DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-7-2013
NO BLOG DO EGÍDIO SERPA
A causa do rombo das contas da Previdência
Um jornalista – após 35 anos de serviços prestados – aposenta-se pelo INSS com proventos mensais de R$ 3,5 mil.
Uma economista da Secretaria de Planejamento do Governo do Ceará vai para a aposentadoria com proventos de R$ 15 mil.
Eis a causa do rombo das contas da Previdência.
O regime previdenciário privado – o do INSS – não tem déficit.
O regime previdenciário público – que inclui os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – tem um gigantesco e crescente déficit, que é pago pelo dinheiro de cada um dos brasileiros comuns.
Um dia isso essa conta vai estourar.
Nesse dia, haverá choro e ranger de dentes.
TIM castiga seus clientes
Talvez como forma de contribuir para também protestar contra o que está fora da Ordem e do Progresso no Brasil, a operadora de telefonia móvel TIM – que quer dizer Telecom Italia Mobile – castigou ontem seus clientes com a suspensão dos seus serviços em todo o Ceará e em outros estados do Nordeste.
O castigo durou da madrugada ao inicio da tarde – tempo ao longo do qual os portadores de celular da TIM ficaram impossibilitados de usa-lo.
Isto não é tudo.
A Operadora GVT, que está pendurando seus cabos nos postes de luz e de telefonia em Fortaleza, deu-se 48 horas para consertar um defeito causado por um caminhão do tipo baú que arrancou sua fiação na rua Eduardo Bezerra, interrompendo o serviço de telefonia fixa e de tevê por assinatura.
A qualidade do serviço de telefonia no Brasil está piorando.
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O governo dos Estados Unidos instalou há vários anos uma central de comunicações em discreto edifício comercial no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, em Brasília, agora sob suspeita de ter sido utilizada na espionagem a brasileiros revelada por Edward Snowden, ex-agente da NSA, Agência de Segurança Nacional do governo dos EUA. A central foi localizada pelo portal DiariodoPoder.com.br.
A central de comunicações dos EUA é protegida com grades no comércio local. Vizinhos dizem ter visto “muitas máquinas” por lá.
No Lago Sul funciona, segundo Hector Torres, o Information Programs Officer da Embaixada (IPO), que pode ser braço de arapongagem.
A embaixada dos EUA tem 20 mil metros quadrados, mas alugou salas a 13 km de distância, sem placa na porta, para sua “central de rádio”.
Descoberta pelo Diário do Poder, a proprietária do prédio comercial, Vivianne Davis, disse que ali há só uma das várias “centrais de rádio”.
'DEMORÔ'
As manifestações ontem da base alugada dos sindicatos ganharam apelido na Rede: “A Marcha dos Vadios”.
Ainda é mistério o pouso de um avião da Força Aérea Venezuela na noite de segunda (8) em Campo Grande (MS), descarregando “muita bagagem”. Embarcaram mais de 200 civis. A Aeronáutica confirmou que a aeronave fez “parada técnica”, a caminho do Uruguai.
Escândalo no tradicional Deutsche Bank: sumiram do balanço cerca 3,3 bilhões de euros emprestados ao Banco do Brasil e a banco italiano. Empréstimos fraudulentos a bancos chegam a 395 bilhões de euros.
O vice-governador Jackson Barreto espalhou por Sergipe cartazes enormes em que aparece ao lado da presidenta Dilma. Mas depois das últimas pesquisas, com madame ladeira abaixo, os cartazes sumiram.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) não vê a hora de Aloizio Mercadante (Educação) assumir a chefia da Casa Civil. Ele teme levar rasteira na briga petista pela candidatura ao governo de São Paulo.
Pronto para votação, “dorme” no Congresso projeto de 2003 do atual líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), proibindo criação de novos cursos médicos dada a “má qualidade” do ensino e a relação médico por habitante acima do índice internacional.
Parlamentares propuseram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) a suspensão do recesso, antes que a presidenta Dilma lhes passe rasteira e convoque sessões extraordinárias.
…o encontro de Lula com Dilma foi tão secreto, mas tão secreto, que nem ele acredita.
NO BLOG DO CORONEL
Não há dinheiro que pague a independência do Legislativo.
É bom que os deputados e senadores fiquem atentos: a Presidência da República vai abrir a temporada de compra de votos no Congresso, na forma de liberação das emendas. Qual o objetivo? Retomar o protagonismo perdido, para aprovar medidas que devolvam a popularidade perdida pelo PT e por Dilma. Como o objetivo é culpar deputados e senadores pela revolta popular, recuperando a imagem presidencial, este dinheiro fácil pode ser a perdição total e completa do parlamentar. O povo está atento. O povo está olhando o Congresso com lupa. Senhor deputado e senhora deputada, senhor senador e senhora senadora: não vendam seu futuro para salvar um governo moribundo. O PT não tem nem 20% dos votos da Câmara e do Senado. 80% dos parlamentares podem ter todas as emendas liberadas sem vender a sua alma ao diabo. Basta aprovar o que o povo está pedindo e que Dilma e o PT, até agora, não ouviram. O Congresso está no comando e não deve abrir mão dele, em nome da democracia e em defesa do povo que o elegeu.
Legislativo 10 x 0 Executivo.
Sem dúvida alguma, o Congresso Nacional está dando as melhores respostas após os protestos de junho. Apesar dos jatinhos de Renan Calheiros e Henrique Alves, a pauta popular andou e andou rápido. Vários projetos foram aprovados e outros engavetados de vez. Já o Executivo, vaiado também pelos prefeitos, adotou medidas e vetos que afrontam o Legislativo, a quem tentou, desde o início, culpar pelas manifestações populares. Caiu a constituinte exclusiva. Caiu o plebiscito. A reforma politica será feita no Congresso. Ontem, as centrais sindicais insufladas por Lula e apoiadas por Dilma infernizaram as ruas e rodovias, ato que apenas complica mais a imagem do governo petista em relação à mobilidade urbana. Sem falar na economia, onde os juros subiram de novo e o FMI informou que o Brasil é o país que teve a maior queda nas projeções crescimento. Pela crise econômica, Dilma, Mercadante e o PT não podem culpar deputados e senadores. Aliás, se já estava ruim, imaginem agora que a Venezuela passa a presidir o Mercosul, os presidentes bolivarianos incluindo Dilma, reunidos em Montevidéu, vão fazer uma nota contra os EUA e renegar o acordo comercial com a União Europeia. Enquanto o Congresso ouve as vozes, Dilma ouve as vaias das ruas.
Congresso volta a ter última palavra sobre vetos, enfraquecendo Presidência.
Sob ameaça de aliados e oposicionistas poderem retomar a chamada "pauta-bomba", o Congresso aprovou ontem um novo sistema de votação dos vetos presidenciais.Conforme o modelo, todos os vetos da presidente Dilma Rousseff a partir de 1º de julho deste ano deverão ser analisados em até 30 dias --prazo previsto na Constituição, contando a partir da data de publicação dos vetos.Se isso não ocorrer, o Congresso ficará com a pauta trancada até sua apreciação.A análise desses vetos começa em agosto. Também ficou definido que os congressistas farão sessões todos os meses, de preferência na terceira terça-feira de cada mês, para a votação dos vetos.
No modelo em vigor, como os vetos não são analisados pelo Congresso, o Planalto acaba tendo a palavra final sobre decisões do Legislativo --já que os vetos de Dilma não são derrubados pelos deputados e senadores. O novo modelo enfraquece o poder da presidente, que passará a ter suas decisões submetidas ao crivo dos congressistas.Entre os vetos da "pauta-bomba" está o fim do fator previdenciário, cuja manutenção foi defendida ontem pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves: "O fim do fator previdenciário, se ele não for substituído adequadamente, é desastroso para as contas da Previdência".
VETOS ANTIGOS
Apesar desse entendimento sobre os vetos futuros, alguns aliados, como o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), disseram que há dúvidas sobre o que ocorrerá com os mais de 1.700 vetos que aguardam apreciação há dez anos. O entendimento firmado ontem por líderes da Câmara e do Senado é que eles serão "engavetados" e a análise ficará a cargo do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).Segundo Cunha, não há compromisso com o engavetamento desses vetos. "Não morreram, estão apenas no CTI. De repente, podem ganhar um balão de oxigênio e sobreviver. Tudo vai depender da vida como ela é."
O vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, disse que o acordo é que "os vetos do passado ficam no passado". Por pressão de Cunha, ficou acertado ainda criar uma comissão mista de três deputados e três senadores para analisar os vetos, como previa o texto inicial da Câmara.
Os vetos poderão ser analisados pelo plenário, de acordo com a proposta, independentemente do relatório da comissão mista. A ideia é que já cheguem ao plenário com parecer pela derrubada. Para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), a medida retoma para o Congresso o protagonismo na palavra final no processo legislativo. (Folha de São Paulo)
Para receber Papa, Rio contrata "reforço" de R$ 7,6 milhões em Saúde.
Atenção, cariocas! Aproveitem a vinda do Papa e corram para os hospitais e postos de saúde... Durante sete dias, o caos da Saúde vai melhorar no Rio...
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai investigar os gastos do governo do Estado com a Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho no Rio. Um inquérito civil público foi instaurado e informações oficiais sobre os gastos do governo com o evento foram solicitadas à Casa Civil do Estado.Na última terça, o Ministério Público já havia protocolado uma ação civil pública para suspender o edital de licitação da Prefeitura do Rio para contratar serviços médicos estimados em R$ 7,8 milhões. Inicialmente, o serviço seria pago pela organização do encontro. Nota divulgada ontem no site da Jornada questionou a ação civil pública que contesta o auxílio municipal no atendimento médico e afirma que a Promotoria se baseia em uma "falsa premissa" ao considerar a Jornada um evento privado.
Observação: o site da JMJ informa que a Justiça indeferiu a ação civil pública do MP. Leia aqui.
NO BLOG DO NOBLAT
Os ruídos da resposta
Míriam Leitão, O Globo
A ideia inicial do governo era, no Dia Nacional de Lutas, mostrar que ainda tem controle sobre as ruas, através das centrais sindicais que, direta ou indiretamente, estão ligadas a ele. Mas o balanço é melancólico. Houve confusão, mas não adesão popular. Não foi uma demonstração de força do trabalhismo oficial, e vários lemas foram até hostis ao governo.
O governo pensou que estrelas seriam lustradas, bandeiras, sacudidas, e o PT e os partidos da coalizão governamental exibiriam controle majoritário no movimento social organizado. Mas foi uma manifestação bem mais vazia do que imaginaram, e os interesses defendidos foram diversificados.
Os médicos que protestaram mostraram sua discordância em relação às últimas propostas para o setor, como a contratação de médicos estrangeiros e os dois anos obrigatórios de serviço ao SUS.
Os professores querem mais dinheiro para educação. Os portuários querem aumento salarial e reivindicam pontos que não foram contemplados na Lei dos Portos.
Houve bandeiras diversas, nenhuma defendendo o governo da posição enfraquecida em que se encontra. Não foi o que Brasília sonhou que fosse, no primeiro momento.
As próprias centrais sindicais, mesmo todas juntas, como CUT, CGT, Força Sindical, entre outras menos votadas e representativas, mostraram que não conseguiram fazer sombra à força da participação espontânea, quando ela irrompeu em junho.
O movimento, quando aconteceu, deixou as centrais confusas. Achavam que tinham o monopólio de levar manifestantes para as ruas e foram surpreendidas. O movimento de ontem foi convocado para mostrar que elas ainda sabem como encher avenidas com seus seguidores.
O que mais impressionou no Dia Nacional de Lutas foi o uso abusivo do que é cada vez mais comum nos últimos tempos: bloqueio de rodovia como ato de protesto. Isso, seja qual for o motivo da reivindicação, cria uma série de problemas para o país, limita o direito de ir e vir, afeta o escoamento do abastecimento de produtos, que é majoritariamente rodoviário. E, como se viu ontem, virou a forma mais comum de protesto.
Leia a íntegra em Os ruídos da resposta
Procuradoria investigará Renan e Garibaldi por uso de voo da FAB
Ricardo Brito, Estadão
O Ministério Público Federal em Brasília decidiu abrir investigações preliminares contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo), e o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), sobre o eventual uso irregular de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). A determinação é a mesma adotada pela Procuradoria na sexta-feira passada, 5, em relação ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que usou avião oficial para ir com parentes e amigos assistir à final da Copa das Confederações, no Maracanã.
A apuração contra Renan Calheiros foi aberta nesta quarta-feira, 10, e ficará a cargo do procurador da República Igor Nery Figueiredo, do 2º Ofício do Patrimônio Público. O presidente do Senado usou o avião da FAB para ir ao casamento da filha do líder do PMDB na Casa, Eduardo Braga (AM), em meados de junho.
Ex-executivo do JP Morgan admite lavagem de dinheiro na Argentina
O Globo
O ex-vice-presidente do banco JP Morgan na Argentina Hernán Arbizu compareceu nesta quinta-feira à Justiça em Buenos Aires para responder a um processo sobre lavagem de dinheiro. Admitindo culpa nas transações e se mostrando arrependido, Arbizu disse ao juiz Sebastián Casanello que ajudou grandes grupos do país nessa prática, que classificou como “um câncer da sociedade argentina”.
Em entrevista à rádio Vorterix, Arbizu disse ter entregue uma completa documentação das operações, bem como nomes das empresas envolvidas e números de contas bancárias que comprovam a evasão:
— Sei que cometi fraudes e que elas prejudicaram toda a sociedade. Ajudei grandes grupos econômicos a lavar dinheiro.
NO BLOG DO JOSIAS
Jarbas: ‘Presidido por um dos alvos das ruas, o Senado vive falsa sensação de dever cumprido’
NO BLOG ALERTA TOTAL
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Eis que o “repeteco” da indignação gerada quando da reativação da 4ª Frota/USA é amplamente divulgado pelas TV, patriotadas de congressistas, entre estes até “mensaleiros” condenados pela justiça, irados, estressadinhos, pisando ainda de sapato alto no parlamento que enxovalharam, vociferando contra a espionagem cibernética de predador alienígena, é de pasmar, do nosso “irmão Caim do Norte”, que nunca escondeu sua aversão ao surgimento de um competidor no seu quintal latino-americano.
Mas, e quanto à quinta-coluna que, sem depender do campo virtual, bisbilhota através das ONGs, sabidamente financiadas pela gang dos cinco do CS/ONU? Elas estão subvertendo sem que a governança e a politicalha, ambas descomprometidas com a nossa soberania, atuem de forma a proscrevê-las. Alerta! Já faz tempo, espiões disfarçados de “ongueiros” fomentam um grande levante do gentio, travestido em nação pelo Ministro Celso Amorim.
Perigo! Notórios grupelhos nos três poderes teimam naquela conversa de bêbado que minimiza os desígnios dos poderosos: -“Contrainformação para que? Temos outras prioridades. ABIN? Cuidado! O SNI levantava passados pregressos. Vamos subordiná-la a ministros apáticos, despersonalizados. Investir em intelligentsia, Deus me livre!“
Acontece que a população já abomina o embuste, o arroubo inconsequente de última hora, vomitado por homens públicos no mínimo suspeitos no trato dos ferimentos de nossa soberania! Por certo, estas bravatas “indignadas”, para um povo que hoje protesta nas ruas, constituem, sim, uma grande palhaçada!
Protestos inócuos de políticos, retórica vazia de diplomatas, os patriotas eventuais que nunca se ligaram de forma a dotar o País com sistema de informações condigno, que se diga prioritário, “razão de estado” vital para as grandes potências militares.
Daí não estarem nem aí para a gritaria de cucarachos, altruístas imbecis que, acreditando ainda em Papai Noel, se somam à retórica vazia de seus representantes, todos de igual modo cegos e surdos.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.
No dia das manifestações organizadas por quem se apresenta como representante do povo, povo foi o que menos se viu
BRANCA NUNES
Em vez dos cartazes de cartolina com dizeres manuscritos – NÃO SÃO SÓ 20 CENTAVOS, QUEREMOS HOSPITAIS PADRÃO FIFA, TOLERÂNCIA ZERO PARA A CORRUPÇÃO e várias reivindicações bem humoradas –, banners, a grande maioria vermelhos, com slogans como “O petróleo é nosso”, “Não à terceirização”, e “Pela taxação das grandes fortunas”. Em vez das bandeiras do Brasil e das caras pintadas de verde e amarelo, estandartes da CUT, da Força Sindical, do Sindicato dos Comerciários, do PSOL, da UNE, do PSTU, do MST e de dezenas de partidos e movimentos sociais. Em vez de palavras de ordem cantadas em coro, berros individuais vindos do carro de som. » Clique para continuar lendo
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