DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-8-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Não ficarão prontas para a Copa do Mundo de 2014 as obras de ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, de Fortaleza.
É o que revelam os levantamentos do Tribunal de Contas da União e o que atestam engenheiros consultados por esta coluna.
Menos de 30% da obra foram até agora executados – o que é muito pouco.
Falta muito para o fim do serviço e há pouco tempo para a sua execução.
Ou seja, esta capital, uma das sedes da Copa, terá, por culpa da Infraero, sérios problemas para receber e para despachar os turistas que verão aqui os jogos de suas seleções.
Falta dinheiro ou sobra incompetência?
Ou é a soma das duas coisas?
A pergunta que surge é esta: por que no Brasil as obras públicas estão sempre sob a mesma suspeita? E por que ninguém é punido?


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Com medo de perder votações importantes no Congresso, a presidente Dilma cobrou dedicação integral dos ministros, sobretudo do petista Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e do peemedebista Antônio Andrade (Agricultura), detentores dos piores rendimentos no empenho de emendas parlamentares. As pastas recordistas na liberação dos recursos são Saúde, Cidades, Turismo e Integração Nacional.

Parece até desaforo, mas o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou ontem à agência italiana ANSA que as relações dos EUA com o Brasil são excelentes e que “estão crescendo em um ritmo impressionante”. A declaração foi dada semanas após esta Coluna revelar a existência de uma base de espionagem da NSA e da CIA – organismos de inteligência americanos – em Brasília.

É venezuelano e não colombiano o presidente mais ou menos eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, diz a agência Efe. O registro, questionado por embaixador do Panamá na OEA, mostra que nasceu na fronteira.

O “pito” do ministro Mantega (Fazenda) no representante do Brasil no FMI reforça cara de governo “Mãe Joana”: em 2011, Dilma acenou com ajuda à Grécia, que Paulo Nogueira Batista recusou por medo de calote.

O PSDB reagiu em nota às acusações de Dilma sobre o metrô em São Paulo, dizendo que a capital tem mais trilhos que México e Chile, e que o governo federal jamais investiu “um único centavo” no metrô paulista.

Após o governo anunciar manutenção dos preços dos pedágios na Via Dutra e na ponte Rio-Niterói, em “resposta aos protestos populares”, o aumento médio de 1,4% saiu ontem no Diário Oficial da União.

Dilma deve comparecer com Lula à abertura oficial hoje, e ao encerramento domingo (4), do Foro de São Paulo, a destrambelhada reunião de “governos progressistas de esquerda” na capital paulista.

…de tanto retroceder em decisões “irrevogáveis”, o Brasil vai cair de costas no abismo.


NO BLOG DO NOBLAT

Chico de Gois, O Globo
Desde que a presidente Dilma Rousseff resolveu agir para minimizar o barulho causado pelas ruas, e tentar evitar que sua popularidade role cada vez mais para baixo, uma sucessão de idas e vindas marcou os principais anúncios feitos pelo Palácio do Planalto. Para a oposição, é sinal de falta de rumo. Para aliados, expressão da democracia. Os recuos foram muitos nos últimos dias.
Na área de Saúde, o governo Dilma recuou no programa Mais Médicos, que deixou de exigir dois anos adicionais na formação básica dos alunos; na portaria sobre cirurgias para troca de sexo; e na campanha sobre Aids do Ministério da Saúde. Em fevereiro de 2012, o ministério determinou ao Programa de Aids, da própria pasta, que retirasse da internet o vídeo institucional com cenas de uma relação homossexual entre dois homens, que seria exibido na campanha do Carnaval.

Isabel Braga e Junia Gama, O Globo
Além de saírem de férias sem cumprir o dever de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, a maioria dos deputados decidiu enforcar o primeiro dia de trabalho pós-recesso branco. Neste grupo está incluído o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está no exterior e só volta ao Brasil no domingo.
Nesta quinta-feira, apenas 37 dos 513 deputados registraram presença na Câmara e a esvaziada sessão de debates durou menos de três horas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), compareceu e reforçou o grupo senadores que discursou até o início da noite. Nas duas casas, no entanto, as votações só serão retomadas na próxima semana. Leia mais em Recesso acaba, mas deputados e senadores não voltam ao trabalho

José Roberto de Toledo, Estadão
Todas as principais instituições perderam boa parte da confiança dos brasileiros após os protestos de junho. Mas, entre elas, nenhuma perdeu mais do que a presidente da República: três vezes mais do que o resto. É o que mostra uma pesquisa nacional do Ibope, chamada Índice de Confiança Social. Feita anualmente desde 2009, a edição de 2013 foi divulgada nesta quinta-feira.
Entre 2012 e julho passado, todas as 18 instituições avaliadas pelo Ibope se tornaram menos confiáveis aos olhos da opinião pública. É um fato inédito nas cinco edições da pesquisa. O índice de confiança nas instituições caiu 7 pontos, de 54 para 47, e, pela primeira vez, ficou na metade de baixo da escala, que vai de 0 a 100. Na primeira edição, em 2009, marcava 58. Leia mais em Ibope: protestos derrubam credibilidade das instituições

O Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello (foto abaixo) avaliou, nesta quinta -feira, que os recursos dos 25 condenados no processo do mensalão deverão ser julgados em um mês. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, determinou que essa etapa do julgamento começa no dia 14.
"Começando dia 14 de agosto, talvez, até meados de setembro, 20 de setembro, quem sabe, o tribunal consiga concluir o julgamento dos embargos de declaração", afirmou após a sessão plenária. Leia mais em Para Celso de Mello, recursos do mensalão podem levar mais de um mês Leia também Saída de Gurgel não afeta 'mensalão', diz subprocuradora

Estadão
O senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP, foto abaixo) foi transferido para a UTI do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, por volta de 22h30 desta quinta-feira, 1, depois de apresentar um “quadro de febre acompanhado de tremores”. Boletim divulgado pelo hospital no fim da noite informou que exames laboratoriais indicavam “derrame pleural bilateral, infiltrado intersticial e uma nova opacificação da base do pulmão direito”.
O estado de saúde do senador, que tem 83 anos, agravou-se no sábado à noite, pouco depois de ele participar, em São Luís (MA), da cerimônia de casamento de sua neta Maria Adriana – filha do empresário Fernando Sarney. Já no final da festa ele começou a apresentar febre e calafrios e foi levado às pressas para o UDI Hospital, da capital maranhense. Leia mais em Sarney piora e vai para UTI Leia também Filho de José Sarney afirma que pai está com dengue

Gustavo Uribe e Jaqueline Falcão, O Globo
Em meio à polêmica sobre a redução da idade mínima para a cirurgia de troca de sexo, um levantamento obtido pelo GLOBO mostra que transexuais brasileiros recorrem cada vez mais a esse tipo de procedimento na rede pública de saúde.
Nos últimos cinco anos, o número de operações de mudança de gênero cresceu de forma constante e, atualmente, são realizadas duas cirurgias por dia no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde agosto de 2008, quando a cirurgia começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizados 2.714 atendimentos hospitalares e ambulatoriais para o processo de mudança do sexo masculino para o feminino. No período, o governo gastou R$ 314 mil. Leia mais em Brasil faz duas cirurgias de mudança de sexo a cada dia

Lisandra Paraguassu, Estadão
O Conselho Federal de Medicina (CFM) acusou nesta quinta-feira, 1º, o Ministério da Saúde de dificultar deliberadamente a inscrição de brasileiros no programa Mais Médicos. O órgão pediu a intervenção do Ministério Público e uma investigação da Polícia Federal, além da reabertura das inscrições para os brasileiros.
Roberto d’Ávila, presidente do órgão, afirma que os vários problemas encontrados por médicos que tentavam se inscrever no Brasil não aconteciam quando o acesso ocorria com um IP (registro do computador) do exterior. Leia mais em Brasileiro não consegue se inscrever no Mais Médicos, diz entidade Leia também Governo divulga lista com 1.753 profissionais do Mais Médicos

G1
Números dos IBGE mostram que a indústria brasileira deu sinais de recuperação. A alta da produção em 2013 chega a quase 2%, mas fica próxima de zero nos últimos 12 meses.
Junho foi um mês conturbado. “Teve um PIB muito baixo logo no começo do mês. Tivemos aumento de juros. Tivemos rebaixamento do outlook do Brasil pela Standard & Poor’s e ainda tivemos todas as manifestações”, diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. A surpresa veio da indústria quando menos os economistas podiam esperar. A produção cresceu 1,9%. A arrancada aconteceu após forte queda de 1,8% em maio. Leia mais em IBGE aponta crescimento de quase zero na indústria em 12 meses

O Globo
O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi disse que uma sentença de prisão contra ele por fraude fiscal, confirmada pela Suprema Corte do país nesta quinta-feira, é completamente infundada e que irá pressionar por reformas do Judiciário.
O Tribunal de Cassação confirmou mais cedo a pena de Berlusconi proferida por um tribunal inferior pela compra fraudulenta de direitos de transmissão por seu império de televisão Mediaset. Leia mais em Berlusconi diz que sentença por fraude fiscal é completamente infundada


NO BLOG DO CORONEL

Na sexta-feira passada, o Ministério da Saúde informou que 16.530 médicos com registro no Brasil começaram sua inscrição no programa e teriam até o domingo para entregar toda a documentação necessária. Na última segunda-feira, a pasta comunicou que 3.891 tinham feito isso. Agora, o número caiu para menos da metade.
O Ministério da Saúde divulgou no final da tarde desta quinta-feira a primeira lista com os classificados no Programa Mais Médicos. Na relação constam 1.753 profissionais designados para 626 municípios onde deverão trabalhar. O número de médicos com registro profissional no Brasil inscritos no programa diminuiu mais uma vez.
Ao todo, 626 cidades poderão ser beneficiadas, caso os médicos confirmem o interesse em participar do programa. Isso representa apenas 17,8% do 3.511 municípios que aderiram ao programa. Também receberão os médicos 23 distritos sanitários indígenas. Ao todo, as cidades pediram 15.460 vagas. Ou seja, até o momento, é possível suprir 11,3% da demanda. Dos postos a serem ocupados, 51,3% estão no interior e o restante na periferia das grandes cidades. ( O Globo)

2006, Lula e a Petrobrás anunciavam a autossufiência em petróleo. 2013: estamos importando U$ 15 bilhões e criando um rombo na balança comercial.

 
Este comercial ajudou a reeleger Lula, que mentiu ao Brasil sobre a autossuficiência em petróleo. Talvez este tenha sido o maior estelionato eleitoral já cometido na história deste país. O PT, nos anos seguintes, quebrou a Petrobrás. A empresa perdeu valor. A empresa perdeu produção. A empresa perdeu competitividade. A empresa está sem capacidade de investimento. Agora, na mesma linha, o Congresso discute para onde irão os royalties do petróleo que ainda não existe. É um novo estelionato. Ele existe, realmente, nas condições e na quantidade prometida pelas mentiras petistas? Não estaremos diante de uma nova mentira e de um novo estelionato eleitoral? A oposição será emparedada de novo por promessas irresponsáveis e afirmações criminosas sobre o petróleo?

"A auto-suficiência significa que agora somos donos do nosso nariz". ( LULA, 2006)

As dificuldades operacionais da Petrobras atingiram em cheio a balança comercial brasileira, diferença entre as exportações e importações do país. Em julho, o deficit foi de US$ 1,9 bilhão, o pior resultado para o mês, considerando a série iniciada em 1993.No ano, o saldo negativo é de US$ 5 bilhões, outro recorde histórico, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento.
A baixa produção da Petrobras, que vem realizando paradas técnicas em plataformas de exploração, fez com que as exportações de petróleo caíssem 51% em julho ante o mesmo mês de 2012. Já as compras no exterior de petróleo e derivados dobraram no mesmo período diante da capacidade insuficiente de refino da estatal.Com isso, a conta petróleo (diferença entre o que o país vende e compra de petróleo e derivados) ficou US$ 3,5 bilhões no vermelho em julho.
No ano, o deficit nessa rubrica já chega a US$ 15,4 bilhões. Apesar de ser historicamente deficitária, a conta petróleo nunca chegou nem perto de um saldo negativo tão expressivo. No ano passado inteiro, por exemplo, o deficit foi de US$ 5,3 bilhões."Não é um problema de mercado externo, é um problema relacionado à empresa. Não conseguimos produzir. O Brasil depende de importações de petróleo e ficar tão vulnerável no quesito venda é um problema", afirma Felipe Salto, economista da consultoria Tendências.
A queda no preço de commodities importantes, como minério de ferro --principal produto da pauta exportadora do país--, açúcar e etanol, complicou ainda mais o cenário. Em julho, a cotação desses produtos alcançou o menor patamar no ano.O governo segue fiel à estimativa de saldo positivo na balança comercial em 2013. Mas já faz contas. "De fato a conta petróleo nos preocupa", afirmou Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior. A estimativa para os próximos meses, segundo ela, ainda não é suficiente para rever a expectativa inicial.
A aposta do governo é que a Petrobras conseguirá recuperar sua produção e a desvalorização do real poderá incentivar exportações.Por outro lado, a decisão do governo de reduzir a alíquota de importação de cem produtos, anunciada ontem, pode elevar as compras. "A cada mês, o superavit se torna mais difícil, porque não há tempo hábil para retomada e os preços estão caindo", diz José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior, que projeta deficit de US$ 2 bilhões neste ano. (Folha de São Paulo)

Hoje à tarde (1º-8-13) este blog levantou a bola sobre o contrato ilegal de Emir Sader, o guru do Lula e da Dilma, com a Empresa Brasileira de Comunicação, a EBC. Ele é professor em tempo integral concursado de uma universidade pública e não pode ter empresa.Leia aqui. O Ângelo da Cia, do Reaçonaria, matou a bola no peito e foi mais fundo ainda, mostrando outras ilegalidades. Leia aqui.
Pois bem. Pesquisamos mais um pouco e descobrimos isso:
A empresa do Emir Sader está localizada em São Paulo e a sua atividade econômica principal é uma misteriosa categoria denominada " outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente". Abaixo, vocês podem ver o tipo de serviço que o Emir Sader pode prestar através da sua empresa:
Ora, a única categoria em que o serviço de apresentador e entrevistador prestado pelo Emir Sader para a EBC, no programa Repórter Brasil, seria " os serviços de captação de imagens de reuniões e conferências ao vivo para serem transmitidas por circuito interno de televisão ou televisão aberta".Obviamente, esta categoria é de empresas de produção de vídeo, as famosas produtoras. E no caso do Emir Sader, as imagens são produzidas em estúdio pela própria EBC. 
Temos, então, mais uma ilegalidade. A empresa de Emir Sader não poderia estar prestando o serviço que ele presta para EBC, o que pode implicar em várias outras infrações. A EBC, por sua vez, pode estar cometendo outra série de ilegalidades. A denúncia está aí. Fica para os advogados a tarefa de tipificar os delitos. Ou para a Controladoria Geral da União - CGU, que fiscaliza, controla e audita empresas públicas. 
Apenas para lembrar, Emir Sader é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B e professor em tempo integral da UERJ, no Rio de Janeiro. Aqui o Currículo Lattes do Emir.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Os petistas sempre ficaram muito bravos quando se lembrava que a “competência” do partido no governo era, na verdade, sorte — ou a “fortuna”, como diziam os antigos. As “conquistas” de Lula dependiam de circunstâncias que não eram de sua escolha. Dependiam, de fato, da boa vontade de estranhos, como diria Blanche DuBois… A China passou a crescer na casa dos dois dígitos, e algumas das commodities brasileiras simplesmente dobraram de preço. Foi fácil se passar por… competente!
Mas a China desacelerou, o preço das commodities caiu, e o país passou o tempo das vacas gordas deitado em berço esplêndido. Não diversificou a sua pauta de exportações e viu despencar a importância dos manufaturados. Resultado? A VEJA.com sintetizou nesta quinta (em azul):
“A balança comercial brasileira acumulou déficit de 4,98 bilhões de dólares de janeiro a julho deste ano, informou nesta quinta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). O resultado é o pior para os sete primeiros meses de um ano da série histórica, que teve início em 1990. No mesmo período de 2012, a balança teve um superávit de 9,92 bilhões de dólares.
Segundo o ministério, as exportações no acumulado deste ano somam 135,230 bilhões de dólares, com média diária de 926,2 milhões de dólares. Por outro lado, as importações atingem 140,219 bilhões de dólares, com média diária de 960,4 milhões de dólares.
No mês de julho, as importações superaram as exportações em 1,897 bilhão de dólares – o pior resultado para meses de julho desde 1997, quando houve déficit de 550 milhões de dólares. O resultado veio pior que o esperado pela mediana dos especialistas consultados, que projetavam um saldo positivo de 480 milhões de dólares. Em junho, a balança comercial havia registrado superávit de 2,301 bilhões de dólares. No mês passado, as exportações somaram 20,807 bilhões de dólares e as importações, 22,704 bilhões de dólares, segundo o ministério."
Retomo
O superávit da balança, um dos pilares da propalada competência petista, também foi para o brejo. Era sorte. Em matéria de competência… O mundo se preparou para a guerra comercial. O Brasil continuou atrelado a um Mercosul que o puxa para baixo. Desde 1991, quando se tornou membro do bloco, Banânia fechou, ATENÇÃO”!, três acordos bilaterais: com Israel, Egito e… Palestina! Só o primeiro está em vigência. Parece piada, mas é assim mesmo. Até 10 de janeiro de 2013, a OMC tinha registrados nada menos de 543 acordos bilaterais. Estavam em vigência 354 deles — a metade havia sido firmada a partir de 2003.
E daí? Daí nada! Não existe “Plano B” porque, a rigor, nunca houve um Plano A. Enquanto a Fortuna governou em lugar do PT, tudo parecia bem. Mas aí chegou a hora de o PT governar a Fortuna. E o partido não tinha, e não tem, a menor ideia do que fazer.
As commodities não voltarão aos píncaros da glória com um mundo crescendo pouco e uma China desacelerada. Acordos bilaterais também não serão fabricados do dia para a noite. Aloizio Mercadante, o primeiro-ministro informal de Dilma, acha que é hora de demitir Guido Mantega. Pode até ser… Por prudência, é bom que a gente torça para Mercadante, esta verdadeira cornucópia de ações desastradas, sair junto…
Vai que Dilma se mostre uma sentimental e decida nomeá-lo para a Fazenda…
Por Reinaldo Azevedo


Malhar agora o governo Dilma é fácil. Todo mundo faz isso. Difícil era considerá-lo “ruim de doer” (expressão a que recorri algumas vezes) quando sua popularidade estava nos píncaros da glória, né? Leio alguns e algumas colunistas, que se especializaram na nobre arte de puxar o saco, e constato, quem diria?, até mesmo laivos de indignação com o poder de turno! Tenho certo espírito de porco, confesso… Quase, só quase, me vem a vontade de defender a governanta. Mas não dá. Afinal, esse é mesmo um… governo ruim de doer!!! Tão ruim quanto o jornalismo que dosa seus elogios e suas críticas segundo as vagas da opinião pública. Quero ver é chutar cachorro com as presas à mostra, não os de boca banguela. Mas isso é com os leitores, certo? Se há os que prestigiam os analistas que ora pensam uma coisa, ora o seu contrário, não há mesmo nada a fazer. Dilma só não está mais perdida porque, de fato, nunca havia se encontrado.
Gostamos de pensar, porque isso nos conforta intelectualmente, que existe uma “razão da história”. Mas não há. Dilma é só uma personagem acidental de um — este, sim, existe — projeto de poder. Num dado momento, ela se transformou na figura mais adequada para representá-lo, para encarná-lo, até porque não ameaçava o seu principal narrador: Lula! Mas é fato que ela própria nunca soube bem por que estava lá e por que, a exemplo de toda dádiva, também esta lhe caiu no colo. O temperamento irascível foi transformado pelo marketing em convicção. E ela foi engabelando a turma. O fato, no entanto, é que a aparência severa escondia um deserto de ideias.
Parafraseando a um só tempo os poetas Carlos Drummond e Ascenso Ferreira, pergunto: “Pra que tanta severidade, meu Deus?”. E respondo: “Pra nada!”. Dilma — muito provavelmente estimulada por Aloizio Mercadante, ministro da Educação alçado a primeiro-ministro in pectore — decidiu ter outra grande ideia depois que as ruas começaram a gritar: quer retirar os gastos de estados e municípios com mobilidade urbana do cálculo do endividamento de estados e municípios, em mais um exercício de contabilidade criativa, matéria em que Guido Mantega se tornou especialista. É um despropósito!
A parte sensata das pessoas que ocupam as praças está cobrando mais seriedade do governo e do estado brasileiros. E a presidente decide responder como? Estuprando a Lei de Responsabilidade Fiscal, que serviu para pôr alguma ordem nas contas públicas. A LRF só não é melhor porque, infelizmente, o maior de todos os gastadores — o próprio governo federal — não está submetido aos mesmos rigores que vigem para estados e municípios.
Ora, ora… A Lei de Responsabilidade Fiscal só foi criada para que prefeitos e governadores, sob o pretexto de fazer o bem, não estourassem os cofres, largando dívidas impagáveis para seus sucessores — na certeza de que, afinal de contas, entes da federação não quebram, não entram em falência; não no Brasil ao menos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a coisa é diferente. Evidentemente não se fecham prefeituras e governos, mas eles ficam impedidos de gastar, e isso vale também para o governo federal.
A LRF levou alguma ordem às contas públicas. Prefeitos e governadores podem ser legalmente responsabilizados por gestão temerária e perdem algumas vantagens na renegociação de dívidas com o governo federal. Se Dilma retirar da conta os “gastos com mobilidade”, vai acontecer o óbvio: abre-se uma vereda para que desembolsos efetuados em outras áreas entrem nessa rubrica. E lá vai para o vinagre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não custa lembrar que o petismo primitivo recorreu ao Supremo contra a LRF. Quando Lula chegou ao poder, a ação do partido tramitava no tribunal, embora Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, a considerasse essencial para governar o Brasil… Isso é o PT!
Então não havia o que o governo pudesse fazer para incentivar a tal mobilidade? Ora, dá para fazê-lo por intermédio da abertura de linhas de crédito ou da desoneração fiscal, mas isso não surtiria o efeito desejado. O que o governo está tentando fazer é menos resolver o problema do que dar uma folga para governadores e prefeitos gastarem mais.
Sim, o governo Dilma é ruim de doer! Bem ou mal, a gestão petista tinha um tripé de credibilidade: política de meta da inflação, câmbio flutuante e controle fiscal. A propaganda sempre foi mais efetiva do que os fatos, é bem verdade. Mas ainda era melhor do que o descrédito. Em dois anos e meio, a gestão Dilma fez intervenções desastradas nos dois primeiros itens e, agora, anuncia que vai jogar uma pá de cal no terceiro. Antes, o pretexto era o crescimento. Não cresceu. Agora, diz que está está a responder à reivindicação das ruas… Ai, ai…
As praças pedem mais saúde e mais educação, e Dilma dá autorização para que se arrombem os cofres públicos e se enterre a LRF. Então a gente volta à origem das coisas, não é? Em 1994, entre uma função pública e outra, Dilma abriu uma lojinha de bugigangas importadas do… Panamá!!! O negócio durou um ano e meio. Teve de ser fechado, sob ameaça de falência.
O empreendimento tinha um nome, que fornece uma piada pronta, embora seja verdade: “Pão & Circo”.
Por Reinaldo Azevedo



NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM


O senador José Sarney foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, na noite desta quinta-feira.
Internado desde domingo no UDI Hospital, em São Luís, no Maranhão, com febre e calafrios, Sarney viajou para São Paulo na quarta-feira para a realização de novos exames, que indicaram que o senador havia contraído dengue.
Mas o ex-presidente continuou com febre, dores e calafrio. Submetido a uma nova bateria de exames, os médicos David Uip, Roberto Kalil e Carlos Gama decidiram assistir Sarney na UTI. Os exames encontraram novas manchas no pulmão - características de pneumonia. "Por conta dos novos achados, clínicos e laboratoriais, a equipe médica optou pela transferência do paciente para a UTI", informa o segundo boletim médico, divulgado às 22h45.
Sarney está acompanhado dos médicos Carlos Gama e Denílson Almeida. A mulher de Sarney, dona Marli, e o filho e deputado Sarney Filho (PV-MA) também o acompanham. Do site da revista Veja


NO BLOG UCHO.INFO

À sombra das falsas profecias do governo, déficit comercial até julho é o pior desde 1995
Descendo ladeira – O Palácio do Planalto insiste em travestir a verdade, mas os números, que jamais mentem, confirmam a dura realidade. Enquanto Dilma Rousseff, a “gerentona inoperante”, aciona a cantilena oficial para afirmar que o Brasil está a um passo de se transformar no país de Alice, o das maravilhas, a balança comercial registra o maior déficit desde 1995, no período de janeiro a julho.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial brasileira registrou, no período, saldo negativo de US$ 4,98 bilhões. Até agora, o maior déficit da balança comercial, para o período, havia sido registrado em 1995 (-US$ 4,22 bilhões). No mesmo período de 2012, a balança registrou superávit de US$ 9,92 bilhões.
O governo petista de Dilma Vana Rousseff, que não tem humildade para reconhecer a própria incompetência, justifica o déficit arremessando a culpa na crise internacional, além do atraso na contabilização dos números referentes à importação e exportação de combustíveis.
Tapar o sol com a peneira é a especialidade de qualquer governante mal sucedido, mas não há como ignorar os seguidos equívocos da equipe ministerial em relação à condução da política econômica. O Brasil tornou-se um celeiro de incertezas na visão dos investidores, mas o governo prefere não enxergar o óbvio.
A teimosa falta de planejamento por parte dos palacianos levou a uma enxurrada de carros novos em todas as cidades brasileiras, sem que o governo se preocupasse, de maneira antecipada, com a produção de combustível para mover a absurda frota que circula pelo País.
O viés ignaro que emoldura de um governo que se esconde atrás da pirotecnia oficial levou o Brasil a uma situação tão perigosa quanto preocupante no âmbito da economia. Os estragos cometidos na última década exigirão dos brasileiros pelo menos cinquenta anos de esforço ininterrupto para os reparos necessários. Resumindo, no mínimo duas gerações deixarão de existir em sua plenitude por causa da genialidade de Lula e seus seguidores.
Sendo assim, o incauto que ler a inscrição que consta na nossa Bandeira que não leve a sério, pois um grupo de especialistas em corrupção conseguiu inverter o sentido das palavras.


NA COLUNA DO RODRIGO CONSTANTINO

O banco Credit Suisse soltou um relatório para os clientes nesta semana com esse título chamativo: A Infraestrutura Brasileira: É “Agora ou Nunca”. Segundo o banco, os gargalos em nossa infraestrutura que já preocupavam antes, apenas se tornaram mais graves agora. O modelo de crescimento calcado nos 3Cs (crédito, consumo, commodities) se esgotou. O crescimento futuro depende do ganho de produtividade, e este depende da infraestrutura.
Os investimentos no setor de transportes corresponderam a aproximadamente 0,6% do PIB apenas, menos da metade do que seria necessário para garantir um crescimento de 4,5% ao ano da economia. O governo, segundo o banco, teria se dado conta de que o foco deve mudar do estímulo ao consumo com base no crédito para esses investimentos em infraestrutura.
O Credit Suisse assinala várias iniciativas que o governo tomou recentemente como evidência desta mudança nas prioridades. Não obstante, o próprio banco reconhece que os desafios na execução dos planos são muito grandes e que o estágio desses projetos está bastante atrasado. O governo se mostrou ineficiente até aqui. O setor privado, afirma o banco, precisa se envolver mais. O governo tem de atrair os investidores para esse setor.
Mudanças regulatórias estão em curso, mas o governo se mostra confuso, alterando regras no meio do caminho, incapaz de aprovar um marco regulatório claro e objetivo, ou de permitir um funcionamento mais livre do próprio mercado em relação aos retornos desses investimentos. Sem um aparato regulatório amigável e com a exigência de baixas taxas de retorno, dificilmente o governo conseguirá atrair tantos bilhões como pretende, e como o país necessita.
E a necessidade é gigantesca. O Brasil está em 107o lugar no ranking de 144 países em relação à eficiência da infraestrutura. Países como China e índia têm investido múltiplos do Brasil em relação ao PIB nesse setor. Para fechar o hiato que nos afasta da média, o banco calcula em US$ 1 trilhão a quantia demandada para investimentos em infraestrutura. Os planos ineficientes de execução do governo e a falta de suporte regulatório afastaram os preciosos investimentos até agora.
Para o Credit Suisse, seria injusto acusar o atual governo de não se dar conta da urgência desses investimentos. O governo já demonstrou que deseja isso. O problema é que o viés ideológico e a incapacidade de execução se mostram obstáculos quase insuperáveis por enquanto. O relatório do banco reconhece os desafios e riscos, aposta que alguma coisa a mais será conquistada, e recomenda algumas empresas que poderão se beneficiar dos maiores investimentos.
Mas confesso não compartilhar nem mesmo desse “otimismo cauteloso” dos analistas. Não vejo o atual governo alterando drasticamente o curso de ação, e na toada atual, duvido seriamente que ele seja capaz de atrair uma fração dos investimentos que precisamos. Os gargalos da infraestrutura deverão permanecer. Se é mesmo “agora ou nunca”, eu não colocaria minhas fichas no “agora”. Mas não podemos perder as esperanças. Até porque esse governo não será eterno…











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