REGALIA NA PRISÃO PARA OS MENSALEIROS

Juiz trancou o passo das obras que o governo do PT vinha fazendo para tornar luxuoso o Presídio da Papuda
Por Políbio Braga (*)

Na edição que circula deste sexta-feira, a revista Veja voltou a entrevistar o juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Silva de Vasconcelos, que a partir de hoje, segunda-feira (18), trata daquilo que ele chama de “processo complexo”. Ele disse hoje que tem trabalhado nos autos “desde ontem sem dormir”. O juiz é responsável por decidir o destino de cada réu preso na Papuda, em Brasília, e sobre o pedido para que José Genoino cumpra prisão domiciliar. “Ainda não sei se será hoje, uma vez que cada réu terá um processo de execução penal”, disse o magistrado ao jornal O Globo.
A mídia amiga e políticos do PT tentam desde domingo desviam o foco da responsabilidade legal pela execução da sentença, que cabe ao juiz Vasconcelos, na tentativa sórdida de atacar o presidente do STF, Joaquim Barbosa. O nível dos ataques verificados nesta segunda-feira beiram à histeria e à calúnia.
O juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Silva de Vasconcelos, não vai dar moleza aos bandidos do Mensalão.
Ele já tinha determinado à direção do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) que não deve ocorrer nenhum tipo de tratamento diferenciado em relação aos presos que cumprem pena no local. Diante da denúncia de que quatro celas estavam sendo reformadas sob medida para abrigar deputados e outros condenados no chamado processo do mensalão (veja croquis acima, ao lado), o magistrado telefonou diretamente para o diretor da unidade prisional, Afonso Emílio Alvares. “Não pode existir nenhum tipo de tratamento diferenciado”, disse.
As obras, iniciadas e concluídas em moldes menos onerosos e luxuosos, foram responsabilidade do governador do PT, Agenlo Queiroz, que tentou melhorar as condições de encarceramento dos seus companheiros de Partido.
A desfaçatez com que governadores do PT abusam do dinheiro público parece não ter limites, mas eles nunca utilizam suas verbas para melhorar as condições de encarceramento de presos comuns, como prova o caso do Presídio Central de Porto Alegre.
O jornal Correio Brazieliense mostrou que a reforma e a ampliação da unidade, no valor de R$ 3,4 milhões, destina-se a presos com alto poder econômico, político ou conhecidos na sociedade. A informação foi confirmada pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Os ambientes diferenciados têm nove metros quadrados, piso de cerâmica e janela com grade. Terão cama móvel. As demais celas do sistema prisional são de concreto. Não foram instaladas televisões, mas há fiação para isso.
De acordo com o juiz, qualquer regalia concedida desestabiliza o sistema prisional. “Não existe privilégio para ninguém aqui. Não autorizo esta prática. Todos os presos são tratados da mesma maneira”, afirmou.

Do Brasil Acima de Tudo de 19-11-2013.

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