DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-8-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Nomeado assessor especial do secretário da Receita Federal, Ronaldo Medina ganhou a força das eminências pardas, apesar de responder a processo, na Justiça Federal, por improbidade. Ele é o autor do texto da MP dos Portos, uma das mais importantes medidas provisórias do governo Dilma. Medina é apontado pelo Ministério Público como um dos responsáveis pela norma que facilitava a importação de máquinas de jogos de azar, que são proibidas, como se fossem computadores.

Ronaldo Medina é réu em processo concluso para decisão do juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal.

O assessor do secretário da Receita Federal foi denunciado à Justiça pelas procuradoras Raquel Branquinho e Valquíria Quixadá.

Já se sabe quando a greve nas estatais como a Infraero e Eletrobras vai acabar: no final de agosto, após as “férias acumuladas” com julho.

Presidentes de diretórios estaduais do PSDB criticaram José Serra, ontem, por insistir em candidatura presidencial, contra Aécio Neves.

A ordem no PDT é obstruir a votação de Medidas Provisórias em todas comissões para impedir mais matérias trancando a pauta no Plenário.

Dilma marcou reunião com os líderes para segunda (12) para discutir royalties do petróleo, Orçamento Impositivo, derrubada de vetos…

Protestos contra Sergio Cabral nem levaram em conta as travessuras anteriores. Como prorrogar o contrato de exploração do metrô por quinze anos em plena vigência do primeiro contrato, a vencer em 2020.

O PT já avisou a aliados “traidores” que, se for aprovado o Orçamento Impositivo, que obriga o governo a executar as emendas parlamentares sem “negociação”, a regra valerá também nos governos estaduais.

O governador Geraldo Alckmin tem dito, com razão, que “o Estado de São Paulo é vítima”, no caso da treta tucana com fornecedores do Metrô. Mas não se pode dizer o mesmo dos seus últimos governantes.

Virou pessoal: o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) boicotou, sábado, o casamento de Pedro, filho do ministro Fernando Bezerra (Integração), com Renata Vidigal, em São Paulo.

O diplomata Guilherme Patriota fez o que pôde para ganhar a chefia da missão brasileira na OMC, em Genebra. Até incorporou a obtusidade córnea de militantes petistas para culpar a imprensa, dia desses, pela falta de “diplomacia autônoma” do Brasil em relação aos EUA. Foi inútil.

Não vai dar outra: a americana Armalite vencerá o pregão para compra de armas no DF, terça (13). A representante em Brasília venceu a milionária compra de capas de chuvas para a PM, depois revogada.

A partir desta quarta (7), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara obrigará os deputados a assinar ponto eletrônico. Se der certo e não houver rebelião, a medida será estendia às demais comissões.

…enquanto a corrupção anda de metrô em São Paulo, o dólar viaja de trem-bala.


NO BLOG DO CORONEL

Para fechar o buraco nos dois principais fundos do setor elétrico sem impactar imediatamente as contas públicas, o governo pode adotar mais uma manobra financeira que vai pesar na contabilidade de bancos públicos. A engenharia contábil prevê o uso de empréstimos da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos fundos, que não possuem receita suficiente para pagar estes aportes.
Segundo fontes ouvidas pelo Estado, a ideia é injetar empréstimos de um ou dos dois bancos públicos na Reserva Global de Reversão (RGR) e na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Mais à frente, o débito seria quitado pelo Tesouro Nacional, que venderia papéis da dívida no mercado para levantar dinheiro e repassar aos fundos. O governo espera, assim, evitar um aumento na dívida líquida do País.
A redução da conta de luz foi anunciada com estardalhaço por Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão. Com saldo insuficiente para essa despesa, caberá ao Tesouro Nacional e, em última instância, ao contribuinte, desembolsar pelo menos R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos para reembolsar as companhias. (Informações do Estadão)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, afirmou ontem que não deve explicações sobre a compra de um imóvel em Miami (EUA) e que é um "cidadão correto". "Comprei com o meu dinheiro, tirei da minha conta bancária, enviei pelos meios legais. Não tenho contas a prestar a esses politiqueiros", afirmou após sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O procedimento começou a ser questionado por magistrados.
O ministro se recusou a fornecer informações sobre o custo do apartamento. O imóvel foi adquirido no ano passado, segundo informação do jornal Folha de S. Paulo. Barbosa abriu uma empresa - a Assas JB Corp. - ao fazer a transação. Pela legislação da Flórida, o governo detém 48% do valor do imóvel se o bem for transferido a herdeiro do comprador (pessoa física). Não há, portanto, retenção de impostos caso a transferência seja feita a pessoa jurídica.
Ontem, Barbosa, que passou a ser incluído em sondagens de pesquisas eleitorais à Presidência para 2014 após ver a popularidade aumentar com o julgamento do mensalão no Supremo, afirmou que seus críticos deveriam se preocupar com o desvio de recursos públicos e não com seus investimentos.
"Aqueles que estão preocupados com as minhas opções de investimento feitas com os meus vencimentos, com os meus ganhos legais e regulares, deveriam estar preocupados com questões muito mais graves que ocorrem no País, especialmente com os assaltos ao patrimônio público", disse."Essa deveria ser a preocupação principal, e não tentar atacar aqueles que agem corretamente, que nada devem." (Estadão)

Enquanto o programa Mais Médicos tem a adesão de apenas 6% do contingente de profissionais necessários, o Congresso apresentou nesta terça-feira uma proposta que pode levar cerca de 7 mil médicos militares para o programa. Após reunião de quase três horas com a presidente Dilma Rousseff, os líderes da base aliada no Senado decidiram pôr em votação, nesta quarta-feira, a PEC 122, de 2011, que prevê a possibilidade de os médicos militares passarem a atender pelo Sistema Único de Saúde.
Assim, esses profissionais, que já atuam em fronteiras e em cidades do interior, passariam a exercer expediente duplo para atender à demanda por profissionais nas áreas em que médicos civis não desejam atuar. Segundo o Ministério da Saúde, há uma demanda de 15.460 vagas a serem preenchidas nas 3.511 cidades que aderiram ao programa. Sendo assim, a PEC 122, se aprovada, supriria quase metade da necessidade de médicos.Leia mais aqui.

A defesa do ex-ministro José Dirceu enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, mais um documento em que questiona o julgamento do mensalão e pede ao tribunal a revisão da pena do político. Ele e outros 24 réus foram condenados no ano passado no maior e mais longo processo da história da corte. Para Dirceu, a pena estipulada pelo Supremo foi de dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.
Assinado por dois advogados do ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, o documento cita um parecer elaborado por Antonio Magalhães Gomes Filho, professor de processo penal da Universidade de São Paulo (USP). Ele aponta omissões no julgamento do STF. No parecer, o professor afirma que houve "dupla contabilidade" e "contradição" na aplicação dos crimes. Ele também cita uma dúvida, exposta no julgamento e no acórdão do mensalão, sobre a data exata da morte do ex-presidente do PTB, José Carlos Martinez, em outubro de 2003.
Roberto Jefferson, que delatou o esquema em entrevista à Folha, assumiu o partido após a morte de Martinez. Conforme o parecer, a "precisão" sobre a data da morte é imprescindível para estipular a pena de corrupção ativa atribuída a José Dirceu. No próximo dia 14, o STF voltará a se reunir para a análise dos recursos, última parte do mensalão. Com esses questionamentos, Dirceu espera ser possível escapar do cumprimento da pena em regime fechado. (Folha de São Paulo)

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (6) proposta de emenda à Constituição que permite aos tribunais e ao Ministério Público afastar, demitir e cassar a aposentadoria de juízes, procuradores e promotores envolvidos em irregularidades. Atualmente, a punição máxima nesses casos, em âmbito administrativo, é a aposentadoria compulsória.
A PEC foi aprovada em dois turnos: no primeiro, houve 64 votos favoráveis e, no segundo turno, 62 dos 81 senadores votaram a favor. Para ser promulgada, a PEC ainda passa por duas votações na Câmara dos Deputados.
A PEC prevê que, nos casos de condenação com trânsito em julgado na Justiça (sem possibilidade de recurso), o juiz, promotor ou procurador será punido com a perda do cargo. Ele passará a se aposentar no regime geral do INSS, cujo teto atual é de R$ 4.159. Hoje, mesmo sendo condenados, os ocupantes desses cargos têm direito a se aposentar com com o recebimento de aposentadoria equivalente ao posto que ocupavam.
Pela PEC, assim que for aberta a ação na Justiça, o juiz ou membro do MP fica afastado por 90 dias. Ele permanece em regime de indisponibilidade por até 2 anos, período no qual recebe salário proporcional ao período trabalho. Só depois da condenação ele tem o salário normal cortado. O texto aprovado, relatado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), permite a demissão e cassação de aposentadoria de promotores e procuradores a partir de decisão do Conselho Nacional do Ministério Público.(G1)


NO BLOG DO NOBLAT

Bruno Ribeiro, Jamil Chade e Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo
A Justiça alemã concluiu que a Siemens pagou pelo menos 8 milhões de euros, o equivalente a R$ 24,4 milhões, a dois representantes de funcionários públicos brasileiros, como parte de um amplo esquema de corrupção em contratos públicos no Brasil. Os dados fazem parte da investigação conduzida por promotores em Munique e que resultou na condenação, em 2010, da empresa alemã ao pagamento de uma multa bilionária. O caso brasileiro, segundo a Justiça alemã, ajudou a comprovar o esquema internacional de corrupção da multinacional.
O Estado teve acesso a documentos que a Siemens apresentou à Justiça no Brasil, e eles mostram a ação de dois consultores para a manutenção do cartel e a fraude contra os cofres do governo de São Paulo entre 2001 e 2002, durante o primeiro mandato de Geraldo Alckmin (PSDB). Trata-se dos irmãos Arthur e Sérgio Teixeira - este já morto. O Estado procurou Arthur. Em seu escritório em São Paulo, uma secretária informou que ele estava viajando. A Siemens reafirmou nesta terça-feira, 6, que colabora com as investigações do caso. Leia mais em Propina da Siemens foi de 8 milhões de euros no País

Guilherme Amado, O Globo
O procurador regional da República Domingos Sávio Tenório Amorim decidiu anexar às investigações sobre superfaturamento e desvios de recursos públicos em um projeto de implantação de banda larga em João Pessoa reportagens publicadas pelo GLOBO esta semana.
O jornal revelou que um ex-assessor e “laranja” do ministro Aguinaldo Ribeiro (foto abaixo) recebeu dinheiro de empresa ligada à Ideia Digital, que é acusada pelo Ministério Público Federal de ter desviado recursos do projeto chamado Jampa Digital.
Segundo o procurador, as informações de que o ex-assessor Erasmo de Souza Alex Barreto, que trabalhou no gabinete de Aguinaldo, recebeu R$ 150 mil, e de que uma emissora de rádio da família Ribeiro está no nome do ex-assessor, agravam a situação do ministro, sob quem, até agora, só existem suspeitas. Esta semana, o caso sobre o Jampa Digital será remetido ao Supremo Tribunal Federal, foro competente para investigar ministros de Estado. Leia mais em Ex-assessor pode complicar ministro das Cidades


Andreza Matais, Estadão
Depois de afirmar que a ética é "subjetiva" e que os senadores não devem se comprometer com ela, o relator do novo Regimento Interno do Senado, Lobão Filho (PMDB-MA), recuou e vai discutir a inclusão do compromisso no documento. O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta terça-feira que o senador rejeitou uma emenda ao atual regimento que previa incluir no juramento da posse "a defesa intransigente da ética."
"A inclusão no regimento pode ser efetuada se assim for deliberado e discutido no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça, onde o projeto encontra-se em tramitação. Não tenho nada a opor", afirmou, em nota. Ao jornal, o senador justificou que "a defesa da ética intransigente é uma coisa muito subjetiva" e que não via razão para incluir isso no juramento. "...Daria margem a interpretações perigosas. O que é ética para você pode não ser para mim. E ai incluir isso iria gerar problema de conflitos ali. A ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrato", afirmou na segunda-feira, 5. Leia mais em Senador recua e incluirá 'ética' no juramento de posse


NO BLOG DO JOSIAS

Dilma Rousseff está sitiada no Congresso. Desproporcional como uma baleia na banheira, o blocão partidário do governo trocou a letargia pela irascibilidade. Impacientes, os aliados acumulam tarefas da oposição e mastigam nacos de poder da presidente. Há pelo menos três motivos para acreditar que Dilma não terá um resto de mandato confortável no Legislativo:
1) A Câmara deflagrou o processo que obrigará o governo a pagar as emendas que os congressistas enfiam dentro do Orçamento da União. Coisa de R$ 10,4 milhões anuais para cada um –sem discriminar a oposição. Com isso, retira-se das mãos de Dilma a prerrogativa de bloquear as verbas para depois distribui-las num conta-gotas condicionado à subserviência de quem recebe.
2) Antes do recesso de julho, deputados e senadores já haviam aprovado outro projeto redentor. Prevê que os vetos presidenciais terão de ser apreciados pelo Congresso em 30 dias. Lacrou-se a gaveta na qual os presidentes do Senado guardavam vetos por mais de uma década. Devolveu-se ao Legislativo a palavra final no processo de elaboração das leis.
3) Juntando-se as emendas impositivas ao novo rito dos vetos, chega-se a um modelo que conspira contra a anomalia que permite ao inquilino do Planalto governar por medida provisória. Desde a presidência de José Sarney a coisa vinha funcionando assim: o Planalto edita suas MPs, serve rações regulares de verbas e cargos, e vende ao público a pantomima da governabilidade. Para eventuais surpresas, os vetos. Que jamais eram apreciados.
Em teoria, a revolta da baleia governista contra sua tratadora é algo alvissareiro. Obriga Dilma a fazer política, não politicagem. E permite sonhar com a volta do tempo em que o analista político era obrigado a fazer meia dúzia de raciocínios transcendentes. Tempo em que era preciso decidir entre o pragmatismo do PSDB e o puritanismo do ex-PT, entre a ética da responsabilidade e a ética da convicção.
De repente, a coisa ficou simples demais. Gente como Karl Marx e Max Weber tornou-se descartável. Falidas as ideologias, o templo da política consolidou-se como uma congregação de homens de bens. Tudo no Congresso passou a subordinar-se à lógica do negócio, inclusive os escrúpulos.
Chegando ao poder, o PT nivelou-se aos outros, eliminando a pseudodiferença. Todos se irmanaram na abjeção. A integridade dos ovos perdeu valor. Passou a importar apenas o proveito da omelete. Depois do mensalão, já nem era preciso varrer as cascas para debaixo do tapete. Generalizou-se a desfaçatez.
A repentina perda de popularidade de Dilma despertou no blocão governista um instinto de vingança. Os aliados querem arrancar na marra aquilo que a sucessora de Lula lhes sonegou. A investida do PMDB contra o governo pode ser entendida como uma certa impaciência do condomínio governista com a incompetência do PSDB na função. É como se Eduardo Cunha, o líder do PMDB, gritasse: “Será que eu tenho que fazer tudo nessa bodega?


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

CadeLeaks – Cardozo, o garboso, volta a fazer baixo proselitismo em São Paulo

A área mais deletéria do governo Dilma é justamente aquela que deveria concentrar, como posso dizer?, a moralidade mais densa e a seriedade mais serena: o Ministério da Justiça. José Eduardo Cardozo, que foi muito competente em criar a fama de político sério, tem demonstrado um especial pendor para a chicana quando há questões que envolvem o estado de São Paulo — não por acaso, governado por um partido de oposição. Não perde uma única chance de aderir à politização mais rasteira, embora faça questão de vir a público para dizer que faz justamente o contrário do que pratica a céu aberto. Não receia o cinismo.
 
Nesta terça, não foi diferente. Com característico ar pomposo, Cardozo, o garboso, saiu em defesa do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), um órgão, disse, “reconhecido internacionalmente”. Ele se referia à apuração de eventual formação de cartel em licitações de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal. Segundo o ministro, o tema não pode ser politizado! Ah, bom!
Como se sabe, há uma investigação sendo feita pelo órgão, que é subordinado à pasta de Cardozo. O governo paulista, um dos principais interessados na apuração, não tem acesso aos dados. Não obstante, o Cade se tornou um peneira de vazamentos. É o “CadeLeaks”. Informações que deveriam ser sigilosas são passadas para setores da imprensa, de forma selecionada, de sorte, resta evidente, a incriminar todas as gestões de Mário Covas para cá — vale dizer: todas as gestões tucanas. Pressuposto: pessoas do governo — quais? — saberiam das supostas falcatruas.
 
Os bananas que patrulham a rede ficam vomitando impropérios: “Ah, quando é com tucano, então fica essa choradeira…”. Não tem choradeira nenhuma! O espantoso é o governo estadual, como ente, nem mesmo saber do que é acusado porque a apuração corre em sigilo — menos, claro!, para os que têm acesso aos “CadeLeaks”. A Justiça, como vocês viram, negou ao governo do estado o acesso ao processo.
 
À Folha, declarou o ministro: “A investigação se realiza com a celeridade necessária, mas com o cuidado também necessário. (…) Se houver ilícitos, seguramente se pedirá a punição devida para aqueles que obviamente infringirem a nossa lei. (…) Portanto, acho que não há nada que se transformar essa investigação numa disputa política”. Entendo.
 
Que eu tenha lido, este patriota nem mesmo anunciou a criação de uma sindicância para saber em que circunstâncias uma apuração sigilosa foi parar em praça pública. Nada! Sim, senhores! Que eventuais culpados sejam punidos. Não sou petista. Não acho que certas pessoas estão acima das leis e da moralidade pública. O surrealista é haver um processo que vai sendo vazado aos pedaços para a imprensa, mas que está vetado ao principal ente interessado na apuração.
 
Já conhecemos…
A seriedade de Cardozo no trato com adversários políticos é conhecida. Como esquecer a sua espantosa atuação quando houve um recrudescimento da violência em São Paulo? Embora o estado permanecesse como uma das duas unidades da federação em que menos se matam pessoas, na boca do ministro, tinha-se a impressão de que o caos havia se instalado. Resposta a um ofício encaminhado pela Secretaria de Segurança Pública ao Ministério da Justiça foi passado antes à imprensa, só depois ao secretário.
 
Mais: Cardozo chegou a oferecer a segurança pública do Rio (pasmem!) como uma espécie de exemplo a ser seguido por São Paulo. Não é um homem que core com facilidade. De jeito nenhum! Em junho, durante as jornadas de protesto, quando os petistas achavam que a questão ficaria restrita às terras paulistas, o ministro ofereceu, por intermédio da imprensa “ajuda” a Geraldo Alckmin, sugerindo que a questão estava fora do controle, isso depois de ter concedido duas entrevistas, com um intervalo de três ou quatro dias, atacando o governo e segurança pública do estado. Pois bem: menos de uma semana depois, havia gente botando fogo no Itamaraty e pulando sobre o teto do Congresso com tochas na mão. Ninguém viu a cara do ministro da Justiça — havia se escafedido.
 
Quem quer que tenha armado o CadeLeaks está se refestelando no sucesso, não é mesmo? O governo de São Paulo, como ente da Federação interessado no caso — até para empreender sua própria investigação —, continua a ignorar a acusação. Quem não tem como saber do que é acusado está, por óbvio, impedido de se defender de forma adequada, certo? É uma questão óbvia.
 
Mas eis que surge Cardozo para reafirmar a seriedade do Cade. Sim, sim, seriíssimo! O ministro não está curioso para saber as circunstâncias do vazamento? Pelo visto, não. Ou teria anunciado uma sindicância. Mas quê… Para o PT, como de hábito, a coisa vai bem como está: o partido pode apresentar as sucessivas gestões tucanas como suspeitas. Mas suspeitas de quê?
 
Acordo de leniência
Finalmente, uma pequena observação sobre delações premiadas e acordos de leniência… Para empresas que são corruptoras, esse é o mesmo o melhor dos mundos. Podem mandar para a fogueira eventuais parceiros de lambança e continuar aptas a fazer negócios com os governos…
 
Não parece razoável que assim seja. Quando menos, parece-me que mesmo as empresas que fazem um “acordo de leniência” devem passar a integrar um cadastro negativo. Afinal, qual é a garantia de que elas não voltem a delinquir?




NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

GOVERNO DO PT TERGIVERSA, DIZ QUE INFLAÇÃO RECUA E QUE ESTÁ TUDO ÀS MIL MARAVILHAS. E ISTO VIRA MANCHETE DE JORNAL.


Estacionamento nos supermercados só está lotado de carrinhos de compra vazios. Consumidores ficam em casa bebendo água e vendo televisão, com saudades do governo de FHC.
A Folha de São Paulo traz como manchete aquile tipo de matéria que econômica que todo jornalista produz quando não há nenhuma novidade. É um artifício para preencher espaço. E, como todos os leitores atentos sabem, assunto é o que não falta. E eu, como jornalista velho de guerra, vejo de longe, só pelo título, que se trata de matéria furada.
E não precisa ser jornalista para identificar isso. Qualquer pessoa que vai aos supermercados sentem no bolso o retorno trágico da inflação que devora os salários e põe o governo do PT na lona. Nem as ninjas, nem capilés, nem torturras e nem black blocs serão capazes de turvar essa percepção da população brasileira. Nem mesmo o sobrinho de Gilberto Carvalho, o dono do CADE, que libera a conta-gotas para o jornalismo de aluguel e blogs da esgotosfera acusações contra o governo de São Paulo, terá forças suficientes para iludir os brasileiros com relação ao governo desastrado e incompetente do PT.
A manchete da Folha de S. Paulo desta quarta-feira afirma que a cesta básica está caindo. Só se for da prateleira. E lá pelas tantas informa que os preços caíram em Florianópolis! Ora, como sabem os leitores este blog está sediado justamente em Florianópolis que é uma das capitais mais caras do Brasil. Aqui os preços subiram e já estão com autonomia de voo sem volta.
Aliás, na noite desta terça-feira os shoppings e supermercados estavam às moscas. O movimento de automóveis diminuiu de forma expressiva. Os salários pagos neste início do mês já foram tragados pela maldita inflação e os consumidores ficam em casa bebendo água e vendo televisão. Lazer, refeição fora de casa, barzinho, festas, viagens e passeios, nem pensar.
Se eu fosse editor da Folha de São Paulo jamais editaria uma matéria dessas como manchete. É pura piada de mau gosto.
Transcrevo para vocês conferirem:

"Vilões nos primeiros meses do ano, os alimentos apresentam queda generalizada de preço e, agora, empur- ram para baixo os índices de inflação.
Em julho, o valor da cesta básica caiu em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese --fato inédito desde 2007.
Itens retirados momentaneamente dos carrinhos de compra devido ao alto preço, como o tomate e o feijão, tiveram as maiores influências para a queda no mês passado.
"Há muita volatilidade nos preços desses alimentos, que dependem das condições de clima e safra", diz José Silvestre, coordenador do Dieese.
Historicamente, a maioria dos alimentos "in natura", como hortaliças e frutas, sobe nos primeiros meses do ano, devido ao excesso de chuvas, e caem na metade, beneficiados pelo clima.
É o que acontece neste momento. Além disso, a colheita de grãos já foi encerrada no país, garantindo boas condições de oferta para soja e milho --ingredientes em muitos alimentos industrializados e na ração de animais.
Mas, apesar de a queda recente não ter sido suficiente para anular a alta do primeiro semestre --no acumulado do ano, a cesta básica só cai em Florianópolis--, a deflação de alimentos deve perder força nos próximos meses.
"Julho deve ser o pico de queda para os preços dos alimentos ao consumidor", diz Adriana Molinari, analista da Tendências Consultoria.
Para ela, a inflação de alimentos volta para o terreno positivo em agosto.
Segundo a analista, os preços no atacado já mostram desaceleração da queda de preços nos itens "in natura" e alta das carnes, do leite e de derivados do trigo.
Nesses casos, o preço sobe por causa de restrições na oferta. No caso do trigo, a alta do dólar também pesa, já que pelo menos metade do abastecimento é garantida pelo produto importado.
O impacto do câmbio na inflação só não é maior porque as matérias-primas caem no mercado internacional.
"A dinâmica internacional das commodities mais do que está compensando a alta do dólar", diz em relatório o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Otavio Leal.
Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o impacto do câmbio na inflação será limitado. "A trajetória de convergência para a meta [de 4,5%] se inicia neste semestre", disse ontem." Da Folha de S. Paulo desta quarta-feira


NO BLOG UCHO.INFO

Governo vaza informações do caso do metrô de SP, mas tenta abafar escândalo do metrô de Salvador
Vale tudo – Qualquer transgressão cometida por agentes públicos deve ser punida com o rigor da legislação, sem privilégios atrelados à politicagem que corrói a nação diuturnamente, como se o Brasil fosse o paraíso dos corruptos e a catedral da impunidade.
Os casos do metrô de São Paulo e da CPTM devem ser investigados a fundo, com os responsáveis punidos de forma exemplar ao final dos trabalhos, mas o vazamento de informações por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é uma ação criminosa com objetivo meramente político-eleitoral, uma vez que o plano do PT é tomar de assalto o governo do mais importante estado brasileiro.
Em qualquer país minimamente sério, o presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, já estaria preso por violação do segredo imposto ao caso pela Justiça no momento em que documentos foram disponibilizados ao órgão, cujo interesse inicial era a eventual formação de cartel. Ademais, condenar por antecipação, como têm feito Carvalho e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, em relação ao governo paulista serve para ratificar o modus operandi covarde e rasteiro do Partido dos Trabalhadores, legenda com viés de quadrilha que se transformou em caso de polícia, como confirmam fatos recentes.
Responsável pelo período mais corrupto da história nacional, o PT adota práticas mafiosas para fustigar os adversários, como se a legenda fosse uma reunião de bondosos e inocentes monges tibetanos. O Partido dos Trabalhadores passa por uma gravíssima crise de credibilidade e luta de forma insana nos bastidores para não cair definitivamente em desgraça junto à opinião pública. Para dar seguimento ao desesperado projeto o partido decidiu expor as mazelas dos adversários.
Ao ucho.info não compete defender esse ou aquele partido, mas, sim, os interesse de uma população que há pelo menos quinhentos anos é vilipendiada em seus direitos. Se o PT foi atingido por uma lufada de moralidade e quer consertar o Brasil depois de uma década de ações bandoleiras, que inclua no seu cardápio moralista o escândalo do metrô de Salvador, de cuja construção a mesma Siemens participa através de parceria com as empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.
Para que os leitores conheçam os fatos, o Metrô da capital baiana foi orçado, em 1999, em R$ 400 milhões, mas até agora consumiu mais de R$ 1 bilhão, foi entregue pela metade e exibe falhas estruturais inaceitáveis.
O Tribunal de Contas da União (TCU), que tem por obrigação fiscalizar a aplicação dos recursos federais, já apontou superfaturamento de R$ 400 milhões, em valores atualizados, na obra que está a cargo do consórcio Metrosal. Já o Tribunal de Contas do Estado da Bahia informa que a obra entregue pelo consórcio vale no máximo do que já foi pago, sendo que o superfaturamento chega a 113,7%.
O TCU aguardará até o próximo dia 29 de agosto a defesa do consórcio Metrosal, que terá de provar a não existência de superfaturamento na obra do metrô da capital dos baianos. Do contrário, o Tribunal enviará o caso para a Advocacia-Geral da União para que promova a devida cobrança judicial do valor superfaturado. A tendência é que o imbróglio soteropolitano termine em mais uma enorme e mal cheirosa pizza, porque no olho do furacão estão aliados políticos do Palácio do Planalto, entre eles o PMDB, e também o governo do petista Jaques Wagner.


NO BLOG ALERTA TOTAL


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – 
serrao@alertatotal.net

A liberdade no mundo virtual incomoda muito a petralhada. Agora, a nova obsessão deles é criticar a oferta de TVs pela internet, sugerindo mecanismos de controle. Esta foi a ridícula linha do discurso do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na abertura da 21ª Feira da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), em São Paulo.

Diretamente, o alvo do ministro foi a Netflix (uma produtora e locadora virtual de filmes, séries e programas televisivos). Falando para agradar os dirigentes da TV paga, Bernardo defendeu a criação de “mecanismos para evitar uma competição desleal com plataformas que ofereçam conteúdo fora do País”.

Indiretamente, o que a petralhada deseja é impor supostos controles, previamente, para promover censura velada a qualquer plataforma de transmissão pela internet. O raciocínio é coerente com a tal “democratização dos meios de comunicação” - cínica e ultrapassada pregação dos petistas – que morrem de medo da liberdade de expressão, pensamento e imprensa, embora finjam sempre o contrário. Os petistas têm a mania capimunista de ter a pretensão de controlar tudo que puderem...

Depois que o Presidentro Lula da Silva precisou convocar seus militantes para uma “guerra na internet”, ficou ainda mais evidente a fragilidade petista na web. Um grande medo deles são as manifestações mais organizadas, como a da organização Anonymous, que convoca uma megamanifestação nacional para o dia 7 de setembro. Nosso Dia da Independência agora é sugerida como “o dia da Libertação do Povo Brasileiro”.


Contra-convocação



Tudo começa e acaba assim




Políticos sem crédito...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.



NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES


“O interesse do governo em trazer médicos cubanos é repatriar brasileiros financiados por partidos que foram estudar em Cuba”

Entrevistados: Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia
O problema do Brasil não é a quantidade de médicos, mas a má distribuição geográfica dos profissionais, que preferem as capitais e grandes cidades a municípios menores que, além de desprovidos da infraestrutura adequada para o trabalho, carecem de saneamento básico, boas escolas e, eventualmente, acesso à internet. Essa é a radiografia resumida da situação da saúde pública no país feita por Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira, e Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Temos 400 mil médicos e cerca de 200 escolas de medicina”, constata Cardoso. “Só perdemos para a Índia em número de faculdades”. » Clique para continuar lendo




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