DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 14-8-2013

DO JORNAL O POVO


Governo Cid prevê gastar R$ 3,4 milhões em buffet com caviar e lagosta
O valor é o que pode ser gasto só pelo gabinete de Cid e a residência oficial. Dinheiro é suficiente para mais de um evento por dia, para 70 convidados, durante um ano em grande buffet. Desde 2011, Governo gastou R$ 4,9 milhões

O Governo do Ceará assinou contrato de R$ 3,44 milhões para serviços de buffet e decoração de eventos do gabinete do governador Cid Gomes (PSB) e da residência oficial, com cardápio que inclui lagosta, escargot, caviar e outras iguarias. A informação foi levada ontem à tribuna da Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Heitor Férrer (PDT). De acordo com simulação feita pelo O POVO em requisitado buffet de Fortaleza, o valor bancaria, em média, 390 eventos corporativos para 70 convidados – o equivalente a mais de uma festa por dia durante um ano inteiro.
Férrer apresentou requerimento em que solicita explicações do Governo sobre o valor do contrato, publicado no último dia 1º e com validade até julho de 2014. A vencedora da licitação, a Anira Serviços de Alimentos LTDA, é a mesma que já havia vencido pregão anterior, de 2010. De lá até o mês passado, recebeu R$ 2,79 milhões do Governo.
A empresa atende só às solicitações do gabinete de Cid e da residência oficial, sem contar com os eventos de outras secretarias. O gabinete do vice-governador Domingos Filho (PMDB), por exemplo, também contratou este ano fornecedor próprio, por R$ 300 mil. O serviço, também até 2014, inclui pratos igualmente refinados.
Tanto os R$ 300 mil do gabinete do peemedebista quanto os R$ 3,44 milhões do gabinete e da residência de Cid podem não ser executados na íntegra, conforme esclareceu a assessoria de imprensa da Casa Civil. O pagamento é feito de acordo com a demanda de serviços. Não há valor fixo mensal a ser desembolsado. Os itens do cardápio, dos mais simples aos mais sofisticados, também variam de ocasião a outra.
De 2011 até hoje, dados do Portal da Transparência mostram que há disparidade entre o valor contratado e o que foi efetivamente gasto. No período, de R$ 7,7 milhões programados, R$ 4,97 milhões foram gastos em buffet pelo governo todo.
Justificativas
No que diz respeito ao gabinete de Cid e a residência oficial, a Casa Civil afirmou que o dinheiro costuma ser aplicado em “eventos para recepção de autoridades, tais como a vinda da presidenta Dilma Rousseff, ministros, governadores, Fifa, (e outros) onde existem a solicitação desse tipo de serviço”. A pasta aponta, ainda, que a licitação seguiu os trâmites legais, com outras 13 empresas na concorrência. 
O POVO tentou falar com o gabinete do vice-governador, mas não houve retorno ao recado deixado. Também procurada, a Anira Serviços de Alimentos afirmou que não poderia se posicionar, pois as proprietárias da empresa estariam fora do Estado.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

A área de inteligência do governo suspeita que os Estados Unidos espionaram a Petrobras e os planos brasileiros para a exploração do pré-sal. A suspeita provocou indignação da presidenta Dilma Rousseff e foi dita claramente ao embaixador norte-americano em Brasília, que negou a espionagem. O governo trabalhava apenas com a hipótese, tornada pública, de “monitoramento” de cidadãos brasileiros.

…o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, nem pedir para sair pode. Tem protesto do lado de fora.

O sonho dos haitianos de uma vida melhor no Brasil se transformou em “catástrofe humanitária” em Brasileia (AC), diz o relatório da visita da ONG Conectas, no início do mês: o galpão para 200 pessoas abriga 800 haitianos, com 10 banheiros e oito chuveiros, sem sabão, esgoto a céu aberto e teto de zinco, temperatura de 40 graus. Quase todos têm diarreia. A ONG acusa o Brasil de “maquiar” uma crise internacional.

Haitianos se dizem “enganados” na promessa de refúgio e preferem voltar ao seu miserável país, após roubados por atravessadores.

Piada no Twitter sobre o aniversário do ditador de pijamas cubano Fidel Castro, sumido de novo: “Se estivesse vivo, faria hoje 87 anos.”

Após recusar convite para visitar Campina Grande (PB) nos festejos juninos, o presidenciável tucano Aécio Neves desistiu de ir a um evento do PSDB em Caruaru (PE). Até parece que é conhecido no Nordeste.

Às vésperas da aposentadoria, caças da FAB deram rasante na Zona Sul do Rio, no enterro do brigadeiro Rui Moreira Lima, 94, herói da 2ª Guerra na esquadrilha “Senta a Pua”, e perseguido na ditadura.

O perdão do Brasil aos 98% da dívida externa da Guiné Equatorial fez a feroz e miserável ditadura africana anunciar o crescimento de seu PIB, de 1,9% em 2010 para 4,8%, em 2012. Será? E o nosso PIB, ó…

TAM e GOL, que controlam a aviação civil, parecem dupla sertaneja afinada: alegam “prejuízo operacional” para demitir funcionários e aumentar tarifas, enquanto fazem lobby no governo Dilma por dinheiro barato do BNDES e até isenção de ICMS do querosene de aviação.

Só mesmo no Brasil o trem-bala atrasa antes mesmo de sair do papel.


NO BLOG DO CORONEL

Em 2001, a plataforma P 36 afundou e se transformou em ícone da campanha de Lula à presidência. Tinha custado em torno de U$ 400 milhões e produzia 6% do petróleo do país. Os prejuízos calculados pela perda de produção ultrapassaram U$ 1 bilhão. Hoje, em 6 meses, o congelamento do preço da gasolina e do diesel já deu um prejuízo de U$ 15 bilhões ao país, em déficit na balança comercial. É a gestão petista afundando a maior empresa do Brasil.
Hoje os jornais, em colunas e editoriais, registram que a Petrobras tem uma defasagem próxima de 25% no preço da gasolina. E o governo não autoriza aumento de preços com medo de perder a popularidade que lhe resta. O PT agiu assim com a empresa desde que chegou ao poder. Aparelhou cada poço de petróleo, cada bomba de gasolina, cada saco de fertilizante operado ou produzido pela empresa.
Apenas um exemplo: o diretor da Petrobras Biocombustíveis é Miguel Rossetto, um ex-deputado, cuja origem é um sindicato de metalúrgicos no interior do Rio Grande do Sul, cuja único conhecimento sobre cana é que ela é melhor purinha, sem limão. Da Petrobras Internacional, a imprensa tratou no último final de semana, mostrando uma quadrilha formada pelo PT e pelo PMDB que colou dinheiro sujo até mesmo na campanha presidencial de 2010.
A mentira as autossuficiência está cobrando o seu preço. Deverá custar um rombo de U$ 30 bilhões nas contas externas em 2013, pois a Petrobras importa combustível e o vende a um preço inferior ao de aquisição. A Petrobras só pode aumentar os preços mediante autorização do Conselho de Administração. Ele é presidido por Guido Mantega, que cai se a inflação aumentar. Portanto, a tendência é que a maior empresa do país continue se deteriorando a cada dia nas mãos da "cumpanherada". É como diz a economista ecochata Miriam Leitão em sua coluna de hoje em O Globo:
"Em resumo, o governo conseguiu até agora subsidiar o uso de um combustível fóssil importado, desorganizar a produção local da alternativa menos poluente, aumentar a dependência do petróleo externo depois de proclamar a autossuficiência, abrir mão de um imposto (CIDE) que financiaria obras de infraestrutura de transportes, causar perdas à Petrobras, abrir um rombo na balança comercial, alimentar a desconfiança das empresas sobre o intervencionismo do governo na economia, piorar o trânsito nas cidades e deixar todo mundo insatisfeito."

Os ministros primeiro vão analisar os chamados embargos de declaração, por meio dos quais os advogados tentam reduzir penas de seus clientes. Depois, será a vez dos embargos infringentes, pelos quais cabe um novo julgamento quando a condenação foi definida numa votação apertada (com pelo menos quatro votos pela absolvição). Há 11 casos assim no mensalão.
O presidente do tribunal e relator do processo, Joaquim Barbosa, pretendia começar o embate justamente sobre a polêmica possibilidade de novo julgamento por meio dos chamados embargos infringentes. A legislação atual não prevê esse tipo de recurso, mas o regimento interno do Supremo, sim. Uma decisão favorável aos réus num eventual novo julgamento pode beneficiar os condenados por formação de quadrilha ou lavagem de dinheiro. Nesse grupo está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como o chefe da quadrilha que operou o esquema.
A programação feita por Barbosa, que inicialmente previa a análise dos embargos infringentes, foi alterada em razão da ausência do ministro Teori Zavascki. Na segunda-feira, a mulher do ministro morreu e por isso ele não participará das sessões nesta semana. O desfalque levará o tribunal a iniciar essa segunda fase por pontos com menor potencial de tensão. Por meio dos embargos de declaração, os réus contestam contradições no acórdão ou obscuridades ou omissões na decisão do Supremo.

'Protelatórios' 
No total, o tribunal terá de julgar 26 embargos de declaração, inclusive o recurso do dono da empresa Natimar, Carlos Quaglia, cujo processo foi encaminhado para a primeira instância. Alguns ministros, como Gilmar Mendes, adiantam que os recursos movidos pelos advogados são protelatórios. "Tem muitas questões que já foram objeto de discussão, inclusive aqueles pontos polêmicos que foram suscitados. Com toda elegância, pode-se dizer que são, nesse sentido, sem nenhum desapreço, protelatórios", afirmou o ministro.
A posição de Gilmar Mendes, se tiver o apoio da maioria do tribunal, pode antecipar a prisão dos réus. Em ações penais julgadas recentemente, o STF não esperou o julgamento de todos os recursos possíveis para determinar prisões. No caso do senador Natan Donadon (RO), a Corte considerou que os segundos embargos de declaração tinham a intenção de protelar o cumprimento da pena.
Outros ministros afirmam que os embargos obrigarão a Corte a rever algumas teses, o que geraria impacto nas penas impostas aos condenados.
Um integrante do Supremo que votou pela condenação da maioria dos réus disse reservadamente que, por ser um julgamento em instância única, o tribunal pode alargar os efeitos dos embargos, inclusive alterando penas. Assim, por meio dos embargos de declaração e com a chegada dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, a Corte poderia reverter o resultado do mensalão em dois pontos específicos. Com a nova composição, o tribunal restringiria a configuração de formação de quadrilha, o que beneficiaria os réus condenados por esse crime, e garantiria ao Congresso a última palavra sobre a perda de mandato dos parlamentares condenados. (Estadão)

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo e o Movimento Passe Livre (MPL), dois dos movimentos envolvidos em uma manifestação que será realizada hoje contra o cartel em licitações do metrô e de trens, querem evitar que o ato se transforme em antecipação da campanha eleitoral contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo PT. O partido não participa da organização, mas divulgou os "atos para denunciar a corrupção dos governos tucanos". Na semana passada, o presidente da sigla, Rui Falcão, disse que petistas engrossariam a manifestação.
Os metroviários, cujo sindicato é ligado ao PSTU, e os militantes do MPL, que se declaram apartidários, prometem não poupar o governo estadual, mas dizem que o tema central são reivindicações por melhorias no transporte. Outros movimentos, como a CUT e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), apoiam o protesto. "A gente não vê problema em fazer oposição ao governo. É o inimigo com o qual estaremos nos confrontando, mas a manifestação não é Fora Alckmin'", disse Marcelo Hotimsky, um dos representantes do MPL. "Nenhum partido vai ser hostilizado, mas é para ser um ato de denúncia, e não do PT ou do PSOL."
Para ele, os crimes em licitações, assim como o reajuste da tarifa, contra o qual o movimento protestou em junho, indicam que a política de transportes "segue uma lógica que privilegia os empresários em vez dos usuários". Em junho, após a redução das tarifas, petistas foram convocados a ir às ruas para defender o governo Dilma Rousseff em uma manifestação do MPL, mas militantes foram hostilizados por grupos contrários à participação de partidos nos protestos.
Alex Fernandes, diretor do sindicato, não descarta os gritos de "Fora Alckmin", "mas não porque ele é do PSDB". "O governador e o PSDB são nosso centro, pela prática de cartel, mas estamos tomando cuidado para que não haja oportunismo eleitoral. Não quero Fora Alckmin' e Viva Mercadante'", disse.Embora Aloizio Mercadante, ministro da Educação, fosse um dos nomes cotados para disputar o governo do Estado em 2014, o candidato do PT deve ser outro ministro, Alexandre Padilha (Saúde).
DOIS CAMINHOS
A manifestação deve começar às 15h, com concentrações no vale do Anhangabaú e na frente do Theatro Municipal, no centro de São Paulo. O trajeto, embora não esteja completamente definido, deve incluir uma passeata por diversos pontos da região central, entre eles os prédios do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado até a entrega, por volta das 17h30, de uma carta de reivindicações na Secretaria de Transportes Metropolitanos.
Segundo Alex Fernandes, sindicalistas ligados ao PT queriam que a marcha seguisse até a Assembleia Legislativa do Estado para cobrar a instalação de uma CPI para investigar o cartel. Como não haverá passeata até o Parlamento, a Central de Movimentos Populares convocou um outro protesto, que se concentrará às 17h na sede do Legislativo, com apoio da CUT. A central, alinhada ao PT, promete dividir seus militantes entre os dois eventos, mas só levará carro de som à porta da Assembleia. (Folha de São Paulo)

Depois de um dia inteiro de reuniões e tentativas malsucedidas de costura de um acordo com o Palácio do Planalto, a Câmara, sob o comando do PMDB, aprovou em primeiro turno a proposta que torna obrigação constitucional a execução de obras e investimentos indicados ao Orçamento por deputados federais e senadores. Com 378 votos a favor, 48 contra e 13 abstenções, a votação foi uma derrota do Planalto. O revés ainda foi agravado com a supressão de uma expressão que, na prática, ampliará ainda mais a variedade de emendas a serem executadas impositivamente pelo Executivo.
No texto levado ao plenário, a obrigatoriedade de execução de emendas ficaria circunscrita àquelas que se adequassem a programas considerados prioritários pelo Planalto. Com a modificação, caiu essa restrição. A justificativa oficial para essa mudança, que contou com o apoio da bancada do PT, é que ela impede que a presidente Dilma Rousseff vete emendas apresentadas pelos parlamentares na fase de elaboração do Orçamento.
O fator que mais emperrou esse acordo foi o percentual de emendas parlamentares para a saúde. O governo propôs 50%. Os parlamentares chegaram a admitir 33%, mas mesmo assim não houve consenso. O Planalto espera conseguir com os senadores uma redação mais favorável aos seus interesses.Por ser uma proposta de emenda constitucional (PEC), o projeto precisa passar por duas votações na Câmara e duas no Senado.A votação de ontem foi a primeira na Câmara. A próxima deverá ocorrer no fim do mês, para somente depois seguir para os senadores, que terão liberdade para alterar todo o texto. (Folha de São Paulo)

Às vésperas da eleição, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) recebeu o apoio de dezenas de instituições de combate às drogas, em Belo Horizonte. Ele declarou, à época:
“Para continuar alcançando os avanços necessários, precisamos estruturar o plano de ação, realizar um trabalho integrado entre as três instâncias de governo e atuar junto às entidades e comunidades terapêuticas, que são a ferramenta principal no acolhimento aos dependentes”.
Agora vejam o que está acontecendo na capital dos mineiros... E que pode estar acontecendo em todo o Brasil, porque o SUS incentiva esta prática. Se isto estiver acontecendo na sua cidade, denuncie!:
Sob alegação de uma política de redução de danos causados aos moradores de rua que usam drogas, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está distribuindo canudos para o uso de cocaína, água destilada para dissolver a droga e injetá-la, camisinhas e, até mesmo, gel lubrificante. É o que denuncia o pastor Robert Willian de Carvalho, presidente da ONG Defesa Social, uma das cinco integrantes do projeto Consultórios na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde.
Ele conta que a entidade trabalha com usuários de droga desde 2004. “Fizemos uma parceria com o governo estadual no ano passado e, segundo o convênio firmado, a prefeitura nos auxiliaria com o atendimento aos usuários”, contou. Em 2013, a prefeitura passou a orientar as equipes das ONGs Abraço, Defesa Social, Credec, Aliança de Misericórdia e Reviver.
“Fazíamos a abordagem social e conduzíamos para o melhor tratamento. Em um desses trabalhos com a prefeitura, nossa equipe me relatou que os agentes da prefeitura distribuíam os insumos: canudos, água destilada, alimentos, camisinhas, entre outros”, detalhou. No último dia 22, um manual com as normas operacionais que deveriam ser praticadas pelas entidades foi enviado às ONGs.
“Nenhuma das ONGs concordou com as medidas, pois pensamos que isso seria instigar o uso, o que é crime. Tanto buraco para tapar na rua e eles gastando nosso dinheiro com lubrificante?”, protestou Carvalho. Uma representação contra a medida será feita na tarde de hoje, no Ministério Público de Minas Gerais. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que se manifestará hoje, por meio de nota.


NO BLOG DO NOBLAT

Daniel Mello, Agência Brasil
Manifestantes entraram em confronto na noite de hoje (13) com a Polícia Militar (PM) e seguranças do Hospital Sírio-Libanês, região central da capital paulista. O grupo, que protesta contra as parcerias privadas no Sistema Único de Saúde (SUS), tentou entrar no saguão do hospital e foi impedido pela equipe de segurança da instituição e a PM, que usou spray de pimenta.
Os manifestantes pediram, então, que um dos diretores do hospital descesse até a portaria para falar sobre as reivindicações. Como não foram atendidos, o grupo tentou invadir o pronto-socorro. Houve novo confronto, cadeiras foram danificadas e novamente os policiais usaram spray de pimenta.


Monica Tavares, O Globo
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira critérios mais rígidos para a seleção da população de baixa renda que tem direito à tarifa social (com desconto). As famílias terão de entregar mais documentos e as distribuidoras farão verificações junto a cadastros do Ministério do Desenvolvimento Social – Cadastro Único ou cadastro do Benefício de Prestação Continuada (BPC) –, que somam cerca de 20 milhões de pessoas.
A distribuidora tem três dias úteis, após o pedido dos consumidores, para conceder a tarifa social. Mas, antes, terá de verificar se as informações de renda estão corretas junto ao cadastro do Ministério. A distribuidora também não poderão aceitar uma autodeclaração dos consumidores de que estão aptos a receber o benefício, e terão 120 dias para adaptar seus sistemas às novas exigências da Aneel.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Luiz Inácio Apedeuta da Silva esteve num encontro do PT do Interior (de São Paulo), que ocorreu na sexta e no sábado passados, em Bauru. Foi o lançamento não oficial da candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo. Regozijando-se com as denúncias sobre a formação de cartel, exultante mesmo, feliz a mais não poder, Lula — este monumento à ética da política pátria — comemorou com Padilha: “Você entrou no jogo!”. Ora, isso remete ao começo de tudo, não é mesmo? Vamos lembrar um tantinho.
As primeiras manifestações violentas, cujo pretexto era o reajuste da passagem de ônibus, se deram em São Paulo, reunindo meia dúzia de gatos-pingados. Os protestos sempre foram caracterizados por uma incrível truculência e por provocações deliberadas dirigidas contra os policiais militares, em particular contra a tropa de choque. Agora sabemos de tudo. Os black blocs já estavam lá. A tal Mídia Ninja, do grupo petista Fora do Eixo, já estava lá. A baderna, o quebra-quebra, a busca de confronto com a PM, todos esses atos eram deliberados. O resto é história, que já contei aqui muitas vezes. O que interessa é deixar isto registrado: o intuito era mesmo provocar a bagunça em São Paulo, de olho já nas eleições.
O tiro acabou saindo pela culatra — e, sobre isso também escrevi dezenas de textos. A desordem não se instalou por aqui, e o governador Geraldo Alckmin acabou com a imagem menos arranhada do que a da própria presidente Dilma Rousseff. Urgia fazer alguma coisa. E, tchan, tchan, tchan!!! Eis que surgem os vazamentos da investigação dita “sigilosa” que se dá no Cade sobre a formação der cartel, com base num acordo de leniência firmado pela Siemens com o órgão federal e com o Ministério Público.
Como deixam claros os documentos, as suspeitas não recaem apenas sobre São Paulo, não. Mas, por alguma razão, os ditos “executivos” parecem ter se esmerado em fornecer e-mails que comprometem só o estado. Pois é! A Siemens, não obstante, é a maior fornecedora da área de energia para o governo federal. Mas esse não é eixo deste texto (há outros posts a respeito).
Lula sempre oportuno
Lula, como sempre, diz coisas oportunas. Era preciso pôr Alexandre Padilha no jogo, certo? Lá no governo federal, ninguém se conforma com o fato de que um aliado importante, como Sérgio Cabral, teve a reputação calcinada pelos protestos. Em São Paulo, não se deu o mesmo. Então os companheiros decidiram que era chegada a hora de promover o baguncismo por aqui também.
Assim, o Passe Livre — um dos aliados barulhentos do PT nas eleições de 2010 e 2012 — decidiu marcar uma manifestação de protesto para esta quarta-feira. O PT, claro, aderiu. Trata-se, de fato, de uma parceria. E, podem esperar, em casos assim, aparecem os black blocs e seus porta-vozes oficiosos: a Mídia Ninja, aquela gente que pertence ao tal “Fora do Eixo”, de Pablo Capilé. Mais uma vez, a tática será a mesma: tentar promover o caos na cidade com o objetivo de atingir a reputação do governo do estado.
Afinal, como disse Lula, Alexandre Padilha precisava “entrar no jogo”.

Por Dimmi Amora, na Folha:
A linha sul do Metrô de Fortaleza (CE) –obra com recursos federais que triplicou de preço e teve superfaturamento apontado– teve a participação de empresas investigadas por formação de cartel em São Paulo e Distrito Federal. Siemens, Alstom, Bombardier e Balfour Beatty formaram consórcio com construtoras para implementar o projeto no Ceará que começou em 1997 e só foi concluído em julho deste ano, com a entrega das últimas estações.
O contrato com as empresas foi assinado em 1998 com custo estimado em cerca de R$ 500 milhões (valores atualizados). Ao ser entregue, o projeto já havia consumido mais de R$ 1,5 bilhão de recursos públicos. A concorrência, que teve dois consórcios na disputa, e a obra ficaram sob responsabilidade do Metrofor, estatal cearense. Mas 80% dos recursos são federais.
(…)
Em 2006, o TCU apontou que a construção estava superfaturada em pelo menos R$ 120 milhões em valores de hoje. De acordo com o órgão, o superfaturamento decorria de preços elevados de alguns itens da obra. Para o tribunal, o contrato foi desfigurado ao longo do processo, com acréscimos de 138% sobre o valor original. Esse percentual é excede o limite da lei (25%).
Mesmo quase dobrando o valor do contrato, o dinheiro não foi suficiente para finalizar a obra. Em 2010, foi necessário fazer uma licitação para a construção de trechos adicionais estimados em mais R$ 100 milhões. O contrato novo também precisou de aditivos porque teve o mesmo problema do licitado em 1998: estava com estudos defasados. O TCU também apontou que a Alstom, que forneceria dez trens para o projeto, não entregou o material.

Então… Um mesmo consórcio, formado pela Alstom e pela CAF, venceu a licitação para a fornecimento de trens para o metrô de Belo Horizonte, comandado pela estatal federal CBTU, e para o metrô de Porto Alegre, comandado por outra estatal federal, a Trensurb. No da capital gaúcha, a Alstom ficou com 90% do contrato, e a CAF, com 10%. No da capital mineira, foi o contrário. Em ambos os casos, o consórcio formado pelas duas empresas não teve concorrentes: foi o único a se apresentar.
Outra curiosidade: apenas 13 dias separam o comunicado da comunicação de licitação de Belo Horizonte do anúncio da assinatura de contrato em Porto Alegre, conforme se pode ver abaixo.


Imagem lá do alto
E a imagem lá do alto? É a presidente Dilma assinando pessoalmente a ordem de serviço para a compra dos trens de Porto Alegre, a tal licitação de um consórcio só.
O Cade, como se supõe, não vê nada de estranho.

Capilé, com esse seu jeito largadão, é o monarca absolutista do Fora do Eixo. Quando ele fala, cessa tudo o que antiga musa canta…
Ai, ai, que preguiça! Um tsunami chegou à praia de Pablo Capilé, lá onde ele mantém, segundo as denúncias, as suas senzalas de escravos brancos, negros, mestiços, pouco importa… No Fora do Eixo, como se sabe, o trabalho é remunerado com uma moeda inventada por esse gênio da raça, da economia, da cultura e do “midialivrismo”. Ele inovou até na formação da família. Esse negócio de criança ter dois pais ou duas mães já é conservador. Nasceu um bebê em uma das casas. Foi anunciado como uma “experimentação”, a ser criada pelo… coletivo! Ou por outra: tudo o que você conhece sobre o mundo deve ser visto pelo avesso — inclusive essa tal “transparência”. Ah, sim: foi criado um site, o “Fora do Eixo Leaks” (www.foradoeixo.sx) para reunir denúncias contra a turma.
Pois bem. Pressionado pelo noticiário e pelos testemunhos que dão conta do show de horrores que vigora nos subterrâneos das Casas Fora do Eixo, Capilé, o chefão, anunciou que que tornaria transparentes as contas do “coletivo”, “movimento”, “seita”, sei lá como chamar. Leiam reportagem da VEJA.com. Eles prometeram explicar tudo e não explicaram nada.
*
Após ser bombardeado com denúncias de falta de transparência com as verbas que recebe de empresas estatais via Lei Rounet, o coletivo Fora do Eixo (FdE) decidiu divulgar na internet alguns de seus gastos. Mas o que parecia ser uma mudança na orientação do grupo liderado pelo ativista Pablo Capilé resultou, por enquanto, num mero arremedo de Portal da Transparência: os números do coletivo não trazem detalhes nem informam o destino do dinheiro público dos projetos.
Ao todo, planilhas de quatro projetos foram abertas pelo Fora do Eixo nessa segunda-feira: a de um congresso, a de um festival, a de um “centro multimídia” e alguns gastos da chamada Universidade Fora do Eixo. Pelos dados, é possível observar que estatais como a Petrobras e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além de empresas como a Vale, derramaram verbas nos projetos do coletivo. Via Petrobras, foram mais de 600 000 reais, segundo as planilhas (um dado incompleto, já que a estatal afirma ter direcionado 777 000 reais), via Sabesp e Vale, 300 000 reais ao todo. Em pelo menos dois desses projetos, a Petrobras foi a única fonte de captação externa.
Amontoado
Decifrar como esse dinheiro foi gasto é um desafio. No momento de detalhar as despesas, os dados do Fora do Eixo apresentam uma sopa de números. Por exemplo, no detalhamento da chamada Universidade Fora do Eixo – uma espécie de rede de formação com células espalhadas pelo Brasil –, os gastos parecem seguir o princípio vago que caracteriza o próprio projeto. Por exemplo, as tabelas apresentam previsão de gastos de 216 000 reais em passagens aéreas desde maio de 2012, mas nenhuma informação sobre quais pessoas utilizaram os bilhetes, quais foram os destinos, as companhias aéreas e quando ocorreram as viagens – algo que é comum em portais da transparência do Senado e da Câmara, por exemplo.
Há também gastos de 18 000 reais em itens descritos como “computadores”, não especificando se o gasto se refere a alguma compra ou manutenção. Em todo o portal, também não há nada que lembre um recibo de fornecedor ou pagamento de serviço. Sem esses detalhes, é impossível verificar se os preços apontados pelo Fora do Eixo estão de acordo com o mercado e se efetivamente as empresas ou prestadores de serviço existem. “A transparência plena só acontecerá se forem disponibilizados os recibos e as notas fiscais, bem como os extratos das contas correntes onde os recursos foram movimentados”, afirmou o secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco.
Em nota, o coletivo afirmou (para quem conseguir entender) que o portal “radicaliza ainda mais no compartilhamento de dados e de construção de processos”. Se o Fora do Eixo está radicalizando, sem dúvida não é na prestação de contas. FdELeaks – Enquanto o coletivo tenta desviar a atenção das denúncias com planilhas pouco transparentes, o site anônimo Fora do Eixo Leaks (www.foradoeixo.sx) reúne mais acusações e experiências de pessoas que se envolveram com o coletivo.
Entre eles está o caso do prêmio AfroReggae – 2012, em que o coletivo concorria na categoria Mídias Livres. Entre os três jurados estavam Rodrigo Savazoni, chefe de gabinete da Secretaria de Cultura de São Paulo, e Ivana Bentes, docente na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Assim como diz a denúncia, Savazoni e Ivana são próximos do Fora do Eixo e já participaram de eventos organizados pelo movimento. Em sua página pessoal do Facebook, Capilé chama Savazoni de “um dos grandes parceiros e amigos do Fora do Eixo”. Não por acaso, o coletivo ganhou o prêmio a que concorria.
Outro tópico publicado no site é mais um longo relato de um ex-parceiro, que atuava “bem próximo à cúpula”. Entre as críticas às atuações do grupo está novamente a retenção de cachês para bandas iniciantes, enquanto outros mais “relevantes” são os que ganham o pagamento. “Se você é um artista, ativista ou grupo que tem grande poder de repercussão provavelmente será muito bem tratado pelo Fora do Eixo e todas as suas relações serão capitalizadas midiaticamente”, diz um trecho do texto.
A falta de transparência é outro ponto questionado pelo denunciante, que afirma que ela existe no movimento até chegar à alta cúpula, quando poucos precisam realmente prestar contas. “O topo da pirâmide, Pablo Capilé, não precisa se justificar, como, por exemplo, quando faz retiradas do caixa coletivo.”
Histórico
Em atividade desde 2005, o grupo é conhecido no cenário da cultura independente e ganhou verniz com a repercussão da Mídia Ninja. Além deste, o Fora do Eixo possui outros braços como uma “universidade livre”, apoiada pela Petrobras; um selo musical, que possui incentivo do Ministério da Cultura; o embrião de um partido político, chamado de Partido Fora do Eixo; e também casas espalhadas pelo Brasil onde vivem jovens que não pagam aluguel e trabalham em prol do grupo sem receber salário. No entanto, recebem como remuneração uma moeda virtual chamada de Cubo Card, que pode ser utilizada em troca de serviços de parceiros do grupo.
Na última semana, o coletivo se tornou alvo de denúncias, como usurpação do trabalho de artistas, retenção de cachês, estelionato, entre outros, que despontaram com o depoimento da cineasta Beatriz Seigner, diretora do filme Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano, postado em sua página pessoal do Facebook.


NO BLOG DO JOSIAS


Em matéria de trens, é muito arriscado para um partido político sair atirando pedras nos outros sem dar uma boa olhada no espelho. Aos pouquinhos vai ficando claro que todos têm os seus trilhos de vidro. Cinco das empresas sob suspeita de formar um cartel para fraudar licitações em São Paulo receberam da União pelo menos R$ 401 milhões desde 2003, ano em que Lula tomou posse.
A cifra vem à luz um dia depois de a bancada do PT no Senado ter decidido recolher assinaturas num pedido de CPI para investigar no Congresso Nacional o cartel paulista. O petismo decerto não irá se opor à ideia de varejar também os contratos federais. Sob pena de engolir o gorila deixando o rabo de fora.

Lula esteve em Brasília nesta terça (13). No pedaço visível de sua programação, tomou parte do ato de lançamento da recandidatura de Rui Falcão à presidência do PT. Ao discursar, deu mostras de que o descarrilamento do PSDB de São Paulo remoçou-lhe a língua. “Nós, petistas, conquistamos o direito de andar de cabeça erguida nesse país, de ter orgulho da nossa camisa vermelha, da nossa estrela”, disse.
“Quando alguém nosso errar, nós mesmos punimos. Nós não precisamos que os outros venham dar lições na gente. Não precisamos que formadores de opinião pública fiquem ditando regra daquilo que a gente sabe fazer e muito bem.” Considerando-se que os condenados do mensalão permanecem na legenda, o PT tampouco precisa do STF. Isso é que partido eficiente. Ele mesmo comete os crimes, ele mesmo julga, ele mesmo absolve.
Evocando as ruas cheias de junho, Lula deu conselhos à futura direção do PT. “Mais pé na estrada e menos bunda na cadeira.” Para ele, petista que é petista não pode ter medo de asfalto. Se a rapaziada reclamar dos políticos, é preciso reagir. “Eu fico puto quando político não reage”, ralhou.
“Quando o cidadão diz que não gosta de política, que ninguém presta, que todo mundo é ladrão, pergunta em quem ele votou na última eleição. […] Eles ficam xingando a classe política, dizendo que não gosta de político, mandem eles entrar. Manda criar um partido político, se candidatar.”
Lula acredita que a garotada não saiu de casa para protestar contra o PT. Fingindo que não viu a hostilidade às bandeiras vermelhas, o patrono de Dilma indagou: “Qual é a placa que o povo levantou na rua ofensiva a nós? Qual a placa que ele levantou que nós já não levantamos algum dia? Só faltou a placa do Fora FMI!”.
Como se vê, a ex-presidência fez muito bem a Lula. Mais um pouco e ele bota uma mochila nas costas e vai ao meio-fio brandindo um cartaz com inscrição criativa: “A culpa é do queijo, não dos ratos”.


NO BLOG UCHO.INFO

Ideli fala em “Dilminha Paz e Amor”, mas amiga íntima da presidente diz que a petista é explosiva
Bomba-relógio – Na terça-feira (13), horas antes de o governo ser derrotado na Câmara dos Deputados, que em primeiro turno aprovou a PEC do Orçamento Impositivo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), disse aos jornalistas que a presidente Dilma Rousseffestá animada com a possibilidade de reunir-se com mais frequência com os partidos políticos, em especial os da base aliada. Ideli chegou a afirmar que a presidente está “Dilminha Paz e Amor”.
Na verdade, quem estava supostamente feliz era a ministra Ideli, que reclamou do repentino aumento do número de reuniões, mas disse que dessa forma os acordos com os partidos ficam definidos e sem direito a surpresas. Contudo, não demorou muito para a ministra voltar para casa com mais um problema a ser solucionado.
A afirmação da chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência de que Dilma está vivendo um momento de tranquilidade e bom humor é conversa fiada, parte integrante de um plano de marketing para melhorar a imagem da presidente. Quem conhece a neopetista sabe que nem de longe o seu comportamento cotidiano é dos mais diplomáticos. Há relatos, não confirmados, nos corredores do Palácio do Planalto de rompantes de fúria quase constantes da presidente da República.
Há dias, uma amiga de longa data da presidente, dos tempos em que a neopetista ainda não era autoridade, revelou durante conversa reservada na capital gaúcha que Dilma, por ser filha única, sempre foi mimada e acostumada a fazer o que sempre quis. E que por conta disso até hoje não suporta ser contrariada. Disse a amiga que se alguém ousar contrariá-la ou deixar de fazer o que ela deseja, Dilma transforma-se em uma bomba furiosa, sem possibilidade de se prever as consequências.
Resumindo, a “Dilminha Paz e Amor”, revelada pela ministra Ideli Salvatti, durou algumas poucas horas, até a Câmara impor uma acachapante derrota ao governo do PT.


NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
O maior problema momentâneo de Luiz Inácio Lula da Silva é a tarefa nada fácil de convencer Eduardo Campos, governador de Pernambuco, a desistir da aventura presidencial de 2014. Lula sabe que o desfalque de Campos – não pela quantidade de votos que ele obtenha, mas pela criação simbólica de um opositor que sempre foi aliado – pode atrapalhar a complicadíssima reeleição da Presidenta. Por isso, o 'Presidentro' vai jogar pesado com o neto de Miguel Arraes. Eduardo que se cuide porque o jogo sujo no bastidor contra ele vai se intensificar.
Lula não vem mesmo candidato a Presidente. Se tudo der certo, ele disputa o Senado por São Paulo. Cogitar tal hipótese é assunto ainda proibido dentro do PT. Mas Lula na campanha ajudaria na tentativa de criar um novo poste: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disputando o Palácio dos Bandeirantes contra Geraldo Alckmin – em queda de popularidade. Por tal questão pragmática, além de garantir imunidade parlamentar e foro privilegiado, Lula não quer saber do lugar da Dilma: “Eu não sou candidato, já disse que não sou candidato, já fiz o que tinha que fazer. Agora é a hora da Dilma fazer”.
Esse foi o tom dado por Lula no lançamento da campanha reeleitoral de Rui Falcão à presidência do PT. Lula quer a militância petista retomando a ofensiva do discurso, como no passado, principalmente para defender os políticos do partido (manchados pelo escândalo do mensalão – assunto sobre o qual Lula se recusa a falar publicamente):
“O que precisamos dizer para a direção do PT é mais pé na estrada e menos bunda na cadeira. Esse país necessita, neste momento, de um partido que enfrente o debate com o povo. O cara diz que não gosta de política, que todo mundo é ladrão. Pergunta em quem ele votou na última eleição? A imprensa passa 24 horas por dia esculhambando com político e eu fico puto quando político não reage. Eles ficam xingando a classe política. Então manda ele entrar, criar um partido político, se candidatar, porque o político decente, honesto, combativo, está nele, não está em mim. É fazendo esse desafio que a gente vai provocar a juventude a fazer política”.
O sempre sindicalista de resultados Lula passa até a mão nos erros do PT, como se fosse o eterno pai que manda no filho: “Se você quiser comparar o PT ao seu filho ou ao meu filho, você vai perceber que quando uma criança nasce a gente tem todo o controle sobre ela porque fica no colo o tempo inteiro. Quando começa a andar, fica adolescente e fica adulto, a gente vai vendo que ele vai ficando dono do seu nariz, vai fazendo coisas boas e coisas que a gente não gosta que faça. O importante é a gente ter em conta que o PT continua sendo um grande partido, o maior partido de esquerda da América Latina, e acho que os erros que o PT comete ou que vai cometer ainda e que já cometeu são lições para que a gente acerte cada vez mais”.
Te cuida, Eduardo
O governador de Pernambuco deve se preparar para ser alvo de artilharia pesada.
Lula não aceita a candidatura dele e já começou ontem o jogo público de pressão:
“Eduardo Campos não me deve nenhum favor. Sou companheiro do Eduardo Campos, tenho certeza que ele é meu companheiro. Ele tem maioridade, tem um partido político, portanto não se trata de alguém trair alguém. Se o Eduardo Campos quiser ser candidato, ele vai ter meu respeito, mas eu gostaria de conversar com ele, tenho certeza que ele vai conversar comigo. E eu acho que temos que estar juntos porque o Brasil precisa que nós estejamos juntos”.
Indignação Suprema

Ironia mortal
Do sempre mordaz escrivinhador Humberto de Luna Freire Filho, um dos mais conceituados cirurgiões neurológicos do Brasil, uma explicação plausível para mais um golpe de sorte dos mensaleiros:
“Impressionante! Os Picaretas do mensalão além de bandidos são excelentes jogadores de pragas. Conseguiram prorrogar a sessão de votação do embargo infringente matando a mulher do ministro”.
Escândalo nos trilhos
Petralhas podem ser denunciados de participação em esquemas de possíveis cartéis formados pelas empresas Alston e CAF para a compra de trens dos metrôs de Porto Alegre e Belo Horizonte – operação feita pelo governo federal.
A petralhada ficou PT da vida com a estratégia do governador Geraldo Alckmin de processar a empresa alemã Siemens por formação de cartel para disputar concorrências no metrô e na CPTM de São Paulo.
Alckmin resolveu acionar a empresa porque ela é réu confessa em investigação que corre no Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Enganando o gigante dorminhoco...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.








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