DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 14-11-2013
NO JORNAL O POVO
Pressionado, PT indica membros da comissão que analisa PEC dos Mensaleiros
Ex-prefeito que agrediu equipe do O POVO tem 4 condenações de uma vez
Em 2000, equipe de reportagem que investigava denúncias contra o então prefeito de Hidrolândia foi agredida. Passados 13 anos, a Justiça condena Luiz Antônio de Farias por aquelas e por outras acusações
O ex-prefeito de Hidrolândia, Luiz Antônio de Farias, que ficou no cargo de 1997 a 2004, foi condenado pela Justiça em quatro sentenças diferentes. As decisões foram motivadas por denúncias do Ministério Público do Estado (MP-CE). Embora datem do dia 19 de setembro, as decisões foram divulgadas só ontem pela assessoria do Ministério Público Estadual.
Na época em que ele estava no poder, O POVO publicou uma série de reportagens que mostravam irregularidades das quais Farias era acusado. Em 2000, equipe do jornal foi agredida pelo então prefeito, durante reportagem em Hidrolândia.
Sentenças
Uma das sentenças determina pena de dois anos de reclusão para o ex-gestor, a ser cumprida em regime aberto. A acusação é de que, em abril de 1998, ele utilizou em benefício próprio um trator pertencente ao município, além de mão de obra de funcionário da Prefeitura.
Outra decisão determina a suspensão dos direitos políticos de Farias por seis anos, além do ressarcimento aos cofres públicos de R$ 27.758,76, junto com multa civil no mesmo valor. Nesse caso, a acusação é de improbidade administrativa, sendo que o ex-prefeito é acusado de cometer várias irregularidades em 1997, o que culminou na reprovação das contas de Farias pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Entre as irregularidades estão ausência de licitação para compra de combustível, gastos com publicidade e compra de medicamentos.
Na terceira sentença, Farias foi condenado a partir de outra ação civil pública por improbidade, acusado de receber diárias de forma “abusiva e contínua” entre janeiro de 1998 e maio de 2000. Segundo documentação do TCM, o ex-gestor recebeu, de forma abusiva e contínua, diversas diárias entre janeiro de 1998 e maio de 2000.
Além disso, ficou constatado que, em apenas quatro meses, a Prefeitura chegou a gastar R$ 3.594 com refeições, o que dá uma média mensal de R$ 898,50 para o prefeito e assessores. O TCM considerou a conduta “abusiva” e “incompatível com a realidade”.
A quarta e última sentença também trata da suspensão dos direitos políticos de Farias por 10 anos, por ter supostamente utilizado máquinas da Prefeitura de Hidrolândia e mão de obra de servidores públicos para a construção de um açude em sua propriedade particular.
Na decisão, o juiz também condena Farias a ressarcir R$ 50 mil aos cofres públicos e pagar multa civil de R$ 20 mil. O ex-prefeito ainda pode recorrer das decisões.
O POVO não conseguiu contato ontem com o ex-prefeito Antônio de Farias. Informações em Hidrolândia dão conta de que ele vive hoje em uma fazenda, sem muito contato externo.
A agressão
Em 23 de fevereiro de 2000, O POVO relatou a agressão sofrida por sua equipe. Leia trecho da matéria assinada por Plínio Bortolotti, atualmente diretor institucional do O POVO:
“(...) Acompanhado de dois capangas, o prefeito encurralou o fotógrafo Marcos Studart e o motorista Valdir Gomes Soares no prédio da Prefeitura, agredindo-os a socos e pontapés. Marcos foi ainda levado para uma sala, onde continuou sendo espancado pelos três homens, e foi mantido em cárcere privado por cerca de 10 minutos. Marcos e Valdir ficaram feridos com cortes e hematomas nos braços, pernas, peito e cabeça.
O repórter Erick Guimarães (atual diretor adjunto da Redação) só escapou de ser agredido porque correu até a delegacia na tentativa de conseguir socorro. (...) O prefeito sequestrou fitas gravadas, filmes e um gravador. (...)”
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O Banco do Brasil divulgou o lucro líquido do terceiro trimestre, mas escondeu a informação de que seus custos com fraudes e falhas de segurança chegaram a R$ 208,5 milhões de janeiro a setembro de 2013. O dinheiro perdido com cartões clonados, saques irregulares e outros golpes foi 21% maior que a perda de R$ 172,3 milhões de 2012. O prejuízo consta no relatório como “outras despesas operacionais”.
Se investisse em ações que evitassem saques fraudulentos e cartões clonados, o BB arredondaria seu lucro do trimestre para R$ 3 bilhões.
Apesar das brechas em sua segurança, que permitiram os golpes, o BB não comenta o rombo “por razões de segurança”. Ah, bom!
O ministro Manoel Dias disse que “não sabia” da corrupção em seu ministério. Pode rodar na reforma ministerial prevista para dezembro.
A turma de Carlos Lupi foi alvo de operações policiais, derrubando seu fiel escudeiro Paulo Pinto, ex-número dois do Ministério do Trabalho.
Em nove dias em greve, a estatal de energia de Brasília, CEB, ignorou queixas sobre 2.847 apagões. O cliente otário terá de esperar até seis dias para que o problema notificado tenha chance de ser solucionado.
Exatos 119 deputados assinaram o ponto, ontem, mas não deram as caras, ontem, na Câmara, salvo as exceções de sempre: meia dúzia.
NO BLOG DO CORONEL
Quem rir por último, rir melhor.
Seis anos depois de aceitar a denúncia do mensalão, e quase um ano após definir sua sentença, o Supremo Tribunal Federal determinou ontem a prisão do ex-ministro José Dirceu e dos principais envolvidos no esquema de corrupção que marcou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dirceu irá pelo menos dormir na cadeia, assim como os dois integrantes da antiga cúpula do PT que também foram condenados, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, principal operador do esquema, começará a cumprir sua pena em regime fechado.
Numa sessão confusa e pontuada por debates acalorados, os ministros determinaram a execução imediata da pena para 16 condenados no maior julgamento da história do STF. Onze irão para a prisão. Os outros cinco poderão cumprir suas penas em regime aberto ou foram condenados a penas alternativas.
Os condenados vão começar a cumprir a pena dos crimes para os quais não há mais possibilidade de recurso, tão logo um juiz do Distrito Federal, que ficará responsável pela execução das sentenças, receba os mandados de prisão do Supremo.
Caberá ao presidente do STF e relator do caso, Joaquim Barbosa, ratificar, alterar ou revogar essas decisões. Ainda não há, contudo, definição sobre a partir de quando e onde os réus começarão a cumprir suas penas, porque ontem houve apenas uma declaração provisória da decisão dos ministros do STF. Hoje, Barbosa vai arrematar os detalhes dessa fase do julgamento, proclamando os nomes dos réus e os crimes cujas penas terão que começar a ser cumpridas agora.
O fatiamento da execução das penas ocorre porque no ano que vem dez réus terão direito a um novo julgamento para crimes pelos quais foram condenados com quatro votos a seu favor no plenário. Eles apresentaram recursos para essa situação chamados de embargos infringentes, que foram aceitos pelo tribunal há dois meses em uma apertada votação por 6 votos a 5.
Dirceu está entre esses réus. Ele questiona a sua condenação por formação de quadrilha, que lhe deu 2 anos e 11 meses de cadeia. Assim, começará a cumprir sua pena de 7 anos e 11 meses por corrupção, em regime semiaberto, no qual ele dorme na cadeia e pode sair para atividades diurnas segundo decisão judicial.
Após rejeitar a maioria de uma leva final de recursos chamados embargos declaratórios, o presidente da corte, Joaquim Barbosa, pediu a prisão imediata de 21 dos 25 condenados do caso. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que tem um embargo infringente a ser analisado, terá seu caso analisado num momento posterior porque teve a possibilidade de mais um recurso contra formalidades no acórdão (resumo da sentença) aprovado.
Para Barbosa, a decisão de ontem é mais "vantajosa" para o condenado que ainda tem recurso a ser analisado, mas vai cumprir a pena de imediato. "O indivíduo que está condenado a 9, 10, 11 anos, seguramente começará a cumprir pena em regime semiaberto e não no fechado". Pela lei, penas de 4 a 8 anos são cumpridas no semiaberto; abaixo de 4, em regime aberto ou de forma alternativa, com pagamento de multa ou prestação de serviços comunitários.
Apesar de terem decido pela prisão dos principais nomes do mensalão, houve divergência entre os ministros em relação aos réus que, mesmo sem quatro votos, também apresentaram embargos infringentes depois da decisão do Supremo de acatar esse tipo recurso.
É o caso de 9 condenados, entre eles os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) que, por ora, poderão aguardar em liberdade a análise dos novos recursos que apresentaram. Enquanto isso não ocorrer, eles continuarão exercendo seus mandatos na Câmara.
Na proposta de Barbosa, os recursos de quem não teve quatro votos não seriam reconhecidos por não seguirem o pré-requisito definido pelo regimento do STF, mas o ministro Teori Zavascki disse que seria preciso analisar os mesmos antes de mandar estes réus para a prisão. Por 6 votos a 5, a opinião de Zavascki prevaleceu. (Folha de São Paulo)
Enquanto o Supremo Tribunal Federal definia o destino de 21 dos acusados no processo do mensalão, o ex-ministro José Dirceu descansava ontem com a família na região de Itacaré, no litoral sul da Bahia. Dirceu chegou ao local na última segunda-feira e lá deve permanecer durante o feriado do dia 15. A região abriga hotéis de luxo e residências de alto padrão.
A única forma de acesso é por uma rodovia estadual. Para se chegar à localidade é preciso atravessar um ramal de estrada de chão batido por onde circulam apenas pessoas autorizadas. Ninguém entra no local sem passar pelos seguranças. As praias são praticamente privativas. A região é protegida por reservas de mata atlântica e é praticamente impossível se chegar pela areia.
A sessão de ontem, na qual foi decidida a prisão imediata de parte dos condenados no esquema do mensalão, não afetou Dirceu porque ele ganhou o direito de apresentar embargos infringentes - apesar da primeira condenação, ele será julgado novamente pelo crime de formação de quadrilha.(Estadão)
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e mais seis deputados federais embarcam para Nova York nesta quarta-feira, antevéspera de feriadão, para cumprir agenda concentrada apenas na próxima segunda-feira. A missão oficial antecipada terá diárias pagas pelo contribuinte e tempo de sobra para outras atividades na capital da Broadway, do Museu Metropolitan e do Rockefeller Center.
Os congressistas estavam com embarque marcado para as 18 horas de Brasília para São Paulo, em jato da Força Aérea Brasileira (FAB). Da capital paulista, seguem em voos comerciais para Nova York, com chegada prevista para a manhã desta quinta-feira, 12.
O primeiro compromisso da frente parlamentar no feriadão é gastronômico, no fim do dia seguinte: um jantar oferecido pelo embaixador Antonio Patriota, representante da Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). Depois disso, só há trabalho previsto para dois dias depois, segundo a agenda confirmada ao Estado nesta quarta-feira pela Presidência da Câmara.
Para participar de três compromissos na segunda, dia 18, o presidente da Câmara receberá cinco diárias de US$ 550 cada (R$ 1.227), a título de cobrir despesas com hospedagem, alimentação e transporte. Os deputados Fábio Faria (PSD-RN), Márcio Bittar (PSDB-AC), Eduardo da Fonte (PP-PE), André Figueiredo (PDT-CE), Danilo Fortes (PMDB-CE) e Esperidião Amin (PP-SC) têm direito a valores um pouco mais baixos (US$ 428 por dia).
Dois assessores viajaram antecipadamente e já estão em Nova York para assessorar os congressistas em seus compromissos. Segundo fontes da Câmara, as mulheres dos deputados também estão de malas prontas, mas não contam com verba da Casa para viajar.
As passagens para os Estados Unidos são pagas à parte pelo Legislativo, que não divulgou os valores pagos. Nesta quarta-feira, horas antes a partida, a TAM vendia bilhetes de ida e volta para Nova York, nos mesmos dias, por R$ 19 mil em classe executiva.
No sábado e no domingo, a agenda será livre. Na segunda, segundo a Câmara, os deputados têm encontros com John Ashe, presidente da 68ª Assembleia Geral da ONU, e com o presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, embaixador Liu Jieyi. Em seguida, concedem entrevista à Rádio ONU, retornando ao Brasil no mesmo dia. De acordo com a Presidência da Câmara, a agenda dos deputados ainda pode mudar. Até esta quarta-feira, no entanto, havia apenas a previsão de mais compromissos, todos também na segunda-feira.
Nestas quinta e sexta-feira, a ONU em Nova York sedia evento na União Interparlamentar, organização que reúne representantes dos parlamentos de todo o mundo. Mas nem a Câmara nem a entidade confirmaram a presença dos deputados brasileiros nas discussões desses dias.
A Assembleia Geral da ONU, aberta em setembro pela presidente Dilma Rousseff, tem eventos até o ano que vem. Congressistas brasileiros têm bastante interesse na viagem para Nova York, com a justificativa de participar o evento. Só na Câmara, há previsão de que 22 embarquem para lá até dezembro, às custas do contribuinte. (Estadão)
Depois do alarido da mídia de que o PT é um partido democrático, que elege os seus dirigentes pelo voto de 400 mil militantes, vem a dura realidade para a 'cumpanherada'. O diretório nacional ameaça intervir nos diretórios regionais que não obedecerem a suprema vontade de Lula e priorizarem a reeleição de Dilma Rousseff. Azar dos desejos locais.
"Todos os nossos diretórios estão convictos de que a prioridade é a reeleição da presidente. Isso já aconteceu em 2010 e deve ocorrer agora. É para isso, para haver uma sintonia mais fina, que nós vamos convocar uma reunião com todos os presidente estaduais, em São Paulo, para ter esse quadro nacional e avaliar se há algum descompasso, alguma falta de sintonia. Justamente, para que não haja nenhum tipo de intervenção" — afirmou o recém reeleito presidente nacional, Rui Falcão
Fica provado que a 'cumpanherada' serve apenas para dar aquela aparência de democracia interna, quando na verdade os candidatos estaduais serão escolhidos na base do dedaço. É a democracia fake do PT.
NO BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"O tribunal se recusa a tomar decisões graves. Tratamos aqui de firulas".(Joaquim Barbosa, presidente do STF, ao pressionar seus colegas para que aprovassem a prisão imediata da maioria dos condenados no processo do mensalão).
Tânia Monteiro, Estadão
A retomada da discussão sobre execução das penas dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal causou completa surpresa no Palácio do Planalto. Ninguém esperava que a reabertura do julgamento tratando da decisão sobre a prisão dos envolvidos pudesse ocorrer agora. E muito menos que ela pudesse ser colocada em prática de imediato. Houve quem interpretasse a iniciativa como um golpe para os réus.
A presidente Dilma Rousseff, no entanto, manteve a mesma postura de quando o tema estava em discussão no Supremo: não trata deste assunto e nem autoriza nenhum de seus assessores e ministros a falarem sobre ele. Ela quer se manter à distância e manter também seu governo à distância dessa discussão, que justifica ser competência apenas do Judiciário.
Leia mais em Execução de penas do mensalão surpreende Planalto
Francisco Leali, O Globo
Depois de passar quatro anos com processo parado em seu gabinete, a ministra Cármen Lúcia liberou no início da noite desta quarta-feira ação penal movida contra o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL, foto abaixo). Hoje, o GLOBO noticiou que há risco de prescrição dos crimes no processo em que o ex-presidente é acusado de corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato.
Cármen Lúcia, relatora do processo estava com o caso desde outubro de 2009. A ação penal estava concluída com as alegações finais já apresentadas pelo Ministério Público Federal e pela defesa de Collor. Na sexta-feira passada, como informou O GLOBO, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou à ministra parecer pedindo urgência no julgamento da ação penal. No parecer, Janot diz que o crime de falsidade ideológica já prescreveu. E os demais poderão ter o mesmo destino se a eventual pena for definida como o mínimo previsto no Código Penal.
Germano Oliveira e Leonardo Guandeline, O Globo
O promotor Roberto Bodini, do Ministério Público Estadual (MPE), de São Paulo, disse nesta quarta-feira que o vereador Aurélio Miguel (PR, foto abaixo) falava constantemente ao telefone celular com integrantes da quadrilha da máfia dos fiscais acusada de lesar os cofres da prefeitura paulistana em R$ 500 milhões, passando a ser investigado como beneficiário de um dos maiores escândalos da cidade.
De acordo com o depoimento do auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, dado nesta terça-feira aos promotores, o vereador recebia dinheiro de Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe do bando, e por isso será ouvido pelo MPE. O vereador é campeão olímpico de judô.
O Globo
Na contramão de países como Brasil, Reino Unido e Turquia, a Suécia vai fechar quatro prisões por falta de prisioneiros. A Holanda também segue pelo mesmo caminho, e prisões já foram transformadas de prejuízo em lucro para a economia: uma delas virou um hotel de luxo. Em setembro, o Ministério da Justiça anunciou o fechamento de oito presídios.
A queda no número de presidiários na Suécia tem duas explicações principais: a diminuição no número de crimes e revisões judiciais que buscam penas alternativas. Duas prisões serão vendidas e outras duas emprestadas dentro do próprio governo. Essas poderão voltar a funcionar como presídios, caso seja necessário.
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
NO BLOG DO JOSIAS
Pressionado, PT indica membros da comissão que analisa PEC dos Mensaleiros
No final da tarde desta quarta-feira (13), enquanto se formava no STF a maioria a favor da execução fatiada das penas dos condenados do mensalão, o deputado cearense José Guimarães, irmão de José Genoino e líder do PT, encaminhava uma lista de nomes à Presidência da Câmara. Com atraso, o partido resolveu indicar os deputados que o representarão na comissão especial que analisa a PEC dos Mensaleiros.
Trata-se daquela proposta de emenda à Constituição que torna automática a cassação dos mandatos de parlamentares condenados em última instância por atos de improbidade administrativa ou crimes contra a administração pública. Apresentada pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), foi aprovada no Senado em 11 de setembro.
Enviada à Câmara, a proposição passou pela Comissão de Constituição e Justiça e, a caminho do Plenário, estacionou na comissão especial composta especificamente para analisá-la. Todos os partidos já haviam indicado seus representantes na tal comissão, exceto o PT. Sem os três nomes da legenda que encabeça o mensalão, a comissão estava impedida de funcionar.
Premido pelos fatos, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), avisou ao PT que lançaria mão da sua prerrogativa regimental de indicar os representantes do partido à revelia de sua liderança. Após consultar a direção da legenda, o líder Guimarães indicou, finalmente, meia dúzia de nomes. Três titulares: Josias Gomes (BA), Luiz Sérgio (RJ) e Sibá Machado (AC). E três suplentes: Dalva Figueiredo (AP), Odair Cunha (MG) e Ricardo Berzoini (SP).
Enquanto não aprovar essa PEC, tornando automáticas as cassações de parlamentares condenados, a Câmara continuará ameaçando o país com a repetição do vexame ocorrido em 28 de agosto. Nesse dia, o plenário da Câmara criou a figura do deputado-presidiário, recusando-se a cassar o mandato de Natan Donadon, condenado pelo STF a mais de 13 anos de cadeia.
Tenta-se agendar para a próxima semana a sessão inaugural da comissão especial. A liderança do PMDB indicou como relator da proposta o deputado Raul Henry (PMDB-PE), do grupo político de Jarbas Vasconcelos, o autor da PEC.
Foto:Marlene Bergamo/Folha
Quem olhava da rua enxergava o STF meio agachado. Por sorte, o tribunal encontrou a lente de contato na sessão desta quarta-feira. Ajustou a balança, afiou a espada e deflagrou a execução das penas dos condenados do mensalão. Fez isso de maneira confusa. O que reforçou a percepção geral de que o Judiciário que ainda precisa ser empurrado para submeter criminosos graúdos aos horrores do sistema penitenciário.
Após corrigir parcialmente a cegueira, o Supremo decidiu que suas decisões, por supremas, precisam começar a produzir consequências. Decretou o ponto final (trânsito em julgado) da grossa maioria das sentenças. Integralmente ou fatiadamente, os castigos serão aplicados imediatamente.
Resumo hediondo da resignação brasileira à crueldade social, as cadeias passarão a ser frequentadas por gente como José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Marcos Valério. No regime fechado ou no semiaberto, não é pouca coisa.
Pobre não vai deixar de ser pobre. Mas começa a ficar entendido, finalmente, que bandido é bandido em qualquer meio. A culpa é do caráter deformado, não da miséria. Mantido esse ritmo, as prisões do país logo deixarão de ser centros de martírio. Considerando-se a profusão de escândalos, vai melhorar até o cardápio.
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Para o editorialista do Financial Times: este é o Foro de São Paulo, a entidade transnacional comunista presidida por Lula, que se reuniu este ano na capital paulista como mostra a foto. Trata-se de uma espécie de Governo dos governos latino-americanos. Uma de suas metas é censurar a imprensa e amordaçar a internet para comunizar o continente.
Agora foi a vez do Financial Times que no seu editorial de destaque denuncia o famigerado projeto do Marco Civil da Internet, que o PT quer empurrar goela abaixo dos cidadãos brasileiros. O tradicional jornal londrino, embora apresente argumentos totalmente procedentes, trata o governo do Brasil como se fosse um governo democrático. E não é. O editorialista do Financial Times tem de saber que quem governa o Brasil é o Foro de São Paulo, através do PT.
O Foro é a organização esquerdista que atua em todo o continente latino-americano em conexão com a ditadura cubana. Foi fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 e seu objetivo é transformar todos os países da América do Sul em repúblicas comunistas. Uma espécie de expansão continental do regime cubano.
Portanto não pode se referir ao "Brasil", como um todo que esteja defendendo esse histriônico projeto que tem em mira, principalmente, amordaçar a internet, sob o falso pretexto vinculado à "segurança nacional" em decorrência da suposta espionagem americana que foi delatada por um pirralho vagabundo que se refugiou na Rússia e que recebeu as bênçãos do jornaleco comunista The Guardian, useiro e vezeiro em adular ditaduras comunistas.
Não é o Brasil que deseja o tal Marco Civil da Internet. Isso é puro interesse do governo do PT de Lula, Dilma e demais comunistas em consonância com as diretrizes do Foro de São Paulo. Os cidadãos brasileiros deploram esse projeto idiota. Só o apóia meia dúzia de gatos pingados sob a chefia de Lula que é o mentor do Foro de São Paulo e amigo íntimo de todos os tiranetes latino-americanos, a começar por Fidel Castro e seu irmão Raúl que explodia os cérebros dos dissidentes com tiros de pistola à queima roupa.
Portanto, o editorialista do Financial Times peca fazendo que não vê esta realidade. O Brasil vive um clima de terror diário sob o governo do PT. Todos os dias aparecem maquinações e roubalheiras tendo em mira o assassinato da democracia brasileira. Esta é a verdade.
Ou o Financial Times está muito mal informado ou faz vistas grossas sobre o que está acontecendo no Brasil. O projeto do Marco Civil da Internet é apenas uma das estratégias dessas piranhas ideológicas que desejam o poder eterno.
Para que os leitores do blog vejam, transcrevo o editorial da publicação britânica resenhado no site do jornal O Estado de S. Paulo. Como afirmei no início destas linhas, os argumentos do editorial estão corretos. Entretanto, escamoteou o principal: por que o governo brasileiro (não o Brasil dos cidadãos decentes e defensores da democracia e da liberdade) quer aprovar o Marco Civil da Internet se, como afirma o Financial Times, o projeto contém uma coleção de regras estapafúrdias e que prejudicam o Brasil? Creio que nas linhas que acabei de escrever está a resposta. Leiam:
O jornal britânico Financial Times pede que a presidente Dilma Rousseff repense a adoção de novas regras para a internet. No principal editorial da edição desta quarta-feira, a publicação argumenta que algumas ideias do Marco Civil da Internet podem prejudicar economicamente o Brasil e ainda levariam outras nações a seguirem a regra brasileira. Com o título “Brasil indo longe demais na segurança na internet”, o jornal classifica a proposta como “protecionista” e diz que o Brasil é “o único país que pode influenciar” o debate deflagrado pela denúncias de espionagem da Casa Branca.
“Mais que qualquer outro, o país que pode influenciar a forma como essa polêmica se desenvolve é o Brasil. A presidente Dilma Rousseff expressou fúria contra as revelações de espionagem dos Estados Unidos. Consequentemente, o governo reagiu com um extenso conjunto de medidas destinadas a proteger brasileiros do que se considera uma máquina de vigilância dos EUA fora do controle”, diz o editorial.
O principal ponto criticado pelo FT é a proposta que exige que todas asinformações sobre o uso da internet pelos brasileiros fiquem armazenadas no País. “Esta medida teria grandes implicações. Exigiria que as empresas de internet dos EUA que operam no Brasil teriam de duplicar sua infraestrutura já existente com a criação de enormes e caros centros de dados no País. Isso, inevitavelmente, faria com que essas empresas se perguntassem se devem restringir suas operações no Brasil”, diz o texto. “Isso seria ruim para competitividade e prejudicial para o setor de tecnologia brasileiro”, completa o texto.
Além de prejudicar o Brasil, o FT argumenta que a adoção dessas medidas seria “ruim para a liberdade global da internet”. Ao afirmar que o mundo pode ser dividido entre dois grupos – um com liberdade total na rede liderado pelos EUA e outro com controle da web reunindo China, Rússia e Irã -, o editorial diz que Brasil, Turquia e Indonésia compõem um grupo “que vacilou sobre qual caminho tomar”. “Se o Brasil, o segundo maior mercado mundial do Facebook, se tornar um defensor do protecionismo na internet, outros o seguirão.”
Apesar de criticar a proposta brasileira, o FT diz que a culpa da reação brasileira é dos EUA. “A presidente do Brasil tem direito de se sentir seriamente prejudicada”, diz o texto, que pondera, porém, que o resultado das medidas propostas poderia ser negativo para o País. “É ruim para o Brasil, que pode sofrer economicamente, e isso é ruim para a rede mundial de computadores, que corre o risco de entrar em uma era de fragmentação e regulação. Dilma precisa pensar novamente”, diz o texto. Do site do jornal O Estado de S. Paulo
Quando se ouve a turma do PT e demais comunistas elogiando Cuba se está perante pessoas completamente idiotas ou então perante criminosos, prontos para torturar e matar todos os que se opõem ao comunismo. Mas o que é mais interessante disso tudo é que nas manifestações que ocorrem no Brasil, os black blocs e os passes livres que queimam catracas reivindicam o quê? Ora, um regime comunista, pois são todos paus mandados do Foro de São Paulo.
O vídeo do site GloriaTV, acima, mostra como funciona o transporte público em Cuba. Lá não tem catraca, o passe é livre. Porém, parece que não é muito confortável, né?
Só mesmo uma Nação de completos idiotas e oportunistas ladravazes, incluindo aí os grandes empresários contumazes bajuladores e financiadores do PT, pode tolerar que o Brasil seja desgovernado por comunistas.
Mas os comunistas são todos covardes, cínicos, vagabundos diletantes, picaretas, mentirosos e ladrões. Tenho nojo dessas gentalha e quero tornar público todo o meu asco em relação a essa gente. Não quero falar com essa gente, porque não costumo cumprimentar e dialogar com criminosos. E todo comunista é um criminoso igual a Fidel Castro e seus sequazes.
NO BLOG UCHO.INFO
Judiciário brasileiro está na UTI e precisa com urgência retomar o seu papel de poder constituído
Vergonha nacional – O editor deste site é do tempo em que um ministro do Supremo Tribunal Federal era tratado com respeito. E para exemplificar citamos o gaúcho Paulo Brossard, um dos maiores juristas do País e que certamente integra o grupo dos mais brilhantes oradores do Senado Federal. Ministro da mais alta Corte do Judiciário verde-louro, Brossard é um dos grandes brasileiros em todos os tempos. Seus discursos no plenário do Senado eram verdadeiras aulas magnas, capazes de impor silêncio pleno desde a primeira sílaba. Suas decisões como magistrado eram cobertas de tamanha sabedoria que transformaram-se em dogmas para a eternidade.
Lamentavelmente, o Supremo Tribunal Federal foi vergonhosa e criminosamente aparelhado pelo PT, em atitude premeditada para garantir impunidade aos operadores dos muitos casos de corrupção que marcaram a última década. Parafraseando o agora lobista de empreiteira Lula, “nunca antes na história deste país” a Justiça foi tão achincalhada.
Na tarde desta quarta-feira (13), o Supremo foi palco de um espetáculo absurdo e vergonhoso, que marcou as discussões sobre a execução das penas dos condenados na Ação Penal 470, conhecido nacionalmente como Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção que se tem notícia no País. A ópera bufa em que se transformou a discussão, recheada de filosofias baratas e discursos de encomenda, confirmou a tese popular de que a Justiça é para os endinheirados, não para os desvalidos da sociedade. Isso significa que para alguns ministros da Corte, que insistem em entrar para a história pela porta dos fundos, os marginais do Mensalão do PT merecem algum tratamento jurídico diferenciado.
O que se viu no STF nesta quarta-feira foi um claro e ousado incentivo à corrupção, conduta que ao arrepio da legislação vigente vem corroendo diuturnamente a nação sem que os criminosos se preocupem com as consequências de seus atos. É no mínimo um atentado contra a democracia colocar em discussão se réus condenados à prisão, com sentenças transitadas em julgado, têm direito a chicanas jurídicas para postergar a privação da liberdade.
A nação vem desmontando a cada minuto, sem que os brasileiros percebam a manobra covarde e criminosa operada nos bastidores e à distância pelos donos do poder. É preciso cobrar do Judiciário uma imediata reação, sob pena de o Brasil ser infectado pelo bolivarianismo que, há anos, desintegra a vizinha e combalida Venezuela.
O País e seus cidadãos não mais suportam as manobras que se avolumam nas coxias da Justiça para inocentar corruptos contumazes, enquanto a dignidade do Estado é dilapidada de maneira acintosa e ininterrupta. O Judiciário, como poder constituído da República, precisa urgentemente retomar o seu papel, bem explicitado na Constituição Federal, sem se intimidar com interpretações chicaneiras de falsos defensores da democracia, pois esses se travestem como lobo em pele de ovelha.
A Justiça brasileira vem seguidamente perdendo a credibilidade, sendo que o impasse acerca da prisão dos mensaleiros tem ingredientes de sobra para se transformar na derradeira pá de cal antes do fechamento da sepultura.
Casos recentes de corrupção levam o PT a lançar mão de covardes ameaças ao eleitor
Armação ilimitada – Repetindo o que ocorreu na eleição presidencial de 2006, quando a boataria disparada pelo PT foi grandiosa e covarde, o partido volta a abusar das ilações como forma de criar uma nuvem de mentiras para amedrontar a porção desavisada do eleitorado.
Na terça-feira (12), o senador Humberto Costa (PT-PE) ocupou a tribuna do Senado para anunciar que uma eventual mudança no comando do País, depois da eleição de 2014, representaria uma ameaça à continuidade dos programas sociais mantidos pelo governo, em especial o “Bolsa Família”, que o parlamentar fez questão de creditar a paternidade ao partido responsável pelo período mais corrupto da história nacional.
Humberto Costa, que quando ministro da Saúde teve o nome envolvido no escândalo conhecido como a “Máfia dos Sanguessugas”, por certo desconhece o que é raciocínio lógico, se é que isso existe no meio político. O “Bolsa Família”, que foi desvirtuado pelo agora lobista Lula, é a reunião de vários programas sociais lançados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, mas que nem por isso são programas de governo ou de partido, mas de Estado. Considerando que o PT tem sobre a escrivaninha um projeto totalitarista de poder, com o qual almeja se apoderar do Estado, esse tipo de confusão burra e tendenciosa era esperada.
No momento em que o senador pernambucano apela a esse tipo de subterfúgio, rasteiro, diga-se de passagem, fica claro que é cresce na cúpula petista o temor em relação a eventual fracasso da presidente Dilma Vana Rousseff nas urnas do próximo ano. Isso mostra que as pesquisas de intenção de voto são mentirosas e nem de longe traduzem o desejo da população.
A declaração descabida de Humberto Costa é uma manobra conhecida, usada aos bolhões pelo PT quando o partido está diante de perigos políticos. Vale destacar que o Partido dos Trabalhadores enfrenta dois distintos escândalos de corrupção, que dependendo da repercussão podem se transformar em pedra no caminho de muitos candidatos da legenda. O primeiro dos escândalos tem na pauta o criminoso e absurdo superfaturamento de contrato firmado entre a Petrobras e a empreiteira Odebrecht.
O segundo imbróglio tem como pano de fundo a cidade de São Paulo, onde um caso de corrupção patrocinado por fiscais municipais, cuja roubalheira pode chegar à incrível cifra de R$ 500 milhões, começa a fazer vítimas no próprio PT. Após especulações sobre seu envolvimento com os fiscais, o vereador petista Antonio Donato foi acusado de receber durante mais de um ano mesadas dos servidores criminosos. Sem saída diante das rumorosas revelações, que surgiram no vácuo de um acordo de delação premiada, Donato se viu obrigado a abrir mão do cargo de secretário de Governo da administração paulistana.
Como a população está cansada de tanta corrupção, os dois assuntos acima mencionados serão explorados à exaustão durante a campanha, o que explica desde já a preocupação dos petistas em lançar teorias conspiratórias apenas para amedrontar os eleitores. Esse tipo de comportamento é jogo imundo e rasteiro, algo que o PT se acostumou a lançar mão quando se vê em apuros.
Mães de vítimas do ex-assessor de Gleisi protestam contra possível libertação do pedófilo no Natal
Tropeço novo – Três mães, que tiveram as filhas estupradas por Eduardo Gaievski, ex-assessor especial de Gleisi Hoffmann (PT) na Casa Civil, estão indignadas com a possibilidade de o pedófilo ser libertado para passar o Natal com a família em Realeza. “Esse monstro quer passar o Natal com a família. Perguntem à minha filha, como ele estragou o Natal dela depois dos abusos que sofreu. E família? Perguntem as famílias das vítimas desse monstro, o que é viver depois de terem sido violentadas”.
“As violências física e moral acabaram com a vida de pelo menos 50 famílias de Realeza”, reagiu uma das mães. Gaievski é acusado de 26 estupros (17 de vulneráveis). Desde que foi preso, novas vítimas se apresentaram. Criminalistas que analisam o caso acreditam que ele pode ter mantido relações com 200 menores no período em que foi prefeito da cidade (2005-2012).
Em rodas de amigos o pedófilo exibia fotos de pelo menos 50 adolescentes nuas. Algumas estavam em dupla, outras apareciam junto com ele. Em áudio postado no Youtube, um homem identificado como Gaievski relata, entre risos, como “tirou a virgindade” de uma menina de 14 anos. O áudio está sendo periciado pelo Ministério Público do Paraná.
As mães das vítimas afirmaram que procurarão o Ministério Público para levar seu inconformismo com as movimentações de Gaievski. “Se esse monstro sair da cadeia, a vida de 50 famílias correm risco. Isso já foi provado quando seu filho e seus irmãos começaram a ameaçar as testemunhas para mudar os depoimentos. A maioria dessas famílias são pobres e sujeitas a qualquer pressão”, disse um das mães.
Gaievski contratou a banca de advogados Elias Mattar Assad, um profissional midiático que mantém em seu escritório, em Curitiba, um estúdio de gravação completo para atender jornalistas. Mattar Assad disse na terça-feira (12) que auxiliará um sobrinho, também advogado, no caso.
O custo da contratação de advogados do naipe Assad, para atuar em causas complexas, não é baixo, avaliam profissionais da área. A grande questão é saber a origem do dinheiro que será usado para pagar os honorários de Mattar Assad e sua equipe.
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O despejo do secretário de Haddad adverte: quem esconde fantasmas em casa não deve procurá-los no porão do vizinho
Os desdobramentos das investigações sobre a máfia do ISS confirmam que, sempre que coloca testas inimigas na alça de mira, o PT acaba acertando o próprio pé. Desta vez, coube a Fernando Haddad o papel de atirador trapalhão. Decidido a compensar com gestos espetaculosos os estragos político-eleitorais causados pela superlativa elevação do IPTU, o prefeito enfiou-se na fantasia de faxineiro do Planalto de Piratininga e desencadeou a guerra de extermínio contra a multidão de larápios que herdou de Gilberto Kassab. Nesta terça-feira, atropelado por gravações constrangedoras e nomeações muito mal explicadas, o secretário de Governo Antonio Donato teve de deixar o cargo.
É a baixa mais vistosa desde o início dos barulhos. E é só a primeira, previnem as suspeitas que rondam o secretário Jilmar Tatto e outras velharias que cercam aquele que seria, segundo marqueteiros sempre inventivos, um novo homem para um novo tempo. Quem esconde fantasmas no sótão da própria casa não deve procurá-los no porão do vizinho, advertiu o post aqui publicado em maio de 2012 e agora reproduzido na seção Vale Reprise. O texto se inspirou na CPI do Cachoeira, planejada em abril daquele ano por Lula e José Dirceu.
Na cabeça da dupla, a operação que mobilizou a base alugada fulminaria com uma bala de prata dois alvos goianos ─ o senador Demóstenes Torres, do DEM, e o governador tucano Marconi Perillo. Deu tudo errado. O projétil ricocheteou no companheiro Agnelo Queiroz, governador de Brasília, provocou ferimentos de bom tamanho no parceiro fluminense Sérgio Cabral e seguiria fazendo vítimas entre os aliados se a CPI não fosse sepultada às pressas pelos pais da ideia de jerico.
Tem sido assim desde janeiro de 2002, quando Altos Companheiros apareceram no velório de Celso Daniel para animá-lo com o jogral das viúvas inconsoláveis. Meses antes, começou o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, panfletos apócrifos distribuídos em São Paulo avisaram que uma organização de extrema direita decidira liquidar fisicamente políticos petistas, mas o governo FHC ignorou os sinais de perigo. Em novembro de 2001, continuou o deputado Aloizio Mercadante, o prefeito Toninho do PT fora morto a tiros numa avenida de Campinas.
O assassinato do prefeito Celso Daniel, concluiu o deputado José Dirceu, confirmou que os extremistas não estavam brincando. Agora era tarde, lastimou em coro a trinca inconformada com a insensibilidade dos tucanos no poder. Já na largada das apurações policiais ficou claro que a misteriosa organização era tão real quanto a transposição das águas do Rio São Francisco. Em seguida, uma enxurrada de evidências comprovou que Celso Daniel fora silenciado por integrantes de um esquema corrupto montado, com o incentivo e a proteção do próprio prefeito, para extorquir empresários do setor de transportes.
Ao descobrir que alguns sócios na roubalheira estavam embolsando o dinheiro que deveria desaguar exclusivamente nos cofres do PT, Celso Daniel comunicou que denunciaria o desvio do desvio. Antes que cumprisse a ameaça, foi eliminado a mando de ex-parceiros que orbitavam em torno da estrela vermelha. Faz quase 12 anos que a força-tarefa coordenada por Gilberto Carvalho tenta transformar em homicídio comum um crime político. Não conseguiu. Nem vai conseguir, alerta a ofensiva do Ministério Público que já conseguiu a condenação de vários acusados e agora fecha o cerco em torno de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.
A instauração da CPI do Cachoeira provou que a companheirada não aprendera com o assassinato de Celso Daniel. O despejo do principal secretário de Haddad acaba de provar que a lição da CPI do Cachoeira não foi assimilada. Reincidentes de nascença não têm cura.
NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO
Na Universidade Federal do Ceará, consta como parte obrigatória do currículo de ciência econômica o estudo de Economia Política Marxista. Como se não bastasse, tem a I e II. Sabe como é, são muitos conceitos importantes para ensinar aos alunos.
O sujeito aprende estatística, depois contabilidade, passa pela aula sobre os clássicos, e aí finalmente pode ficar uma aula inteira escutando sobre os maravilhosos conceitos de “mais-valia” e “ditadura do proletário”. Ludwig von Mises, Friedrich Hayek, Milton Friedman, Bohn-Bawerk, Frank Knight, George Stigler, Murray Rothbard, Roger Garrison, Mark Skousen, Israel Kirzner, esses são alguns dos nomes que esses alunos jamais vão escutar em sala de aula.
Chicago e Áustria serão apenas referências para Al Capone e Hitler, nada mais. Quem precisa estudar esses economistas quando há o gigante, o infalível, o certeiro, o profeta Karl Marx, não é mesmo? Um pensador que acertou em quase todas as suas previsões, que dissecou a economia como ninguém, cujas ideias ajudaram a criar verdadeiros paraísos terrestres igualitários e prósperos, certo?
Só que não. Perder tanto tempo assim com cadeiras exclusivas dedicadas ao pensamento marxista é coisa de país tupiniquim que idolatra o atraso mesmo. Uma coisa seria estudar seu pensamento, para conhecer a história, ou de preferência para saber o que evitar e como refutar um sistema completamente equivocado. Outra, bem diferente, é enfiar goela abaixo dos jovens alunos dois períodos de puro marxismo, como se fosse a coisa mais interessante e importante do mundo. Isso é doutrinação pura. Um atraso!
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