DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-9-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Ex-ministro da Casa Civil do governo Lula e mais influente dirigente do PT depois do ex-presidente, José Dirceu já não esconde sua aversão à presidenta Dilma, a quem chamou de “incompetente” e “desastrada”, diante de uma dezena de convidados para um almoço que lhe foi oferecido na sexta (20), em Brasília. Curiosamente, na mesma ocasião, ele fez elogios rasgados ao presidenciável Eduardo Campos (PSB).

O grupo de José Dirceu sonha com o retorno do ex-presidente Lula ao governo, mas prefere Eduardo Campos a apoiar a reeleição de Dilma.

Quando destaca o despreparo de Dilma, José Dirceu cita o contraponto do talento político do governador de Pernambuco: “Quanta diferença!"

Pessimistas, José Dirceu acha que Dilma não tem competência para se recuperar da queda vertiginosa nas pesquisas, após as manifestações.

Dirceu sobe nas tamancas quando lembra a declaração de Dilma pelo fim do julgamento do mensalão, para “não contaminar” sua campanha.

É lorota do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), a suposta “sondagem” para virar ministro do governo Dilma Rousseff. A verdade – segundo fonte com gabinete no Planalto – é que Cabral se ofereceu para ser ministro com a curiosa alegação de que “merece” o que chama de “saída honrosa”, após entregar o governo fluminense ao vice Pezão. Mas a presidenta não quer nem ouvir falar nessa história.

É lorota do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), a suposta “sondagem” para virar ministro do governo Dilma Rousseff. A verdade – segundo fonte com gabinete no Planalto – é que Cabral se ofereceu para ser ministro com a curiosa alegação de que “merece” o que chama de “saída honrosa”, após entregar o governo fluminense ao vice Pezão. Mas a presidenta não quer nem ouvir falar nessa história.

Muito desgastado, até pela atitude arrogante nas manifestações, Sérgio Cabral quer levar a família para Brasília, a quase 1.000km de distância.

Sérgio Cabral fez a Lula apelo patético, às lágrimas, segundo dirigentes do PT. Comovido, o ex-presidente prometeu interceder junto a Dilma.

O governador fluminense também pediu ajuda a José Dirceu para virar ministro, mas o ex-ministro avisou que Dilma jamais o atenderia.

No cargo há 33 anos, Antônio de Oliveira Santos, presidente-carrapato da Confederação Nacional do Comércio, foi ao trabalho ontem alegando não ter sido notificado do seu afastamento por suspeita de irregularidades. Conta derrubar a liminar antes de esvaziar as gavetas.

Ainda não saiu do papel a CPI para apurar fraude no pagamento de precatórios do Tribunal Regional do Trabalho, em Rondônia. O objetivo é investigar esquema que pode ter provocado rombo de R$ 5 bilhões.

Na tentativa de proteger o leilão do pré-sal, a presidente da Agência Nacional de Petróleo, Magda Chambriard, diz que o banco de dados não está na internet, como se os americanos espionassem só e-mails.

Hackeado por brasileiros no sábado (21), estava ontem ainda fora do ar o site da Federação Nacional dos Delegados da PF, chamados de “porcos fardados”, sob caricatura de Dilma com Lula no broche.

Escritórios especializados faturam com ações de correção de até 88,3% do FGTS. O governo federal reduz o índice com a inflação desde 1999, e em setembro de 2012 o governo Dilma zerou a TR – Taxa Referencial.

…Dilma poderia nomear o mal falado governador do Rio, Sérgio Cabral, para o seu Cerimonial. Afinal, ele sabe onde pôr os guardanapos.


NO BLOG DO CORONEL

Como o Blog antecipou ontem à noite, a nota do PT agrediu profundamente o PSB. Está surpreso, PSB? Logo vocês, que dormiram na mesma cama por mais de 10 anos? Como é que eu não fiquei surpreso? Veja o post anterior e, abaixo, a notícia do Blog do Josias.
A cúpula do PSB considerou desrespeitosa a nota divulgada pelo PT em resposta à sua decisão de não mais participar do governo de Dilma Rousseff. Aprovado em reunião da Executiva petista nesta segunda-feira (23), o texto trata a sucessão de 2014 como mera reedição da disputa PT X PSDB. E insinua que não restaria a Eduardo Campos e seus correligionários senão apoiar a reeleição de Dilma. Sob pena de se associarem ao atraso.
O blog ouviu duas lideranças do PSB na noite passada. Uma recorreu à ironia: “O PT virou um partido caolho. Vê tudo pela metade. E só enxerga a metade em que aparece o seu próprio umbigo.”E a outra: “O brasileiro está de saco cheio da polarização entre petistas e tucanos. Dilma despencou para patamares abaixo dos 40%. Maria Silva tem 26% do eleitorado. Sem fazer campanha, o Eduardo foi a 7%. Só não vê o que se passa quem está cego.”
Curiosamente, a nota do PT foi redigida com o propósito de apaziguar os ânimos. Num dos seus tópicos, a legenda sinaliza a intenção de manter sua infantaria nos cargos que ocupa em Estados governados pelo PSB: PE, CE, PI, ES e AP. “Onde o PT decidiu participar de governos dirigidos pelo PSB, assim como onde o PSB participa de governos dirigidos pelo PT, deve prevalecer o debate programático, mantendo a diretriz de que os cargos estão sempre à disposição.”
Chegou-se a essa fórmula após interferência de Lula. Em privado, o presidente do PT, Rui Falcão, dizia preferir que seu partido também desembarcasse dos governo geridos pelo PSB. Por mal do pecados, o trecho referente aos cargos, item 4 da nota, foi o que menos chamou a atenção da turma de Eduardo Campos. O que motivou a irritação foram, sobretudo, os itens 1 e 2.
Num, o PT sustenta que 2014 repetirá a polarização de 2002, 2006 e 2010. Noutro, fulmina a hipótese de surgirem nomes alternativos: “…Tanto no primeiro quanto no segundo turno, a disputa colocará os partidos em dois campos distintos: um deles representado pelos avanços promovidos pelos governos de Lula e de Dilma, e outro, representado pelos governos hegemonizados pelo PSDB, DEM e PPS.” Dessa lista, o PPS de Roberto Freire flerta com o projeto presidencial de Eduardo Campos.

O governo Dilma decidiu baixar a exigência para os interessados em participar do leilão do aeroporto de Confins (MG). As regras, entretanto, permanecem as mesmas para o Galeão (RJ). A mudança levou a um adiamento da data da disputa, de 31 de outubro para 22 de novembro. A partir de agora, o operador interessado no terminal de Minas --cujo movimento anual é de 10,4 milhões de passageiros-- terá de comprovar experiência no comando de um aeroporto com movimento mínimo de 20 milhões de passageiros ao ano.
A exigência anterior, que permanece para o Galeão (fluxo de 17,5 milhões), era de 35 milhões --Guarulhos, o maior do país, movimentou 32,8 milhões em 2012. A proposta mais rígida, que reduzia a quantidade de possíveis participantes, foi determinação da presidente Dilma, que ficou irritada com resultado dos leilões de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília, vencidos por operadores sem experiência em terminais de grande porte. Na época, os operadores tinham de comprovar gestão de aeroportos com apenas 5 milhões de passageiros.
O TCU, porém, pediu explicações sobre o novo critério. Para justificar tecnicamente, o governo disse que fazia uso de um padrão internacional, que, ao ser aplicado, manteve a meta para Galeão e reduziu a de Confins.O presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, disse que o novo modelo será analisado, mas já parece satisfazer as demandas do órgão.
A flexibilização das regras abre espaço para aumentar a competição por Confins. Pelo menos mais dez operadores se enquadrariam, mas, segundo a Folha apurou, o governo não sabe se há tempo hábil para a formação de novos consórcios. Até aqui, a expectativa era que seis consórcios participassem, incluindo grandes operadores como os de Frankfurt, Paris e Londres.
O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) negou que o novo modelo vise aumentar a competição --neste mês, a rodovia BR-262, oferecida em leilão, não teve interessados. "Há disposição tanto para Galeão quanto para Confins." Moreira Franco disse que caberá ao TCU tomar a decisão de não permitir operadores aeroportuários privados nacionais nas empresas ou permitir 15% sobre a parte privada do consórcio, ou seja, 51% do empreendimento. (Folha de São Paulo)

O processo administrativo disciplinar da CGU (Controladoria-Geral da União) recomendou a "destituição" da ex-chefe de gabinete regional da Presidência da República Rosemary Noronha, o que a impede de trabalhar para o serviço público por prazo estimado de cinco anos. Segundo a Folha apurou, o relatório final do chamado PAD (Processo Administrativo Disciplinar) deve ser divulgado nos próximos dias.
No final de 2012, Rosemary tornou-se um dos alvos da investigação deflagrada na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência no governo.Indiciada por formação de quadrilha, ela pediu exoneração do cargo em dezembro.À época, a Polícia Federal chegou a fazer uma busca e apreensão no gabinete paulista da Presidência.
O caso ganhou notoriedade pelo posto que ela ocupava na administração petista e pela relação próxima que mantinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Paralelamente à investigação criminal, o governo abriu uma sindicância para apurar a conduta da ex-servidora. O PAD foi aberto em janeiro deste ano por recomendação de uma comissão de sindicância comandada pela Casa Civil.
A "destituição" pela CGU levaria Rose, como é conhecida, a ficar impedida de trabalhar no serviço público federal por um determinado período. O estatuto do servidor fala em um prazo de cinco anos, mas pode prever outras penalidades. Rosemary é responsabilizada pela nomeação de dois diretores de agências reguladoras acusados, com ela, de esquema de corrupção que envolvia a venda de pareceres.
A Folha não localizou ontem à noite os advogados de Rosemary para comentar o assunto. Na ocasião da abertura da investigação, a defesa da ex-servidora negou que ela tivesse praticado qualquer irregularidade. Em julho, o Planalto nomeou Nilza Fiuza, que foi assessora de deputados do PT, para comandar o gabinete paulistano da Presidência. Quando eclodiu o escândalo, Dilma chegou a cogitar a desativação do escritório.(Folha Poder)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO



NO BLOG DO JOSIAS

O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais decidiu na noite passada manter adecisão de não conceder registros provisórios aos médicos estrangeiros recrutados pelo programa ‘Mais Médicos’. O presidente da entidade, João Batista Gomes, disse que só vai emitir os registros depois que o Ministério da Saúde informar o nome e o local de trabalho de cada um dos profissionais que atuarão como tutores dos colegas estrangeiros.
“Se eles entregarem esses dados, que pedimos há muito tempo, vamos ter que conceder o registro”, disse João Batista. Trata-se do mesmo dirigente sindical que, em 28 de agosto, dia em que desembarcaram no país os primeiro médicos procedentes de Cuba, dissera o seguinte: “Vou orientar meus médicos a não socorrerem erros dos colegas cubanos.” Venceu na sexta-feira passada o prazo para que o CRM-MG entregasse o registro provisório a 13 médicos estrangeiros.
Também na noite desta segunda-feira (23), o Conselho Federal de Medicina divulgou um balanço nacional. Informou que, por ora, foram expedidos em todo país apenas 86 registros provisórios a médicos estrangeiros. Considerando-se o total de pedidos (628), é pouco. Mas o conselho federal dos médicos diz que a maioria (509) ainda está dentro do prazo legal.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) protocolou no Senado projeto de lei que extingue os embargos infringentes em julgamentos realizados no STF. Fez isso cinco dias depois de o ministro Celso de Mello, decano do Supremo, ter reconhecido, em voto minerva, o direito de 12 condenados do mensalão a esse tipo de recurso. Um recurso que pode levar ao reexame de provas e, eventualmente, à redução das penas.
Vice-líder do PSDB, Alvaro realçou que há no STF mais de 300 ações em que os acusados podem lançar mão dos infringentes. “É hora de promover a celeridade processual, sem prejuízo da ampla defesa, que já é assegurada aos acusados ao serem julgados, num juízo de cognição plena, pelos 11 ministros que compõem o STF. É o momento de extinguir os embargos infringentes, ao menos quanto às decisões do pleno do Supremo em ações penais originárias.”
E 1998, sob Fernando Henrique Cardoso, o Planalto enviara ao Congresso um projeto que incluía num de seus artigos a extinção dos embargos infringentes. Deputados e senadores retiraram a novidade do texto. Como recordou Celso de Mello na semana passada, os infringentes sobreviveram com a ajuda de PSDB e DEM.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Como os prezados leitores sabem, pois está em todos os portais dos jornalões, a Dilma está em New York disseminando a luta de classe entre Nações, leia-se: Estados Unidos. Trata-se, com uma ajudazinha da ONU, a oportunidade para, vamos dizer assim, conferir certa dignidade à governanta tendo em vista que em 2014 o bicho vai pegar e o PT já é um partido velho e cansado para enfrentar o que vem por aí. 
Mas não é propriamente disso que desejo falar neste post. É algo mais grave. Veicula-se pela grande mídia, sempre obsequiosa em cavar a sepultura da liberdade de imprensa, um desses press-releases redigidos sob a orientação ministro sem pasta, João Santana, o marketeiro especial do Lula e do Foro de São Paulo. 
A notícia dá conta que Dilma tem planos, vejam só, para controlar a internet! O troço é cômico, mas muito mais cômico é a grande imprensa brasileira levando a sério mais essa palhaçada do governo ladravaz e mensaleiro do PT.
Segundo que circula à farta pelos portais noticiosos, "Dilma desenhou — e deve explicitar hoje — uma estratégia para tornar a rede no Brasil mais segura para os usuários e menos dependente dos EUA . As propostas da presidente são tão ousadas como complexas. Entre criar um serviço de e-mail coordenado pelos Correios e negociar com Google e Facebook para que os dados de brasileiros sejam armazenados em território nacional, o Planalto chega a cogitar a construção de um novo cabeamento submarino ligando o Brasil à Europa".
Imaginem! A internet no Brasil já é uma porcaria, como também a comunicação telefônica. O Brasil está entre os países mais atrasados do mundo em ciência e tecnologia. 
O mais curioso, contudo, é o fato da governanta querer colocar o serviço de email sob a coordenação dos Correios. Isto é pura piada. Os Correios constituem uma empresa estatal, controlada pelo governo, totalmente aparelhada pelos jagunços do PT, que vivem insuflando greves a todo o momento.
Esses semoventes não conseguem entregar nem correspondência física, como cartas e objetos, mas Dilma pretende entregar a eles o controle do serviço de email!
Além do mais, o plano inclui a construção de um novo cabeamento submarino ligando o Brasil e a Europa. Ora, um governo que não realizou em 10 anos de governo uma mísera obra de infra-estrutura - nem precisa ser do tamanho de Itaipu - vem falar em construir obras de alta tecnologia e colocar serviço da internet por conta dos Correios, é piada pura.
Daqui lanço um apelo: por favor, Dilma, pelo menos deixe a internet funcionando como está. Não mexa em nada que a coisa já está complicada demais.
Além do mais esta é uma obra da qual o Brasil não precisa. Como cidadão brasileiro não tenho nenhuma preocupação com supostas e espionagens dos Estados Unidos. Pelo contrário, me sinto muito mais seguro e não tenho nada a esconder. Aliás, publico o que penso aqui no blog todos os dias para quem quiser ler. 
PELAMORDEDEUSDILMA! Não mexe em nada!

NO BLOG UCHO.INFO

Paralisia e incompetência do governo travam cada vez mais a economia nacional
Deu zebra – Entre o discurso e a realidade, o governo petista de Dilma Vana Rousseff começa a ser vítima da incompetência de seus integrantes. Isso porque a utopia ideológica impede que os petistas reconheçam o próprio fracasso.
Depois de ver fracassar o leilão da BR-262, atribuindo o fiasco razões políticas, o governo decidiu mudar as regras para o leilão do Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte. Para participar do leilão de privatização, que o PT prefere chamar de concessão, os interessados terão de comprovar experiência na gestão de 20 milhões de passageiros por ano, ao contrário dos 35 milhões exigidos inicialmente. Para o Aeroporto Tom Jobim, o velho e bom Galeão, no Rio de Janeiro, a exigência permanece em 35 milhões de passageiros por ano.
O governo do PT coleciona derrotas inquestionáveis, mas a oposição é incapaz de levar ao assunto aos brasileiros de forma clara e didática. No caso da privatização das rodovias, a assessoria do Palácio do Planalto informou que o governo pode assumir alguns investimentos caso não apareçam interessados. Trata-se de promessa absurda ou mais uma mentira visando a campanha pela reeleição de Dilma.
No caso de o governo assumir o investimento em alguns trechos de rodovias, o déficit fiscal será ainda maior. Ou seja, o governo, apesar dos recordes de arrecadação, gasta muito mais do que recebe. Para piorar, gasta muito mal. Se for uma mentira, o povo será enganado e o crescimento econômico continuará refém da falta de infraestrutura.
No que se refere ao leilão dos campos do pré-sal, para o primeiro deles – Campo de Libra – conseguiu despertar o interesse de apenas onze empresas do setor, contra quarenta que eram esperadas pela Agência Nacional do Petróleo. Mesmo assim, as onze empresas que pagaram as taxas (R$ 2 milhões) podem não participar da disputa devido às incertezas do negócio.
A preocupação não está na capacidade de produção do Campo de Libra, por exemplo, estimado em 12 bilhões de barris de petróleo, mas na insegurança jurídica que ronda o negócio. O sistema de partilha terá como controladora da operação a nova estatal PPSA, com poder de veto, o que assusta os investidores por causa intervencionista de um governo de esquerda que segue a cartilha de Havana.
O segundo grande problema é que independentemente de quais sejam as empresas vencedoras, ou até mesmo consórcios, a Petrobras terá, por decisão do governo, pelo menos 30% de participação, além de ter o monopólio de operação das plataformas de extração. Isso significa que a Petrobras para cumprir a lei terá de abrir os cofres, algo impossível se considerada a dificuldade financeira enfrentada pela empresa. Esse gargalo no fluxo financeiro da Petrobras é decorrente, também e principalmente, da decisão do governo de obrigar a petroleira a importar gasolina e vender o produto no mercado interno por preço subsidiado, como forma de não interferir no cálculo da inflação.
Caso queira que a Petrobras cumpra o que foi decidido e participe da exploração da camada pré-sal, o governo terá de aportar recursos no caixa da empresa. Acontece que o Tesouro Nacional já tem despejado dinheiro para custear a redução das tarifas de energia elétrica.
Resumindo, o nó está dado, é do tipo cego e ninguém sabe como desatá-lo. De tal modo, certo estava Lula, pelo menos uma vez, quando disse “nunca antes na história deste país”.

Governo pediu uma semana para esclarecer apagão no Nordeste, mas até agora reina o silêncio
O tempo passa – No último dia 28 de agosto, ou seja, há quase trinta dias, um apagão deixou nove estados do Nordeste sem energia elétrica. Sem saber como trocar uma lâmpada queimada, mas obediente à cartilha do Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), sem apressou em dizer que a culpa pelo incidente foi uma queimada ocorrida na cidade de Buriti, no interior piauiense.
Horas depois dessa desculpa estapafúrdia de Lobão, o dirigente regional do Ibama disse que era precipitado fazer qualquer declaração sobre o ocorrido antes de um laudo definitivo. Considerando a possibilidade de Edison Lobão estar certo, as autoridades federais falharam ao não controlar o que existe no entorno da linha de transmissão. O mato que cresce ao pé das torres de transmissão, que entrou em colapso na última quarta-feira, foi cortado pela última vez em abril de 2012.
Depois do dito pelo não dito, a presidente Dilma Rousseff entrou em cena e, sem poder culpar a natureza, disse que nos Estados Unidos também ocorrem apagões – ou blecautes como ela prefere dizer, fingindo desconhecer que as palavras são sinônimas.
Passado o episódio em que o Tio Sam foi chamado à baila, o governo informou que precisava de uma semana para avaliar as causas do tal apagão, o segundo em apenas doze meses na região Nordeste. Acontece que o mais recente blecaute nordestino está a um passo de completar um mês, mas o governo parece ter esquecido a promessa que fez. Isso explica a forma pirotécnica como os palacianos exploraram as denúncias da suposta espionagem por parte dos norte-americanos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO

A política, como dizia Groucho Marx, é a atividade que se destina a procurar sem descanso algum problema, achar o problema, fazer o diagnóstico errado para ele e receitar remédios que deixam as coisas ainda piores do que estavam. O comediante americano era realmente um craque em explicar para o ser humano comum o ridículo em estágio terminal de tantas questões que lhe são apresentadas como complicadíssimas, e que só mentes superiores são autorizadas a tratar. Se estivesse vivo hoje, ele talvez dissesse “política internacional” em vez de apenas “política”. Não iria perder a oportunidade da piada diante dessa prodigiosa guerra da Síria, uma rixa de terceira categoria que se tornou uma das guerras civis mais cruéis dos nossos dias ─ e pouco a pouco se viu transformada pelos estadistas que nos governam numa crise mundial, com tudo aquilo a que as crises mundiais têm direito. Um não problema se tornou um problemaço, as explicações a respeito de suas causas não explicam nada e todas as soluções propostas para resolvê-lo são ruins. » Clique para continuar lendo

NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

Fonte: Estadão
As notícias sobre a Venezuela já mudaram de patamar. Agora concorrem diretamente com os programas de humor do Porta dos Fundos. A ópera fica mais bufa a cada dia. O socialismo do século 21 é muito parecido com aquele do século 20. Tão parecido, que se torna mais previsível do que as fases da lua.
A última? O governo resolveu intervir na fábrica de papel higiênico, produto de luxo por lá, que está em falta nos mercados. Parece piada, eu sei. Mas é muito sem graça para os venezuelanos de carne e osso, vítimas (e muitos cúmplices) dessa boçalidade chamada socialismo bolivariano. Aquele que o PT gosta de flertar. Vejam o que aconteceu:
O governo da Venezuela decretou intervenção em uma fábrica de papel higiênico e colocou as instalações sob custódia da Polícia Militar.
O governo informou que a ocupação da fábrica é temporária, para garantir o abastecimento de papel higiênico no mercado.
A falta de papel higiênico, um dos produtos de necessidades básicas em falta no mercado por causa da intervenção do governo na economia, vem gerando fortes críticas à política econômica da Venezuela.
O anúncio foi feito na tarde de sexta-feira pela Superintendência Nacional de Custos e Preços Justos (Sundecop), que disse em comunicado que a medida responde “à obrigação do Estado de garantir o abastecimento normal de produtos de primeira necessidade para o povo“.
Com a intervenção, o governo vai verificar todos os processos referentes à produção, distribuição e comercialização do papel higiênico e poderá requerer informações referentes a inventários, custos de produção e canais de comercialização, entre outros pontos.
Enquanto durar a ocupação oficial, a fábrica denominada Manpa, localizada no estado de Araguá, no centro Norte do país, será ‘resguardada’ por um comando regional da Guarda Nacional Bolivariana, a polícia militarizada do país, informou o comunicado oficial.
A falta de papel higiênico no mercado se converteu este ano no problema mais visível dos crônicos episódios de desabastecimento de produtos de consumo massivo e medicamentos enfrentados pela economia venezuelana.
O governo atribui a falta de produtos à especulação de setores empresariais e tem denunciado manobras para desestabilizar a economia. Enquanto isso, a oposição e empresários responsabilizam a falta de dólares para financiar importações de matérias primas.
A situação obriga muitos venezuelanos a recorrer a vários mercados ou a enfrentar longas filas para conseguir os produtos que precisam.
O governo importou 50 milhões de rolos de papel higiênico para tentar resolver o problema de desabastecimento e esta semana aprovou a compra de 3,4 milhões de toneladas de alimentos para os próximos dez meses para garantir o abastecimento, especialmente na temporada que antecede o Natal.
Bocejos. Que tédio acompanhar a desgraça que é o socialismo. Em todos os países, em todos os continentes, em todas as épocas: sempre a mesma coisa. O governo toma medidas populistas e intervencionistas estúpidas, o mercado reage e o resultado são filas, escassez de produtos básicos e mercado negro de corrupção.
O governo, então, reage com mais intervencionismo, até militar, e culpa enquanto isso a ganância dos capitalistas e especuladores, os bodes expiatórios prediletos. Nada diferente aqui. Por acaso a ganância dos capitalistas faz faltar papel higiênico nos Estados Unidos ou na Austrália? Pois é.
Eu tento ser moderado, sutil, educado, mas confesso que não dá para dizer outra coisa: quem defende o socialismo em pleno século 21, ou é muito estúpido, ou canalha. Alternativas não há. Tenho dito!

















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