DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 17-7-2013

NA COLUNA DO FERNANDO RODRIGUES (Folha)

O mundo de Lula

BRASÍLIA - Luiz Inácio Lula da Silva escreveu um artigo para o jornal "The New York Times" a respeito da onda de protestos de rua pelo Brasil.
O ex-presidente usa o texto para duas finalidades. Primeiro, faz um autoelogio sobre seu governo e a ampliação da sociedade de consumo. Depois, aponta razões da insatisfação dos brasileiros. Aí, claro, o responsável é um sujeito oculto.
O PT está no comando do país há dez anos e meio, com Lula e Dilma Rousseff. É mérito petista o aumento do mercado consumidor. Mas está nesse mesmo escaninho a responsabilidade pelo que não foi realizado.
"Eles [os manifestantes] querem uma melhoria na qualidade dos serviços públicos", escreve Lula. É verdade. E prossegue: "As preocupações dos jovens não são apenas materiais (...) Acima de tudo, eles demandam instituições políticas que sejam mais limpas e transparentes, sem as distorções do sistema político-eleitoral anacrônico brasileiro, que recentemente se mostrou incapaz de conduzir uma reforma".
Como assim? O "sistema" se mostrou incapaz? De qual sistema Lula está falando? O ex-presidente escreve como se não tivesse se esbaldado por oito anos em abraços com tudo o que ele próprio rejeitara no passado, inclusive xingando em público --como Fernando Collor e José Sarney.
Chega a ser comovente o esforço de Lula para se aproximar dos manifestantes que foram às ruas. Ele prega a renovação dos partidos, inclusive do PT. A proposta é curiosa.
Lula manda no PT. O que foi realizado para modernizar o petismo nos últimos dez anos? Nada, exceto distribuir cargos públicos a filiados.
"Enquanto a sociedade entrou na era digital, a política permaneceu analógica", escreve Lula. Já ele próprio entrou numa era de distanciamento. Até porque, se desejasse, poderia ter ido também à rua dialogar com os indignados durante o mês de junho. Mas o petista prefere escrever artigos para o "New York Times".

Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de "Economia" (hoje "Mercado"), correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006). Escreve quartas e sábados na versão impressa Página A2.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Após terem condenado políticos às celas no julgamento do mensalão, ministros do Supremo Tribunal Federal consideram “inevitável” o fim do foro privilegiado, que submete processos envolvendo autoridades ao crivo da Suprema Corte. A medida mandaria à primeira instância cerca de 166 ações penais e 513 inquéritos,que esperam apreciação no STF, ajudando acusados a empurrar ainda mais o julgamento com a barriga.

Advogados comemoraram na última reunião da OAB o possível fim do foro privilegiado, o que só aumentará a gama de recursos protelatórios.

Assim como os mensaleiros, o deputado Natan Donadon – condenado à prisão – fez de tudo para transferir seu processo à primeira instância.

O processo do ex-senador Luiz Estevão, condenado a 31 anos prisão, se arrasta desde 2002, quando iniciou julgamento na primeira instância.

A emenda foi pior que o soneto na “consertação” do vexame impingido ao ministro Celso Amorim (Defesa) no aeroporto em La Paz, na Bolívia, no final de 2012, como revelou no domingo (14) o www.diariodopoder.com.br: o ministro admitiu em nota oficial ontem que seu avião foi “vistoriado” no final de 2011. O governo do maluquete Evo Morales nega ambas as violações da soberania brasileira com a sinceridade bolivariana habitual, mas prometeu investigar.

Ministros bolivianos correram a afirmar que “a Bolívia respeita tratados internacionais”, mas a nota do ministro Amorim confirma a humilhação.

O PT avisou à base aliada que punirá os petistas que votaram contra o governo Dilma na Lei dos Royalties. Além de serem excluídos da relatoria de projetos até o fim do ano, Fátima Bezerra (CE), Erika Kokay (DF) e Eudes Xavier (CE) perderão cargo de vice-líder da sigla.

O Planalto está preocupado com o encontro de Dilma com o papa Francisco, segunda (22), no palácio Guanabara, no Rio, onde manifestantes vão protestar contra o governador Sérgio Cabral. A “blindagem” será de guerra, mas não ostensiva que constranja o papa.

O esperado relatório de voos da FAB mostrou céu de brigadeiro contra espiões dos EUA ao general Elito (Segurança Institucional): às 13h de sexta (12) ele embarcava no jatinho para casa em Salvador (BA).

O vice-presidente Michel Temer parece ter cansado do cardápio: reservou R$ 4,3 mil para treinar oito cozinheiros na preparação de receitas diet e light no Palácio do Jaburu, afirma o Contas Abertas.

O Planalto mandou adiar a votação do projeto que destina royalties do petróleo para educação e saúde após ser informado de que a traição no PMDB duplicaria, e no PT, triplicaria. Deputados reclamam que o governo chegou a ameaçar de expulsão petistas contrários à proposta.

…agora expostos na FAB, os doidos por jatinho devem estar cobiçando os “drones” invisíveis.



NO BLOG DO CORONEL

Boataria da Bolsa Família: depois de criminalizar Oposição, Cardozo inocenta Caixa.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) isentou ontem a Caixa Econômica Federal de responsabilidades por ter antecipado o pagamento do Bolsa Família na véspera da onda de boatos sobre o fim do benefício, em maio.Ao defender o inquérito da Polícia Federal que não apontou culpados, Cardozo disse que uma "coincidência de causas" impede "criminalizar qualquer pessoa". Ele disse que a Caixa não pode sofrer sanções: "Não havia como se abrir processo criminal a respeito. Do ponto de vista administrativo, pelo menos da leitura do relatório, não concorre absolutamente nada que possa ser imputado a qualquer autoridade".
A Folha revelou ontem que a Caixa não foi autorizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social a antecipar o pagamento do programa, o que contraria as regras do Bolsa Família. A antecipação sem autorização e sem sugestão da pasta contradiz norma que regulamenta o programa. No Senado, Cardozo disse que a Polícia Federal ouviu uma "centena" de pessoas e negou que ela tenha agido sob orientação do governo para não apontar culpados. Na época, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) culpou a "central de notícias da oposição" pelos boatos. Após a audiência, Cardozo disse que autoridades que usarem irregularmente aviões da FAB devem responder por mau uso de verba. Entre as autoridades que devolveram verbas usadas em viagens particulares está o presidente do Senado, Renan Calheiros. (Folha de São Paulo)


"Mais Médicos" submetido à cirurgia plástica na Câmara.
Emendas apresentadas por deputados e senadores à medida provisória que cria o "Mais Médicos" colocam sob risco os pontos centrais do programa lançado pelo governo federal para facilitar a vinda de médicos estrangeiros ao Brasil e adicionar dois anos a cursos de medicina.Foram propostas 567 alterações ao texto original.
Ao menos 58 delas, de congressistas da base do governo e da oposição, atingem a espinha dorsal do programa.Isso porque excluem a criação do 2º ciclo nos cursos de medicina (em que o aluno trabalha no SUS por dois anos) ou porque exigem que o médico estrangeiro tenha seu diploma revalidado para atuar no Brasil --exigência dispensada pelo governo."É a única medida provisória que deu unanimidade, só que contrária. Não conheço uma pessoa que defenda", diz o deputado Eleuses Paiva (PSD-SP), autor de 31 emendas ao texto do Executivo.O relator da medida ainda não foi definido. A comissão que vai analisar o texto pode ser instalada hoje.
A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) afirma que foi procurada por universidades públicas que relataram não ter estrutura para manter os estudantes por mais dois anos na graduação. O texto prevê que os dois anos de serviço no SUS estariam nos currículos de quem entrar na faculdade a partir de 2015.As emendas propostas aumentam as exigências para entrada dos médicos estrangeiros e limitam o prazo de vigência do "Mais Médicos".
Uma das mudanças sugeridas determina a comprovação de conhecimentos em português pelos médicos estrangeiros. Outras definem que o período do programa será de até três anos --a medida original permite prorrogação por outros três anos.
Ontem, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse que o governo está disposto a "aprimorar" o texto com comissão de reitores criada para debater as mudanças. Ele insinuou que os ataques ao projeto partem de uma parcela mais favorecida. Segundo Mercadante, não houve reclamações entre os estudantes de medicina beneficiários do Fies, programa de financiamento estudantil do governo. "Porque são estudantes de medicina pobres, ninguém criticou. Ninguém questionou." (Folha de São Paulo)


NO BLOG DO NOBLAT

Fala sério!
Merval Pereira, O Globo
Parece brincadeira, mas não é. Depois de o presidente do PT, deputado Rui Falcão, ter tido o cinismo de dizer que não havia militantes petistas nas manifestações dos últimos dias porque todos estão empregados, trabalhando, agora foi a vez de o ex-presidente Lula escrever no artigo distribuído ontem pelo “New York Times” que os protestos que ocorreram pelo país são reflexos dos sucessos de seu governo nos campos econômico, político e social.
Como se não bastasse a contabilidade criativa com que o governo tenta esconder os fracassos de sua política econômica, temos agora a interpretação criativa para tentar esconder o que o povo foi às ruas exigir: menos corrupção, maior transparência no uso do dinheiro público, prioridades para transportes públicos, saúde e educação, e não para estádios de futebol “padrão Fifa”.
Trazer a Copa do Mundo para o Brasil, aliás, foi uma das grandes vitórias do governo Lula, e desde o primeiro momento houve o compromisso de que não se gastaria dinheiro público nas obras necessárias, como a construção dos estádios.
O que se viu, no entanto, foi um gasto muito superior ao estimado — os gastos com estádios representam R$ 7,5 bilhões dos R$ 28,1 bilhões previstos nas obras da Matriz de Responsabilidades da Copa — com financiamentos pelo BNDES, incluindo aí o estádio do Corinthians, que teve o apadrinhamento decisivo de Lula, corintiano doente.
Embora diga que os protestos não são contra a política, mas uma vontade da juventude de participar mais diretamente dela, o ex-presidente Lula reconhece que “mesmo o Partido dos Trabalhadores, que eu ajudei a fundar, e que contribuiu muito para modernizar e democratizar a política no Brasil, precisa de uma profunda renovação. É preciso recuperar suas ligações diárias com os movimentos sociais e oferecer novas soluções para novos problemas, e fazer as duas coisas sem tratar os jovens de forma paternalista”.
Na parte de seu artigo mais conectada com a realidade, Lula lembra que “as pessoas não querem apenas votar de quatro em quatro anos, (...) querem interagir com os governos locais e nacionais, e tomar parte das decisões de políticas públicas, oferecendo opiniões e decisões que os afetem todos os dias”.
Lula diz ser natural que os jovens “desejem mais”, especialmente aqueles que têm o que seus pais não tiveram. Mas trata de encontrar desculpas para as críticas das ruas, especialmente às questões econômicas que começam a incomodar a nova classe média inventada pelo lulismo, que vê seu poder de compra ser reduzido pela inflação e pelo endividamento.
Ressalta, com razão, que a maioria das pessoas que estava nas ruas não viveu os tempos de hiperinflação. Em tempos de estagflação, Lula diz que hoje as pessoas já não se lembram dos anos 1990, “quando a estagnação e o desemprego afetaram nosso país”. Ao tentar minimizar os problemas de inflação que temos hoje, traz à lembrança o Plano Real, que acabou com a hiperinflação.Leia a íntegra em Fala sério!

Ceticismo sobre reforma política cresce com rebelião do PMDB
Eduardo Bresciani, Estadão
Sugerida pela presidente Dilma Rousseff como resposta às manifestações que ocuparam as ruas no mês passado, a discussão da reforma política patina no Congresso com brigas explícitas entre petistas e uma flagrante rebelião da cúpula do PMDB, principal partido da coalizão, que defende abertamente o fim da reeleição e a doação de empresas diretamente aos partidos, abrindo caminho para a institucionalização das chamadas “doações ocultas”.
A Câmara instalou ontem o grupo de trabalho que vai discutir a reforma, mas os parlamentares entraram em recesso e só em agosto o tema estará de volta à pauta política. Reservadamente, parlamentares do grupo de trabalho – que terá 14 membros – não esconderam o ceticismo quanto à votação de uma reforma política ampla. Leia mais em Ceticismo sobre reforma política cresce com rebelião do PMDB e brigas no PT

Governo reúne faculdades para 'amadurecer' MP dos médicosPriscila Mendes, O Globo
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta terça-feira (16) a criação de uma comissão formada por 11 diretores de faculdades federais de medicina e coordenadores de cursos de medicina para “amadurecer” e “aperfeiçoar” a medida provisória enviada pelo governo que institui o programa “Mais Médicos”.
A ideia é aumentar o número de médicos atuantes na rede pública de saúde em regiões carentes permitindo a vinda de profissionais estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma.Leia mais em Governo reúne faculdades para 'amadurecer' MP dos médicos

Para Abin, protestos são ameaça à Jornada Mundial da Juventude
G1
A repetição das manifestações de junho, durante a Copa das Confederações de futebol, é a principal ameaça de segurança à Jornada Mundial da Juventude, que acontece na semana que vem no Rio de Janeiro com a presença do papa Francisco (foto abaixo), segundo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Em painel para o monitoramento de riscos na sede da Abin, em Brasília, que nesta terça-feira foi aberta para jornalistas, os itens "movimentos reivindicatórios" e "grupos de pressão", como a agência se refere às manifestações, aparecem com as cores laranja e vermelha. A Abin divide os níveis de ameaça entre verde, laranja e vermelho, sendo este último o mais grave. Leia mais em Para Abin, protestos são principal ameaça à Jornada Mundial da Juventude

6 em cada 10 cidades com 3G são atendidas por apenas uma empresa
Bruno Rosa, O Globo
Mais da metade (59%) dos municípios brasileiros que contam com cobertura 3G não têm concorrência. Em junho deste ano, de acordo com a consultoria Teleco, em 2.031 cidades, das 3.436 atendidas com a tecnologia, há apenas uma operadora.
E o ritmo de expansão da rede que permite acessar à internet pelo celular tem perdido fôlego. No primeiro semestre deste ano, 138 novas localidades receberam a infraestrutura, contra 309 no mesmo período do ano passado, uma queda de 55%.
Segundo operadoras e especialistas, a falta de infraestrutura de telecom no interior do país e o cronograma apertado para a instalação da rede 4G nas cidades que vão sediar a Copa do Mundo travam o avanço da tecnologia 3G. Hoje, o brasileiro só conhece competição na terceira geração em 467 localidades, número que corresponde a 13,6% dos municípios com a cobertura. Leia mais em Seis em cada dez cidades com tecnologia 3G são atendidas por apenas uma empresa


NO BLOG DO JOSIAS

Para Lula, problema do Brasil é o seu sucesso
Existem muitas teorias sobre o movimento que levou mais de 1 milhão de pessoas às ruas no outono brasileiro. Mas nenhuma explicação é tão extraordinária quanto a que Lula expôs em artigo distribuído pela agência de notícias do The New York Times. Para ele, o Brasil desceu ao asfalto porque é um país das maravilhas.
Lula atribuiu o tsunami de protestos ao “sucesso econômico, político e social” obtido nos dez anos de inquilinato do PT no Planalto. A pobreza e a desigualdade foram reduzidas, disse ele. Há mais jovens nas universidades. Famílias pobres compraram carro e passaram a viajar de avião. E o brasileiro, tomado por uma sensação de incômoda felicidade, foi às ruas para pedir mais.
Lula teorizou: é natural que os jovens desejem mais, especialmente aqueles que têm coisas que seus pais nunca tiveram. Ele realçou: o Brasil não é o Egito nem a Tunísia. Aqui há democracia. O Brasil tampouco é a Espanha ou a Grécia. Aqui o desemprego é baixo. A expansão econômica e social não tem paralelos na história.
No Brasil das maravilhas de Lula, o número de estudantes universitários dobrou. Mas a rapaziada não aprendeu muita coisa. Os jovens não sabem o que foi a repressão da ditadura militar nos anos 60 e 70. Eles não sofreram com a inflação galopante dos anos 80. Não se lembram da estagnação e do desemprego que tisnaram os anos 90. Empunham faixas e cartazes porque o Brasil, antes de conhecer a extrema felicidade, já foi infeliz e eles não sabiam.
Políticos, cientistas e jornalistas torram os miolos em busca das explicações para o que se passou em junho. Com Lula a coisa é bem mais simples. Ele dispensa o estudo aprofundado. Dá de ombros para a exegese de coincidências e fatos obscuros. Lula manuseia verdades religiosas, quase dogmáticas. Além de chegar facilmente às explicações unificadoras, ele se autodispensa de pensar.
Lula contesta os especialistas que enxergam nas ruas uma rejeição à política. Dá-se justamente o contrário, ele acredita. Autoproclamado porta-voz do meio-fio, ele ensina que os manifestantes buscam aprofundar a democracia, incentivando as pessoas a participar do processo.
Até aqui, a participação mais efetiva da rapaziada foi a tomada das bandeiras vermelhas, a expulsão dos militantes partidários das passeatas, e a abertura do fosso que sorveu a popularidade de governantes como Dilma Rousseff. Mas Lula parece antever um futuro promissor e harmonioso.
Até porque, segundo diz, os partidos políticos não podem ser silenciados. Sempre que isso ocorreu, sobrevieram desastres: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Sem partidos, escreveu Lula, não há democracia verdadeira. Ele tem toda razão. Os detratores das legendas deveriam ser processados por atentado contra o regime democrático. O diabo é que os inimigos dos partidos encontram-se dentro deles. E nenhuma agremiação se animou a processar seus filiados.
Lula não mencionou no artigo a aversão das ruas à corrupção. Natural. Além de não ornar com o excesso de felicidade, o tema mexe com os mortos. Entre eles o PT, defunto mais ilustre da era Lula. O atestado de óbito anota: “suicídio”. Daí, talvez, a dificuldade de Lula de fazer alguma coisa parecida com uma autocrítica.
Já no seu primeiro mandato, o PT adotou uma conduta estranha, algo psicótica. Perdeu a autoestima. Virou um Narciso às avessas. Cuspiu na própria imagem. No Planalto, na Esplanada, nos desvãos de autarquias e estatais, por onde passaram o PT e seus neoaliados fizeram pior o melhor que puderam.
Lula, como já ficou esclarecido, não sabia de nada daquilo que o PT fez. Aliás, coisas como o Mensalão ele até hoje não acredita que tenham acontecido. É munido dessa inocência culpada - ou seria culpada inocência? - que o articulista defende a “renovação profunda” do PT. Citou no artigo a conveniência de recuperar a ligação com os movimentos sociais. Para quê? Para “oferecer novas soluções para novos problemas.”
No fundo, o que atrai no artigo de Lula não é a explicação pueril. O que encanta no texto é a simplicidade retórica. O mais extraordinário de tudo é a desobrigação de pensar. Ao falar em “novos problemas”, Lula se exclui da crise. Ele cita Dilma para dar uma “boa notícia”. Qual? Ela já “propôs um plebiscito para realizar a tão necessária reforma política”. Ah, sim, “ela também propôs um pacto para a educação, saúde e transporte público.”
O mundo pode dormir tranquilo, eis a mensagem de Lula. As ruas protestam por causa do excesso de prosperidade. O PT deixará de ser o partido do faturo para retomar saltar da sepultura como o partido do futuro. E o Congresso presidido pelo Renan Calheiros ajudará Dilma a colocar os seus pactos em pé.

Plebiscito sobre recesso branco do Congresso
O Congresso inaugura nesta quinta-feira (18) o recesso do meio do ano. Deputados e senadores vão tirar férias da realidade. É inconstitucional. Mas eles vão ao descanso sem dor na consciência. A Constituição condiciona o desligamento das caldeiras à aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. E a LDO não foi votada nem na Comissão de Orçamento. Prometia-se a aprovação de um “relatório preliminar”. Não houve acordo. Ficou para 6 de agosto. No debate sobre o recesso, alcançou-se a concórdia absoluta.
A Constituição proíbe? Ora, às favas com a Constituição! Os líderes partidários da Câmara e do Senado decidiram que não haverá sessões no período de 18 a 31 de julho. O recesso vira “recesso branco” e não se fala mais nisso. Antes apenas merecido, o recesso tornou-se imperioso. Que diabos, todo mundo trabalhou dobrado para atender aos anseios da opinião pública. Diz-se que a voz das ruas foi atendida. Será? Só um plebiscito, hoje tão em voga, poderia eliminar as dúvidas. Abaixo uma sugestão de cédula:
1. Você se sente atendido pelo Congresso?
Como é que é?!?
Fala séééério!
2. A decisão de suspender as sessões entre 18 e 31 de julho lhe parece:
Absurda.
Inacreditável.
3. Recesso branco numa hora dessas é:
Uma má ideia.
Um acinte.
4. Ao ouvir o argumento de que os congressistas trabalharam muito você tem vontade de:
#*@&%?|˜/*_=!
Impublicável.
5. A ideia de cortar os salários dos congressistas que saírem em férias lhe parece:
Ótima
Extraordinária

Renan volta a negar erro no uso do ‘Bolsa FAB’
Renan Calheiros insiste em dizer que não fez nada de errado ao voar nas asas do contribuinte de Alagoas para uma festa de casamento na Bahia. “Todos sabem, e isso foi público, tão logo houve a informação da utilização do avião da FAB, nós respondemos que não houve erro, absolutamente nenhum, porque isso é uma prática, é uma praxe.”
Curiosa, muito curiosa, curiosíssima a argumentação do presidente do Senado. O uso do martelo também é guiado pela praxe. E há 9.287 maneiras de errar o martelo no prego, só uma de acertar. Os fenômenos são parecidos. A direrença é que, no caso do martelo, os erros afetam apenas os dedos do desastrado. Quanto aos jatos da FAB, a dor é sentida no bolso do alheio. Algumas pessoas ainda não se deram conta. Mas o alheio perdeu a paciência. Há tempos já tinha parado de abanar o rabo. No mês passado, começou a morder.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

NOVA PESQUISA MOSTRA DILMA DESPENCANDO
Um dia depois de rezar com evangélicos pelo "momento crítico" do Brasil, pesquisa aponta que a presidente Dilma Rousseff teve uma queda de 22,9 pontos na popularidade de seu próprio governo.
É o que mostra a pesquisa divulgada nesta terça-feira (16) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
A avaliação do governo Dilma é positiva para 31,3% dos entrevistados, que classificaram a gestão como "ótima" ou "boa". Em junho, a soma de "ótimo" e "bom"era de 54,2%. A avaliação negativa subiu de 9% para 29,5%, se comparado os números do mês passado.
A pesquisa mostra ainda que a queda na avaliação pessoal da presidente Dilma foi ainda maior. Em junho, 73,7% consideravam o desempenho pessoal de Dilma ótimo ou bom, agora o índice é de 49,3% de aprovação.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Leia MAIS

MÉDICOS PROTESTAM CONTRA PROGRAMA 'MAIS MÉDICOS' DO PT E VETOS DA DILMA À LEI DO 'ATO MÉDICO'! SAÚDE CADA VEZ PIOR!

O protesto dos médicos na Avenida Paulista nesta terça-feira (16), em São Paulo contra a política de saúde do governo do Lula e da Dilma na área da medicina. Acima, o cotidiano dos hospitais brasileiros sob o governo do PT: uma afronta, um caso de polícia! A foto circula pelas redes sociais.

Os dois sentidos da Avenida Paulista, em São Paulo, foram bloqueados por manifestantes que protestam contra o Ato Médico. A marcha foi convocada pelas classes médicas e ocorre em várias capitais do País. De acordo com a organização do movimento paulista, 2.000 pessoas estão na avenida — a Polícia Militar (PM) contabiliza 1.000 pessoas.
Os médicos protestam contra o Programa Mais Médicos, lançado na semana passada pelo governo federal, e contra os vetos da presidente Dilma Rousseff a artigos do Ato Médico — entre eles, o que dá exclusividade à classe médica a formulação de um diagnóstico e prescrição de tratamento. Eles pedem ainda a obrigatoriedade da aplicação do Revalida para médicos formados no exterior, que vierem trabalhar no Brasil.
Segundo a Agência Brasil, entre as medidas do Programa Mais Médicos criticadas pelos manifestantes está a criação do segundo ciclo do curso de medicina. Os alunos que entrarem no curso a partir de 2015 terão que atuar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. Outra ação prevista no programa é a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar na rede pública nas periferias das cidades e no interior do país.
Ainda de acordo com informações da Agência Brasil, o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, criticou o programa e disse que o problema do SUS é a falta de investimentos. “A falta de médicos é uma consequência do descaso do governo federal. É preciso acabar com a corrupção na saúde”, disse, ao acrescentar que os médicos não têm interesse na carreira pública devido à falta de condições de trabalho oferecida nos hospitais.
Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a criação do segundo ciclo do curso de medicina vai ajudar os médicos formados no Brasil a ter uma visão mais humanista e a não depender tanto de "máquinas e equipamentos" para atender os pacientes. Segundo ele, os médicos estrangeiros não vão tirar empregos dos brasileiros.
No Rio de Janeiro, os médicos protestaram nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, localizada no centro da cidade. De acordo com a PM do RJ, a manifestação é formada por cerca de 200 pessoas. Em Natal, no Rio Grande do Norte, os médicos se mobilizaram na manhã desta terça-feira, em um movimento que reuniu cerca de 100 pessoas.
Ato Médico — O projeto de lei conhecido como Ato Médico restringe aos médicos procedimentos como prescrição de medicamentos, diagnóstico de doença e aplicação de anestesia geral. A proposta, que tramitou por 11 anos no Congresso, foi aprovada pela presidente na última quinta-feira, com o veto de 10. Do site da revista Veja


PT NÃO DESISTE DE GOLPE COMUNISTA E AGORA ARMA A ARAPUCA DA REFORMA POLÍTICA NO CONGRESSO NACIONAL PARA DESTRUIR A DEMOCRACIA!

A matéria que segue após este prólogo é do site da revista Veja, que, ao fazer jornalismo de verdade sem puxar o saco podre do PT, joga um pouco de luz sobre o debate político que se trava sobretudo nos bastidores, onde atuam os ratos de esgoto do PT. Como se vê, os esbirros do Foro de São Paulo não desistiram de aplicar o golpe bolivariano, visando a transformação do Brasil num República Comunista, como existe em Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia. 
E, por incrível que pareça a Oposição não emite um pio sobre o maldito projeto do PT que já tem pronta uma completa campanha de marketing para se desovada tão logo consiga lograr seu intento. 
Bastava, o candidato presidencial do PSDB, senador Aécio Neves, proclamar à Nação que não concorda com o projeto do PT, afirmando claramente que se opõe ao comunismo do século XXI e, que se eleito, garantirá o Estado de Direito Democrático, as liberdades civis e, em especial, a liberdade de imprensa e da internet.
Além disso tem de denunciar que o PT é um partido comunista que pretende transformar o Brasil numa republiqueta bananeira bolivariana.
Isto é o mínimo que se pode esperar da Oposição, se é que que realmente pretende concorrer e vencer a eleição presidencial de 2014. O cavalo está passando encilhado, de cabeça em pé, troteando faceiro e pedindo para ser montado.
Não preciso ser mais explícito. Leiam o que segue, pois mostra a arapuca que o PT montou e continua firme no seu intento golpista. A reforma política proposta pelo PT é simplesmente um golpe de Estado com o verniz de democracia, portanto, não passa de uma esparrela ordinária. Foi assim que a Venezuela sucumbiu:

O GOLPE EM ANDAMENTO
Depois do fracasso na tentativa de emplacar uma Assembleia Constituinte exclusiva para se discutir projetos de reforma política, o PT insiste em tentar convencer aliados de que é possível apresentar uma proposta de decreto legislativo, com o apoio de 171 parlamentares, para salvar a ideia de um plebiscito sobre o tema. No intento de levar adiante a consulta popular, porém, o partido agora tenta distorcer as perguntas que poderiam ser submetidas ao crivo do eleitorado. Além de tentar camuflar questionamentos sobre o financiamento público de campanha, eterno sonho da legenda, o PT quer burlar regras de fidelidade partidária e salvar os mandatos para políticos infiéis. 
O PT formulou cinco perguntas que poderiam ser submetidas a um plebiscito. Entre elas, a tentativa de conseguir aval para que “o parlamentar possa sair do partido pelo qual foi eleito sem perder o mandato”, institucionalizando o troca-troca indiscriminado de siglas. Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só admite que um político deixe a legenda se ficar caracterizada perseguição doutrinária ou em caso de fusão de partidos.
Consciente de que dificilmente a população aceitaria o financiamento público de campanha se a proposta fosse apresentada à população exatamente com essas palavras, o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), apresentou nesta terça-feira a líderes da base aliada uma versão para que o potencial questionamento seja apenas se “você concorda que empresas façam doações para campanhas eleitorais”.
Sem esclarecer nenhum dos possíveis sistemas de votação, o esboço feito pelo PT também opta por uma pergunta genérica sobre o desejo da cúpula partidária de aprovar o sistema de lista fechada. Na proposta de consulta ao eleitor desenhada pelos petistas para o plebiscito, consta apenas a pergunta de “qual o sistema eleitoral você prefere para eleger os deputados: sistema proporcional, sistema distrital, sistema misto ou sistema majoritário”.
Atualmente, nas eleições para deputado federal, o sistema de votação é proporcional com lista aberta: o eleitor pode votar tanto na legenda quanto num candidato específico, e o mecanismo procura equilibrar a escolha entre personalidades e programas partidário. O sistema preferido pelo PT, porém, é o de lista fechada, que corresponde praticamente a uma versão moderna do voto de cabresto. Por essa regra, o eleitor vota nos partidos, que apresentam previamente uma lista com seus candidatos definida conforme a vontade e os interesses dos dirigentes da legenda.
O esboço do projeto de decreto legislativo do PT contempla ainda questões que poderiam ser facilmente resolvidas em votações no próprio Congresso Nacional, sem a necessidade de plebiscito. É o caso da exigência de uma cota mínima de um terço das cadeiras dos Legislativos para mulheres ou a possibilidade de a população poder opinar, via internet, sobre a apresentação de futuras leis. Leia MAIS

A ISCA DA ARAPUCA
Vejam só as perguntas que esses tarados ideológicos pretendem fazer aos eleitores brasileiros. O objetivo, que fique claro, é dar ao PT a vida eterna no poder. E como poder total e irrestrito. Se alguém pensa que já viu tudo de corrupção e bandalheira, se engana. Num regime bolivariano verão o que é bom para a tosse. Fidel Castro já está no poder há 52 anos; o chavismo já está há mais de 14 anos esfacelando a Venezuela. Nesses países há eleições, como sabem vocês. E o resultado é sempre o mesmo: fraude total, manipulação, mentira, censura à imprensa e repressão. 
Por trás dessas perguntas aparentemente democráticas é chocado o ovo da serpente comunista bolivariana. Leiam:
1. Você concorda que empresas façam doações para campanhas eleitorais?
2. Qual o sistema eleitoral que você prefere para eleger os deputados: sistema proporcional; sistema distrital; sistema misto; sistema majoritário?
3. Você concorda que o parlamentar possa sair do partido pelo qual foi eleito sem perder o mandato?
4. Você concorda que mulheres ocupem, no mínimo, um terço das cadeiras da Câmara dos Deputados, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das Câmaras de Vereadores?
5. Você concorda que a população participe opinando e propondo pela internet quanto à apresentação de proposta de emenda constitucional, projeto de lei complementar e projeto de lei ordinária?

NO BLOG UCHO.INFO

Cardozo defende punição pelo uso indevido de aviões da FAB, regra que Lula e os filhos sempre ignoraram

Voltando no tempo – Responsável, juntamente com o companheiro Aloizio Mercadante, pelos recentes tropeços políticos sofridos pela presidente Dilma, o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo voltou à cena nesta terça-feira (16). Após participar de audiência pública no Senado Federal, Cardozo defendeu a punição das autoridades que fizerem uso indevido das aeronaves da Força Aérea Brasileira.
“Há um decreto presidencial que diz claramente os casos em que as aeronaves podem ser utilizadas [...]. Se existem casos em que pessoas estão transgredindo, rigorosamente devem responder por isso, porque, claro, não se pode permitir ilegalidades ou mau uso de equipamentos ou verbas públicas no país”, disse Cardozo.
O decreto presidencial nº 4.244, de 2002, estabelece que autoridades, como ministros de Estado, por exemplo, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente.
O ministro da Justiça elogiou a medida adotada pela FAB de divulgar na internet os dados de voos realizados com aeronaves oficiais. “Qualquer mecanismo de transparência que permita controle de agentes públicos, é sempre bem-vinda. Quanto mais aprimorarmos a transparência, melhor o controle da sociedade, e as pessoas públicas têm condições de prestar contas em relação àquilo que fazem”, declarou José Eduardo Cardozo.
Reza a coerência que qualquer atentado contra o dinheiro público não é passível de prescrição. Aproveitando que o governo do PT está empenhado em ressuscitar o passado e punir aqueles que cometeram crimes e transgressões, o ministro da Justiça poderia aproveitar essa lufada de “bom mocismo” que desprende do Palácio do Planalto e cobrar do ex-presidente Lula, agora um lobista bem sucedido, explicações sobre a farra que um dos seus filhos fez em avião da Presidência da República.
A aeronave presidencial foi transformada em veículo de excursão, sendo que a peripécia se estendeu ao Palácio da Alvorada e à Granja do Torto, como se ambos os locais fossem colônia de férias, como mostram as fotos abaixo.
Os aviões presidenciais fazem parte da frota da Força Aérea Brasileira e por isso sua utilização também se enquadra no mencionado decreto. Não só o uso dos aviões da FAB, mas também das embarcações da Marinha deve se submeter às regras especificadas no decreto.
Se enquanto esteve presidente Lula não era intocável, até porque tecnicamente esse status inexiste no Brasil, agora que desempenha o duplo papel de lobista e fugitivo muito menos. Que o messiânico ex-metalúrgico devolva aos cofres públicos o valor reajustado referente à farra do seu filho, financiada com o suado dinheiro do contribuinte.


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Jurando saúde boa, Lula foge do Titanic, libera Dilma para faxina ministerial, e articula plano B para 2014

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Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net

Mais vivo que nunca para dar ordens no governo e agora negando e ironizando suas idas ao hospital, Luiz Inácio Lula da Silva já liberou Dilma Rousseff para fazer a reforma ministerial na hora em que ela achar mais conveniente. O “ok” de Lula vale, principalmente, para a saída de Guido Mantega - afilhado dele no ministério da Fazenda. Lula passou a bola murcha para a Dilma.
Ontem a estrela de Lula também brilhou como articulista virtual no site do New York Times. Mas o redator fantasma dele, tirou nota zero na interpretação das recentes manifestações de protestos no Brasil. Na versão do Presidente Virtual do Brasil e piloto oculto do Titanic da Dilma, os jovens foram às ruas porque querem mais, já que viveram um momento de bonança econômico e pleno emprego em seu governo.
A visão pessoal e conveniente de Lula conflita com a pesquisa do Instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). No levantamento feito com 2002 pessoas, em 134 municípios de 20 estados, entre os dias 7 e 10 de julho, o ataque à corrupção sensibilizou 40,3% dos entrevistados. Os principais alvos dos protestos, na visão dos pesquisados, foram os políticos (49,7%) e o sistema político (21%).
Um dado da pesquisa serviu de consolo ao governo. Apenas 15,9% interpretaram que as manifestações foram contra a Presidenta. No entanto, outros números do estudo da CNT agravaram a situação do Titanic presidencial. Dilma só tem 49,3% de aprovação (contra 73,7% na pesquisa anterior). Sua desaprovação subiu para 47,3% (antes fora de 20,4%). A avaliação negativa aumentou para 29,5%. A popularidade está baixíssima para uma candidata à reeleição: 31,3% (índice que costuma ser o teto do eleitorado fiel petista).
Independentemente da leitura equivocada ou conveniente que faça da pesquisa ou da realidade política, Lula simbolicamente desembarcou do Titanic governamental. Jogou para Dilma toda a responsabilidade do que ocorrerá de agora em diante. Se ela fizer a faxina ministerial, quando quiser, o sucesso ou fracasso serão debitados exclusivamente a ela. Se a conjuntura permitir que ela recupere a popularidade, será a candidata natural a reeleição. Se ela afundar, o PT parte para o “Plano B”.
O fato objetivo é que o quase certo fracasso da Dilma nem a Lula interessa. Embora tenha pulado do barco na hora conveniente, todo mundo o associa ao comando do navio - no qual só o eleitorado sempre entra de gaiato. Lula sabe, objetivamente, que não seria um candidato “imbatível” em 2014. Por isso, se for candidato a alguma coisa, deve optar pelo plano conservador de uma candidatura ao Senado por São Paulo. Lula só disputaria o Palácio do Planalto na base do desespero.
O desgaste provocado pelas manifestações de rua – que devem voltar com força na visita do Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude – deixou ainda mais escancarada a sucessão presidencial. Tanto que até o tucano José Serra, desgastado no PSDB, aproveita para se articular em viagens a Brasília como a que fez ontem. Aécio Neves não decola. Outra queridinha dos socialistas fabianos da Oligarquia Financeira Transnacional – Marina Silva – ainda não comprova ter densidade para uma disputa presidencial, pois nem partido tem.
O jogo da sucessão de 2014 nunca esteve tão aberto – inclusive para alguma candidatura surpreendente ser inventada pela superestrutura globalitária que controla, de verdade, os destinos do Brasil.

Puro ilusionismo
O imortal sindicalista de resultados Luiz Inácio Lula da Silva atropela até seu sagrado partido na hora que pragmaticamente lhe convém.
Não foi diferente no artigo ao NYT virtual, quando Lula insinuou que o PT precisa ser renovado:
“Mesmo o Partidos dos Trabalhadores, que eu ajudei a fundar, e que contribuiu muito para modernizar e democratizar a política no Brasil, precisa de uma profunda renovação. É preciso recuperar suas ligações diárias com os movimentos sociais e oferecer novas soluções para novos problemas, e fazer as duas coisas sem tratar os jovens de forma paternalista”.

Dane-se o avião...


Aposta na Rede
A pesquisa CNT indicou que Marina Silva ainda é a candidata com melhor potencial positivo (61%) e menor potencial negativo (36%).
Apesar do desgaste de imagem, Dilma Rousseff ainda teria 51% de potencial como candidata.
Aécio Neves (51,5%) e Eduardo Campos (46,4%) estariam tecnicamente empatados com a Dilma no quesito potencial.
Por isso, nos próximos dias, ninguém se surpreenda com as várias reportagens e artigos, em jornais e sites formadores de opinião, falando cada vez melhor da Marina Silva e apresentando a ex-petista como “alternativa” para 2014.

Tava demorando...
A patrulha ideológica contra as Forças Armadas do Brasil estava demorando a se manifestar, aproveitando a onda das denúncias de espionagem do Caso Edward Snowden.
Agora, vem a esperada notícia de que o Exército Brasileiro monitorou com uma lupa os movimentos recentes nas ruas – inclusive usando técnicas empregadas pela Agência Nacional de Segurança dos EUA (demonizada por Snoden).
Usando um software nacional, o Centro de Defesa Cibernética do EB filtrou informações postadas nas redes sociais para identificar manifestantes que “lideraram” os protestos.
Só é importante frisar que o Exército agiu completamente dentro da legalidade, mas seus adversários ideológicos sempre aproveitam para falar mal de um competente serviço prestado pela força terrestre...


Ameaça?
“Movimentos reivindicatórios” e “Grupos de Pressão” já são apontados como “problemas” para a visita do Papa Francisco ao Brasil pela Agência Brasileira de Inteligência.
Mas o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General José Elito, já adverte que as manifestações não serão problema e devem ser encaradas com naturalidade.
Assim, os quase certos protestos só preocupam o prefeito carioca Eduardo Paes – alvo de muitos dos protestos junto com seu amigo e parceiro político Sérgio Cabral...
 
Para matar a gente de inveja...
Veja os mais recentes testes no mar do F35B, que faz decolagens curtas e pousos verticais no USS WASP - uma belonave de assalto anfíbio designada para embarcar uma unidade Expedicionária da Marinha norte-americana.
O navio é capaz de suportar, simultaneamente, aeronaves de asa rotativa e asa fixa STOVL e embarcações anfíbias de operações de terra.

Homenagem justa

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

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