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"ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES": NENHUM DESMENTIDO

O LIVRO-BOMBA DE TUMA JR., NENHUM DESMENTIDO E O MISTERIOSO SILÊNCIO DA GRANDE IMPRENSA E DA OPOSIÇÃO.

Por Nilson Borges Filho (*)
Romeu Tuma Júnior é delegado civil aposentado pelo Estado de São Paulo. Teve uma rápida passagem pela Assembleia Legislativa como deputado estadual, eleito à sombra do pai Romeu Tuma, um ex-policial que ocupou cargos de relevo na estrutura estatal, como o titular da Polícia Federal e da Receita Federal.
Tuma pai chegou ao Senado da República pelo voto popular. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva Tuma Júnior ocupou a Secretaria Nacional de Justiça na condição de seu titular. Durante o regime militar Lula foi hóspede do delegado Tuma pai, na carceragem da polícia paulista. Mais tarde, Lula chegou à presidência e contou com o apoio irrestrito de Tuma pai como parlamentar da base do governo.
O antigo carcereiro de Lula passava a ser um dos homens da confiança do presidente no Congresso Nacional. Coisas que só acontecem no Brasil. Na sua passagem pela Secretaria Nacional de Justiça, Tuma Júnior foi citado em algumas situações nada republicanas, sendo que numa delas obrigou-se a se afastar do cargo que exercia no Ministério da Justiça, sob às ordens de Tarso Genro. Diga-se de passagem que Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande Sul, foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa.
É bom que se deixe bem claro que o delegado Tuma Júnior não sofreu qualquer tipo de condenação. Pois agora, com efeito de uma bomba arrasa quarteirão, Tuma Júnior publica o livro Assassinato de Reputações, onde traz, à luz do dia, o modus operandi do lulopetismo quando se tratava de desqualificar adversários políticos, quase sempre atacando a honra de seus desafetos. Fica-se sabendo – e até este momento Tuma Júnior não foi desmentido pelo principal personagem da sua obra – que Lula foi informante da polícia paulista durante o regime militar enquanto dirigente sindicalista. “Barba” era o codinome do ex-presidente.
O principal interlocutor do informante era nada menos do que Tuma pai quando na chefia do DOPS pauiista. Escrito em parceria com o jornalista Cláudio Tognolli, Tuma Júnior conta detalhadamente como operava o governo policial petista, forjando dossiês contra adversários e usando dos piores meios de intimidação contra pretensos inimigos políticos. O ex-presidente Fernando Henrique, a ex-primeira dama Ruth Cardoso,o ex-governador José Serra e outras pessoas menos importantes foram “alvos” – expressão cunhada por Tuma Júnior – dos dossiês fajutos construídos nas entranhas do governo petista.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e se suas instituições funcionassem de acordo com a lei e não atreladas aos interesses dos donos do poder, provavelmente algumas dessas figuras carimbadas da política nacional estariam respondendo criminalmente por seus atos.
O ponto fora da curva está no silêncio da classe política sobre as denúncias publicadas no livro Assassinato de Reputações. Um silêncio que cheira a conivência ou – quem sabe? ao medo de que eu possa ser você amanhã.
A grande imprensa, curiosamente, se faz de desentendida. Com exceção da revista semanal Veja, que fez eco às denúncias de Tuma Júnior. Blogs chapa branca, sustentados por verba publicitária de estatais federais, sequer deram um pio sobre o livro, mesmo que fosse para desmentir o seu conteúdo. Lula, o grilo falante, que gosta de teorizar de bomba atômica à unha encravada, assim como no caso Rosemary Noronha, continua mudo.
(*) Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.
Do Blog do Aluizio Amorim de 23-01-14

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