplos de projetos de infraestrutura que foram abandonados pelo caminho. Em 2009, a presidente prometeu um trem-bala ligando São Paulo e Rio até o início da Copa, mas a obra nunca saiu do papel. Em Manaus (AM), os dois únicos projetos de mobilidade urbana -monotrilho e BRT (Bus Rapid Transit) - foram adiados por tempo indeterminado.
A menos de quatro meses para o início da Copa do Mundo, apenas metade dos brasileiros apoia a realização do evento. É o menor índice registrado desde que a pesquisa Datafolha começou a perguntar sobre o assunto, há pouco mais de cinco anos. O respaldo à Copa caiu para 52%, percentual bem abaixo do pico de 79% registrado em novembro de 2008, quando o Datafolha iniciou a série a respeito do tema. (Com informações da Folha de São Paulo)
Abaixo, artigo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), intitulado "Democracia à deriva", publicado hoje na Folha de São Paulo.

"O Brasil perdeu mais uma oportunidade histórica de se colocar à altura de seu papel de liderança no continente. Com a crise política, econômica e social na Venezuela e a escalada crescente da violência e a ameaça real à estabilidade institucional do país, esperava-se do governo brasileiro uma ação diplomática pró-ativa e firme, coerente com a tradição centenária do Itamaraty, pautada no respeito aos direitos humanos, à defesa da liberdade e da democracia.
Ao assinar as notas do Mercosul e do Unasul que emprestam respaldo ao presidente Nicolás Maduro, o Brasil ignora as respostas que o governo venezuelano tem dado às manifestações de protesto, com flagrante repressão contra toda e qualquer oposição ao regime e o cerceamento ostensivo à liberdade de expressão. 
Soma-se à vocação autoritária do chavismo uma grave instabilidade econômica, com a maior inflação da América Latina (57%) e a menor taxa de crescimento (1,1%). Arruinado pela má gestão, o país expõe seus cidadãos a uma rotina de escassez de alimentos e de energia.
No lugar de oferecer colaboração institucional para a promoção do diálogo entre as forças políticas em conflito, o Brasil submete sua política externa às conveniências ideológicas, deixando de representar os interesses permanentes do Estado brasileiro para defender o ideário do governo de plantão.
Longe de ser um fato isolado, a posição se inscreve no rol de desacertos desde que o governo impôs à atuação da Chancelaria o viés partidário. Nunca é demais lembrar episódios como a aceitação dócil da expropriação das refinarias da Petrobras em Santa Cruz, em 2006; a deportação dos boxeadores cubanos nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e o tratamento dado ao senador boliviano exilado na Embaixada em La Paz. 
Onde está a coerência com a atitude adotada na crise paraguaia, em que foi invocada a cláusula democrática do Mercosul? Por afinidades ideológicas, o Brasil está deixando de assumir suas responsabilidades internacionais também na questão dos direitos humanos.
A partidarização da política externa tem consequências também na política de comércio exterior. As crises na Venezuela e na Argentina, pela passividade da reação do Itamaraty, estão trazendo prejuízos à credibilidade do governo brasileiro e às empresas nacionais que encontram barreiras para exportar e grandes dificuldades para receber seus pagamentos.
O mundo desconfia do Brasil, e não é à toa. Pouco adianta a presidente da República reafirmar no concerto internacional a posição do Brasil como país aberto, democrático, que respeita as regras internacionais, se, na prática, damos guarida a governos autoritários que desprezam a democracia e o Estado de Direito.

Os dois principais pré-candidatos da oposição à corrida presidencial apostam na largada oficial da campanha para desbancar a dupla Dilma e Lula como condutores preferenciais das mudanças desejadas por dois terços da população nas ações do governo a partir de 2015. O governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB) acreditam que a indicação dos petistas como mais preparados para implementar mudanças na forma de governar, revelada pelo Datafolha, reflete muito mais o amplo conhecimento que a população tem da atual ocupante do Palácio do Planalto e de seu antecessor.
Para PSB e PSDB, partidos que já costuram aliança em um eventual segundo turno, o brasileiro segue desatento ao processo de sucessão e as pesquisas ainda espelham o desconhecimento de seus candidatos."A lista [com os dois petistas como condutores preferenciais dessa mudança] é muito mais na base do recall dos nomes do que qualquer outra coisa", afirmou à Folha o governador pernambucano Eduardo Campos.
"O que chama a atenção é o desejo majoritário por mudança. Esse desejo parece estar cristalizado, está tendendo a se uniformizar em todas as regiões e tem uma dinâmica forte nas grandes cidades e entre jovens. O que há, na verdade, é um desconhecimento alto das [candidaturas] alternativas, e isso tem data certa para ser superada, que é a campanha eleitoral", completou Campos, ex-aliado de Lula e Dilma.
O PSDB foi na mesma linha de avaliação. Instruído a falar em nome do senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do partido, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) afirmou que a população só "entra no jogo para valer" com o início do programa eleitoral gratuito em cadeia nacional de rádio e televisão.
Pelo fato de a pesquisa não ter registrado alterações de novembro até agora nem na popularidade da presidente nem na intenção de voto, os dois partidos avaliam internamente que a petista parece ter atingido um teto de desempenho após investimentos em comunicação nos últimos meses. "Há uma máquina governamental poderosa de comunicação e, no entanto, só 41% aprovam o governo", disse Pestana. (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT
Puxadinho emergencial no aeroporto de Fortaleza, puxadinho planejado em Guarulhos. Revitalização inconclusa do recém-privatizado Galeão, e ainda por cima custeada com dinheiro público. Obras do terminal de Cuiabá que não terminam nunca, desacreditadas até pelo ministro Wellington Moreira Franco - “Sou devoto de São Tomé, nas coisas da Infraero só acredito vendo”.
Se o ministro da Aviação Civil diz isso, imagina...
Portas de entrada do País e parte do alardeado legado da Copa do Mundo, os aeroportos das cidades sede dos jogos serão as primeiras vitrines da incompetência gerencial dos governos Lula e Dilma Rousseff, incapazes de cumprir compromissos assumidos – com a Fifa e com os brasileiros - mesmo tendo sete anos de prazo para fazê-lo.
Isso vale para tudo relacionado à Copa. Nada, obra alguma – estádios, aeroportos ou intervenções urbanas - foi entregue na data prevista.
Cronogramas oficiais, como o que a Infraero divulgou em 2010, mais parecem chacota. Nele, e vale a pena conferir, todos os aeroportos estariam concluídos até meados de 2013, à exceção de Guarulhos, que seria entregue em dezembro passado.
Tudo atrasado e, claro, custando até mais que o triplo do orçado inicialmente. Para ficar só nos palcos dos jogos, as 12 arenas devem consumir R$ 8,1 bilhões, 285% acima dos R$ 2,8 bilhões fixados em 2007. Mais do que o dobro das erguidas para os mundiais da África do Sul (R$ 3,2 bilhões) e da Alemanha (R$ 3,6 bilhões). Em pior estágio estão as obras de infraestrutura urbana: das 100 previstas, apenas 21 estão concluídas e 20% delas foram adiadas para sabe-se lá quando.
Acelerar obras urbanas está longe das preocupações do Planalto. Hoje, reza-se para que os estádios estejam prontos a tempo e que os esquemas de segurança – com 170 mil homens e orçamento de R$ 1,9 bilhão, mais de duas vezes os gastos operacionais da Polícia Federal no ano de 2013 – funcionem. Teme-se, e com razão, o recrudescimento de manifestações.
Dilma será mantida longe das arenas dos jogos que seu padrinho a tantos seduziu para patrocinar. Evita-se, assim, o eco nas urnas de previsíveis vaias.
Exatos 100 dias separam o fim da Copa do Mundo das eleições para presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais. Embora não exista comprovação alguma de causa e efeito entre os dois eventos, dificilmente eles ficarão desconectados.
Ainda que venha o desejado hexa, é bastante provável que a cobrança sobre o legado não seja esquecida.
O pós-Copa pode se tornar uma tormenta para o governo.

Dorrit Harazim, O Globo
O cenário de US$ 51 bilhões montado em Sochi para a consagração mundial da Rússia de Vladimir Putin tinha sua apoteose marcada para este domingo. Dificilmente, porém, o país anfitrião acompanhará de peito estufado a cerimônia de encerramento destes XXII Jogos Olímpicos de Inverno.
Poucas horas antes da féerie de despedida montada no estádio Fisht, com início programado para as 13h (horário de Brasília), não longe dali terá terminado a última e mais aguardada disputa de esportes de inverno: a final masculina de hóquei no gelo.
Só que sem a esquadra russa em campo. Ela fora eliminada três dias antes, ainda nas quartas de final. Para boa parte do país foi um choque de proporções inesperadas. “Por mim, a pira olímpica podia ser apagada agora”, resumiu um estudante de Direito de Moscou que servia como voluntário. “Perdi a vontade de continuar aqui.”
Nada preparara a Rússia para a eliminação precoce no único esporte que une e apaixona a nação por inteiro. Foi pior do que o Brasil ser eliminado já nas oitavas de final quando jogar na Copa em casa.
Foi uma humilhação esportiva sem precedentes para a ex-União Soviética, vencedora de sete dos nove títulos olímpicos entre 1956 (ano de estreia do hóquei nos Jogos) e 1988 (última edição olímpica antes da dissolução da URSS em 1991).
Desde que o país se chama Rússia, entretanto, obteve um mísero bronzezinho em Salt Lake City, 12 anos atrás, apesar de ter os melhores jogadores do mundo.
Em 2014 tudo mudaria.
Um mês antes da abertura dos Jogos, Putin se deixara fotografar envergando patins de hóquei. Na majestosa arena Bolshoi de Sochi ocorreria a ressurreição da Rússia como temida potência olímpica do hóquei no gelo. Sob seu comando.
Leia a íntegra em O jogo emperrou

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NO BLOG DO JOSIAS
O governo do Distrito Federal gastará cerca de R$ 1,5 milhão em 2014 para encher a geladeira e a despensa de ‘Águas Claras’, a residência oficial do governador Agnelo Queiroz (PT). A lista de compras, disponível aqui, contém 464 itens. Só em peixes e carnes serão 21 toneladas. Coisa de R$ 500 mil.
Comparando-se com o custo do ano passado, o preço da comida da casa do governador subiu 20%. Ouvido pela repórter Roseann Kennedy, o GDF atribuiu a alta a dois fatores: a inflação e a Copa. Não a copa que fica ao lado da cozinha, mas a Copa do Mundo. Brasília é uma das cidades que receberão jogos da Copa. Alega-se que Agnelo recepcionará delegações estrangeiras em casa. E precisa dar de comer aos convidados.
Nos próximos dias, um estômago pobre de Brasília, desses que vivem na rua, enviará uma carta a Agnelo Queiroz. O blog teve acesso ao texto com exclusividade. Vai reproduzido abaixo:
Caro governador, sei que o senhor não me conhece. Pois permita que me apresente. Moro onde olho nenhum me alcança, no ermo das entranhas. Sou ferida exposta que não se vê. Sou espaço baldio entre o esôfago e o duodeno.
 Trago das origens uma certa vocação para a tragédia. Não deve ser por outra razão que venho do grego: stómachos. Se pudesse dar entrevista, resumiria assim o oco de minha existência: ‘É dura a vida de víscera.’
Às vezes, governador, invejo o coração que, quando sofre, é de amor. Eu, pobre tripa flagelada, jamais tive tempo para sentimentos abstratos. Perdoe-me o pragmatismo estomacal. Mas só tenho apreço pelo concreto: o feijão, o arroz, a carne… Meu projeto de vida sempre foi arranjar comida.
Às vezes, veja o senhor, cobiço a cabeça. Quisera me fosse dado revisitar glórias passadas ou, melhor ainda, idealizar um futuro promissor. Quisera não tivesse que dançar ao ritmo da emergência. 
Meu mundo cabe no intervalo entre uma refeição e outra. Meu relógio, caprichoso, só tem tempo para certas horas: a hora do café, a hora do almoço, a hora do jantar…
Sem comida, meu relógio ficou louco. Passou a anunciar a chegada de cada novo segundo aos gritos. 
Nunca tive grandes ambições. Não quero conhecer a Paola Oliveira. Não quero ganhar a Sena acumulada. Só queria a compaixão de um grão escorregando faringe abaixo. 
Ardem-me as paredes, bombardeadas por jatos de suco gástrico. Mas já não sofro, governador.
Sem alimento, encontrei a paz na melancolia da fome. Encontro-me na ante-sala de outra esfera. Escrevo para dizer-lhe obrigado. Estou prestes a trocar o inferno das ruas pelo paraíso. E, temente a Deus, sei que Ele não se atreverá a pôr em meu céu o descaso. Não, não. Meu céu há de ser uma cozinha como a da residência de Águas Claras, tão farta que me propicie uma fome de governador, dessas que a gente resolve simplesmente abrindo a geladeira.”

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
GENERAL VENEZUELANO DE METRALHADORA EM PUNHO DEFENDE SUA CASA DA INVASÃO DOS ESBIRROS DA DITADURA COMUNISTA DO TIRANETE NICOLÁS MADURO
O tiranete Nicolás Maduro mandou um batalhão de soltados e terroristas cubanos para prender o General Angel Vivas que resiste bravamente de arma em punho e com apoio da população que rechaça os comunistas.
O general venezuelano Angel Vivas está resistindo de metralhadora em punho a tentativa da polícia de tiranete comunista Nicolás Maduro, de invadir a sua casa. Esse general foi reformado porque não quis se submeter ao controle militar da ditadura de Fidel e Raúl Castro.
Maduro mandou seus bate-paus vasculhar a casa do general e prendê-lo. Entretanto, encontraram o militar com uma metralhadora em punho que até há pouco impedia o avanço da Guarda Bolivariana e de milícias armadas, os chamados 'coletivos' comunista, uma espécie de MST do PT.
As fotos acima estão sendo transmitidas pelo Twitter pelos cidadãos venezuelanos.
As fotos mostram o general Vivas, e abaixo seus vizinhos de bairro que se aglomeram perto da residência do general. Os vizinhos de Angel Vivas também se encarregaram de montar barricadas para impedir o avanço dos assassinos comunistas fardados.
Certamente, esta matéria não estará no Fantástico da Rede Globo e em nenhum outro veículo da grande mídia brasileira, toda ela sob o controle dos comunistas do PT.


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