DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 29-10-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

São desviados para gabinetes de senadores funcionários recontratados com salários maiores e carga horária menor. Em fevereiro, o Senado anunciou “corte de gastos” e a demissão de 512 terceirizados, mas tudo não passava de factóide. Estão sendo recontratados a pretexto de atuar no apoio operacional (copa, limpeza etc), mas parte deles é designada para serviços administrativos em gabinetes de senadores.

A recontratação de terceirizados atende a senadores como Inácio Arruda (PCdoB-CE), que conseguiu de volta uma “assistente”.

Só uma empresa mantém 614 terceirizados no Senado, que representam despesas mensais de R$ 28.462.655,52.

Se o Pronaf comeu o pão que Lula amassou, a situação piorou muito no governo Dilma, que destinou ao programa de agricultura familiar R$ 17,3 milhões. O Bolsa Família, que dá mais votos, teve R$ 54 bilhões.

Cresce nas redes sociais um movimento pregando boicote a CDs e livros de artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso, que, adotam a atitude “fascista” de tentar censurar biografias não autorizadas.

O PPL-DF, liderado pelo chefe Marco Antonio Campanella (DFTrans), realizou um grande evento para receber – com pompa de candidato – o ex-lutador Marcelo Tigre, que foi detido pela polícia no Rio de Janeiro após participar do quebra-quebra no protesto contra o Leilão de Libra.

A visita dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) a Moscou, para “interceder” pela bióloga brasileira presa, é tão inútil quanto tolerar uma delegação cubana pressionando o STF, por exemplo, pela absolvição do ex-ministro José Dirceu, no mensalão.


A Polícia Militar do Distrito Federal vai renovar a frota de viaturas para combater a bandidagem. Numa lapada só, vai torrar R$ 9,2 milhões na compra de 80 caminhonetes S10, cabine dupla e tração 4×4.

…nomear Sergio Cabral ministro, como ele exige desesperadamente, significa tornar o Rio de Janeiro exportador de black blocs para Brasília.


NO BLOG DO CORONEL

Candidatos das correntes minoritárias do PT que disputam a presidência do partido criticaram ontem o governo Dilma Rousseff por ter utilizado tropas do Exército e da Força Nacional para fazer a segurança do leilão do campo de Libra do pré-sal, no Rio, na segunda-feira passada.
Os seis concorrentes ao comando petista participaram de debate em São Paulo quatro dias após um encontro acalorado realizado em Brasília. Na ocasião, diante de uma plateia exaltada, o presidente do partido, Rui Falcão, disse que parecia que a sigla fazia oposição ao governo.
No debate de ontem, sem a presença de claques, a maior fonte de críticas à Dilma foi o leilão de Libra. Ao defender a aproximação do PT com movimentos sociais, os candidatos Serge Goulart, Renato Simões, Markus Sokol e Valter Pomar atacaram o envio de tropas federais ao Rio.
Falcão, que concorre à reeleição com o apoio das principais correntes do PT, disse que é preciso "não mistificar" os movimentos e que apenas 400 pessoas foram protestar na porta do leilão, "uma mobilização pequena para a oposição que existia".
A Força Nacional usou bombas e balas de borracha no protesto contra o leilão. Sokol afirmou que a declaração de Falcão o "desqualificava" como dirigente do PT pelo "desprezo com os 400 manifestantes". Já Renato Simões qualificou o uso do Exército como "equívoco grave". (Folha de São Paulo)

NO BLOG DO NOBLAT

André de Souza, O Globo
Dos 1.595 médicos formados no exterior que participaram da primeira fase do exame de revalidação do diploma, o Revalida, 155 foram aprovados. Isso representa 9,72% do total. Eles já podem verificar o resultado da prova na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na internet.
A primeira fase, realizada em agosto, teve provas objetiva e discursiva. A segunda fase medirá habilidades clínicas e será realizada em 30 de novembro e 1º de dezembro em Brasília. Os profissionais passarão por simulações de atendimento médico. Para participar da próxima etapa, os aprovados deverão pagar a taxa de inscrição de R$ 300 até a próxima segunda-feira.

G1
Uma declaração do vereador José Paulo Carvalho de Oliveira, o Russo (PT do B), gerou polêmica em Piraí, no Sul do Rio de Janeiro. Durante sessão ordinária da Câmara Municipal, ele declarou que é contra o voto de moradores de rua. "Mendigo não tem que votar. Mendigo não faz nada na vida. Ele não tem que tomar atitude nenhuma. Aliás, eu acho deveria até virar ração para peixe", disse.
O comentário foi feito no dia 8 de outubro, em uma discussão sobre os 25 anos da Constituição Federal. O vídeo foi publicado no perfil de uma rede social, administrado pela Câmara Municipal de Piraí.

Geralda Doca, O Globo
O governo já começou a tirar recursos do patrimônio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), segundo o presidente do Conselho Deliberativo do FAT (Codefat), Quintino Marques Severo. No mês passado, alegando problemas de fluxo de caixa, o Tesouro Nacional decidiu usar R$ 1,2 bilhão do FAT para fazer frente aos gastos com o abono salarial (PIS), segundo Severo. Esse dinheiro estava aplicado no mercado financeiro e foi a alternativa encontrada para evitar novos aportes no FAT, diante do descasamento entre receitas e despesas.
Preocupado em evitar que a medida vire rotina, diante da tendência de crescimento no déficit, que deve chegar a R$ 7,2 bilhões neste ano, conforme reportagem publicada nesta segunda-feira pelo GLOBO, Severo pediu uma audiência ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. O assunto será discutido em audiência hoje na Comissão de Trabalho da Câmara e amanhã na reunião do Codefat. Procurado, o Ministério da Fazenda não quis se manifestar.

Ariel Palacios, Estadão
O governo da presidente argentina, Cristina Kirchner (foto abaixo), obteve no domingo apenas 32% dos votos na eleição que renovou metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado. A oposição somou 68% dos votos nacionais, saltando na frente do kirchnerismo para a corrida presidencial de 2015.
As urnas mostraram uma nova cartografia eleitoral, de rejeição ao kirchnerismo em lugares que até agora eram seus leais redutos. Foi o caso dos municípios de classe baixa e média da Grande Buenos Aires, onde a Frente Renovadora, sublegenda peronista anti-Kirchner comandada por Sergio Massa, venceu em 20 cidades onde o governo triunfou nas eleições presidenciais de 2001.

Suely Caldas, O Estado de S.Paulo
No dia em que o campo gigante de Libra foi vendido para a Petrobrás e quatro empresas estrangeiras, a presidente Dilma Rousseff foi à TV comemorar o sucesso do leilão e garantir que seu governo não privatizou o petróleo do pré-sal.
Ora, então por que leiloou? Por que despachou equipes para a Europa, EUA e China com a missão de "vender" o petróleo do pré-sal como um bom negócio? Por que a tristeza e a decepção de seu governo quando as gigantes Chevron, British Petroleum e Exxon Mobil desistiram da licitação?
Por que a alegria e o alívio quando a francesa Total e a anglo-holandesa Shell aderiram ao consórcio vencedor? Por que negar algo tão simples e óbvio?
Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras formaram consórcio vencedor. 
Foto: Fernando Frazão / ABr
A resposta veio de um ex-tucano (hoje aliado querido de Dilma), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes: "O discurso antiprivatista ainda resiste no Brasil de 2013, quando a gente vê pessoas fazendo questão de dizer que não estão privatizando ou negociando com o setor privado", afirmou ele na manhã seguinte ao discurso da aliada, misturando espanto, lamento e decepção.
Afinal, em mais de 20 anos a privatização já deu provas e provas de que mais enriquece a população do que empobrece o patrimônio público. Privatização e autonomia do Banco Central nasceram liberais e tornaram-se políticas universais.
Mas com espantosa insistência ela ainda é atacada, por oportunismo político de quem usa o argumento do falso nacionalismo para impressionar e comover os brios do sincero patriotismo dos brasileiros. Pura enganação.
O que os políticos defendem são seus interesses e privilégios, temem o desmanche de uma parcela do Estado que sempre usaram para trocar favores, comprar aliados, fazer caixa para suas campanhas eleitorais. Só alguns exemplos: os bancos estaduais, as elétricas estaduais, as siderúrgicas federais, a Rede Ferroviária Federal (a Valec pode seguir caminho igual) e muitas outras. Felizmente privatizadas.
A Vale privada ganhou em qualidade de gestão e passou a arrecadar para o Estado mais dinheiro em impostos do que em dividendos quando era estatal.
Não parece o caso da presidente Dilma. O combustível que a move é ideológico, mas de uma forma tão confusa e atrapalhada - porque contraditória (afinal, ela precisa do capital privado) - que mais tem prejudicado sua gestão do que satisfeito seu preconceito.
Leia a íntegra em O harakiri de Dilma

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG UCHO.INFO

Números da economia confirmam a crise, mas Dilma usa o Campo de Libra para falar em prosperidade
Pavio aceso – Consultados pelo Banco Central, como acontece semanalmente, economistas e analistas econômicos das cem maiores instituições em atividade no País confirmaram a expectativa de que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerre o ano em 5,83%. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo BC, para 2014 a projeção de inflação passou de 5,94% para 5,92%. Apesar desses recuos, o mais temido fantasma da economia continua flanando próximo do teto da meta (4,5% ao ano) fixada pelo governo federal.
Os analistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juro (Selic) em 10% ao ano, no final de 2013. Para 2014, a previsão é de que a Selic chegue a 10,25% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juro está em 9,5% ao ano.
Há dias, em Minas Gerais, a presidente Dilma Vana Rousseff, ao ser questionada sobre a economia brasileira, disse que é “um copo meio cheio com viés de alta”. A presidente precisa explicar essa teoria aos economistas consultados pelo BC, pois a projeção para o PIB, neste ano, permaneceu em 2,5%, o que pode ser considerado excesso de otimismo. Já para 2014, os analistas reduziram o avanço da economia de 2,2% para 2,13%.
A política econômica do governo é uma sequência de equívocos, muitos deles com a rubrica da própria presidente, mas no Palácio do Planalto ninguém admite a gravidade da crise. A inflação real, aquela que os brasileiros encontram diariamente pelo caminho, já está em 20%, as taxas de juro são absurdas, o consumo vem recuando seguidamente, a inadimplência está em alta, a geração de empregos estagnou, a cotação do dólar está em queda e a indústria nacional sofre uma paralisia.
De olho na reeleição, Dilma continua enganando a opinião pública acerca da realidade da economia. O mais novo ingrediente desse espetáculo de mitomania é o leilão do Campo de Libra, que a presidente tem usado para afirmar que se trata do passaporte para a prosperidade. É bom lembrar que os rendimentos anuais do Campo de Libra a que terá direito a União serão menores do que a arrecadação da extinta e enfadonha CPMF.



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