DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-10-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Em férias com a família e agentes federais que o protegem 24h, o juiz Odilon de Oliveira festejou a maior investida em 20 anos do Ministério Público paulista contra a gang PCC, envolvendo 175 suspeitos até de tramar a morte do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Responsável pela prisão de dezenas de traficantes, ele alerta que o MP deve incluir na investigação os narcoguerrilheiros das Farc, que atuam na fronteira.

O juiz atribuiu ao PCC os ataques à capital paulista às vésperas da eleição de 2006, dizendo que o grupo atua com a guerrilha do Paraguai.

Odilon critica o governo federal por “subestimar” o “Exército do Povo Paraguaio” (EPP) e ter asilado mais de 400 ex-guerrilheiros das Farc.

O EPP comanda sequestros, assaltos a bancos e ataques brutais a brasileiros no Paraguai. Um de seus líderes estaria refugiado no Brasil.

A profissão está extinta, mas a “boca” em dólares e euros faz o pé-de-meia de dezenas de funcionários federais lotados em embaixadas e consulados do Brasil mundo afora, conforme levantamento da coluna no catálogo 2013 dos servidores lotados no exterior do Itamaraty. Contratados em “caráter excepcional” por uma lei de dezembro de 2006, exercem funções reservadas à carreira diplomática, sem vagas abertas para o cargo nem o perfil exigido, como fluência no idioma local.

Entre os 577 removidos para o serviço exterior há dez artífices, três datilógrafos, desenhista, oficial de cartografia, e até enfermeira.

É de 2008 a maioria das remoções de servidores federais dispensáveis no exterior, como um engenheiro em Portugal e médica na Alemanha.

No discurso no dia da garotada, Dilma tascou: “Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”. É bom ela ficar de olho nos calcanhares.

Operação da PF em Curitiba (PR) apreendeu 500 mil selos falsos dos Correios numa gráfica que faturava R$ 3 milhões. Não espanta serem selos, mas precisarem deles num país com 123 milhões de celulares.

Quando os Black Blocs vão sair às ruas defendendo os direitos humanos dos “manos” do PCC?


NO BLOG DO CORONEL

O twitter da Dilma é tão fake quanto a Dilma Bolada do rapaz aí da foto.

Ontem, Dilma usou o twitter ao mesmo tempo em que dava uma entrevista ao vivo, em Minas Gerais. No último sábado, ela também estava em cima do palanque no Rio Grande do Sul, enquanto entravam tuítes na timeline. O Palácio do Planalto informa que é Dilma quem tuíta. Ontem, o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, reafirmou que todos os tuítes publicados na conta oficial são de Dilma. Segundo ele, o problema ocorreu em Minas porque uma mensagem escrita antes do início da entrevista demorou a ser publicada por causa de problemas na internet. Essa é boa. O tuíte da Dilma ficou trancado na internet. Sabem o que significa "trau man" em alemão? Algo como confiar em você, segundo o gúgol. Eu não confio.

Em março, Lula defendeu que caixa dois fosse crime inafiançável, em debate promovido pelo Valor Econômico. “Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado”. É ou não é o maior mentiroso da história deste país?
O Ministério Público do Distrito Federal quer chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em investigação sobre a suposta prática de caixa dois na campanha que o elegeu em 2002. A investigação foi aberta após denúncia feita no ano passado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o operador do esquema do mensalão, que será notificado para depor também.
Eles não serão obrigados a comparecer ao Ministério Público, porque foram chamados como testemunhas. "Devemos chamar os dois, mas não é obrigatória a presença", disse o promotor Mauro Faria, responsável pelo inquérito na Promotoria Eleitoral. A informação foi publicada primeiro pela revista "Veja" na edição desta semana. Por meio de sua assessoria, o ex-presidente Lula afirmou que não iria comentar o caso.
No depoimento do ano passado, prestado quando o julgamento do mensalão ainda estava em andamento, Valério disse que a siderúrgica Usiminas doou R$ 1 milhão à campanha de Lula fora da contabilidade oficial. Procurada, a assessoria de imprensa da empresa não respondeu até a conclusão desta edição.O Ministério Público abriu seis investigações preliminares para apurar as novas denúncias de Valério e anexou trechos do seu depoimento a duas outras em andamento.
Valério afirmou também que Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o português Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, negociaram uma doação eleitoral de US$ 7 milhões para o PT. Lula e Horta negaram no ano passado que tivessem discutido o assunto. O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, chegou a classificar o depoimento de Marcos Valério como "invencionice". Segundo investigadores, o operador do mensalão disse que os depósitos foram feitos por fornecedores da Portugal Telecom em Macau, na China.
Como a Folha informou em junho, Valério recusou-se mais tarde a colaborar com essa investigação, permanecendo calado quando foi chamado para depor novamente, esvaziando a investigação.Ele disse que só aceitaria cooperar se pudesse obter benefícios em outros inquéritos criminais abertos contra ele.
Para tentar rastrear o dinheiro, a Polícia Federal pediu ajuda ao DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos), órgão do Ministério da Justiça especializado na busca de recursos desviados ilegalmente para o exterior. A polícia solicitou detalhes da movimentação financeira das contas indicadas por Valério, como a identidade dos titulares e dos depositantes. No mensalão, Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, peculato e evasão de divisas. (Folha de São Paulo)

No dia das crianças, Dilma diz que criança é cachorro. Criança responde: eu não sou cachorro não. Essa presidenta...
Aconteceu no Dia da Criança. Em discurso oficial. E EBC chapa branca tentou editar. O Blog do Planalto tentou esconder. A mídia não deu atenção. Não conseguiram. Essa internet...

NO BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"Tudo o que as pessoas que estão pleiteando a Presidência da República querem é ser presidente." (Dilma Rousseff)

André de Souza, O Globo
Os advogados do ex-deputado Roberto Jefferon (PTB-RJ, foto abaixo), condenado a sete anos e 14 dias de reclusão em regime semiaberto no julgamento do mensalão, apresentaram nesta segunda-feira novo recurso para tentar livrá-lo da punição ou, ao menos, diminuir a pena. Eles chegam a dizer que a saúde de Jefferson é tão frágil que, caso seja preso, corre o risco de morrer.
A defesa de Jefferson foi a primeira, e até agora a única, a entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com os segundos embargos de declaração, um tipo de recurso usado para esclarecer contradições, omissões e obscuridades. No julgamento dos primeiros embargos de declaração, em agosto deste ano, os ministros do STF rejeitaram os argumentos de Jefferson e mantiveram inalterada sua pena. O prazo para apresentar os segundos embargos termina na terça-feira.

Marcelo Godoy, Estadão
O Primeiro Comando da Capital (PCC) prepara novos ataques caso a cúpula seja transferida para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Diante das novas ameaças do bando, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, pôs a corporação em estado de alerta.
As ameaças da facção se estendem a 2014, quando os bandidos prometem uma "Copa do Mundo do terror" e ataques nas eleições. Os planos dos criminosos foram interceptados em telefonemas recentes flagrados pela inteligência da polícia. Os bandidos afirmam que vão fazer uma greve branca nos presídios se a liderança do PCC for transferida para o RDD. Também dizem que, em caso de reação do governo paulista à greve, criminosos nas ruas vão atacar.

Letícia Fernandes, O Globo
Em reação à aprovação da medida provisória que criou o programa Mais Médicos, as entidades que representam esses profissionais de Saúde preparam uma ofensiva nacional na campanha de 2014 contra a presidente Dilma Rousseff, sobretudo na população de baixa renda. Segundo o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, a maior parte dos médicos vai influenciar o eleitorado de forma indireta, sem recorrer à participação partidária. Para ele, o importante é marcar uma posição antigoverno.
- Um número muito grande de médicos que nunca se envolveu em eleições está determinado a se envolver, mas influenciando, não se candidatando. É muito comum os pacientes perguntarem para a gente, em período eleitoral, em quem vamos votar, principalmente nas regiões menos favorecidas. Há um movimento grande da classe médica para participar da política dessa forma. Não é o candidato A ou B, o sentimento é escolher um candidato que, certamente, não será a presidente Dilma - disse.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Um total de 45 oficiais reformados - incluindo mais de uma dezena de generais e almirantes e um ex-ministro de Defesa, acusaram o chavismo de romper fio constitucional do país para instaurar um regime de fato, e afirmaram que uma sublevação militar estaria justificada sob a atual Constituição, para recuperar a democracia.
Em um manifesto, os oficiais acusaram o chavismo de entregar Venezuela a Cuba e permitir que Havana determine ordens dentro dos quarteis, doutrine as crianças com a ideologia castrista nas escolas e desmantele as instituições democráticas do país para instaurar um regime comunista.
“Consideramos oportuno expor à opinião pública nacional e internacional que uma ação militar dirigida a recobrar o fio constitucional, voltar ao sistema democrático como forma de goberno e defender a soberania, não constitui um Golpe de Estado, tudo de conformidade com o estabelecido em nossa Carta Magna vigente.
A informação consta de reportagem do jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA), assinada pelo jornalista Antonio Maria Delgado. É a primeira vez, em 14 anos de chavismo, que oficiais de alta patente das Forças Armadas se pronunciam com esta contundência.
Transcrevo, no original em espanhol, a parte inicial da matéria com link ao final para leitura completa. Leiam
EN ESPAÑOL - Cuarenta y cinco oficiales en condición de retiro —incluyendo a más de una docena de generales y almirantes y a un ex Ministro de Defensa— acusaron al chavismo de romper el hilo constitucional del país para instaurar un régimen de facto, y aseveraron que una sublevación militar estaría justificada bajo la actual Constitución para recuperar la democracia.
En una proclama, los oficiales acusaron al chavismo de haber entregado Venezuela a Cuba y permitir que La Habana imparta órdenes dentro de los cuarteles, adoctrine niños con la ideología castrista en las escuelas y desmantele las instituciones democráticas del país para instaurar un régimen comunista.
“Consideramos oportuno exponer a la opinión pública nacional e internacional que una acción militar dirigida a recobrar el hilo constitucional, volver al sistema democrático como forma de gobierno y defender la soberanía, no constituye un Golpe de Estado, todo de conformidad con lo establecido en nuestra Carta Magna vigente, en sus artículos 333 y 350, y en asunción de sus funciones establecidas en el artículo 328 del mismo texto constitucional.
El artículo 350 de la Constitución del República Bolivariana de Venezuela estipula que “el pueblo de Venezuela, fiel a su tradición republicana, a su lucha por la independencia, la paz y la libertad, desconocerá cualquier régimen, legislación o autoridad que contraríe los valores, principios y garantías democráticos o menoscabe los derechos humanos”.
La proclama es firmada por el ex Ministro de Defensa, Vicente Luis Narváez Churión (General de División), el ex Secretario de Defensa, Efraím Díaz Tarazón (Vice Almirante), el ex Comandante del Ejército, Carlos Julio Peñaloza (General de División) y el ex Comandante de La Armada, Jesús Rafael Bertorelli Moreno (Vice Almirante).
Asimismo, el documento es suscrito por el Inspector General de la Guardia Nacional Rafael Damiani Bustillos (General de División), el Jefe del Estado Mayor de la Fuerza Armada Nacional, Héctor Ramírez Pérez (Vice Almirante) y el Presidente del Instituto Nacional de Puertos, Freddy Mota Carpio (Vice Almirante).
Firmaron adicionalmente el vice Ministro de Seguridad Ciudadana, Luis A. Camacho Kairuz (General de División de la Guardia Nacional), y los generales de brigada de la Fuerza Aérea, Mariano Márquez Oropeza, Eduardo Báez y Pedro Pereira.
La lista también incluye más de dos docenas de coroneles, comandantes, capitanes y tenientes de las distintas ramas de la Fuerza Armada Nacional.
Los firmantes dijeron que emitieron el pronunciamiento en el marco de “un gran debate nacional” sobre la legitimidad de una posible intervención de la Fuerza Armada Nacional para solucionar la crisis política y social que atraviesa el país. Haga CLIC AQUI para leer el artículo completo

NO BLOG UCHO.INFO

Dilma diz que cenário econômico é “copo meio cheio”, mas até o padre está reclamando da crise
Papo furado – À frente de um desgoverno que insiste em uma equação econômica que não fecha, a presidente Dilma Rousseff ousou dizer que o cenário da economia é um “copo meio cheio com viés de alta”. Mesmo diante de uma declaração que só mesmo um ébrio é capaz de acreditar, a imprensa simplesmente se cala na esteira de absurdo sem precedente.
A economia brasileira foi arruinada em uma década, mas para manter o projeto totalitarista de poder o PT insiste em apelar à usina de mentiras que funciona no Palácio do Planalto. Com a inflação real na casa de 20% ao ano, Dilma arrisca dizer que a economia é um “copo meio cheio”, quando na verdade é um copo que ainda está meio vazio porque Deus é brasileiro.
Juntando as peças da economia é possível avaliar a extensão das mentiras que descem a rampa do Palácio do Planalto. No rastro da crise política que pode levar os EUA à falência, a coação do dólar despencou nos últimos dias no Brasil, o que contribui para o combate à inflação. Mesmo assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na última semana elevar mais uma vez a taxa básica de juro, que agora vale 9,5% ao ano, mas deve sofrer nova alta até o final de 2013.
A decisão do Copom se explica por fatores como a inevitável majoração dos combustíveis, o que impactará nos preços das passagens de ônibus em todo o País. De carona devem subir os preços de muitos alimentos, não apenas por causa de algumas entressafras, mas porque o transporte ficará mais caro. Um dos produtos cujo preço tem subido com certa constância é o pãozinho francês, presença obrigatória na mesa matinal do brasileiro. O que compromete sobremaneira o cálculo da inflação oficial, que há muito está fora do centro da meta fixada pelos palacianos.
Fora isso, as tarifas de energia elétrica estão mascaradas por conta de uma manobra que arrancará dos cofres federais alguns bilhões de reais, dinheiro para indenizar as empresas geradoras que aderiram ao projeto populista do governo.
Com o dólar baixo o setor de exportação volta a sofrer, sem contar que o chamado “custo Brasil” impede que os produtos brasileiros sejam competitivos no mercado internacional. A baixa cotação da moeda norte-americana serve para aumentar as importações. Fosse pouco, a alta carga tributária tem levado os brasileiros a baterem seguidos recordes de gastos no exterior. Isso porque vale muito mais à pena comprar nas viagens internacionais. E o turista brasileiro compra de tudo quando está no exterior: de camiseta a roupa de bebê, passando por perfumes e bebidas, tudo acaba na mala de viagem.
Nove entre dez brasileiros já ouviram que a crise está presente em todos os setores. Possivelmente ainda não chegou a atingir os bancos, mas é uma questão de tempo. O ucho.info saiu a campo para conferir essa crise que se alastrou por todos os segmentos. Há dias, em uma feira livre da cidade de São Paulo, uma conhecida vendedora de biscoitos e sequilhos disse que o movimento caiu de forma preocupante.
Há aqueles que dirão que trata-se de um caso isolado. Pois bem, o ucho.info foi até o Ceagesp, o maior centro de distribuição de alimentos da América do Sul. O dono de um negócio que vende queijos e derivados de leite há pelo menos três décadas disse que 2013 está sendo o pior de todos os anos. Em suma, do biscoito ao queijo a crise não encontrou obstáculos.
Mudando de cenário e de segmento, o editor do ucho.info conversou longamente com um competente e requisitado cirurgião plástico, que opera apenas no Hospital Sírio-Libanês. Durante a conversa, o cirurgião revelou um dado assustador. Disse o médico que em julho de 2012 realizou 45 cirurgias, mas que em julho passado conseguiu, como muito esforço, fazer apenas 14 procedimentos cirúrgicos.
A claque palaciana pode alegar que o tal médico é desanimado e não tem fé. Não é o caso, mas vamos à seara da fé. No último dia 6 de outubro, o editor foi a uma missa de sétimo dia em igreja localizada na região dos Jardins, parte nobre e supostamente endinheirada da cidade de São Paulo. Ao final da missa, um preposto do padre toma o microfone e começa a reclamar das poucas doações e a falar da necessidade da igreja de manter em dia seus compromissos. Para não termos uma informação isolada sobre o tema, o editor foi, no último domingo (13), à missa na Catedral da Sé, no centro da cidade de São Paulo. Diante de um público eclético em termos sociais e financeiros, a cena se repetiu. Um preposto do padre tomou o microfone e repetiu as lamúrias do colega que frequenta a igreja dos Jardins.
Ora, diante de uma situação como a que o brasileiro vem enfrentando nos últimos anos, com que moral Dilma Rousseff fala em “copo meio cheio com viés de alta”. Ou será que ela vive em um país que não é o Brasil? Para manter flutuando seu projeto de reeleição, a presidente não se incomoda em abusar da mitomania, mas em alguns momentos é melhor aderir ao silêncio, que quase sempre vale ouro.

DIRETO DA CORTE: Comemorar pesquisa um ano antes da corrida presidencial é irresponsabilidade
Antes da hora – O Palácio do Planalto e a cúpula do PT estão comemorando os resultados da pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, divulgados na última sexta-feira (11), sem levar em conta o fato do “se”. Se a eleição fosse hoje. Falta muito tempo para a eleição presidencial e Dilma Rousseff não está em situação de ficar comemorando resultado de pesquisa de opinião, pois seu governo é um fiasco e serviu apenas como pá de cal para o estrago que o messiânico Lula provocou na economia do País.
A pesquisa serviu para fazer sombra à filiação de Marina Silva ao PSB de Eduardo Campos, algo que causou muita preocupação aos palacianos e ao staff petista. Tanto é assim, que Lula, Dilma e alguns integrantes do núcleo duro do governo reuniram-se na última semana, em Brasília, para decidir como atrapalhar a vida política de Eduardo Campos.
No momento em que uma candidata, que tem nas mãos a máquina federal, interrompe seus afazeres para discutir o que fazer com um dos seus adversários, quase um ano antes da eleição, é porque a situação é bem mais complexa do que revela a pesquisa Datafolha.
No DIRETO DA CORTE, o jornalista Ucho Haddad fala sobre a precipitação dos institutos de pesquisa em relação à corrida ao Palácio do Planalto, algo que só interessa ao PT e à própria Dilma Rousseff, que nos últimos meses viu a aprovação do seu governo despencar.
Saiba mais sobre o assunto ouvindo o DIRETO DA CORTE, cujo link você encontra na coluna à esquerda da página principal do ucho.info, que traz um “player” que permite acessar o comentário do dia. E quando A MARCA DA NOTÍCIA chega aos seus ouvidos, é porque o ucho.info agora também é O SOM DA NOTÍCIA.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

O que disse a presidente no Dia da Criança, durante a visita ao Rio Grande do Sul, foi tão espantoso que até antigos leitores da coluna ficaram desconfiados: seria alguma brincadeira do jornalista Celso Arnaldo Araújo? É tudo verdade, prova o áudio enviado pelo descobridor do dilmês. Ouçam o dedilhar da lira do delírio:
Continua parecendo mentira, mas é isso aí: “Se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança… o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.
Há sempre alguma lógica por trás de qualquer loucura, certo? Errado, avisa Dilma Rousseff desde que desandou a falar em 2007. E certos palavrórios amalucados são apenas coisa de hospício. Já é estranho enfiar pai, mãe e professoras numa discurseira sobre o Dia da Criança. Se pensou em homenagear figuras associadas à garotada, deveria ter incluído avôs, avós, babás, colegas de escola, parteiros, pediatras, fabricantes de brinquedos, fora o resto.
Perplexa com o início da salada retórica, a lógica foi acuada pela evocação dos animais e nocauteada pelo cachorro oculto. Por que um cachorro? Por que oculto? Por que atrás da criança, e não à frente, à esquerda ou à direita? Isso só o neurônio solitário sabe. E não vai revelar a ninguém porque não diz coisa com coisa.
É difícil imaginar o que se passou com o neurônio solitário naqueles 31 segundos. Mais difícil ainda é entender como é que um candidato consegue não ganhar um debate na TV com Dilma Rousseff ─ e perder a eleição para quem vê, por trás de toda criança, um cachorro. Oculto.

REYNALDO ROCHA
Não há um único exemplo de acerto anterior dos institutos de pesquisas em campanhas eleitorais. Estranhamente, os números só se aproximam na realidade na pesquisa de boca de urna. Quando não há mais o que esconder. Nem como. É uma cansativa repetição.
Seria o brasileiro um povo inconstante? Que mente? Que deixa para revelar o voto somente no dia da eleição? Seremos milhões de esquivos eleitores que deixamos para o último momento a divulgação de nossas escolhas?
Ou é mais crível creditar a algumas empresas a sensação de “não adianta”, pois a eleição já está resolvida?
Fora a desonestidade intelectual e a ganância com os lucros advindos de cenários irreais, cometem um crime social e político.
Tentam, com as “pesquisas”, direcionar o voto. Incentivar o voto útil. Acreditam que escolhemos candidatos como quem aposta em corridas de cavalos. Sem observar que, num Jockey Club, apostamos para ganhar dinheiro. Numa eleição, votamos em busca de decência, ética e futuro.
Por que os institutos de adivinhações e vendas de números não se especializam em corridas de cavalos? O desserviço que prestam não é a um partido ou outro. É ao país.
Por que os erros são menores quando se trata de, por exemplo, de um plebiscito sobre armas de fogo? Ou sobre a pena de morte?
Na Bahia, Jaques Wagner foi eleito governador ainda no primeiro turno, quando as pesquisas sequer o davam como segundo colocado. Já vi prefeito eleito no primeiro turno ir ao segundo e perder, quando seria eleito com mais de 80% dos votos, como Leonardo Quintão em Belo Horizonte. Já vi político tratar da montagem do secretariado poucas horas antes de tentar explicar a derrota.
Quem voaria num avião de qualquer empresa com a mesma credibilidade desses institutos? Alguém se arriscaria?
Ocultam-se por de trás de “fórmulas” que não nos é permitido conhecer. Não são raros os casos de especialistas em estatística que apontam a fragilidade e incorreção da metodologia.
Quem é entrevistado? Qual o índice de rejeição de opiniões? Onde foi feita? Quem respondeu e que confiabilidade se tem nos dados pessoais (instrução, moradia e até idade) dos participantes? Qual a curva de descarte? Qual o ponto de intercessão?
Estatística (e a pesquisa é uma delas) é a ciência que, colocando o cidadão com a cabeça em um forno de 200 graus e os pés em um freezer de ─ 200 graus, terá NA MÉDIA a temperatura ideal! Ou, como disse Roberto Campos, estatística é como biquíni: mostra tudo e esconde o essencial!
É uma ciência que, quando utilizada de modo honesto, controlado, com parâmetros conhecidos, com fórmulas explicitadas, ajuda a TENTAR antecipar fatos ou medir tendências. Se não observar NENHUM destes limites, é charlatanismo!
O assombroso é que a MAIORIA dos analistas (e a totalidade dos jornais) se dá ao trabalho de interpretar números que eles mesmos não sabem como foram coletados ou tabulados.
Como um paciente que toma morfina para dor de cabeça sem conhecer a bula do fármaco nem o porquê da indicação. Ou um engenheiro que analisa a obra de um prédio de 20 andares amparado por uma única coluna central.
Se isto não é desonestidade, meus valores pessoais já não devem valer para muita coisa.

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

Paulo Guedes foi o palestrante da abertura do Fórum Liberdade e Democracia em Vitória, organizado pelo Instituto Líderes do Amanhã. O economista afirmou que o Brasil já foi o país do futuro. No século retrasado, durante 75 anos, o Brasil teria crescido a uma taxa de 7,5% ao ano, mais do que o Japão!
No entanto, havia mais liberdade econômica, a carga tributária era metade da atual, o estado não se metia tanto nos assuntos econômicos, não havia Ministério do Planejamento ou tantos economistas Ph.D. inventando medidas heterodoxas no governo.
Hoje, na guerra por empregos mundial, o “fator” mais em falta é a figura do empreendedor. Há fartura de moeda, recursos naturais, mas faltam empreendedores. Após o colapso do socialismo, 3,5 bilhões de pessoas mergulharam no mercado de trabalho global.
As batalhas não ocorrem mais como antigamente, quando os bárbaros, famintos, tentavam invadir os locais mais civilizados. Hoje, os chineses “invadem” os países mais ricos com seus produtos manufaturados mais baratos, em um ambiente mais selvagem, sem tantas barreiras estatais típicas do welfare state.
A distribuição de renda no mundo tende a melhorar com esse choque de capitalismo. O problema é que os demais demoram a se adaptar. Não querem enfrentar a realidade. Ficam presos nos equívocos de um modelo irreal. A “solução” para a crise nos países desenvolvidos tem sido inundar os mercados com moeda. Não funciona.
O sistema capitalista ocidental tem reagido a um fato novo de forma velha e errada. É preciso se tornar mais competitivo, reduzir encargos trabalhistas, liberar mais a economia. O abuso fiduciário, por outro lado, coloca em xeque a credibilidade do sistema financeiro, e não aumenta de fato a competitividade dessas economias.
Coisas esdrúxulas acontecem como efeito disso. Um chinês pobre poupa e compra título do governo americano, quase sem retorno. O americano empresta indiretamente dinheiro para um brasileiro sem emprego que está comprando seu imóvel subsidiado. A conta não fecha. Não há pilares sólidos para sustentar isso.
A nova bolha sendo fomentada por esse modelo é a do título do governo americano, cada vez mais espelhada e global. A emissão desenfreada de dinheiro faz com que os investidores fujam para países mais arriscados, e invistam em ativos bem mais ousados. É um empurrão em direção ao risco irresponsável.
Os ativos estão boiando graças à injeção de liquidez dos bancos centrais. Quando o Fed ameaçou retirar os estímulos, os mercados sentiram o golpe. Mas para Paulo Guedes, isso foi apenas o aquecimento na quadra, e o carnaval mesmo ainda está por vir. Todos vão perder dinheiro quando a bolha estourar.
A América que ficou rica valorizava poupança e trabalho, e a América atual só quer saber de especular nos mercados financeiros, em boa parte como resultado das políticas do Fed. Já a Europa, do outro lado do oceano, vive um estágio de doença avançado do estado de bem-estar social. Todos querem apenas participar da política para se apropriar da metade da produção de riqueza confiscada pelo governo.
A história da civilização ocidental é uma de contenção do poder estatal. Isso acabou: os governos viraram máquinas de abuso de poder contra os cidadãos. Essa distorção é fatal para o crescimento econômico. O excesso de governo é o grande mal da Europa hoje.
Os pais demandaram tantas regalias insustentável e irrealistas que destruíram o futuro dos filhos. Os jovens europeus sob a social-democracia pagam o preço da irresponsabilidade da geração anterior, que viveu um conto de fadas sem se preocupar com o dia de amanhã. O longo prazo chegou.
Em suma, Paulo Guedes pintou um quadro bem sombrio, porém realista, do cenário econômico mundial. Se os países ocidentais quiserem reverter esse declínio, terão de fazer reformas estruturais em prol do livre mercado. Sem isso, o problema dramático que esses países vivem continuará se agravando.
E o Brasil? Um país que abusa do excesso de governo antes mesmo de enriquecer é análogo a um “marrento” em ambiente hostil, pois quem dá as cartas são os outros. É ficar cheio de “marra” sem ser o dono da bola. Não há espaço para essa postura estatizante do Brasil nesse cenário globalizado com bilhões de euroasianos competindo vorazmente por empregos.



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