SAUDAÇÃO À POLÍCIA MILITAR

Saudação à Polícia Militar

Por AC Portinari Greggio
Precisam da PM para manter a ordem, mas no fundo odeiam a PM.
Diante da agressão sofrida por um coronel da Polícia Militar de São Paulo, finalmente as autoridades, no susto e por pouco tempo, criaram vergonha na cara. A presidente/a da república, o governador de São Paulo, os jornais, a tevê e outros mandarins, excelências, eminências e bocas falantes manifestaram, desajeitadamente, com pé atrás e olhando de soslaio, seu falso apoio à Polícia Militar.
Essa gente – políticos e currupacos – vive em incômoda sinuca. Estão no poder, precisam da Polícia e das Forças Armadas para garantir-se nos respectivos poleiros, mas estranham,  não gostam e desconfiam de ambas. Gostar, eles gostam mesmo é dos baderneiros, dos criminosos e dos marginais. Com esses, sim, têm empatia. Mas infelizmente os marginais são muito parecidos com os que estão no poder. Não respeitam limites, não têm vergonha nem moral e também querem entrar na política. O único jeito dos políticos impedirem que os moleques virem a mesa e estraguem seu negócio, é apelar para a PM e, em última instância, para as Forças Armadas.
Quando mandam a PM reprimir “excessos”, os políticos fazem questão de ficar em cima do muro. Os jornais e tevês encarregam-se de patrulhar os policiais. Qualquer reação mais dura é imediatamente transformada em escândalo. Os policiais são afastados e presos, abrem-se inquéritos, as ongues, as pastorais e a OAB protestam, os governantes condenam e prometem “rigor”. A obrigação do policial é ser insultado, vaiado, cuspido, empurrado, espancado, queimado, e aguentar tudo isso sem reagir. Sua missão, é proteger, acima de tudo, a reeleição dos políticos e os jabaculês dos jornais, tevês, ongueiros e oabeiros. O resto – o patrimônio público e a segurança da população – só interessam a medida que rendem ou tiram votos.
O recrudescimento da desordem, do crime, da corrupção, da depravação, da ignorância, tudo isso que se alastra ao nosso redor, não dão a impressão dum país em decomposição? Não é estranho que os políticos não enxerguem que, se o País for destruído, eles próprios também o serão? Se não têm moral nem decência, pelo menos deviam ter instinto de sobrevivência. Como se explica essa incapacidade de prever o mais óbvio dos futuros?
Quem nos dá a resposta não é a teoria política. É a Biologia. Nações são organismos vivos sujeitos a infecções. As bactérias proliferam no organismo e dependem dele para sobreviver. Mas terminam por matá-lo. Por que? Se fosse possível interrogá-las, a resposta seria: A natureza nos programou assim. É o que se passa com os políticos e outros inimigos da Nação. A compulsão, a imoralidade e a ideologia que os ajudaram a chegar ao poder, obrigam-nos a prosseguir na sanha até que a gangrena também os envolva e aniquile. É claro que uns poucos devem ter noção desse fato, e cogitam de algum meio de conciliar seu parasitismo com a sobrevivência do País. Mas não podem, porque se o fizerem perderão as eleições. Estão, portanto, enredados na trama infernal que, mais cedo ou mais tarde, vai levar o País de cambulhada.
Quando criaram esse regime em 1988, os constituintes cuidavam apenas de garantir seus esquemas. A assembléia constituinte foi infiltrada por ongues, grupos de influência, lobistas, palpiteiros e outros, sintonizados nas mesmas ideologias e interesses. Daí resultou o que chamam “democracia’Mas de fato o que se gerou foi a monstruosidade que Paul Gottfried denominava Estado democrático de massas. O Estado democrático de massas, ou “democracia” entre aspas, tem mecanismo perverso de poder que consiste em nivelar tudo por baixo, favorecer os piores, suprimir os melhores, e explorar os mais baixos sentimentos do povão.
É possível demonstrar que o Brasil não é nada do que dizem. Não é federação, não é Estado de direito, não é representativo. Não é, tampouco, ditadura totalitária. Mas é ditadura. Atrás da fachada de chavões consagrados – democráticofederativoEstado de di­reitorepública –, o que a constituição de 1988 instituiu é um novo e estranho tipo de regime, uma forma de poder exercido sem coação, num ambiente em que todas as liberdades são permitidas. Só que essas liberdades não são as liberdades clássicas, do cidadão contra a tirania doEstado, as únicas que de fato têm importância numa república. Ao contrário, a constituição de 1988 nomeia o Estado como supremo tutor e árbitro de tudo e de todos. E o Estado incentiva a liberdade de todos contra todas as demais instituições e autoridades.
Sob o pretexto de defender fracos contra fortes, ou de proteger minorias contra discriminação, o Estado ataca a parte res­ponsável da população, a qual é acusada do crime de autoritarismo. O autoritarismo é a origem de todos os males, pois mantém a desigualdade e a exclusão, hierarquiza a sociedade e impede a democracia. Por isso, oEstado usa a sua autoridade para suprimir o autoritarismo. Patrocina a rebelião do aluno contra o professor, dos filhos contra os pais, da mulher contra a família, do indivíduo contra as normas sociais, do empregado contra o empregador, do soldado contra seus superiores, e assim por diante. É nesse contexto que florescem os “movimentos sociais” – quilombolas, índios, homossexuais, feministas, idosos, deficientes, meno­res infratores, criminosos, presidiários, tudo, enfim.
O zelo do Estado em proteger minorias e defender fracos contra fortes é, na verdade, modo de aumentar a sua própria autoridade em detrimento das autoridades individuais existentes na sociedade. É forma sutil de instituir a ditadura totalitária mediante a “libertação” de todos contra todos – exceto contra o próprio Estado que, no processo, monopoliza todos os poderes.
Os únicos que não podem contar com a proteção do Estado são os membros das clas­ses “autoritárias”. Afinal, eles são o inimigo. Na ideologia do Estado democrático de massas, há dois tipos de “autoritários” a combater: os de dentro do Estado – militares, policiais e funcionários públicos – e os da esfera privada – empresários, profissionais, trabalhadores qualificados e pais de família “patriarcais”.
Quanto aos militares e policiais o Estado de­mocrático de massas bem gostaria de livrar-se deles; mas, não podendo fazê-lo por enquanto, vai cuidando de neutralizá-los mediante a política de direitos humanos, embaraçando sua ação, desmoralizando seu esprit de corps, diminuindo sua autoestima, e mantendo-os sob estrito controle. Essa é a razão da estranha, contraditória e absurda atitude dos políticos e da mídia contra a Polícia Militar.
A PM, por dever e por honra, protege quem a odeia e despreza. Em troca, é constantemente vilipendiada e difamada. Saibam porém todos os policiais militares que lerem este jornal que o Inconfidência está do seu lado, inclusive nas falhas e erros humanos inevitáveis quando se cumpre missão tão ingrata.
A vocês, valorosos camaradas, nosso fraternal aperto de mão.

Do Brasil Acima de Tudo de 05-11-2013.

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