DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-7-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


A causa do rombo das contas da Previdência

Um jornalista – após 35 anos de serviços prestados – aposenta-se pelo INSS com proventos mensais de R$ 3,5 mil.
Uma economista da Secretaria de Planejamento do Governo do Ceará vai para a aposentadoria com proventos de R$ 15 mil.
Eis a causa do rombo das contas da Previdência.
O regime previdenciário privado – o do INSS – não tem déficit.
O regime previdenciário público – que inclui os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – tem um gigantesco e crescente déficit, que é pago pelo dinheiro de cada um dos brasileiros comuns.
Um dia isso essa conta vai estourar.
Nesse dia, haverá choro e ranger de dentes.

TIM castiga seus clientes

Talvez como forma de contribuir para também protestar contra o que está fora da Ordem e do Progresso no Brasil, a operadora de telefonia móvel TIM – que quer dizer Telecom Italia Mobile – castigou ontem seus clientes com a suspensão dos seus serviços em todo o Ceará e em outros estados do Nordeste.
O castigo durou da madrugada ao inicio da tarde – tempo ao longo do qual os portadores de celular da TIM ficaram impossibilitados de usa-lo.
Isto não é tudo.
A Operadora GVT, que está pendurando seus cabos nos postes de luz e de telefonia em Fortaleza, deu-se 48 horas para consertar um defeito causado por um caminhão do tipo baú que arrancou sua fiação na rua Eduardo Bezerra, interrompendo o serviço de telefonia fixa e de tevê por assinatura.
A qualidade do serviço de telefonia no Brasil está piorando.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

O governo dos Estados Unidos instalou há vários anos uma central de comunicações em discreto edifício comercial no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, em Brasília, agora sob suspeita de ter sido utilizada na espionagem a brasileiros revelada por Edward Snowden, ex-agente da NSA, Agência de Segurança Nacional do governo dos EUA. A central foi localizada pelo portal DiariodoPoder.com.br.

A central de comunicações dos EUA é protegida com grades no comércio local. Vizinhos dizem ter visto “muitas máquinas” por lá.

No Lago Sul funciona, segundo Hector Torres, o Information Programs Officer da Embaixada (IPO), que pode ser braço de arapongagem.

A embaixada dos EUA tem 20 mil metros quadrados, mas alugou salas a 13 km de distância, sem placa na porta, para sua “central de rádio”.

Descoberta pelo Diário do Poder, a proprietária do prédio comercial, Vivianne Davis, disse que ali há só uma das várias “centrais de rádio”.

As manifestações ontem da base alugada dos sindicatos ganharam apelido na Rede: “A Marcha dos Vadios”.

Ainda é mistério o pouso de um avião da Força Aérea Venezuela na noite de segunda (8) em Campo Grande (MS), descarregando “muita bagagem”. Embarcaram mais de 200 civis. A Aeronáutica confirmou que a aeronave fez “parada técnica”, a caminho do Uruguai.

Escândalo no tradicional Deutsche Bank: sumiram do balanço cerca 3,3 bilhões de euros emprestados ao Banco do Brasil e a banco italiano. Empréstimos fraudulentos a bancos chegam a 395 bilhões de euros.

O vice-governador Jackson Barreto espalhou por Sergipe cartazes enormes em que aparece ao lado da presidenta Dilma. Mas depois das últimas pesquisas, com madame ladeira abaixo, os cartazes sumiram.

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) não vê a hora de Aloizio Mercadante (Educação) assumir a chefia da Casa Civil. Ele teme levar rasteira na briga petista pela candidatura ao governo de São Paulo.

Pronto para votação, “dorme” no Congresso projeto de 2003 do atual líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), proibindo criação de novos cursos médicos dada a “má qualidade” do ensino e a relação médico por habitante acima do índice internacional.

Parlamentares propuseram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) a suspensão do recesso, antes que a presidenta Dilma lhes passe rasteira e convoque sessões extraordinárias.

…o encontro de Lula com Dilma foi tão secreto, mas tão secreto, que nem ele acredita.



NO BLOG DO CORONEL

Não há dinheiro que pague a independência do Legislativo.

É bom que os deputados e senadores fiquem atentos: a Presidência da República vai abrir a temporada de compra de votos no Congresso, na forma de liberação das emendas. Qual o objetivo? Retomar o protagonismo perdido, para aprovar medidas que devolvam a popularidade perdida pelo PT e por Dilma. Como o objetivo é culpar deputados e senadores pela revolta popular, recuperando a imagem presidencial, este dinheiro fácil pode ser a perdição total e completa do parlamentar. O povo está atento. O povo está olhando o Congresso com lupa. Senhor deputado e senhora deputada, senhor senador e senhora senadora: não vendam seu futuro para salvar um governo moribundo. O PT não tem nem 20% dos votos da Câmara e do Senado. 80% dos parlamentares podem ter todas as emendas liberadas sem vender a sua alma ao diabo. Basta aprovar o que o povo está pedindo e que Dilma e o PT, até agora, não ouviram. O Congresso está no comando e não deve abrir mão dele, em nome da democracia e em defesa do povo que o elegeu.  

Legislativo 10 x 0 Executivo.

Sem dúvida alguma, o Congresso Nacional está dando as melhores respostas após os protestos de junho. Apesar dos jatinhos de Renan Calheiros e Henrique Alves, a pauta popular andou e andou rápido. Vários projetos foram aprovados e outros engavetados de vez. Já o Executivo, vaiado também pelos prefeitos, adotou medidas e vetos que afrontam o Legislativo, a quem tentou, desde o início, culpar pelas manifestações populares. Caiu a constituinte exclusiva. Caiu o plebiscito. A reforma politica será feita no Congresso. Ontem, as centrais sindicais insufladas por Lula e apoiadas por Dilma infernizaram as ruas e rodovias, ato que apenas complica mais a imagem do governo petista em relação à mobilidade urbana. Sem falar na economia, onde os juros subiram de novo e o FMI informou que o Brasil é o país que teve a maior queda nas projeções crescimento. Pela crise econômica, Dilma, Mercadante e o PT não podem culpar deputados e senadores. Aliás, se já estava ruim, imaginem agora que a Venezuela passa a presidir o Mercosul, os presidentes bolivarianos incluindo Dilma, reunidos em Montevidéu, vão fazer uma nota contra os EUA e renegar o acordo comercial com  a União Europeia. Enquanto o Congresso ouve as vozes, Dilma ouve as vaias das ruas. 

Congresso volta a ter última palavra sobre vetos, enfraquecendo Presidência.

Sob ameaça de aliados e oposicionistas poderem retomar a chamada "pauta-bomba", o Congresso aprovou ontem um novo sistema de votação dos vetos presidenciais.Conforme o modelo, todos os vetos da presidente Dilma Rousseff a partir de 1º de julho deste ano deverão ser analisados em até 30 dias --prazo previsto na Constituição, contando a partir da data de publicação dos vetos.Se isso não ocorrer, o Congresso ficará com a pauta trancada até sua apreciação.A análise desses vetos começa em agosto. Também ficou definido que os congressistas farão sessões todos os meses, de preferência na terceira terça-feira de cada mês, para a votação dos vetos.
No modelo em vigor, como os vetos não são analisados pelo Congresso, o Planalto acaba tendo a palavra final sobre decisões do Legislativo --já que os vetos de Dilma não são derrubados pelos deputados e senadores. O novo modelo enfraquece o poder da presidente, que passará a ter suas decisões submetidas ao crivo dos congressistas.Entre os vetos da "pauta-bomba" está o fim do fator previdenciário, cuja manutenção foi defendida ontem pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves: "O fim do fator previdenciário, se ele não for substituído adequadamente, é desastroso para as contas da Previdência".
 
VETOS ANTIGOS
Apesar desse entendimento sobre os vetos futuros, alguns aliados, como o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), disseram que há dúvidas sobre o que ocorrerá com os mais de 1.700 vetos que aguardam apreciação há dez anos. O entendimento firmado ontem por líderes da Câmara e do Senado é que eles serão "engavetados" e a análise ficará a cargo do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).Segundo Cunha, não há compromisso com o engavetamento desses vetos. "Não morreram, estão apenas no CTI. De repente, podem ganhar um balão de oxigênio e sobreviver. Tudo vai depender da vida como ela é."
O vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, disse que o acordo é que "os vetos do passado ficam no passado". Por pressão de Cunha, ficou acertado ainda criar uma comissão mista de três deputados e três senadores para analisar os vetos, como previa o texto inicial da Câmara.
Os vetos poderão ser analisados pelo plenário, de acordo com a proposta, independentemente do relatório da comissão mista. A ideia é que já cheguem ao plenário com parecer pela derrubada. Para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), a medida retoma para o Congresso o protagonismo na palavra final no processo legislativo. (Folha de São Paulo)

Para receber Papa, Rio contrata "reforço" de R$ 7,6 milhões em Saúde.


Atenção, cariocas! Aproveitem a vinda do Papa e corram para os hospitais e postos de saúde... Durante sete dias, o caos da Saúde vai melhorar no Rio...
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai investigar os gastos do governo do Estado com a Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho no Rio. Um inquérito civil público foi instaurado e informações oficiais sobre os gastos do governo com o evento foram solicitadas à Casa Civil do Estado.Na última terça, o Ministério Público já havia protocolado uma ação civil pública para suspender o edital de licitação da Prefeitura do Rio para contratar serviços médicos estimados em R$ 7,8 milhões. Inicialmente, o serviço seria pago pela organização do encontro. Nota divulgada ontem no site da Jornada questionou a ação civil pública que contesta o auxílio municipal no atendimento médico e afirma que a Promotoria se baseia em uma "falsa premissa" ao considerar a Jornada um evento privado.
 
Observação: o site da JMJ informa que a Justiça indeferiu a ação civil pública do MP. Leia aqui.


NO BLOG DO NOBLAT

Os ruídos da resposta

Míriam Leitão, O Globo
A ideia inicial do governo era, no Dia Nacional de Lutas, mostrar que ainda tem controle sobre as ruas, através das centrais sindicais que, direta ou indiretamente, estão ligadas a ele. Mas o balanço é melancólico. Houve confusão, mas não adesão popular. Não foi uma demonstração de força do trabalhismo oficial, e vários lemas foram até hostis ao governo.
O governo pensou que estrelas seriam lustradas, bandeiras, sacudidas, e o PT e os partidos da coalizão governamental exibiriam controle majoritário no movimento social organizado. Mas foi uma manifestação bem mais vazia do que imaginaram, e os interesses defendidos foram diversificados.


Os médicos que protestaram mostraram sua discordância em relação às últimas propostas para o setor, como a contratação de médicos estrangeiros e os dois anos obrigatórios de serviço ao SUS.
Os professores querem mais dinheiro para educação. Os portuários querem aumento salarial e reivindicam pontos que não foram contemplados na Lei dos Portos.
Houve bandeiras diversas, nenhuma defendendo o governo da posição enfraquecida em que se encontra. Não foi o que Brasília sonhou que fosse, no primeiro momento.
As próprias centrais sindicais, mesmo todas juntas, como CUT, CGT, Força Sindical, entre outras menos votadas e representativas, mostraram que não conseguiram fazer sombra à força da participação espontânea, quando ela irrompeu em junho.
O movimento, quando aconteceu, deixou as centrais confusas. Achavam que tinham o monopólio de levar manifestantes para as ruas e foram surpreendidas. O movimento de ontem foi convocado para mostrar que elas ainda sabem como encher avenidas com seus seguidores.
O que mais impressionou no Dia Nacional de Lutas foi o uso abusivo do que é cada vez mais comum nos últimos tempos: bloqueio de rodovia como ato de protesto. Isso, seja qual for o motivo da reivindicação, cria uma série de problemas para o país, limita o direito de ir e vir, afeta o escoamento do abastecimento de produtos, que é majoritariamente rodoviário. E, como se viu ontem, virou a forma mais comum de protesto.

Leia a íntegra em Os ruídos da resposta


Procuradoria investigará Renan e Garibaldi por uso de voo da FAB

Ricardo Brito, Estadão
O Ministério Público Federal em Brasília decidiu abrir investigações preliminares contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo), e o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), sobre o eventual uso irregular de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). A determinação é a mesma adotada pela Procuradoria na sexta-feira passada, 5, em relação ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que usou avião oficial para ir com parentes e amigos assistir à final da Copa das Confederações, no Maracanã.
A apuração contra Renan Calheiros foi aberta nesta quarta-feira, 10, e ficará a cargo do procurador da República Igor Nery Figueiredo, do 2º Ofício do Patrimônio Público. O presidente do Senado usou o avião da FAB para ir ao casamento da filha do líder do PMDB na Casa, Eduardo Braga (AM), em meados de junho.



Ex-executivo do JP Morgan admite lavagem de dinheiro na Argentina

O Globo
O ex-vice-presidente do banco JP Morgan na Argentina Hernán Arbizu compareceu nesta quinta-feira à Justiça em Buenos Aires para responder a um processo sobre lavagem de dinheiro. Admitindo culpa nas transações e se mostrando arrependido, Arbizu disse ao juiz Sebastián Casanello que ajudou grandes grupos do país nessa prática, que classificou como “um câncer da sociedade argentina”.
Em entrevista à rádio Vorterix, Arbizu disse ter entregue uma completa documentação das operações, bem como nomes das empresas envolvidas e números de contas bancárias que comprovam a evasão:
— Sei que cometi fraudes e que elas prejudicaram toda a sociedade. Ajudei grandes grupos econômicos a lavar dinheiro.


NO BLOG DO JOSIAS

Jarbas: ‘Presidido por um dos alvos das ruas, o Senado vive falsa sensação de dever cumprido’
Em entrevista ao blog, o senador Jarbas Vasconcelos disse que o Senado tornou-se uma Casa de fantasia. “É presidido por um dos alvos das ruas e vive uma falsa sensação de dever cumprido.” Na avaliação de Jarbas, Renan Calheiros faz “um esforço sobre-humano pra ficar bem com a opinião pública.” O senador acha, porém, que isso não é possível.
Por quê? “Uma das reivindicações das ruas é a saída dele da presidência do Senado”. Jarbas recorda que, ao reassumir o posto que abdicara em 2007, Renan “subestimou um abaixo-assinado com de 1,6 milhão de assinaturas. Alegou que era coisa da internet. Agora a internet foi pras ruas.”
Jarbas tornou-se no Senado um personagem incômodo. Tenta levar a voto a sua PEC 18 –ou ‘PEC dos mensaleiros’, como apelidou. Trata-se de uma proposta de emenda à Constitução que torna automática a cassação de congressistas condenados no STF por improbidade ou crimes contra a administração pública.
Jarbas não conseguiu enfiar sua PEC dentro da “agenda positiva” de Renan Calheiros. Mas seus discursos e apartes passaram a soar no plenário do Senado como maquininha de dentista. Nesta semana, Jarbas bateu ponto na tribuna. Dicursou na segunda, na terça, na quarta e na quinta. Nesta sexta, a maquininha voltará a zunir. O som é uniforme: PEC 18, PEC 18, PEC 18, PEC 18…
Na noite passada, Renan deu por encerrada a primeira fase da agenda que montou para saciar as ruas. Falando aos colegas, jactou-se da produção do Senado. Jarbas não se conteve. Do microfone de apartes, dirigiu cobranças a Renan e críticas azedas aos senadores que, a seu juízo, ajudaram seu desafeto a desconversar sobre a PEC 18.
Jarbas investiu contra Eduardo Braga, líder do governo no Senado e relator da sua PEC na Comissão de Constituição e Justiça. Alvejou também o presidente da comissão, Vital do Rêgo, responsável pela escolha de Braga para o papel de relator. Seguiu-se um rififi verbal. Suprema ironia: Jarbas, Renan, Eduardo e Vital pertencem ao mesmo partido: PMDB.
A broca de Jarbas abre, por assim dizer, uma cárie no esmalte que Renan tenta passar na própria imagem. No penúltimo lance da contenda, Jarbas jogou no colo do presidente do Senado, com a ajuda do amigo Randolfe Rodrigues, líder do PSOL, um requerimento assinado por 99% dos líderes partidários do Senado. Eles pedem a apreciação da PEC 18. Vai abaixo a entrevista de Jarbas.
— O que prevê a PEC 18? Essa PEC surgiu em função da discussão do presidente do Supremo, o Joaquim Barbosa, com os presidentes da Câmara, o Marco Maia e o sucessor dele, Henrique Alves. Os dois lados se dizem aptos a declarar a perda de mandatos de parlamentares condenados. A PEC elimina qualquer tipo de dúvida. Estabelece que a palavra final sobre a cassação dos mandatos é do Supremo em todos os casos de condenação por improbidade administrativa ou crimes contra a administração pública. Nesses dois casos, a cassação seria automática. Evitaríamos cenas constrangedoras como as proporcionadas por esse deputado de Rondônia, o Natan Donadon. Condenado pelo Supremo, estava no Congresso. Recebeu ordem de prisão e foi para a cadeia como deputado. Até que a Câmara o casse, continua com o mandato. É constrangedor. A PEC acabaria com isso. Estabelece que cabe à Câmara e ao Senado simplesmente referendar as decisões do Supremo.
— Quando foi apresentada a PEC? Apresentei em abril. Em maio, procurei o Vital do Rêgo, presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Passaram-se mais de 20 dias e ele ainda não tinha designado um relator. Tomei a liberdade de sugerir o Aloysio Nunes Ferreira, líder do PSDB. Disse a ele que Aloysio é inatacável, uma pessoa que não tem denúncia contra ele, não responde a inquérito no Supremo. É figura destacada nessa legislatura. Usei essas palavras.
— E ele? Foi muito atencioso comigo. Mas não disse sim nem não. Uma semana depois, vi um despacho dele na Comissão de Justiça indicando como relator o Eduardo Braga, líder do governo. Conversei com um assessor do Eduardo, que conheço apenas pelo primeiro nome: Roberto. Ponderei que isso não daria certo para o Eduardo Braga, porque ele responde a inquérito no Supremo. Não seria uma coisa boa pra ele. Imaginei que o recado seria dado, já que eu estava falando com uma pessoa do gabinete dele. Conversei também com o Vital do Rêgo. Disse a ele: olha, houve um erro nisso aí. Sugeri o Aloysio. Você pode acolher ou não, tudo bem. Mas você indicou uma pessoa que tem inquérito no Supremo. Um inquérito acolhido agora, em maio.
— Qual foi a reação do senador Vital a essa observação? Ele fez ouvidos de mercador. Eu pedi pressa. Isso tudo aconteceu numa fase em que as ruas estavam vazias. Os protestos ainda não existiam. Disse a ele que era um assunto importante, que seria bom se a gente votasse. E fiquei em cima dele.
— Não falou com Eduardo Braga? Fui a ele também. Não falei nada sobre o inquérito dele no Supremo. Pedi apenas que fosse célere. Ponderei que a proposta era importante. Ele respondeu que já estava vendo. Disse que já tinha encomendado à assessoria dele um parecer. Eu disse: mas é muito simples, Eduardo. Minha PEC não tem nenhum mistério. Apenas define uma interpretação, para acabar com essa conversa de que a Câmara tem a palavra final na cassação de parlamentar condenado pelo Supremo.
— A PEC caminhou? Não. Ficou na mesma. Até que vieram as ruas, em meados de junho. Aí foi um corre-corre. O Renan parecia que ia atropelar tudo. Chegou a dizer até que não teria mais o recesso de julho. Montou uma tal de agenda positiva. Eu pedi que a PEC 18 fosse incluída nessa agenda. Desde então, vivo uma saga. Só nesta semana, fui para a tribuna na segunda, na terça, na quarta e na quinta. E nada. Se querem uma agenda positiva, nada pode ser mais positiva do que essa PEC dos mensaleiros. Nesta sexta, voltarei à tribuna. E na segunda. E na terça. E na quarta…
— Como reage o senador Renan? Fez cara de paisagem todas as vezes que mencionei o assunto no plenário. No começou, ele disse que tinha que ser aprovada na comissão de origem antes de chegar ao plenário. Aí eu fui à comissão. E quebrei a cara. Falava com o presidente [Vital do Rêgo] e com o relator da PEC [Eduardo Braga]. E nada.
— A agenda dos últimos dias incluiu uma outra PEC, referente aos suplentes de senador. Ela passou pela comissão de origem? Não. Esse assunto foi votado duas vezes. Na primeira, o relator, Luiz Henrique da Silveira, deu o parecer direto no plenário. Foi rejeitada a proposta. No dia seguinte, apareceram com outra, relatada também em plenário pelo senador Francisco Dornelles. Foi um arranho. O Dornelles fez esse arranjo com o sentimento de que o Senado precisava  resolver o problema. Fez para tirar o Senado da zona de crítica em que entrou com a rejeição da primeira proposta. Mas foi um arranjo.
— Portanto, mediante acordo, sua PEC também poderia ser relatada diretamente no plenario, não? Claro. Tudo no Congresso depende de decisão política para caminhar. Esse argumento de que teria de passar pela comissão de origem é uma bobagem enorme. Eles não querem votar. O presidente da Comissão de Justiça mentiu. Mentiu pra mim e voltou a mentir no plenário. O sujeito passa dois meses com uma proposta pra ser relatada e vem com a conversa de que é normal. É normal coisa nenhuma!
— Por que acusa o senador Vital do Rêgo mentir? A PEC foi encaminhada para o Eduardo Braga no dia 13 de maio. Neste final de semana complete 60 dias. Pelo regimento, ele teria 30 dias para apresentar o relatório. Ora, se não relatou nesse prazo, tinha que ter devolvido. Se não devolveu, o presidente da comissão teria de requerer e designar outro relator.
— O senador Vital afirma que o sr. demorou oito meses para entregar o relatório de um projeto que lhe foi confiado. Houve isso? Rebati de pronto. Era uma proposta que, se a memória não me trai, tratava da regulamentação de escuta telefônica feita pela polícia. O ministro da Justiça, que era o atual governador do Rio Grande do Sul, o Tarso Genro, me procurou. Foi pessoalmente ao meu gabinete. Pediu que eu sustasse a leitura do relatório porque havia a possibilidade de construção de um entendimento. Foi retirado da pauta porque atendi a uma solicitação do Ministério da Justiça. Depois, o ministro mandou três assessores para discutir conosco, dos quais dois eram muito bons. Ajudaram bastante. Fizemos um trabalho conjunto. Foi aprovado por unanimidade. Ao mencionar esse episódio, ele [Vital] foi incorreto de novo.
— O sr. tinha bom relacionamento com o senador Eduardo Braga, não? Tinha, é verdade. Ele participou de algumas reuniões em minha casa, quando tentamos estruturar um grupo de senadores interessados em fazer a Casa avançar. Eu disse a muita gente, inclusive a você, que o senador Eduardo Braga estava acima da média do PMDB.
— Por que teve essa impressão? Além de ser uma pessoa muito articulada, ele tinha objetivos claros. Queria ir pra cima do Renan, do Sarney. Dizia que eram personagens muito ruins. Fiz uma visita a Manaus. Ele me recebeu. Nessa época ele dizia que queria mudar os rumos do PMDB. Nas nossas reuniões, era um dos críticos mais contundentes das práticas do partido. Depois deu tudo pra trás. Numa reunião, veio falar de cargos. Eu disse: vou ficar calado, porque essa não é a minha praia. Sou dissidente, não tenho participação nisso. Hoje está claro que ele não queria mudar coisa nenhuma. Buscava um espaço onde pudesse se encaixar. Conseguiu. Quando ele foi escolhido para líder do governo, eu cheguei a louvar a escolha. Disse isso publicamente. Eu não tinha nenhum pé atrás com ele.
— O que mudou? Fui percebendo as coisas. E agora me irritei com a tentativa de me ludibriar. Eles tentaram me engambelar. Pensaram que eu fosse um qualquer. Acharam que fariam comigo o que fazem com os outros. Queriam me fazer de bobo, de idiota. E imaginaram que eu iria engolir tudo calado. Não me conhecem. Esse jogo de empurra tem limites. Comigo não!
— O sr. declarou que a agenda positiva do Senado foi uma lorota. Não exagerou? Não é exagero nenhum. Foi lorota mesmo. Um engodo. O que adianta você aprovar um projeto que tipifica o crime de corrupção como hediondo se você não consegue aprovar uma PEC que dá celeridade às punições? O que importa mais, oferecer meios de acelerar a punição ou arrumar uma tipificação pomposa para o crime? O que precisamos fazer é combater a impunidade. Um dos principais fatores que levaram as pessoas às ruas foi uma irritação generalizada com a impunidade. A aversão à impunidade unifica todo mundo: jovens, velhos, pobres, ricos, tudo mundo.
— Portanto, mantém a avaliação de que agenda positiva é lorota? Sem nenhuma dúvida. Renan está fazendo um esforço sobre-humano pra ficar bem com a opinião pública, como se isso fosse possível.
— Não é possível? Claro que não. Uma das reivindicações das ruas é a saída dele da presidência do Senado. Mas ele, ao se recandidatar ao cargo, já subestimou um abaixo-assinado de 1,6 milhão de assinaturas. Alegou que era coisa da internet. Agora a internet foi pras ruas. E o resultado apresentado como suposta resposta às ruas foi precário, medíocre e improvisado. O Senado vive uma fantasia. É presidido por um dos alvos das ruas e vive uma falsa sensação de dever cumprido. Isso tudo é conversa pra boi dormir.
— Não leva em consideração a aprovação de propostas como a PEC das domésticas e a mudança do rito de apreciação dos vetos presidenciais? Em relação a esses pontos, os senadores não fizeram nada além de cumprir com a obrigação. Esse tipo de trabalho deveria ser permanente. Houve aqui um fingimento. Disseram: ‘Ah, vamos votar todos os dias, inclusive às segundas e sextas.’ Conversa fiada. Não houve quórum para aprovar nada relevante. Agora volta tudo ao que era antes. Aqui, só há votação na terça e na quarta. Nem na quinta se vota mais. Virou tradição.
— Na sua opinião, por que Eduardo Braga se absteve de relatar a PEC 18 a despeito desse pano de fundo conturbado? Ele agiu assim por corporativismo e em causa própria.
— Causa própria? Claro. Não poderia nem ter aceitado a relatoria da proposta. Responde a inquérito no Supremo. O relator é o ministro Gilmar Mendes, que recebeu a denúncia no dia 2 de maio. Renan Calheiros também foi denunciado pelo procurador-geral. Nesse caso o relator é o ministro Ricardo Lewandowski.
— Está convencido de que o fato de os dois serem alvos de denúncias no Supremo foi decisivo para que a PEC 18 não caminhasse? Não tenho mais dúvidas disso. E tem outra coisa que as pessoas não estão se dando conta. Falei na tribuna no discurso que fiz nesta quinta-feira. Há uma conversa no Congresso de aprovar uma proposta acabando com o foro privilegiado para políticos.
— Isso é ruim? É péssimo. O nome é pomposo e provoca repulsa. Foro privilegiado soa mal. Houve uma época em que isso realmente representava um privilégio. O sujeito era denunciado e o processo era engavetado. O mensalão foi um divisor de águas nessa matéria. Houve o julgamento. As condenações impressionaram. Agora temos um deputado preso, o Donadon. Então, é preciso raciocinar: acabou o privilégio. De repente, começam a falar aqui em eliminar o foro privilegiado. Pra quê? Ora, pra devolver os processos contra parlamentares à primeira instância, onde ninguém vê nada, onde a imprensa não consegue acompanhar, onde as possibilidades de recurso são infinitas. É muito mais fácil pressionar um juiz singular do primeiro grau do que onze ministros do Supremo.
— Foram encaminhados ao senador Renan dois requerimentos: um, assinado por quase todos os líderes, pede uma pauta especial para votar a PEC 18 no plenário. Outro é assinado individualmente pelo sr.. Que resultados espera obter? Falarei sobre isso no discurso que farei no plenário nesta sexta-feira. Como você disse, são dois requerimentos. O dos líderes foi assinado por todos. Só não assinaram o Paulo Davim, do PV, que tinha viajado; e o líder do PT, que não quis procurar para não criar constrangimento. O senador Randolfe Rodrigues [líder do PSOL] apresentou esse requerimento. O Renan disse que submeterá a voto na terça-feira. Estarei lá. Se o requerimento for derrotado, vou pedir verificação nominal da votação. Farei isso para que fique registrado no painel quem é contra o corporativismo no Congresso e quem é a favor do corporativismo. A sociedade precisa saber quem não quer votar a PEC dos mensaleiros. O outro requerimento, assinado por mim, pede o cumprimento do regimento. Prevê o seguinte: se o relator designado não apresenta o relatório, o presidente tem de requerer o projeto de volta e nomear outro relator. Nesse caso, o relatório é lido no plenário.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
O TIGRE DE PAPEL VERMELHO
Um balanço da manifestação organizada pelas centrais sindicais, todas elas ligadas diretamente ao PT, serve para dar a dimensão real do próprio PT. O nível de adesão foi diminuto, conforme atesta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Tanto é, conforme noticiam os jornais desta sexta-feira, os sindicatos petistas pagaram até R$ 70,00 (segundo a Folha de S. Paulo desta sexta) para pessoas figurarem como manifestantes na av. Paulista.
Quando o Lula e seus sequazes ameaçam colocar o povo na rua, por meio da mobilização dos tais movimentos sociais, como MST, MPL, UNE e correlatos, trata-se de uma farsa e marquetagem mentirosa.
E notem que até a noite desta quinta-feira a maioria dos veículos da grande mídia ainda falava em 'greve geral'. Que greve? Onde? 
A verdade é que o chamado do PT à greve foi alimentado à farta pelo jornalismo de aluguel que domina as redações da esmagadora maioria dos meios de comunicação. Até o gigante Jornal Nacional foi generoso em reportar aquela que seria uma greve geral e uma grande manifestação.
Em São Paulo, que é a maior capital do Brasil e um dos maiores aglomerados populacionais do mundo, cuja área metropolitana tem população estimada em 19 milhões de habitantes, o número de manifestantes na av. Paulista, o ápice do evento, reuniu cerca de 7 mil pessoas.
Tudo não passou de ilusão. Tanto é que o chefão do PT, o famigerado Lula, que gosta de insuflar a luta de classes trepado no caminhão da CUT, não apareceu. Aliás, ninguém sabe ao certo onde anda o falastrão de Garanhuns.
Pelas redes sociais nesta madrugada, afirmam que o PT está sendo vítima da Lei de Murphy e não há nada que sinalize no horizonte que possa escapar dessa maldição. Seja como for, o fato é que os manifestantes espontâneos sem ligação partidária que saíram às ruas recentemente disseram não à armação do PT com sua manifestação chapa branca. Isto quer dizer objetivamente que a maioria do povo disse não ao PT! As pessoas foram trabalhar ou ficaram em casa.
Transcrevo abaixo matéria do site do Estadão que faz um rápido balanço a propalada 'grande manifestação' de força das centrais sindicais e movimentos sociais do PT. Comprova-se, pelo que ocorreu, que o PT vem blefando há 33 anos, quando foi fundado pelos sindicatos que hoje tentaram fazer uma grande manifestação.
O que ficou evidenciado é que o PT não passa de um tigre de papel. Está no poder porque tem o apoio do PMDB, do qual permanece refém e, como não poderia deixar de ser, dos jornalistas companheiros que atuam na maioria dos veículos da grande mídia. Leiam:
O Dia Nacional de Lutas, organizado por nove centrais sindicais em todo o País, levou manifestantes novamente às ruas nesta quinta-feira, 11, em 26 capitais e no Distrito Federal, mas em proporções bem menores que os protestos espontâneos iniciados no dia 6 de junho e propagados pelas redes sociais.
Com o foco em pautas trabalhistas – o fim do fator previdenciário (fórmula usada pela União no cálculo de aposentadorias), redução de jornada de trabalho e contra a terceirização de profissionais –, as manifestações só tiveram maior visibilidade nas cidades em que também houve paralisação dos serviços de transporte público, como em Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória. Trechos de pelo menos 48 estradas foram bloqueados em 18 Estados.
Em São Paulo, o dia foi atípico não pelos protestos em si, mas pelo temor dos efeitos que pudessem causar. O trânsito fluía. Parecia manhã de domingo. Ônibus e metrôs funcionaram vazios. Pela manhã, a capital registrou apenas 11 km de congestionamento, quando a média normal supera 10 km. À tarde, na Paulista, dirigentes das centrais fizeram discursos e concentraram as críticas na política macroeconômica.
No Rio, o clima foi de tensão, com brigas entre sindicalistas e grupos de pessoas que se intitulam anarquistas. Houve confronto com a polícia no centro carioca e 20 pessoas foram detidas. Policiais usaram gás lacrimogêneo e um grupo ateou fogo em lixos nas ruas. Do site do jornal O Estado de S. Paulo

POLÍCIA FEDERAL APREENDE CARREGAMENTO DE COCAÍNA EM RESERVA INDÍGENA NO MATO GROSSO
Uma notícia emblemática (publico abaixo) desses tempos temperados pela pensamento correto que leva certo tipo de gente a imaginar que os índios andam de bunda de fora, com arco e flexa, fazendo a coleta de frutos silvestres e caçando. Sim, os índios podem caçar. Aliás, podem tudo. Possuem o que se poderia designar como uma espécie de "alvará universal" fato que os coloca acima dos homens brancos.
Entretanto, para os "antropólogos" e ecochatos, sociedades aborígenes continuam existindo intactas, o que confere a esses descendentes de silvícolas que hoje usufruem e consomem os bens produzidos pela civilização, uma condição de semi-deuses. 
Este achado da Polícia Federal é intrigante. Daqui a pouco a Funai é capaz de protestar contra ação policial dentro da reserva indígena que, desta vez, pilhou um carregamento de cocaína procedente dos domínios do índio cocaleiro mentiroso amigo do Lula, da Dilma e seus sequazes. Aliás, o tiranete boliviano é hoje um ditador produtor de cocaína, graças ao plebiscito e uma constituinte exclusiva que transformou a Bolívia em mais um ditadura bolivariana. O país se dedica à exportação de entorpecentes sendo o principal fornecedor da cocaína consumida no Brasil por essa gente diferenciada entusiasmada pelo PT e pela liberação das drogas. Leiam:
A Polícia Federal apreendeu 420 kg de cocaína na reserva indígena Maraiwatsede, em São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. O caso ocorreu na terça-feira (9), mas só foi divulgado hoje. Nenhum suspeito foi preso ou identificado.
Segundo a polícia, uma equipe de policiais fazia patrulhamento na região quando viram um avião de pequeno porte se preparando para pousar. Eles foram ao local próximo onde a aeronave estava e viram marcas no asfalto da pista, características de que havia sido usada há pouco tempo. A aeronave já havia pousado e decolado novamente.
Os policiais desconfiaram da rápida passagem do avião pelo local e fizeram uma varredura. Eles encontraram a droga em sacos plásticos, separadas em blocos e lacradas com fitas adesivas. O entorpecente foi apreendido e encaminhado à Delegacia de Policia Federal em Barra do Garças.
A polícia abriu um inquérito para identificar o avião que pode ter transportado a droga e os suspeitos. Os policiais afirmam que a droga deve ter sido trazida da Bolívia e provavelmente abasteceria as capitais do sudeste do Brasil. Do site da Folha de S. Paulo

NO BLOG UCHO.INFO

Fracasso do Dia Nacional de Lutas foi comemorado pelos palacianos que encomendaram o movimento

(Foto: Tiago Queiroz - Agência Estado)
Errando o alvo – Encerrado o “Dia Nacional de Lutas”, o balanço dos protestos que ocorreram em várias cidades brasileiras nesta quinta-feira (11) pode ser considerado pífio, apesar de em alguns locais os manifestantes terem bloqueado trechos de rodovias, prontamente liberada por policiais. O objetivo do movimento era promover uma paralisação geral em todo o País, uma utopia se considerado o fato de que o contratante foi o próprio governo de Dilma Rousseff.
Pode-se concluir após esse dia de protestos encomendados que o mundo sindical, suposto esteio da manifestação, já não conta com a obediência burra de seus filiados. Ou seja, há uma grave crise de representatividade na seara dos sindicatos, que nas últimas décadas produziram escárnios que são verdadeiras afrontas ao trabalhador.
Diante do fracasso do “Dia Nacional de Lutas”, integrantes do governo do PT comemoraram o resultado, pois os pelegos que foram às ruas para protestar cumpriram o combinado e deixaram de lado os gritos de “Fora Dilma!”. Apenas o sindicalista e dublê de deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, saiu às ruas da cidade de São Paulo exigindo a imediata saída de Dilma e do ministro Guido Mantega (Fazenda).
Como sempre acontece em qualquer segmento, a cidade de São Paulo, a quarta maior do planeta, é a catapulta de todas as ações em âmbito nacional. Nesta quinta-feira, a capital dos paulistas viveu um dia de feriado em pequena cidade do interior. Isso mostra o grau de consciência da população paulistana, que não embarcou na missa encomendada pelo Palácio do Planalto para blindar uma presidente que enfrenta grave crise política e não sabe como escapar do furacão.
Para que os leitores possam avaliar o nível do fracasso da manifestação em São Paulo, em determinados momentos do dia a Avenida Paulista tinha mais pessoas caminhando em suas largas calçadas do que manifestantes ocupando a via. Por volta das 17 horas, o índice de congestionamento na cidade era de 4 km, quando em dias normais, em período de férias, costuma ficar entre 70 km e 80 km. Percursos que normalmente demoram meia hora foram vencidos em no máximo cinco minutos, o que assustou os moradores da Pauliceia Desvairada.
Em suma, o Palácio do Planalto não conseguiu atingir o objetivo inicial, que era mostrar à população revoltosa a força do governo de Dilma Rousseff e também transferir aos parlamentares a responsabilidade pela crise que chacoalha o País. Ainda ministra da Secretaria de Relações Institucionais, a isolada Ideli Salvatti disse que é preciso acompanhar os protestos e decifrar as mensagens dos manifestantes. Conversa fiada da pior qualidade de quem percebeu que mais uma estratégia palaciana fracassou.
Dilma Rousseff que se prepare, porque a vergonha enfrentada pelos líderes sindicais não custará barato, principalmente porque nas coxias da armação está ninguém menos do que Luiz Inácio da Silva, o lobista-fugitivo Lula.

NO BLOG ALERTA TOTAL

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Eis que o “repeteco” da indignação gerada quando da reativação da 4ª Frota/USA é amplamente divulgado pelas TV, patriotadas de congressistas, entre estes até “mensaleiros” condenados pela justiça, irados, estressadinhos, pisando ainda de sapato alto no parlamento que enxovalharam, vociferando contra a espionagem cibernética de predador alienígena, é de pasmar, do nosso “irmão Caim do Norte”, que nunca escondeu sua aversão ao surgimento de um competidor no seu quintal latino-americano.
Mas, e quanto à quinta-coluna que, sem depender do campo virtual, bisbilhota através das ONGs, sabidamente financiadas pela gang dos cinco do CS/ONU? Elas estão subvertendo sem que a governança e a politicalha, ambas descomprometidas com a nossa soberania, atuem de forma a proscrevê-las. Alerta! Já faz tempo, espiões disfarçados de “ongueiros” fomentam um grande levante do gentio, travestido em nação pelo Ministro Celso Amorim.

Perigo! Notórios grupelhos nos três poderes teimam naquela conversa de bêbado que minimiza os desígnios dos poderosos: -“Contrainformação para que? Temos outras prioridades. ABIN? Cuidado! O SNI levantava passados pregressos. Vamos subordiná-la a ministros apáticos, despersonalizados. Investir em intelligentsia, Deus me livre!“
Acontece que a população já abomina o embuste, o arroubo inconsequente de última hora, vomitado por homens públicos no mínimo suspeitos no trato dos ferimentos de nossa soberania! Por certo, estas bravatas “indignadas”, para um povo que hoje protesta nas ruas, constituem, sim, uma grande palhaçada!
Protestos inócuos de políticos, retórica vazia de diplomatas, os patriotas eventuais que nunca se ligaram de forma a dotar o País com sistema de informações condigno, que se diga prioritário, “razão de estado” vital para as grandes potências militares.
Daí não estarem nem aí para a gritaria de cucarachos, altruístas imbecis que, acreditando ainda em Papai Noel, se somam à retórica vazia de seus representantes, todos de igual modo cegos e surdos.


Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.



NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

No dia das manifestações organizadas por quem se apresenta como representante do povo, povo foi o que menos se viu


BRANCA NUNES

Em vez dos cartazes de cartolina com dizeres manuscritos – NÃO SÃO SÓ 20 CENTAVOS, QUEREMOS HOSPITAIS PADRÃO FIFA, TOLERÂNCIA ZERO PARA A CORRUPÇÃO e várias reivindicações bem humoradas –, banners, a grande maioria vermelhos, com slogans como “O petróleo é nosso”, “Não à terceirização”, e “Pela taxação das grandes fortunas”. Em vez das bandeiras do Brasil e das caras pintadas de verde e amarelo, estandartes da CUT, da Força Sindical, do Sindicato dos Comerciários, do PSOL, da UNE, do PSTU, do MST e de dezenas de partidos e movimentos sociais. Em vez de palavras de ordem cantadas em coro, berros individuais vindos do carro de som. » Clique para continuar lendo



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