DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-12-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O julgamento do caso do mensalão, maior escândalo de corrupção da História do Brasil, e a prisão dos envolvidos, não alteraram a intenção de voto de 93,5% dos eleitores para as eleições presidenciais de 2014, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisa em 158 municípios brasileiros, entrevistando 2.250 eleitores. Somente 6,50% dos entrevistados admitiram que a prisão dos meliantes mudou seu voto.

Para 57,17% dos eleitores, a prisão dos mensaleiros não contribui para “diminuição efetiva nos casos de corrupção entre os políticos do Brasil”.

Ressurgem rumores em Cuba de que Fidel Castro piorou de saúde. Mandou representante receber por ele mais um prêmio do regime.

É tanto defunto ilustre para exumar, que a Secretaria de Direitos Humanos vai gastar R$ 1 milhão com motoristas terceirizados.

Profético o slogan da reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB), “Somos um Rio”: a cidade boiou com uma madrugada de chuva.

Dono do Hotel S. Peter, Paulo Abreu tem sido monitorado com atenção pelo governo. O Planalto soube que, depois de José Dirceu, a quem ofereceu emprego, ele teria se aliado ao ex-ministro Ricardo Berzoini (PT-SP) na negociação da compra da rádio Jovem Pan, de São Paulo.

Há dois anos o Banco Central não atualiza na internet a entrada de capitais estrangeiros no Brasil. No último registro, de setembro de 2011, consta rede de restaurantes falida, com capital nas ilhas Jersey.

O ministro interino Francisco Teixeira (Integração) nem sequer retornou ligação de Otto Alencar, vice-governador e secretário de Infraestrutura da Bahia, com assunto urgente a tratar. Foi xingado de “mal educado” e “grosseiro” pelo deputado José Carlos Araújo (PR-BA), na Câmara.

Presidente do primeiro país a legalizar plantação e venda de maconha, o presidente uruguaio Jose Mujica será conhecido como Jose “Larica”.


NO BLOG DO CORONEL


Fatos da vida podem ser chocantes, mas, com algum cuidado, alguém deveria contar à presidente da República a verdade sobre a meta da inflação: ela é 4,5%, nunca foi alcançada no atual governo e dificilmente será nos próximos dois anos. Sendo uma pessoa forte, a presidente poderia assimilar o choque rapidamente e em seguida repassar a informação a seu ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ambos continuam falando - e isso ocorreu ontem, de novo, no Encontro Nacional da Indústria - como se o alvo oficial fosse qualquer número até 6,5%, limite superior da escandalosa margem de tolerância adotada no País. Os dois apresentaram aos empresários, ao Brasil e ao mundo, como de costume, um país cor-de-rosa, com inflação controlada, contas públicas em ordem, economia saudável e puxada por investimentos e indústria fortalecida por um eficaz programa de desonerações.
Se esse país brilha menos do que poderia, é só por causa da crise internacional e da escassez do crédito ao consumo, as "duas pernas mancas" da economia brasileira, segundo o ministro Mantega. O ministro e sua chefe insistem no esforço de atribuir os problemas brasileiros principalmente a causas externas, como o baixo crescimento do mercado global e a alta de preços das commodities agrícolas, consequência de uma seca nos Estados Unidos. Mas as cotações agrícolas já se acomodaram e o nível geral de preços no País continua a subir. Outros países emergentes têm crescido bem mais que o Brasil, apesar da crise externa, mas o ministro continua discursando como se essa diferença inexistisse.
Além de cor-de-rosa, esse mundo é muito estranho. A produção teria avançado mais, se o crédito ao consumo tivesse crescido, nos últimos meses, tanto quanto vinha crescendo? Acreditar nessa tese é insistir em viver no mundo da fantasia.
Em outubro a produção industrial foi 0,6% maior que em setembro, mas a expansão ainda ficou em 1,6% no ano e em 1% em 12 meses. Não há como atribuir esses números a uma desaceleração do consumo. Da mesma forma, é preciso buscar em outros fatores a explicação dos maus resultados da indústria no comércio exterior. A questão relevante é: por que a produção industrial brasileira perde espaço dentro e fora do País?
A resposta é conhecida até em Brasília, mas, segundo a presidente e seus ministros, tudo está sendo feito para elevar a produtividade e melhorar o desempenho do setor. De alguma forma, apesar do discurso tortuoso, a necessidade de mais investimentos é reconhecida pelas autoridades. A presidente mencionou aos industriais o programa de ampliação e modernização da infraestrutura, além da oferta de recursos para o investimento empresarial. Mas deixou de mencionar o enorme atraso na implementação do plano de logística, os erros de concepção das licitações e os fracassos na tentativa de elevar a taxa de investimentos.
No ano passado o País investiu 4% menos que em 2011. O aumento esperado para este ano será, na melhor hipótese, pouco mais que suficiente para neutralizar a queda de 2012. O total investido continuará, quase certamente, inferior a 20% do Produto Interno Bruto (PIB), uma proporção pífia. Nem as estatais, subordinadas à autoridade presidencial, cumprem seu papel. Até outubro, o Grupo Eletrobrás desembolsou apenas 43% do previsto para o ano. Em conjunto, as estatais investiram 75% dos R$ 111 bilhões programados. Desde 2006, a média, em dez meses, era de 82,3% da meta do ano.
Confortável em seu mundo de fantasia, o governo tem errado e continua errando em seu diagnóstico dos problemas econômicos. Insiste em estimular o consumo quando os entraves estão do lado da oferta interna. Reconhece um tanto obscuramente a necessidade de mais investimento para mais produtividade, mas é incapaz de apontar um rumo aos empresários e de oferecer segurança aos investidores.
No ano passado os juros foram baixos, pelos padrões históricos, mas o investimento caiu. Impossível, para quem tem alguma percepção, desconhecer a inflação elevada, a piora das contas públicas e a maquiagem como instrumento de política. Nenhum discurso cor-de-rosa anula esses dados.
EDITORIAL PUBLICADO HOJE - 12-12-13 - NO ESTADO DE SÃO PAULO

A Conexão Mensalão pode ser conhecida no blog Feijoada Política
No mês em que os réus do mensalão começaram a ser presos, o PT do Rio escolheu como seu novo tesoureiro um dirigente que recebeu R$ 100 mil do valerioduto. Empossado no último dia 30, o novo secretário de Finanças do partido, Carlos Manoel Costa Lima, apareceu nas investigações da CPI do Mensalão, em 2005. O dinheiro foi sacado em uma agência do Banco Rural em agosto de 2003, primeiro ano do governo Lula. A origem era uma conta da DNA, empresa usada por Marcos Valério de Souza para disfarçar a fonte de repasses feitos a políticos e assessores partidários que se envolveram no esquema.
Costa Lima afirma ter usado os R$ 100 mil para quitar dívidas de campanha da então governadora Benedita da Silva (PT) à reeleição, em 2002. Benedita perdeu aquela eleição para Rosinha Matheus (então no PSB).
CAIXA DOIS
Costa Lima reconhece que o dinheiro era de caixa dois, ou seja, nunca foi declarado à Justiça Eleitoral, como determina a lei. No entanto, ele diz entender que não cometeu crime. O petista foi citado 22 vezes em depoimento de Manoel Severino dos Santos, ex-presidente da Casa da Moeda, à CPI do Mensalão. Santos confirmou ter orientado o aliado a usar os R$ 100 mil do valerioduto para quitar as dívidas da campanha de Benedita de Silva com seus fornecedores.mO dinheiro foi sacado e entregue a Costa Lima pelo também petista Carlos Roberto Macedo Chaves, ex-subsecretário de Fazenda do município de Mesquita (RJ).
O novo tesoureiro do PT fluminense foi ouvido pela Polícia Federal nas investigações sobre o mensalão, em depoimento ao delegado Luís Flávio Zampronha. Contudo, ele não entrou na lista de 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República, que concentrou a acusação nos pagamentos feitos a políticos de Brasília.
Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, Costa Lima ajudou a coordenar, nos últimos meses, a campanha de Benedita a presidente estadual do PT. Derrotada, a ex-governadora o indicou como representante de seu grupo político na nova Executiva do partido no Estado. Procurado pela Folha, o novo presidente do PT no Estado, Washington Quaquá, defendeu a nomeação de Costa Lima para o cargo e disse que o aliado é "sério, pobre e honestíssimo". Como secretário de Finanças do PT fluminense, Costa Lima deve cuidar das contas da campanha do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a governador em 2014. (Folha de São Paulo)

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) determinaram que o Ministério da Saúde explique o pagamento antecipado realizado à Organização Panamericana de Saúde (Opas) no convênio para a contratação de médicos cubanos pelo programa Mais Médicos. O ministério terá 15 dias para apresentar ao tribunal a justificativa para esses pagamentos.
De acordo com o contrato, a Opas receberá R$ 24,3 milhões pela prestação do serviço de intermediar as contratações, o equivalente a 5% do total de R$ 510,9 milhões que o projeto custará para o governo brasileiro, a título de “reembolso de custos indiretos decorrentes da cooperação técnica” fornecida pela entidade.
O TCU ainda cobra do ministério que já informe quais medidas serão adotadas caso os valores transferidos à entidade internacional não correspondam ao serviço prestado no período. Também precisará ser especificado o serviço prestado pela entidade. ( O Globo)

NO BLOG DO CORONEL

Agência Brasil
A Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), avaliou hoje (11) que o Uruguai contrariou leis internacionais ao autorizar a produção e a venda de maconha. Em comunicado, a entidade lamenta a aprovação da lei na noite de ontem (10) e considera que a medida contraria a Convenção Única sobre Entorpecentes, de 1961, da qual o país é signatário.
O presidente da Jife, Raymond Yans, manifestou surpresa com a decisão das autoridades uruguaias de "conscientemente ignorar as disposições legais adotadas em nível internacional”. “A decisão do legislador uruguaio não considera os seus impactos negativos na saúde”, acrescentou Yans. Para ele, o objetivo de reduzir a criminalidade por meio da medida "baseia-se em hipóteses frágeis e não fundamentadas”

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG DO JOSIAS

A caminho de completar 14 anos no poder federal, o PT já não pode invocar a “herança maldita” do passado recente para justificar as mazelas do presente. A falta dessa muleta retórica começa a tirar do prumo o discurso de Dilma Rousseff.
Nesta quarta-feira (11), a presidente discursou na abertura do 8º Encontro Nacional da Indústria. A alturas tantas, disse que vai priorizar as concessões de ferrovias à iniciativa privada em 2014.
Dilma disse acreditar que é “essencial para o Brasil investir em parceira com o setor privado num sistema ferroviário de porte nacional.” Para ela, “é inadmissível que um país de dimensões continentais não tenha esse investimento.”
Língua em riste, a presidenta arrematou: “É imperdoável não termos feito, nos dois séculos anteriores —final do século 19 e em todo o século 20. Mas o século 21 exigirá necessariamente, pela dimensão do Brasil, um sistema ferroviário de porte internacional.”
Dilma parece ter perdido o nexo. É como se tivesse se desobrigado de fazer sentido. Renderia homenagens à lógica se informasse à plateia por que não priorizou as parcerias ferroviárias nos seis anos em que foi a “mãe do PAC” do governo Lula. Faria ainda melhor se explicasse como se perdoou por não ter iniciado nos dois primeiros meses de seu governo a recuperação do “imperdoável” atraso dos “dois séculos anteriores”.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Acima, o panfleto vermelho da Reforma Política que circulou no semestre passado. Abaixo o novo site de propaganda das propostas do PT que reduzirão o Brasil a uma republiqueta bolivariana.
Quem diria. A Ordem dos Advogados do Brasil foi terceirizada pelo PT para preparar o caminho que levará o Brasil a ser transformado numa república comunista do século XXI como existe em Cuba, na Venezuela, Bolívia e Equador. 
No calor das manifestações ocorridas no Brasil em julho passado, o PT, que já tinha pronta a campanha de marketing para a tal Reforma Política, tentou emplacar por meio de projeto parlamentar, um “plebiscito”, que acabou detonado.
Nessa ocasião, enquanto os bate-paus do PT espalhavam o terror nas ruas com quebra-quebras nas duas maiores cidades do Brasil - São Paulo e Rio de Janeiro -, esquema montado pelo Foro de São Paulo para forçar a aprovação do tal plebiscito que, argumentavam, atenderia às “vozes das ruas”, o presidente da OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, foi recebido pela Dilma no Palácio do Planalto. Depois desse encontro o plebiscito desapareceu do discurso do PT. 
Era coisa de amador. Precisaria profissionalizar o esquema. E aí a OAB entrou na parada. O resultado disso foi o retraimento estratégico do Foro de São Paulo e do PT. Os líderes do PT não falariam mais publicamente sobre o plebiscito para reforma política. De fato foi isto que aconteceu. Quem encampou a proposta do PT foi a OAB, mas com uma estratégica diferente, revestida por suposto legalismo jurídico.
Tanto é que a OAB propôs no STF a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) que está e julgamento. Pretende não só proibir doações de pessoas jurídicas a partidos políticos, mas também estabelecer novos limites para as doações de pessoas físicas tanto a campanhas quanto às legendas. 
Aparentemente tudo isso pode soar como uma coisa boa que vai moralizar as campanhas eleitorais. Entretanto, nas últimas campanhas eleitorais o PT foi o campeão absoluto no volume de doações recebidas principalmente de empresas e empresários. 
Por que então o PT deseja o financiamento público das campanhas? Esta é a pergunta básica que tem de ser feita. E a resposta pode estar no que disse o presidente da OAB, Marcus Vinícius que segundo osite do Estadão deveria se pronunciar nesta quarta-feira no Supremo em defesa da ADIN.
Diz a matéria do Estadão que o presidente da OAB acredita que a votação de uma reforma política será um “efeito colateral” da possível declaração de inconstitucionalidade das doações para campanhas eleitorais. “Hoje existe uma inércia que será vencida e terá que haver uma concentração de esforços para a reforma política”, coincidentemente o que interessa só e apenas ao PT.
E prossegue a matéria do Estadão: “Coêlho rebateu o argumento de parlamentares de que o Supremo, ao julgar a matéria, estaria legislando em assunto restrito ao Legislativo. "Na ação, solicitamos que o Supremo possa modular os efeitos e atribuir prazo para que o Congresso legisle sobre as lacunas", explicou o presidente da OAB”.
Esse “efeito colateral” que decorrerá do eventual acolhimento pelo Supremo da ADIN, formulada pela OAB será, sem dúvida, a retomada pelo PT do projeto bolivariano do plebiscito que prevê a convocação de uma Assembléia Constituinte exclusiva que votaria a reforma política. A rigor, essa eventual constituinte teria poderes de alterar as cláusulas pétreas da Constituição de 1988. Em outras palavras, estaria sendo rasgada a Constituição. Foi isto que aconteceu na Venezuela, Equador, Bolívia. Nesses países o Foro de São Paulo conseguiu impor Constituições comunistas em consonância com o dito comunismo do século XXI, adequando esses países a um regime político nos moldes cubanos e chineses. 
Com o STF já parcialmente aparelhado pelo PT e no próximo ano devendo, em razão de aposentadorias de alguns ministros, transformar-se numa Corte dominada por esbirros do regime, ter-se-á finalmente lançado a pá de cal sobre os últimos vestígios de democracia representativa.
Causa espécie que até agora nenhum Ministro do Supremo Tribunal Federal que não deva vassalagem ao PT, tenha levado em consideração o que está claramente em andamento: um golpe de Estado! Mas prestem atenção, por favor! Não é o clássico golpe, mas um golpe que utiliza as próprias instituições democráticas, como o Poder Judiciário e o Poder Legislativo para alcançar o diabólico objetivo. 
Resumidamente, é isso que está em curso no Brasil. Se há algo diferente do que ocorreu nesses países bolivarianos que citei, é a participação efetiva da Ordem dos Advogados do Brasil, que surge como ator sobre o qual, supostamente, não recai qualquer suspeita.
Se a ADIN for acolhida abre-se o caminho para o golpe bolivariano, eufemismo para a transformação do Brasil numa república comunista. Depois disso, as instituições democráticas como os Poderes Judiciário, Legislativo funcionarão como peças que revestirão o regime de falsa legalidade democrática. As Forças Armadas, por sua vez, serão os cães de guarda do regime. 
E, concluindo, transcrevo as palavras de Lula, que aparecem em destaque no panfleto vermelho do PT, conforme facsímile acima, que estava em circulação e foi estrategicamente recolhido, como foram recolhidos os black blocs:
“A eleição está ficando uma coisa muito complicada para o Brasil. No Brasil se o PT não reagir a isso, poucos Partidos estarão dispostos a reagir. Então o PT precisa reagir e tentar colocar em discussão a Reforma Política e uma Constituinte exclusiva que é o caminho. Eleger pessoas que só vão fazer a Reforma Política, que vão lá (para o Congresso), mudar o jogo e depois vão embora. E daí, se convocam eleições para o Congresso. O que não dá é para continuar assim.”
Informo também que o PT criou uma nova página na internet com material de propaganda da tal “reforma política”, conforme pode ser visto no fac-símile acima.

NO BLOG UCHO.INFO

Brasileiros precisam cobrar o PT pelo caos da Petrobras, que tem 32,4% de chance de quebrar
Fio da navalha – A opinião pública está tomada pela reverberação das denúncias feitas pelo delegado Romeu Tuma Júnior, que no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” escancara o perfil bandoleiro do PT, mas é preciso não deixar para depois as muitas mazelas que produzidas pelo PT, que apenas uma década conseguiu arruinar a economia nacional.
Como se sabe, os partidos de oposição do momento são de incompetência assustadora, pois permanecem em letargia diante dos muitos descalabros que carregam a chancela do Partido dos Trabalhadores. Não se pode fazer política sempre pensando na próxima eleição, pois o Brasil precisa sair do atoleiro em que se encontra por culpa do messiânico lobista Luiz Inácio da Silva.
Na campanha presidencial de 2006, Lula comandou a mentira que se espalhou pelo País, sem que seus opositores reagissem à altura e de pronto. Afirmaram os petistas que uma vitória dos tucanos nas urnas representaria a imediata privatização da Petrobras. A mentira foi repetida tantas vezes, que a parcela incauta da população passou a considerá-la como verdade suprema.

Sete anos se passaram e a Petrobras, que pertence ao povo brasileiro, está mergulhada em crise jamais vista. Enquanto discutem o lançamento do livro de Tuma Júnior, os brasileiros esquecem que a Petrobras perdeu, há dias, R$ 24 bilhões de seu valor de mercado. Cifra muito superior aos R$ 15 bilhões que o governo federal arrecadou com a privatização do Campo de Libra, na área do pré-sal. Fora isso, a petrolífera verde-loura vem enfrentando sérios problemas de caixa, a ponto de ter comprometido nos últimos anos os investimentos em produção. O que é preocupante para uma empresa que é a maior fornecedora de combustíveis do País, mas que tem sido obrigada a comprar gasolina e diesel no mercado internacional.
Como se fosse pouco, uma análise feita pela gerenciadora de investimentos Macroaxis, dos Estados Unidos, aponta que a Petrobras tem 32,4% de chance de ir à falência nos próximos dois anos. Especializada no cálculo de riscos de investimentos, a Macroaxis é explicita em seu relatório e destaca: “Baseando-se nas últimas informações financeiras divulgadas, a Petrobras tem probabilidade de falência de 32,4%. Este valor é muito maior do que o do setor”.
Pode parecer que a situação da Petrobras não é tão grave e preocupante, mas dados das empresas concorrentes mostram o contrário. A gigante norte-americana ExxonMobil, por exemplo, tem probabilidade de falência de 0,86%. A chance de falência da Chevron, outra empresa ianque do setor de petróleo, é de 8,96%, enquanto a da Petrochina, concorrente de peso, é de 12,27%.
Como disse certa feita um conhecido comunista de botequim, que agora descobriu-se ter sido alcaguete na ditadura militar, “nunca antes na história deste país”.

Sérgio Cabral usa helicóptero oficial para levar a família à praia, mas o Rio naufraga nas inundações
(Severino Silva – Agência O Dia)
Caso de polícia – O uso do helicóptero do governo do Rio de Janeiro pelo peemedebista Sérgio Cabral Filho está de novo no noticiário nacional. O governador fluminense voltou a utilizar a aeronave oficial nos deslocamentos de final de semana para a luxuosa casa de veraneio da família em Mangaratiba, na Costa Verde, depois das muitas críticas que recebeu por ocasião dos protestos que começaram em junho e no Rio duraram algumas boas semanas.
O que tem sido criticado com propriedade poderia até passar despercebido se Cabral Filho fosse um governante qualificado e merecedor de mimos financiados com o suado dinheiro do contribuinte. O governador do Rio de Janeiro é um incompetente conhecido em todo o País, que usa a bazófia em seus discursos como formar de ludibriar a opinião pública.
Acontece que Sérgio Cabral Filho é daqueles que falam muito e quase nada fazem. Esse viés da incompetência ficou claro e evidente nesta quarta-feira (11), quando o Rio de Janeiro amanheceu, mais uma vez, debaixo d’água. Alguns aduladores de Cabral dirão que o problema ocorreu na capital fluminense, mas as inundações foram registradas em várias cidades do estado do Rio de Janeiro. Para se ter ideia do escárnio em que se transformou a administração de Cabral Filho, as movimentadas Via Dutra e Avenida Brasil tiveram o trânsito de veículos interrompido por causa do avanço das águas celestiais.
É verdade que não se pode prever a fúria da natureza, mas os congestionamentos que se formaram na cidade do Rio de Janeiro e em trechos da Via Dutra foram motivo para que criminosos promovessem arrastões, ação que poderá afugentar turistas que planejavam acompanhar a Copa do Mundo no Brasil. Para se ter ideia do descalabro, o descaracterizado e superfaturado Maracanã, palco da final da Copa, teve o seu entorno tomado pela água da chuva, transformando o local em um piscinão de lama.

Não se pode negar que o prefeito Eduardo Paes, do Rio, é igualmente incompetente, mas a segurança pública é de responsabilidade do Executivo estadual. Cabral tem justificado o uso do helicóptero oficial com a balela de que é alvo de constantes ameaças dos traficantes, mas isso não lhe confere o direito de deixar a população refém dos criminosos.
Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades adeptas do bom senso e cumpridoras das leis, Sérgio Cabral Filho já teria sido despejado do Palácio Guanabara, não sem antes responder a processos por causa da sua péssima gestão. Como se não bastasse, Cabral continua devendo uma explicação aos brasileiros sobre as farras na Europa custeadas pelo dinheiro fácil do empresário Fernando Cavendish.
Quando o ucho.info afirmou, em outubro de 2007, que a decisão de realizar a Copa do Mundo no Brasil foi um equívoco da FIFA e um ato de irresponsabilidade do governo brasileiro, muitos dos que embarcaram no ufanismo oficial nos dedicaram críticas das mais ácidas. O caos está literalmente vindo à tona, mas até a Copa os brasileiros já terão apagado da memória a ação bandoleira dos governantes dessa louca Terra de Macunaíma.
Enquanto isso, Sérgio Cabral continua usando o helicóptero que pertence ao povo do Rio de Janeiro para levar a família – tendo como caronas a babá, a manicure da primeira-dama e o cachorro – para o conforto nababesco de uma mansão à beira-mar, imóvel cuja compra ainda é recoberta de suspeitas das mais variadas.

Monitoramento de ministros do STF escancara o Estado policial que o PT instalou no País
Terra de ninguém – A denúncia feita pelo delegado Romeu Tuma Júnior no livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” sobre as escutas telefônicas de que foram vítimas todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) é extremamente grave. Além disso, mostra que o governo do PT transformou a Polícia Federal em polícia de governo, não de Estado, apesar de parte da corporação não concordar essa situação que há muito ultrapassou os limites da lei e continua ferindo a democracia.
Quando o assunto surgiu pela primeira vez, ainda em 2007, o Palácio do Planalto, pressionado pelos próprios ministros da Corte, produziu uma desculpa que não convenceu e muito menos tirou a responsabilidade do governo. Os palacianos fizeram chegar à imprensa a informação de que o grampo no STF foi praticado por “arapongas” da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Agora, com as denúncias de Tuma Júnior descobre-se que os operadores dos tais grampos foram delegados e agentes da Polícia Federal.
Quando delegados federais ignoram a legalidade e a Justiça, misturando polícia com política para servir de isca na pescaria de benesses classistas, todas distribuídas pelo governo central, a situação em que o País se encontra é muito mais preocupante do que a maioria dos brasileiros imagina.
O comportamento transgressor evidenciado no caso dos grampos deixa clara a ingerência do Ministério da Justiça na Polícia Federal. Um dos setores da PF que não esconde essa ingerência é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), comandado pelo delegado Ricardo Saadi.

Para quem não se recorda, Ricardo Saadi assumiu os últimos capítulos da Operação Satiagraha após a saída do delegado Protógenes Queiroz, que atualmente cumpre mandato de deputado federal. Saadi, que chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal, em São Paulo, arredondou a Operação Satiagraha, que levou alguns figurões para a cadeia e desvendou um esquema empresarial e financeiro criminoso, comandado por um banqueiro oportunista cujo nome o ucho.info não pode citar por decisão truculenta e arbitrária da Justiça.
Não se trata de colocar em xeque a idoneidade desse ou daquele integrante da PF, mas uma situação como a denunciada por Tuma Júnior é inaceitável. Se nada foro feito para impedir o avanço do esquema policialesco que o PT adotou para enfrentar seus adversários, que crescem assustadoramente a cada dia, o Brasil em breve será sócio remido do clube do “vale tudo”.
Em países democráticos, cujos governantes respeitam a legislação e não temem a transparência dos próprios atos, órgãos equivalente ao DRCI estão sob a responsabilidade do Ministério Público. Temendo cada vez mais o Ministério Público, instituição que insiste em demonizar quando está na alça de mira, o governo do PT prefere manter o DRCI sob a batuta de delegados federais. Essa prática, que atenta contra a democracia e coloca investigações e operações policiais sob o manto da suspeição, precisa ter fim. Para tal, é necessário que o Ministério Público Federal se movimente o quanto antes para que ações como o monitoramento dos telefones dos ministros do Supremo não se repitam.


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