DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 26-10-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O ex-ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos garantiu uma “boquinha” na estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), dois dias depois de ser convidado a desistir da sabatina no Senado, quarta-feira (23). A presidenta Dilma resolveu dar um “drible” nos senadores, depois de ser informada que eles rejeitaram a indicação de Passos para a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Parece mixaria diante dos gastos estratosféricos no Congresso, mas a inutilidade da viagem a Moscou dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) para “interceder” pela libertação da bióloga brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, custará ao otário e exaurido contribuinte, em passagens e hotel, no mínimo R$ 50 mil. Mas só se ambos optarem por viajar em classe executiva.

Além de hotel cinco estrelas, os dois senadores terão carro oficial, motorista, diárias de R$ 900 e o intérprete que faltou à bióloga, no júri.

O embaixador do Brasil em Moscou, Fernando Barreto, já acompanha o caso da bióloga de perto, por ordem da presidenta Dilma.

Não se pode interferir na Justiça russa, daí a inutilidade da dispendiosa  excursão de Humberto Costa e Vanessa Graziotin a Moscou.

Acusado de envolvimento no esquema do bicheiro Carlos Cachoeira, o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO) articula para que a suspensão temporária de seu mandato, recomendada pelo Conselho de Ética, seja julgada antes do projeto que acaba com o voto secreto.

Entidades ligadas a ONG estrangeiras, a pretexto de “defender povos indígenas”, agora querem que a presidenta Dilma demita o ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luiz Adams. Então, viva Adams!

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) ficou animado com o último do Ibope. Ele lembra que no Brasil ninguém é reeleito com avaliação positiva de governo abaixo dos 40%. E Dilma empacou nos 38%.

Assim com Aldo Rebelo (Esporte), o ministro Gastão Vieira (Turismo) refutou o uso de cartão corporativo em sua gestão, além de apresentar uma das menores contas da Esplanada com passagem aérea.

Direto do Twitter: “Se boneco (de campanha) está proibido, como a Dilma vai se candidatar?”


NO BLOG DO CORONEL

"Dilma privatizou rodovias, portos, aeroportos, o pré-sal e diz que não foi privatização. Não foi? Chamaram a Shell, a Total e as estatais chinesas para morder o nosso petróleo. É um processo de pilhagem".
Declaração de Serge Goulart, candidato à presidência do PT, o segundo da direita para a esquerda. Leia aqui a notícia sobre o barraco no debate do PT.

O resultado do leilão do pré-sal, realizado na última segunda-feira, voltou a ser destaque na imprensa europeia. Em artigo publicado na edição desta sexta-feira do jornal britânico Financial Times, o chefe da sucursal brasileira, Joe Leahy, questiona o comportamento do governo ao comemorar o resultado de um leilão que teve apenas um concorrente. "Algo está errado com a formulação das políticas no Brasil", diz o texto, que classifica o resultado da oferta como "medíocre".
Com o título "Por que políticos brasileiros enalteceram o leilão com um lance", Leahy ressalta que o mais preocupante é a satisfação com um "leilão que não foi um leilão", em suas palavras, e que isso poderia estar escondendo, na verdade, sua decepção com o pleito. "O governo está aliviado com o resultado medíocre", diz o texto. Leahy justifica que, com mais concorrência, o resultado, até mesmo para o próprio governo, teria sido melhor. Para ele, a situação de proposta única pode ter prejudicado a Petrobras, cujas finanças estão não estão boas, e que, por isso, não puderam ser mais "generosos" com o governo.
O artigo ainda compara o leilão de Libra com outros fenômenos conflitantes da economia brasileira. "De fato, tais resultados são cada vez mais comuns com o governo fazendo malabarismos com tantos objetivos conflitantes. Ele está tentando reduzir a inflação enquanto enfraquece a taxa de câmbio. Está aumentando o gasto público enquanto aumenta as taxas de juros. E, na indústria do petróleo, tenta aumentar a participação do estado ao mesmo tempo em que tenta atrair o setor privado. Até o governo já não parece tão certo sobre o que realmente está tentando conseguir", diz o texto. (VEJA)

A produção estagnada aliada a preços defasados em relação ao mercado internacional, em um momento de forte demanda que leva a mais importações, encolheu o lucro da Petrobras. De julho a setembro, a Petrobras teve lucro de R$ 3,4 bilhões, 39% abaixo do registrado há um ano e 45% menor do que no trimestre anterior. O resultado ficou bem abaixo das expectativas de analistas, cuja previsão mais pessimista girava em torno dos R$ 4,5 bilhões. No terceiro trimestre, a estatal aumentou seu endividamento, colocando em risco o seu grau de investimento.
"Na segunda-feira as ações vão despencar. Isso é reflexo do impacto da valorização de 10% do dólar sobre o real somado a maiores importações a preços menores do que vende aqui dentro", afirmou o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Em carta aos investidores, a presidente da empresa, Graça Foster, também cita a defasagem de preços e o câmbio como o principais vilões da queda do lucro. Ela acrescenta que a empresa encontrou mais poços secos do que o esperado e não conseguiu vender tantos ativos como no segundo trimestre deste ano. "A forte depreciação do real verificada desde maio de 2013, chegando a 22% de desvalorização, fez com que a defasagem voltasse a crescer nos últimos meses", afirmou Graça no comunicado.
Nos últimos 16 meses, houve quatro ajustes de preços do diesel e da gasolina, totalizando alta de 21,9% e 14,9%, respectivamente, insuficientes para reduzir as perdas com as defasagens dos preços, na comparação com o mercado internacional. Para solucionar esse impacto constante no fluxo de caixa da companhia, Graça informou que apresentou ontem ao conselho de administração uma metodologia de precificação para que se tenha maior previsibilidade do alinhamento dos preços domésticos do diesel e da gasolina aos preços internacionais. Ela não deu detalhes sobre o método.
Por causa dos pesados investimentos da empresa em quase mil projetos, a disponibilidade de caixa da companhia despencou de R$ 72,7 bilhões no segundo trimestre para R$ 57,8 bilhões. Por outro lado, o endividamento cresceu em relação ao patrimônio líquido, ultrapassando o limite de 35% estipulado pela própria Petrobras, e atingindo 36%, o que pode levar a uma nova revisão do grau de investimento da Petrobras, considerada atualmente uma das empresas mais endividadas do mundo. (Folha de São Paulo)

Em 457 cidades brasileiras o dinheiro repassado para o Bolsa Família já supera a receita obtida com o Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de recursos de pequenas prefeituras. A maioria dos casos (435) está nas regiões Norte e Nordeste do país. O dinheiro do programa de transferência de renda cai diretamente na conta das famílias beneficiadas, enquanto os recursos do FPM, composto pela receita de impostos como o IPI e o Imposto de Renda, entra no caixa da prefeitura e é usado basicamente para o custeio, com pagamento de funcionários.
Para o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, o programa de transferência de renda impõe responsabilidades às prefeituras sem prever o custeio completo dessas ações. Para receber o Bolsa Família, o beneficiário precisa cumprir condições, como deixar em dia a vacinação dos filhos e manter a frequência escolar de crianças e adolescentes em ao menos 85%. As prefeituras atuam principalmente na fiscalização desses requisitos, no cadastramento e no acompanhamento das famílias.
"O município é chamado para executar tudo. Gasta mais em pessoal para atender todo o cadastramento, cruzar informações de evasão escolar, cobertura de vacinação. Isso é carro, pessoal, diárias, papel e ninguém calcula isso", afirma Ziulkoski. Neste ano, o governo federal repassou R$ 250 milhões às prefeituras para apoiar a gestão do programa. Ziulkoski afirma que o Bolsa Família amenizou a dependência da população mais pobre das prefeituras no interior, mas diz que a injeção de recursos do benefício e o estímulo à economia local não incrementaram a arrecadação dos municípios. A grande informalidade no comércio em localidades pequenas é uma das causas. Ele afirma que a maioria das cidades têm no Fundo de Participação quase metade de suas fontes de receitas.
A professora de economia da Universidade Federal de Pernambuco Tatiane Menezes afirma que o aumento da renda gerado pelos repasses do Bolsa Família gera maior demanda por serviços públicos, mas isso ocorre sem que os municípios tenham melhorado sua saúde financeira. "Há ganho de bem-estar para a população. Mas acaba trazendo mais gastos para a prefeitura, que tem que ver médico, iluminação, segurança. É bom para a cidade, mas não tão bom para a prefeitura, que não tem muitas fontes de arrecadação", diz. (Informações Folha de São Paulo)

O coronel da Polícia Militar de São Paulo Reynaldo Simões Rossi, comandante da região central da capital, foi espancado na noite de ontem por um grupo de cerca de dez manifestantes mascarados, adeptos à tática "black bloc". O policial, integrante da cúpula da PM, teve a clavícula quebrada e sofreu cortes no rosto e na cabeça. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas, onde permanecia em observação até a conclusão desta edição. Até o início da madrugada, a polícia tentava identificar os agressores.
A agressão ocorreu na entrada terminal de ônibus Parque D. Pedro, o maior da capital, durante um protesto organizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) que reuniu cerca de 3.000 pessoas na região central, segundo a PM. O comandante foi atacado logo depois de parte dos manifestantes iniciar a depredação do terminal. Caixas eletrônicos e catracas que dão acesso ao local foram quebrados. Um ônibus foi parcialmente incendiado.
Em meio ao tumulto, um grupo de mascarados cercou o comandante e passou a agredi-lo com socos e pontapés. Ele foi derrubado, mas conseguiu se levantar. Neste momento, um dos mascarados golpeou o policial na cabeça usando uma placa de ferro. O coronel foi socorrido por um policial disfarçado, que afastou os agressores com uma arma em punho.
Amparado por colegas, ele seguiu andando até um carro da PM, que o levou para o Hospital Clínicas. No banco de trás, fez um apelo aos gritos a um subordinado que ficou no local. "Segura a tropa, não deixa a tropa perder a cabeça". A arma e o rádio de comunicação dele desapareceram.
INTERLOCUTOR
Responsável pelo policiamento do centro, ele acompanhava a manifestação a alguns metros de distância. Ontem, a operação estava a cargo do tenente-coronel Wagner Rodrigues. Rossi é um oficial conhecido na corporação como "operacional". Gosta de comandar seus homens na rua e não apenas de sua sala, comportamento incomum entre oficiais de sua patente. Parte de sua carreira foi construída em unidades de elite da polícia, como o Choque e COE (operações especiais). É tido como bom negociador em situações de reféns. Nos protestos deste ano, muitas vezes sentou-se no chão para dialogar com o organizadores de protestos.(Folha de São Paulo)

As mentiras tem sido tantas em terra mineira que fizeram com que Aécio Neves (PSDB-MG) emitisse uma dura nota defendendo o povo do seu estado das enganações da Presidente da República, Dilma Rousseff, uma mineira por acidente e por oportunismo eleitoreiro.
“A presidente Dilma deveria buscar o reconhecimento dos mineiros como consequência de um trabalho desenvolvido em favor do Estado e não como resposta a inverdades que vem sendo ditas. Se não pode oferecer aos mineiros até hoje, no final do terceiro ano do seu governo, o cumprimento das promessas feitas na campanha eleitoral, a presidente poderia nos oferecer, pelo menos, o respeito e a verdade, valores importantes para toda a nossa gente,” escreveu Aécio.
O PSDB de Minas Gerais também repudiou as manipulações numéricas de Dilma, entre elas de que investiu R$ 5,4 bilhões no metrô de Belo Horizonte. Leia aqui.
Alguém precisa descobrir porque Dilma chega em Minas Gerais e desanda a mentir compulsivamente. Será uma permanência dos tempos da guerrilha e da clandestinidade? Aliás, bastou um mineiro virar presidenciável que Dilma não sai mais de Minas. Seria bom que fosse para trabalhar no escritório que montou na capital mineira e no qual nunca botou os pés.

NO BLOG DO NOBLAT

Gabriela Valente, O Globo
Nunca as famílias brasileiras deveram tanto. O índice de endividamento medido pelo Banco Central bateu novo recorde: subiu de 45,1% para 45,36% de julho para agosto. O número reflete a dívida das pessoas no total da renda anual das famílias. Foi a oitava alta seguida. Desde que o BC começou a registrar os dados, em 2005, o endividamento está em rota de alta com apenas alguns registros pontuais de queda.
O argumento recorrente das autoridades da equipe econômica é que o brasileiro tem substituído gastos com aluguel pela a parcela da casa própria. Os números divulgados nesta sexta-feira pela autoridade monetária mostram uma leve queda do índice de endividamento que desconta o crédito imobiliário. O numero passou de 30,41% para 30,38% em agosto.

Maria Regina Silva, Estadão
O verão só chega oficialmente em dezembro, mas consumidor brasileiro já está pagando mais na hora de comprar cerveja, bebida que continua sendo uma das mais apreciadas no País. De janeiro a setembro, o valor médio da cerveja acumula alta de 6,52% no âmbito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicador que mede a taxa de inflação oficial do País.
No acumulado em 12 meses até setembro, o aumento da cerveja atinge 10,05%, contra 5,86% do IPCA. No IPCA de setembro, que engloba os preços em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Salvador, Recife, Porto Alegre, Belém, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza, o preço da cerveja avançou 1,17%.

Estadão
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira, 25, a criação do vice-ministério para a Suprema Felicidade Social, que coordenará os programas de assistência desenvolvidos pelo governo - as "missiones". O gabinete será coordenado pelo ex-deputado e médico, Rafael Ríos, e atenderá pessoas com deficiência, sem-teto, idosos e crianças.
O objetivo é que as pessoas sejam "atendidas da forma mais sublime, sensível, delicada e amável por pessoas que se dizem cristãs, revolucionárias e chavistas", afirmou Maduro, em pronunciamento transmitido do palácio presidencial de Miraflores.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG DO JOSIAS


O Ministério Público Federal ajuizou na cidade mineira de Uberlândia uma ação que envolve oito conjuntos residenciais com 3.632 imóveis do programa ‘Minha Casa, Minha vida’. As residências foram entregues aos compradores com defeitos que não ornam com a propaganda governamental.
Faltavam nas casas equipamentos como portas, fiação elétrica, pias e vasos sanitários. Sobravam rachaduras, infiltrações e vazamentos. Financiadas pela Caixa Econômica Federal, as pseudoresidências foram erguidas por quatro construtoras: Marca Registrada, El Global, Em Casa e Castroviejo.
Quando se dirigem às construtoras para solicitar a reparação dos defeitos, a maioria dos beneficiários ouve que a responsabilidade das empresas termina na construção. Quando vão à Caixa as pessoas escutam que os deveres da instituição cessam com a entrega das chaves.
Signatário da ação judicial, o procurador da República Cléber Eustáquio Neves considerou “inaceitável” a tentativa de empurrar para a clientela pobre as despesas pelos reparos. Segundo ele, é pacífica a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre essa matéria. Ações judiciais motivadas por defeitos em obras só prescrevem em 20 anos.
“O pior é que os a espécie de defeito que as unidades habitacionais apresenta –como falta de portas, de equipamentos hidráulicos e elétricos– leva-nos a duvidar inclusive da atuação do Poder Público”, irrita-se o procurador. “É da Caixa a obrigação, como gestora e fiscal dos recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida. [...] Como é que a Caixa permitiu que imóveis nesse estado fossem entregues aos beneficiários?”, ele pergunta.
Além de pedir a responsabilização da Caixa e das construtoras, o procurador Cléber Neves acionou a prefeitura de Uberlândia. Fez isso porque as casas defeituosas foram assentadas num fundão da cidade onde não há serviços públicos básicos e essenciais: transportes públicos, escolas, hospitais e delegacias, por exemplo.
O procurador recorda: “Esses arremedos de moradia foram inaugurados com grande pompa pelos políticos locais.” Para ele, casas “sem fiação elétrica, sem portas e sem instalações sanitárias são totalmente indignas e impedem o exercício pleno do direito à moradia.”
A situação roça o paroxismo quando se verifica que “as pessoas, apesar de conseguirem financiar seu imóvel e finalmente conquistarem o sonho da casa própria, foram jogadas num lugar em que não dispõem de quaisquer serviços públicos essenciais”.
Além de requerer o pagamento dos consertos e o fornecimento dos serviços públicos, o procurador pede na ação que os réus sejam condenados a pagar uma indenização por “dano moral coletivo”. Acha o castigo adicional se justifica porque as vítimas, por humildes, foram constrangidas a receber as casas defeituosas. Nãi tinham conhecimentos técnicos, amparo jurídico nem suporte econômico.

Louvado seja Deus, que forrou com o óleo do pré-sal as profundezas oceânicas do Brasil. O leilão de Libra consumou o milagre. O espantoso cruzou com o inacreditável e deu à luz a solução para todos os problemas da educação e da saúde. O diabo é que logo chegam as explicações. É nelas que reside todo o mal.
Desde o início da semana muita gente, inclusive Dilma Rousseff, vem dizendo coisas definitivas sobre o dinheiro do pré-sal. Numa concessão ao óbvio, o ministro Aloizio Mercadante achou melhordefinir as coisas. O óleo de Libra não vai pagar a elevação para 10% do PIB dos investimentos em educação.
Por quê? Simples: se Deus ajudar, Libra só produzirá petróleo em escala comercial dentro de uns dez anos, ali pelas cercanias de 2023. Até lá, o Plano Nacional de Educação, peça na qual o Congresso enfiou os 10%, já nem existirá.
Pela conta de Mercadante, União, Estados e municípios precisariam, hoje, de R$ 240 bilhões para cumprir os 10%. Quanto a Libra, se o Todo-Poderoso não virar a casaca, pode render algo como R$ 600 bilhões em 30 anos. Na média, R$ 20 bilhões por ano.
“O campo de Libra, nos próximos 10 anos, pelo menos nos próximos 5 anos, não terá uma produção ainda”, diz Mercadante. “Então, não resolve o problema dos 10% do PIB. Não é um problema fiscal que está resolvido no Orçamento.” Pois é!

NO BLOG UCHO.INFO

PT avança nas privatizações ao autorizar aumento da participação estrangeira no BB
Quem te viu – Líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP) afirmou que ao elevar a participação estrangeira no Banco do Brasil de 20% para 30%, conforme autoriza decreto presidencial publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, o PT subiu ainda mais na escala das privatizações.
“O mesmo PT que, na oposição, tinha um discurso raivoso contra as privatizações e fazia campanhas eleitorais combatendo-as, hoje, no governo, está cada vez mais abraçado a elas”, declarou o tucano.
Sampaio ressalta que, como todas as ações do Banco do Brasil têm direito a voto, isso significa que 30% do controle da instituição estarão nas mãos do capital estrangeiro. O parlamentar lembra que no leilão do Campo de Libra, realizado na última segunda-feira (21), as empresas estrangeiras ficaram com 60% do consórcio e a Petrobras com os 40% restantes. “Além de privatizar, o PT privatiza para capitais e grupos estrangeiros o que, para os militantes mais históricos do partido, deve ser uma ousadia e tanto”, afirmou.
A lista das privatizações realizadas pelo PT inclui ainda os aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. “Hoje, até os projetos das privatizações são privatizados”, afirma o líder, referindo-se à EBP (Estruturadora Brasileira de Projetos), empresa controlada por bancos que faz os estudos e define modelos das privatizações que o governo resolve proceder.
“Se por um lado a adesão às privatizações é positiva para o país, à medida que o governo finalmente reconhece que a iniciativa privada deve ser parceira, por outro, deve representar uma enorme decepção para quem votou no PT e hoje, ao ver essa mudança de postura, pode se sentir enganado”, afirmou.
Xenofobia
De acordo com Carlos Sampaio, “ao dizer que é preciso acabar com a xenofobia, como afirmou ontem e reiterou hoje, ao se referir à participação dos estrangeiros no campo de Libra, a presidente Dilma Rousseff deve estar falando para dentro, mandando recado ao próprio PT”.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Com o patrocínio da Odebrecht, que celebrou nesta semana 25 anos de atividades em Portugal, Lula baixou por lá no duplo papel de camelô de empreiteira e doutor honoris causa. O primeiro personagem, sempre disfarçado de palestrante, limitou-se a reprisar na terça-feira o numerito apresentado desde 2011, quando deixou a Presidência. Sem jornalistas por perto, garante aos empresários na plateia que é um negócio e tanto contratar construtoras brasileiras para a execução de obras de grande porte.
Quem seguir o conselho, exemplifica, poderá pagar em suaves prestações a dinheirama antecipada pelo BNDES em forma de financiamento com juros mais que camaradas. O doutor honoris causa está mais inventivo que o camelô, atestou na noite seguinte a performance de Lula no lançamento do livro A confiança no mundo – sobre a tortura e a democracia, do ex-primeiro-ministro José Sócrates. O prefácio é assinado por Luiz Inácio Lula da Silva.
Até deixar a Presidência, em janeiro de 2011, Lula produziu dois bisonhos textos manuscritos ─ um bilhete cumprimentando um sobrinho pelo aniversário e meia dúzia de anotações rabiscadas num pedaço de papel durante uma reunião especialmente tediosa. Depois que virou colecionador de canudos honoríficos, faz de conta que é o autor de dois prefácios que Luiz Dulci escreve e ele assina.
O primeiro ornamenta mais um encalhe do companheiro Aloizio Mercadante. O segundo foi encomendado por José Sócrates. Como nem sequer folheou o livro, e tampouco tentou decorar o prefácio que não escreveu, o feroz inimigo de vogais e consoantes resolveu discorrer sobre as manifestações de rua que agitaram o fim do primeiro semestre.
“Muitos de vocês foram pegos de surpresa com os movimentos sociais que aconteceram no mês de junho no Brasil”, decolou o palanque ambulante. “O país estava em ascensão, conseguimos que 32 milhões de pessoas saíssem da pobreza, foram criados 20 milhões de postos de trabalho, o número de alunos nas universidades subiu de 3,4 milhões para 7 milhões”.
Como entender a explosão de descontentamento se falta tão pouco para chegar-se à perfeição? Por isso mesmo, descobriu o orador. “Na medida em que o povo conseguiu estar na universidade, ter emprego, ter um automóvel, era natural que a população quisesse mais, que começasse a reivindicar melhorias na própria vida. Era normal que o povo começasse a discutir mais saúde, mais educação, mais mobilidade. E o povo foi para rua”.
Ao ensinar que os brasileiros ficaram indignados porque a vida se tornou boa demais, Lula criou a Teoria do Quanto Melhor, Pior. Quer dizer: antes da invenção do Brasil Maravilha, ninguém se indignava porque gente que tem pouco nada pede. Os protestos só começaram com o fim dos problemas. Os ex-pobres que viraram ricos não aceitam menos que um vidaço de milionário.
Se a teoria valesse para o resto do mundo, nações ultradesenvolvidas ─ a Noruega, a Dinamarca ou a Suíça, por exemplo ─ estariam esquartejadas por guerras civis, e os países africanos teriam a cara da Suécia. A sorte do planeta é que a tese exposta em Portugal não faz sentido em lugar nenhum, incluído o Brasil. É só conversa de 171.
Enquanto chefiou a oposição, Lula fez o que pôde para infernizar a vida de todos os governos por achar que quanto pior, melhor. Pura maluquice. Agora que chefia a seita no poder, finge acreditar que quanto melhor, pior. Pura vigarice.

Publicado no Estadão de 25-10-2013
Numa operação abençoada pela presidente Dilma Rousseff, em que o interesse nacional sucumbiu às conveniências políticas do PT e de governadores e prefeitos de todos os partidos, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) sofreu um golpe decerto sem precedentes em seus 13 anos de existência – ao longo dos quais foi arrimo indispensável para a estabilidade macroeconômica e a credibilidade do País perante governos estrangeiros e instituições financeiras internacionais. Sem a LRF, isto é, sem a fixação de limites rigorosos para o endividamento público no âmbito da Federação, os fundamentos que a presidente diz endossar teriam de há muito se esfarinhado. » Clique para continuar lendo

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO


















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