DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-7-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Líder do Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN) apresentou apenas 20 projetos desde que tomou posse no primeiro mandato de senador, em 1987. Somados, foram 15 anos sem propor projetos, em seus 27 anos de Senado. Agripino atribui a assustadora média de 0,7 projeto por ano ao acúmulo das atividades como líder do partido, mas garante que apesar disso, seus projetos “são de qualidade”.

Dos projetos de Agripino Maia, cinco nasceram nos últimos dois anos. Bem abaixo da média de oito proposições anuais dos seus colegas.

Pesquisa encomendada pelo Planalto mostra que o mais desgastado governador desde os protestos de rua é Sergio Cabral (PMDB), do Rio.

Dilma foi aconselhada por sua assessoria a evitar contato com Sergio Cabral, para não ser “infectada” pela péssima imagem do governador.

A Brasil Terminal Portuário (BTP) investiu R$ 2 bilhões em um terminal na região da Alemoa, em Santos, para movimentar contêineres e granéis líquidos, que, pronto há sete meses, não recebe autorização do governo Dilma para funcionar. As dificuldades parecem ligadas ao tamanho das sócias da BTP, Maersk e MSC, gigantes do setor, que não parecem dispostas, digamos, a arcar com esse “custo Brasil”.

Centenas de navios esperam até 7 dias para atracar nos portos que operam com contêineres  E o Brasil segue perdendo competitividade.

As sócias do terminal BTP têm cerca de 500 navios cada uma, e dados assim parecem fascinar aqueles que podem autorizar o funcionamento.

A Secretaria de Portos diz faltar a homologação da Marinha e dragar o “berço”, onde os navios atracam, para o terminal funcionar. Ah, bom.

Dilma sofre um “ataque especulativo” em Porto Alegre (RS), sua cidade do coração: além de casa à beira do Guaíba, a curiosidade dos vizinhos aponta dois apartamentos dela no bairro Bela Vista.

Com salário de mais de R$ 16 mil e lotado no escritório do senador Blairo Maggi (PR-MT) no Estado, o coronel PM Eumar Novacki só este ano já gastou R$ 9 mil em passagens aéreas entre Brasília e Cuiabá, além de R$ 7 mil em diárias de alto valor e R$ 2 mil em combustível.

O deputado Mendes Thame (PSDB-SP) critica a economia engessada da gestão petista: “O gasto anual do governo FHC com funcionalismo público era de R$ 80 bilhões. Hoje, chega a R$ 215 bilhões”.

Amaldiçoados nas ruas pelos protestos de junho, os políticos vão se arriscar a ouvir novo sermão do Papa?



NO BLOG DO CORONEL

PF tem acordos com NSA e usa dados espionados pelos americanos.
Informações coletadas pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos são repassadas com frequência ao governo brasileiro, levaram à prisão diversos acusados de narcotráfico e apoiaram investigações sobre suspeitos de terrorismo. A confirmação sobre uma estreita parceria partiu de cinco policiais federais ouvidos pela Folha, três dos quais ex-ocupantes de cargos de direção na PF de Brasília, e também foi reconhecida pela Embaixada dos EUA no Brasil.
A ajuda também vem na forma de recursos financeiros. Levantamento feito pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação revela que os EUA repassaram ao Brasil, na vigência de seis acordos assinados de 1999 a 2008, um total de R$ 140 milhões, em valores corrigidos pela inflação. O dinheiro foi empregado em combate e prevenção ao narcotráfico, auxílio a investigações de lavagem de dinheiro e crime organizado e treinamento de pessoal. A PF não respondeu se outros acordos, cobertos por sigilo, continuam em vigor.
Em resposta a um questionário enviado pela Folha, a embaixada norte-americana limitou-se a confirmar: "A missão diplomática dos EUA tem uma estreita cooperação com as instituições de aplicação da lei no Brasil que inclui treinamentos, colaboração e planejamento". O governo dos EUA tornou-se alvo, a partir de informações vazadas à imprensa pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, de acusações de espionagem em larga escala com métodos ilegais, inclusive sobre cidadãos brasileiros. No entanto, os policiais brasileiros que recebem os dados dos EUA não têm condições de avaliar como foi obtida a informação.
RAPIDEZ
Para os brasileiros, conta muito a rapidez no acesso ao dado. A lista de passageiros de um voo, por exemplo, que demoraria até seis meses para ser obtida por canais diplomáticos, podia ser entregue pelos americanos em 15 minutos, diz o ex-chefe de Repressão a Entorpecentes da PF de São Paulo e hoje deputado federal Fernando Francischini (PEN-PR).
Ele confirmou uma antiga lenda que circula entre policiais, a de que agentes e delegados envolvidos na troca de informações sensíveis com a inteligência dos EUA são submetidos a exame de detecção de mentiras, feito pelos próprios americanos. "É verdade, eu mesmo passei. Foram umas 300 perguntas, se o policial se corrompeu, se defenderia a pátria até morrer", contou.
Francischini disse que muitas vezes as informações vindas dos EUA foram "decisivas" na solução de casos."Agora vem o governo fazendo cara de que nunca soube. Mentira.", afirmou. "[Os americanos] sempre atuaram no Brasil em parceria."
Os valores que os EUA repassam para o combate ao terrorismo são cobertos por sigilo, confirmou um ex-diretor que atuou na área e falou sob a condição de não ser identificado.Esses repasses teriam amparo legal em um acordo bilateral também sigiloso. Procuradas pela Folha, as assessorias da PF e do Ministério da Justiça não haviam se manifestado sobre o caso até a conclusão desta edição. (Folha de São Paulo)

Reforma política: PT comendo na mão do PMDB.

Uma disputa entre uma ala da bancada do PT mais alinhada com o PMDB e outra mais fiel ao próprio partido e ao Planalto está por trás da crise envolvendo o grupo que a Câmara dos Deputados criou na semana passada, para fazer reforma política - e cuja instalação foi adiada para esta semana para que os petistas possam resolver seus conflitos internos.
A bancada petista indicou o deputado Henrique Fontana (PT-RS) para representar o partido no colegiado, que tem 13 integrantes. Com a maior bancada da Casa, o PT tem a preferência para ocupar a coordenação. Em vez de confirmar Fontana no cargo, porém, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), indicou outro petista, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Desde então, os grupos que apoiam cada um deles se fustigam nas coxias do Congresso. O grupo contrário a Vaccarezza diz que ele driblou o próprio partido, cacifando-se para o posto no PMDB, com o qual, dizem, possui uma relação "íntima". Segundo esse grupo, o parlamentar é contra o plebiscito defendido pelo PT - e, também, contra a reforma política.
Do outro lado, o grupo anti-Fontana acusa o deputado gaúcho de ter sido um articulador político inábil como relator da comissão especial da reforma política na Câmara - posto que ocupa desde março de 2011. A crítica desse grupo é que, em mais de dois anos, Fontana não conseguiu convencer a maioria de seus pares a apoiar a reforma.
Vaccarezza tem, de longa data, bom trânsito no PMDB. Em 2011, ele se pôs de acordo com o próprio Henrique Alves sobre um rodízio na Presidência da Câmara na atual legislatura - o petista a ocuparia nos dois primeiros anos e Alves o sucederia nos dois últimos. A ideia foi derrubada dentro do partido. Ele era também uma das vozes do PT que diziam, antes da escolha de Fernando Haddad como candidato, que o partido não devia lançar candidato à Prefeitura de São Paulo em 2012, mas apoiar Gabriel Chalita (PMDB).
Na contramão do que pretendiam o Planalto e o próprio PT, mas na linha do que defenderam os líderes do PMDB, Vaccarezza disse, no dia 5 de julho, que , sobre a tese de que a reforma política deveria valer para 2014: "Digo e repito: não dá tempo de fazer isso agora. Tenho a coragem de dizer a verdade".
Um aliado de Vaccarezza afirmou ao Estado que era preciso escolher para o posto alguém "que tenha uma conciliação com o PMDB, que é nosso partido aliado, e não apenas bom trânsito com PC do B, PSB e PDT". Segundo essa fonte, o PT tem de fazer aliança "com o PMDB, o PSDB, o PSD e o DEM. Isso vai ter que ser votado no Congresso e precisamos de maioria". "O Vaccarezza foi líder do partido e do governo e tem bom trânsito com todos os partidos", acrescentou.
'Antirreforma'. Por sua vez, um aliado de Fontana diz que Vaccarezza está alinhado com o PMDB na proposta de fazer "a menor reforma possível". Ele pergunta: "Se o presidente da comissão é um cara antirreforma, qual reforma vai sair?".Na sexta-feira, o presidente do PT, Rui Falcão, conversou com Fontana, Vaccarezza e com o líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE), para sondar as "possibilidades de consenso entre eles".
"Não tem divisão, tem essa contradição. A bancada indicou uma pessoa para a comissão e o presidente está indicando um coordenador que é do PT. O PT seria o único partido a ficar com duas pessoas", afirmou, sinalizando que uma renúncia de Fontana não está descartada. Procurado, Vaccarezza disse não querer se manifestar até que a instalação do grupo esteja concluída. Fontana não retornou os contatos. (Estadão)


NO BLOG DO NOBLAT

Boa viagem, Juquinha!

O PT faltou ao Dia Nacional de Luta promovido pelas centrais sindicais.
Pensando bem, era só o que faltava: o partido que governa o país sair às ruas para cobrar do governo o que ele prometeu e não fez. Ou o que não prometeu, mas poderia fazer se quisesse.
As centrais apoiam o governo. Estão de prontidão para socorrê-lo em qualquer aperto. Mas elas devem o mínimo de satisfação aos seus associados.

Segura o choro, Cabral!

O Dia Nacional de Luta foi um fracasso. Tanto maior porque pode ser comparado com o recente movimento liderado por jovens que cobram passe livre nos ônibus.
Um brotou espontaneamente. Aderiu quem quis. E os que aderiram poderão dizer: "Eu participei das maiores manifestações populares da história do Brasil em pouco mais de 500 anos".
O outro movimento nada teve de espontâneo. Parecia a projeção em preto e branco de um filme antigo, como observou o jornalista Ricardo Kotscho, ex-assessor de Lula.
Com uma diferença: no passado, o vermelho que coloria as ruas era monopólio do PT. Hoje, o vermelho que se vê aqui e acolá foi providenciado por outros partidos.
A militância do PT tem mais o que fazer. Está empregada. Parte dela muito bem empregada.
Há pelo menos duas frases exemplares cometidas nos últimos 10 dias por figurinhas carimbadas da República. Reunidas e explicadas, ilustram o estado de coisas que uma quantidade crescente de brasileiros gostaria de empurrar para sempre esgoto a dentro.
"Eu sou de carne e osso e preciso, vez por outra, de um descanso", afirmou Cid Gomes, governador do Ceará, a propósito de uma viagem à Ásia.
Em junho último, quando multidões irrompiam por toda parte, Cid embarcou para uma viagem de 14 dias com destino a Coreia do Sul. Tinha compromissos oficiais por lá.
Uma vez na Europa, esqueceu a Coreia, divertiu-se o quanto pode na companhia de amigos e até encarou um cruzeiro pelo Mediterrâneo. Na ausência de Cid, o vice dele voou à Israel e Arábia Saudita. A trabalho. E também para repousar.
A segunda frase: "Não sou o primeiro a fazer isso no Brasil. Outros fazem também", defendeu-se Sérgio Cabral, governador do Rio e alvo de uma reportagem publicada pela VEJA.
A revista descobriu que Cabral usava helicóptero do governo, comprado por quase R$ 20 milhões, para fazer diariamente um trajeto de não mais do que 10 minutos entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o palácio onde despacha.
Às sextas-feiras, o helicóptero chegava a voar cinco ou seis vezes entre o Rio e o município de Mangaratiba, onde Cabral tem uma casa de praia.
Cabral seguia no último voo. Nos anteriores, sua mulher, filhos e amigos deles, babás e o cão Juquinha.
O mesmo número de voos se repetia no domingo, de volta de Mangaratiba. Aumentava quando se esquecia algo. Como um vestido da primeira-dama resgatado por uma babá em voo extra.
“O governador Sérgio Cabral encara como uma perseguição ao seu mandato informações que soem como ‘denúncias’ quanto ao uso de helicópteros do Estado”, advertiu nota distribuída pela assessoria dele.
Ninguém ligou. O tempo não anda bom para os lados de Cabral.
Então outra nota anunciou que doravante Cabral irá trabalhar de carro. Os voos para Mangaratiba foram mantidos. Às nossas custas, naturalmente.
Cabral só se preocupa com valores do tipo moral, ética e decência quando flagrado atropelando algum deles. Ou todos ao mesmo tempo.
Aí finge que mudará seu comportamento. E até inventa código de ética que não sai do papel.
Mas não muda de comportamento, como se vê.
Porque ele sempre foi assim desde que escolheu a política como meio de sobrevivência. E nada sugere que deixará de ser assim.


PT perde apoio na periferia paulistana, seu ‘núcleo duro’ eleitoral

Roldão Arruda, Estadão
A onda de descrédito que se voltou contra todos os partidos e políticos nas manifestações de junho atingiu em cheio um dos mais importantes e tradicionais redutos eleitorais do PT no País: a periferia de São Paulo. Pesquisas internas realizadas antes e após os protestos de rua, entre o início de maio e o final de junho, sinalizam uma queda abrupta da preferência do eleitorado pelo PT em toda a capital paulista. Variou de 34% para 22%.
O mais preocupante para as lideranças partidárias, porém, é que essa queda não poupou a periferia. Ali, onde a preferência petista sempre se mantém acima da média, a pesquisa de junho apontou um índice em torno de 23%, com pequenas variações de uma região para outra. Os números foram apresentados a líderes petistas, na tarde de sábado, 13, durante o encerramento de uma série de reuniões de diretórios regionais da capital, dentro do programa denominado Caravanas 2013.




Polícia aponta envolvimento de políticos de Rondônia com traficantes

G1
Reportagem do Fantástico mostra aquilo que, segundo a polícia, é um novo tipo de corrupção: o caso da deputada que registrou, em cartório, os favores que faria para os traficantes que bancaram a campanha dela. A deputada, e outros políticos, são apontados, por uma detalhada investigação policial, como recebedores de dinheiro do crime.As escutas mostram o dinheiro do crime financiando políticos.
Ao todo, 53 pessoas foram presas até agora, numa grande operação da Polícia Civil. Entre eles, estão empresários e funcionários fantasmas. Três vereadores de Porto Velho, a capital de Rondônia, também foram para a cadeia. Além dos vereadores, cinco deputados estaduais foram afastados do cargo, suspeitos de participação no esquema. Hermínio Coelho, presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia está entre eles. As investigações indicam que ele contratou, pelo menos, 10 funcionários fantasmas, no atual mandato.



NO BRASIL ACIMA DE TUDO

Tempo de anomia
Por Percival Puggina

O Brasil está à beira da anomia. Em relação aos poderes de Estado, o povo perdeu a fé, a esperança, e a caridade. Isso é anomia, ou seja, desintegração das normas que regem as condutas e garantem a ordem social. O povo chegou ao ponto de saturação e simplesmente não suporta mais tanta improbidade, corrupção, indignidade e incoerência. Já o Estado, diante do que vê nas ruas, dá mostras de completa desorientação. Seria tão simples – não é mesmo? – reger com probidade, dignidade e coerência! Não haveria mensalão, nem mensalinho, nem emendas parlamentares como moedas de troca no balcão do poder, nem jatinhos, nem jatões para assistir missa em Roma, nem Renan presidiria o Senado (quanta desfaçatez!), nem tantos ministérios, nem companheiros nos tribunais, nem tanto abuso de direitos, nem tamanha distância entre o modo de vida dos frequentadores do salões do poder e o modo de vida do povo, nem tanta incoerência entre o piso que se prometeu ao magistério e os vencimentos que a ele se paga. Asseguro-lhes, sob condições singelas, o povo não estaria nas ruas.
O governo Dilma é um morto-vivo que respira por aparelhos. Aparelhos políticos, tutelados pelo poder. E por uma enxurrada de anúncios bilionários proclamados, para auditórios nervosos, em aparições ectoplasmáticas. Aparições que soam fúnebres, do tipo – “reúne a família que a hora está próxima”. São eventos cujas imagens me trazem à lembrança a famosa foto de Tancredo Neves entre seus médicos no Hospital de Base de Brasília. O dinheiro não compra tudo, presidente. Read more (continue lendo clicando aqui)





















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