DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 25-6-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Provável reforma
ministerial excita
os aliados

Mais do que as manifestações, movimentaram a cena política, ontem, excitando os aliados, os sinais de que a presidenta Dilma Rousseff avalia uma reforma ministerial durante o recesso parlamentar de julho. Por enquanto, a mexida mais significativa seria a substituição – sugerida pelo ex-presidente Lula, há dias – do ministro Guido Mantega (Fazenda) pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

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Oxigenação

A intenção de Dilma seria “oxigenar” seu ministério com nomes novos e técnicos, numa tentativa de recuperar pontos perdidos nas pesquisas.

Pensando bem...

...Dilma criou ontem o “puxadinho de JK”: fazer em 12 meses o que o governos petistas não fizeram em 12 anos.

Ruax!

Primeira providência de Eike Batista após perder US$30 bilhões em poucos meses: demitir o numerólogo que pôs um X nas empresas.

Setor de transportes
é feudo do PT 
em São Paulo

Sai prefeito, entra prefeito e a Secretaria do Transporte da prefeitura de São Paulo continua sob o controle dos barões das empresas de ônibus. A família do atual secretário, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), tem sólidas ligações com empresários do setor. O esquema controla a área também em várias prefeituras petistas, a começar pelas duas maiores do Estado: a paulistana, de Fernando Haddad, e a de Guarulhos.

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Dinheiro na veia

A prefeitura paulistana transfere dos cofres públicos para as empresas de ônibus mais de R$ 1 bilhão por ano, a titulo de “subsídio”.

Barra pesada

As relações do PT com o setor de transportes estariam na origem do assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, em 2002.

Entre amigos

Onde estava o aspone top-top Marco Aurélio Garcia quando o bicho pegou? Na Venezuela bolivariana, claro.

Chiliques

O governador Sergio Cabral (PMDB) repete o mantra de que protestos são “direito democrático”, mas em particular aterroriza assessores com explosões de irritação, xingando a turma acampada na sua porta.

Meu pirão

José Genoino (PT-SP) elogia no Twitter a “democracia representativa”, em que “o eleito com 1 milhão debate com o eleito com cinco mil”. Faltou dizer: debate até com deputado meliante condenado no STF.

Melhor não

Dilma cancelou sua ida ao festival de Parintins, no Amazonas, por óbvias razões. Iria na sexta (28), para inaugurar o novo Bumbódromo. Achou melhor ficar em Brasília. Para não correr o risco de dançar.

Perdeu confiança

Resta saber se serão realmente liberados os R$ 50 bilhões anunciados ontem pela presidenta Dilma para investimentos em transporte público. Em 2012, só liberou 33% da verba que havia anunciado para o setor.

Agilidade cívica

O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi o primeiro a anunciar pontos de coleta de assinaturas, em Brasília, para viabilizar  o anteprojeto de reforma política, de iniciativa popular.

Votem no (im)pacto!

Os marqueteiros de Dilma ouviram a “voz das ruas”, pegando carona no combate à corrupção para sugerir crime hediondo contra ela, como se Dilma iniciasse hoje seu mandato. Pactos têm forte apelo eleitoral e nenhum impacto na contenção de danos – foram vários desde Lula.


NO BLOG DO NOBLAT

Elogios em público, reclamações longe dos microfones

O Globo
De público, governadores e prefeitos saíram da reunião com a presidente Dilma Rousseff elogiando as propostas apresentadas. Apesar de reivindicações como desonerações e subsídios para o transporte público terem sido remetidas para um grupo de trabalho, o discurso era de satisfação. Reservadamente, a avaliação foi diferente.
— A fotografia que a presidente Dilma levou só interessa a ela. Ficou com o bônus só para ela e distribuiu o bolo do ônus entre os 54 presentes — reclamou um dos governadores



Dirigente do MP diz que ‘povo fez o funeral’ da PEC 37

Evandro Eboli, O Globo
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho, afirmou na tarde desta segunda-feira que as manifestações ocorridas em todo o país enterraram as chances da PEC 37 vir a ser aprovada pelo Congresso Nacional.
- O povo fez o funeral da PEC 37. Agora cabe à Câmara dos Deputados emitir o atestado de óbito, votando a proposta, que será derrotada - disse Alexandre Camanho, que recebeu apoio de entidades ligadas aos policiais federais.



MP denuncia Demóstenes Torres, Cachoeira e ex-diretor da Delta

Débora Zampier, Agência Brasil
O ex-senador Demóstenes Torres (foto abaixo) foi denunciado ontem (24) na Justiça de Goiás pela prática de oito crimes de corrupção passiva e pelo crime de advocacia administrativa. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) também denunciou o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu por corrupção ativa.
As denúncias resultaram da participação do ex-senador nos episódios relativos às operações Vegas e Monte Carlo, que apuraram esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos em Goiás e no Distrito Federal. Primeiramente, o material relativo a Demóstenes foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas com o afastamento dele do cargo político e a perda da prerrogativa de foro, os autos foram encaminhados à Justiça goiana.



Só 16% das verbas para mobilidade urbana foram gastas

Vinicius Sassine e Danilo Fariello, O Globo
Apontados como o principal legado da Copa do Mundo no Brasil, os investimentos em mobilidade urbana nas cidades-sede patinam a menos de um ano da realização do evento. Primeiro, obras que deveriam ficar prontas até junho de 2014 foram retiradas da chamada matriz de responsabilidades, que lista os empreendimentos de infraestrutura prioritários para a Copa e as populações locais. De abril de 2012 para abril de 2013, os investimentos previstos para mobilidade diminuíram de R$ 11,3 bilhões para R$ 8,8 bilhões.
Depois, o governo federal e os governos locais não conseguiram avançar na execução dos projetos, uma morosidade detectada em diversas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Até agora, conforme dados atualizados pela Controladoria Geral da União, foi gasto apenas R$ 1,4 bilhão — menos de 16% — dos R$ 8,8 bilhões previstos para os 57 projetos mantidos na matriz da Copa, muitos dos quais não ficarão prontos a tempo de receber turistas daqui a um ano.



Governo zera imposto de importação do feijão

Venilson Ferreira, Estadão
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) cortou nesta segunda-feira, 24, o imposto de importação sobre o feijão, em uma tentativa de aumentar a oferta e aliviar a pressão inflacionária. O imposto de 10%, que incidia sobre as importações de países fora do Mercosul, foi zerada até o dia 30 de novembro.
Os preços do feijão vêm subindo por causa da queda de produção. Só nesta safra, houve uma redução de 5,7%. A cotação de uma saca de feijão subiu de R$ 140 em maio de 2012 para R$ 180 atualmente. O pedido de eliminação da tarifa foi feito pelo Ministério da Agricultura, que defendia isenção da alíquota até dezembro.



Brasil será um dos mais afetados pelo ajuste global

Luciana Rodrigues, O Globo
O Brasil será um dos países mais afetados pelo forte ajuste nos mercados financeiros, e este ajuste só começou, alerta Stéphane Garelli, diretor do Centro de Competitividade Mundial do IMD, uma das melhores escolas de gestão da Europa. A retirada dos estímulos nos EUA e seu impacto sobre os fluxos de capitais globais mostram que, passados cinco anos do início da crise financeira global, o mundo está ainda mais dependente da economia americana.
— O mundo ficou viciado em crédito barato e terá de se acostumar à normalidade, ou seja, ao fato de que o dinheiro não pode ser de graça, os juros vão subir — avalia Garelli. — Países como Brasil, Índia e Hungria, que têm grandes déficits em conta corrente, vão sofrer mais.



Constituinte para reforma política é contestada por ministros do STF

Eles dizem que proposta abriria possibilidade para mudança de toda a Constituição
Carolina Brígido, O Globo
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e especialistas em direito constitucional contestam a proposta da presidente Dilma Rousseff de criar uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política. No mundo jurídico, a interpretação é de que não existe Constituinte específica para tratar apenas de um assunto.
Se ela fosse criada, estariam abertas as portas para a mudança de toda a Constituição Federal. Em entrevista concedida ao site Migalhas em outubro de 2011, Luís Roberto Barroso, que vai tomar posse como ministro do STF amanhã, afirmou que não há limite de assunto para uma Constituinte.
— Não é possível, a teoria constitucional não conseguiria explicar uma Constituinte parcial. A ideia de Poder Constituinte é de um poder soberano, um poder que não deve o seu fundamento de legitimidade a nenhum poder que não a si próprio e à soberania popular que o impulsionou. De modo que ninguém pode convocar um Poder Constituinte e estabelecer previamente qual é a agenda desse Poder Constituinte. O Poder Constituinte não tem agenda pré-fixada — afirmou.
Na mesma entrevista, Barroso ponderou que uma nova Constituinte não é necessária, pois a Constituição de 1988 não impede a realização de qualquer reforma política.
— Não há nenhuma cláusula pétrea na Constituição que impeça de se fazer a reforma constitucional que se queira. Eu não vi nenhuma ideia posta no debate sobre reforma política que não possa ser concretizada com a Constituição que nós temos ou, no máximo, com uma emenda à Constituição. Eu acho que a ideia de convocar Poder Constituinte Originário é mais um fenômeno retórico do que uma necessidade jurídica — disse Barroso.
Outros dois ministros do STF condenaram a ideia de Dilma pelos mesmos motivos. Para eles, não é necessário criar uma nova Constituição para realizar uma reforma política. O ministro aposentado do STF Carlos Velloso compartilha a mesma posição e criticou duramente a presidente.
— Eu acho que essa proposta não passa de uma medida pra enganar a população que está nas ruas. Não seria necessária uma Constituinte para fazer reforma política. Isso pode ser feito mediante emenda constitucional ou lei. O que está faltando é vontade política de fazer a reforma política. Aí, ficam jogando para o futuro. Porque o Congresso teria que convocar o plebiscito, a Justiça Eleitoral teria que programar e tudo ficaria para o ano que vem. Aí, a população já teria distraído e nenhuma solução seria tomada — reclamou.
Velloso sugeriu medidas que a própria presidente poderia tomar para economizar o dinheiro dos cofres públicos:
— A presidente da República poderia extinguir cerca de 20 ministérios que são desnecessários, são parasitas. Isso seria uma grande reforma, uma economia imensa de dinheiro público! 

O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto alerta para a impossibilidade de haver convocação de uma Constituinte, já que a possibilidade não está prevista na Constituição Federal.

— Nenhuma autoridade constituída tem poder para convocar uma Assembleia Constituinte. Se o fizer, não estará atuando no plano jurídico. Se a Constituição autorizasse qualquer órgão a convocar Assembleia Constituinte, ela estaria convocando seu próprio coveiro. Está havendo aí uma carência de conhecimento científico das coisas, ainda que a intenção seja a melhor possível — afirmou.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Oposição diz que Dilma tenta fugir das reivindicações das ruas

Por Marcela Mattos, na VEJA.com:

Líderes da oposição acusaram a presidente Dilma Rousseff de fugir da reivindicação central das manifestações, que pedem melhorias no transporte público, na educação e na saúde, e de jogar para o Congresso Nacional um problema que o governo, em seus dez anos de mandato, não soube resolver: a reforma política.
Para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a presidente frustrou os brasileiros. “O que se viu hoje foi um Brasil velho falando para um Brasil novo. O Brasil velho onde os governantes não assumem as suas responsabilidades, sempre buscam transferi-las para terceiros, não reconhecem os equívocos que viveram e buscam desviar a atenção com novas propostas”, afirmou o parlamentar mineiro, um dos prováveis adversários de Dilma nas eleições de 2014.
O senador tucano ressaltou que a oposição sempre apoiou uma reforma política e lamentou o fato de o governo, que detém ampla base no Congresso Nacional, não ter aprovado o tema. Aécio Neves alegou ainda que Dilma, da mesma forma em que busca se descolar das manifestações ao transferir para estados e municípios a missão de desonerar as tarifas para o transporte público, empurra para o parlamento a responsabilidade de encontrar uma reformulação para o sistema político. “Não houve empenho do governo federal em dez anos na condução da reforma política e ela agora, para desviar a atenção, transfere a questão para o Congresso. Faltou ao governo coragem para assumir a sua parcela de culpa”, disse.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), ponderou que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria de ser ouvido antes de qualquer decisão. Para o senador, em vez de a presidente debruçar-se sobre as demandas da população, ela está apostando em um tema que não é central neste momento e que pode trazer mudanças perigosas. “Uma assembleia constituinte com o fim único de fazer reforma política corre o risco de resultar no encurtamento de mandato ou mudança de regime político”, afirmou Agripino. “É isso que o Brasil precisa discutir ou há outras coisas mais urgentes que se impõem?”, questionou.
A oposição sustenta ainda que a reforma política poderia ser feita por meio de um Proposta de Emenda à Constituição (PEC), sendo desnecessária a convocação de um plebiscito. “É fácil e o Congresso está pronto. Basta que a base do governo concorde em votar”, afirmou o líder do DEM. “Se cabe ao Congresso convocar uma constituinte, por que a maioria desse Congresso, que é da base de sustentação da presidente, não faz? Isso que ela tem que responder. A Dilma parece uma noviça no governo, quando está com o seu partido há mais de dez anos de mandato”, completou o presidente do Mobilização Democrática (MD), Roberto Freire (SP).
Por Reinaldo Azevedo

Por que eu digo “não” 3 – Constituinte exclusiva é golpe e tara bolivariana. Ou: Petismo quer país ainda mais servil a quem não representa ninguém

Não esperava, para ser franco, que algumas das minhas predições, ou antevisões ancoradas na lógica, não na bola de cristal, se cumprissem tão depressa. Eis aí. Na reunião desta segunda com os governadores e prefeitos de capitais — depois de se encontrar com a Rosa Luxemburgo e o Rimbaud das catracas do Movimento Passe Livre (ver post) —, com ar abatido como nunca, com a aparência de quem tem passado noites insones, com semblante verdadeiramente deprimido, a presidente Dilma Rousseff fez uma proposta estúpida, esdrúxula e inconstitucional: a realização de um plebiscito para que o povo decida se quer ou não uma Constituinte exclusiva para votar a reforma política. No primeiro artigo desta série “Por que digo ‘não’”, antevi que a pressão das ruas — potencializada por uma cobertura jornalística, especialmente da TV, que considero irresponsável — submeteria o processo político a uma torção à esquerda. Eis aí. Constituinte exclusiva, minhas caras, meus caros, foi o caminho encontrado pelos bolivarianos para aplicar um “by-pass” nos limites impostos em seus respectivos países pelos Poderes Legislativo e Judiciário. Até o caldo de cultura é o mesmo, com acusações, frequentemente verdadeiras, de que os Poderes da República estão tomados por corruptos e por grupos que só pensam nos próprios interesses.
A Constituinte exclusiva é, diga-se, o caminho apontado pelo “Foro de São Paulo” a seus filiados para que se criem as condições para a “verdadeira democracia”. As ruas estão a pedir serviços públicos mais eficientes, menos corrupção, aplicação mais responsável do dinheiro público? Tudo é muito justo! Ao mesmo tempo, fica claro — e isso é exaltado por alguns tolos da imprensa como se fosse algo positivo —, os que estão nas ruas não confiam nos políticos, nos partidos e na própria política. Muito bem! Quem, então, vai operacionalizar a mudança? Esse é o tema deste terceiro capítulo. Antes, preciso fazer algumas considerações.
No segundo capítulo, lembro que o Brasil está submetido, há dez anos, a um ataque sistemático à ordem democrática e às instituições, que tiveram o seu prestígio abalado. Passou-se a considerar que tudo vale a pena se a causa é boa! Esse é o caminho da barbárie, não da civilidade. Mais: as esquerdas converteram seus aparelhos em meras fontes de captação de dinheiro público. As oposições foram incapazes de construir valores alternativos. Sob o manto da propaganda, no entanto, também havia descontentamentos que não tinham como se expressar. Agora se revelam — potencializados, reitero, por uma cobertura jornalística servil à suposta vontade das ruas. Os tontos dizem que é coisa da “direita”. Não é, não! Boa parte do encantamento basbaque com a “voz do povo” é herança do hipomarxismo universitário. De resto, cumpre lembrar que as primeiras manifestações eram escancaradamente conduzidas por grupos de extrema esquerda.
Será que digo “não” ao povo na rua? Nããão, Gafanhoto!!! Digo “não” aos métodos; digo “não” à noção essencialmente equivocada de que maiorias ou minorias podem impor aos outros a sua agenda; digo “não” à convicção de que o espaço público não é a ágora onde as divergências se encontram, mas o espaço da imposição. Um movimento, tenha ou não uma pauta ou um centro organizador, que fecha, com grupos de 500 a mil pessoas, todas as estradas de São Paulo e isola um aeroporto, como aconteceu na semana passada, não tem contribuições a dar à democracia. Espero que Dilma esteja na segunda metade de seu último mandato e torço para que o PT seja derrotado — desde que não seja para algo ainda pior (e existe!) —, mas ela não é Muamar Kadafi, e os que tomam as praças não são libertadores de Benghazi. Até porque aqueles libertadores, como aqui se anteviu, eram carniceiros de Benghazi. Em convulsões revolucionárias, parece ocioso alguém defender o direito das pessoas à rotina. Ocorre que nós não estamos numa convulsão revolucionária. Os métodos que rejeito num adversário não me servem. Não endosso e jamais endossarei, como escrevi aqui, o clamor por democracia direta ou pela instituição no país de mecanismos que a tanto conduzam se aprovados. Se e quando tal pleito sair vitorioso, estaremos todos à mercê da ditadura de minorias organizadas.
Volto ao ponto
O modelo adotado pelo petismo nestes 11 anos de governo — e, para tanto, concorreu a conjuntura internacional — serviu para encobrir boa parcela das incompetências do partido, muitas delas tratadas, convenhamos, como verdadeiras obras- primas por setores da imprensa. Não me aterei a detalhes, sobejamente conhecidos. Ocorre que os ventos mudaram, e o acúmulo de erros começa a cobrar a sua conta. Convém, no entanto, não tomar desde já o alarido como antecipação do resultado das urnas de 2014. Marina Silva, certamente, dado o espírito que vaga por aí, é a única beneficiária por esse movimento porque ela não tem partido, mas “rede”; ela não é política do tipo pragmático, mas “sonhático”; ela não é nem de situação nem de oposição, mas de posição…. Convém lembrar, ademais, que, até agora, há muito pouco pobre na rua, quase nada. Os perfis divulgados pelos institutos de pesquisa certamente estão provocando uma enlouquecida comichão em Lula para tentar reeditar o seu discurso do arranca-rabo de classes. Atenção, minhas cara, meus caros!
 Eu digo “não” ao que vai por aí porque é grande o risco — e já começou a acontecer — de o governo se tornar mais permeável do que já é hoje aos sedizentes “representantes do povo” que nada representam. Pensem um pouquinho: por que os porta-vozes do Passe Livre estiveram ontem com Dilma? Que conceito de democracia ou representação justifica o seu encontro com a presidente? “Ah, eles são a novidade; a política, hoje em dia, não se dá mais nos partidos…” Ora, pode não se dar só nos partidos; pode não se limitar apenas ao Parlamento. Na verdade, há muito tempo é assim. A política nunca foi monopólio, em lugar nenhum do mundo, de políticos profissionais.
À medida que Dilma — ou qualquer governante — levar para dentro do Palácio a miríade de sindicatos e movimentos sociais, submetendo-se à sua vontade militante, o que desaparece é o governo. A educação brasileira, especialmente no ensino fundamental e médio, é uma lástima. Mas vá tentar implementar métodos de qualificação da mão de obra e de avaliação de desempenho para ver. Os sindicatos vão às ruas. Param a Paulista. O PT demorou quase dez anos para dar início ao processo de privatização dos aeroportos porque refém de grupos ideológicos. Existe quase um estado de guerra entre proprietários rurais e índios no Mato Grosso do Sul — e em outras regiões do país — porque a Funai se tornou um aparelho dos autoproclamados defensores de índios.
No esforço desesperado de sair das cordas, o governo Dilma tende a ser ainda mais servil àqueles mesmos que, até agora, impediram as reformas necessárias. “Ah, mas então ela vai se danar porque o descontentamento está aí.” Notem bem: num regime democrático, é normal que os que se opõem às políticas oficiais se manifestem. Situação anômala era aquela que vivíamos antes, de aparente quase unanimidade. 
A saída política encontrada por Dilma, está claro, se deu pela esquerda, com essa bobagem inconstitucional que é a Constituinte exclusiva, tese antiga de Lula, que honra as melhores tradições bolivarianas. O movimento de rua parece estar em refluxo, o que não quer dizer que não possa voltar mais adiante e mais forte. Como será, no entanto, que os muito pobres do Bolsa Família veem esse processo? E os pobres agora chamados de classe média? Muitos deles têm sua TV de tela plana, celular, um carrinho comprado em trocentas prestações, uma minichurrasqueira elétrica… Mas o esgoto corre a céu aberto, o hospital mais próximo é uma porcaria, e a escola dos filhos não funciona. Continuará disposto a dar um voto de confiança ao PT, talvez a Lula? Não sei. Mas sei que a resposta encontrada pelo petismo e imposta a Dilma torna o país ainda mais servil aos que não representam ninguém... 
Por Reinaldo Azevedo



NO BLOG DO CORONEL

Um governo que não sai do chão quer propor pacto de mobilidade urbana? Pouco mais de 10% das obras da Copa começaram. É incompetência e corrupção de mãos dadas.

Apontados como o principal legado da Copa do Mundo no Brasil, os investimentos em mobilidade urbana nas cidades-sede patinam a menos de um ano da realização do evento. Primeiro, obras que deveriam ficar prontas até junho de 2014 foram retiradas da chamada matriz de responsabilidades, que lista os empreendimentos de infraestrutura prioritários para a Copa e as populações locais. De abril de 2012 para abril de 2013, os investimentos previstos para mobilidade diminuíram de R$ 11,3 bilhões para R$ 8,8 bilhões.
Depois, o governo federal e os governos locais não conseguiram avançar na execução dos projetos, uma morosidade detectada em diversas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Até agora, conforme dados atualizados pela Controladoria Geral da União, foi gasto apenas R$ 1,4 bilhão — menos de 16% — dos R$ 8,8 bilhões previstos para os 57 projetos mantidos na matriz da Copa, muitos dos quais não ficarão prontos a tempo de receber turistas daqui a um ano.
O TCU, em decisões recentes, fez determinações ao Ministério das Cidades no sentido de averiguar os prazos estabelecidos por estados e municípios para a conclusão das obras. Num alerta emitido à pasta e também ao Ministério do Esporte, o tribunal ressaltou que a paralisação das obras poderá dificultar a mobilidade de turistas em razão dos canteiros abertos nas cidades. Sem esses projetos, restaria aos governos locais decretar feriados nos dias de jogos, uma forma de desafogar o sistema.
O dinheiro para as obras de transporte público é oriundo basicamente de financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com contrapartida dos governos locais. A grande maioria dos empreendimentos está incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Leia mais aqui em O Globo.

Alckmin calado é um poeta.

Conforme a Folha, ao sair da reunião com Dilma, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse concordar com a ideia de uma assembleia exclusiva."Mas algumas reformas poderiam ser mais rápidas. Não precisamos esperar por um plebiscito". Segundo as más línguas, Geraldo Alckmin estaria negociando um candidato fraco em São Paulo, com Dilma, em troca de fazer corpo mole na campanha de Aécio Neves. Pelas declarações estapafúrdias e pelo abraço em Haddad na redução de tarifas, é o que parece. Estamos de olho.


NO BLOG DO JOSIAS

Cúpula do PMDB recebe mal a tática de Dilma 

Na noite passada, enquanto Dilma Rousseff degustava no Alvorada a sensação do dever cumprido, respirava-se no palácio vizinho, o Jaburu, uma atmosfera de pessimismo. Terminado o encontro da presidente com governadores e prefeitos, Michel Temer reuniu em sua residência oficial a cúpula do PMDB. A conversa foi esticada até o início da madrugada desta terça. Concluiu-se que as providências adotadas por Dilma não devem estancar a crise.
Ouviram-se críticas azedas à presidente. Avaliou-se que, além de não silenciar as ruas, Dilma colocou a responsabilidade pelo barulho no colo dos outros, inclusive dos congressistas. Um dos presentes diria mais tarde que não se surpreenderá se aliados do governo assinarem o requerimento de abertura de uma CPI da Copa, já sugerida pela oposição.
Outro convidado do vice-presidennte recordou que a combinação de ruas cheias com economia desarranjada é prenúncio de desastre. Nesse contexto, a proposta de realização de plebiscito para convocar uma Constituinte foi vista como gasolina na fogueira.
Afora o constrangimento de Temer, autor de artigo no qual tachou a ideia de “inaceitável”, recordou-se que uma Constituinte injetaria instabilidade num cenário que já não é estável. Prevalecendo a ideia, até o estatuto da reeleição estaria sob risco, disse uma dos visitantes do Jaburu. Ou seja, Dilma não se deu conta de que pode virar vítima de si mesma.
Havia gente graúda no Jaburu. Por exemplo: Renan Calheiros e Henrique Alves, presidentes do Senado e da Câmara; José Sarney, ex-inquilino do Planalto; Eunício Oliveira e Eduardo Cunha, líderes do partido no Senado e na Câmara; Roseana Sarney, filha de raposa e governadora do Maranhão; Moreira Franco, ministro da Avião Civil…
Os Sarney estavam entre os mais desassossegados. A filha, ácida. O pai, pessimista, achando que a crise pode fugir ao controle. Numa tentativa de evitar que o mal-estar vire manchete, decidiu-se na conversa noturna do Jaburu adiar por pelo menos uma semana a reunião da Executiva do PMDB, marcada para o final da tarde desta terça.
Considerou-se que, antes de tomar grandes decisões, o melhor a fazer é ganhar tempo para digerir os efeitos dos remédios de Dilma contra a febre das ruas. Ausente da reunião do Jaburu, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, hoje vice-presidente da Caixa, discordou.
Geddel acha que agora mesmo é que o PMDB tem a obrigação de se posicionar, entregando à turma do meio-fio ao menos parte do que ela exige. A rejeição da PEC 37, por exemplo.
Quanto à ideia de Dilma de fazer a reforma política pela via da Constituinte, Geddel recorre à ironia. Afirma que, nessa matéria, está fechado com Temer. Apoia o que está escrito num artigo de 2007. Nesse texto, Temer tachou de “inaceitável” a proposta agora encampada por Dilma.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

‘Jogo em aberto’, Por Ricardo Noblat

PUBLICADO NO BLOG D NOBLAT EM 24-6-2013 

É razoável supor que Dilma enfrenta sérias dificuldades para entender o que se passa no país. Se Lula, que é um político esperto, anda pendurado no telefone a pedir, humilde, a ajuda de amigos para tentar decodificar a voz das ruas, quanto mais Dilma, que nem política é, muito menos esperta. E carece de amigos que sejam. Ou de colaboradores informais que gostem dela a ponto de aconselhá-la de graça.
Para governar bem, um presidente da República tem de se destacar como líder. Não precisa ser um excepcional gestor. Mas líder está obrigado a ser. Como governar sem exercer influência sobre o comportamento, o pensamento e a opinião dos outros — auxiliares e governados? Com seu entusiasmo, o líder contagia os que o cercam. Agindo assim, obtém a adesão deles aos seus planos.
Dilma infunde medo. O medo inibe. Para além de carismático, o líder é um grande comunicador. Dilma não é nem uma coisa nem outra. O líder é persuasivo. Dilma é um chefe mal-humorado e impositivo. O líder é um hábil negociador. Dilma não negocia — manda. E ai de quem desobedecê-la. O líder é exigente. Dilma é exigente. O líder é criativo e quebra paradigmas, se necessário. Dilma é convencional. Não foram poucos os correligionários de Lula que o desaconselharam a indicar Dilma para sucedê-lo.
Mas ele resistiu a todos os apelos. Dizia que Dilma era a melhor gestora que conhecera. A preferência de Lula por Dilma se escorava em dois principais motivos: ela seria leal a ele. E não seria obstáculo ao seu eventual retorno à Presidência da República. Lula não pensou primeiro no país quando elegeu Dilma sua candidata — pensou nele próprio. E, do seu ponto de vista, acertou. No que importa, ele continua governando.
Quando se atrapalha ou se vê em apuros, Dilma corre ao seu encontro. A viagem de um presidente custa caro pelo aparato que movimenta. Quanto custa uma viagem de Dilma entre Brasília e São Paulo para se aconselhar com Lula? Não pergunte. Ela decidiu que os custos de suas viagens permanecerão em segredo por anos a fio. É o governo da transparência, como destacou em sua fala à Nação na última sexta-feira.
Os governantes modernos não dão um passo importante sem consultar a opinião popular por meio de pesquisas. É assim com Dilma, como foi antes com Lula e Fernando Henrique Cardoso. Espanta que, munido de tantas pesquisas, o staff dela tenha sido incapaz de prever que um gigantesco tsunami estava a caminho. A verdade é que só acreditamos naquilo que não nos desagrada. Como só lemos o que reforça as nossas convicções. Com os governantes não é diferente.
De tanto repetir que o mensalão não existiu e de que nenhum governo combateu mais a corrupção do que o dele, Lula acabou acreditando em tais fantasias. Bem como os que renunciaram a pensar com independência para seguir o líder disposto a pensar por eles. A corrupção não impediu Lula de se reeleger, nem Dilma de sucedê-lo. Ora, por que haveria de produzir sérios estragos no futuro? O povo não parecia ligar.
Nos últimos 12 meses, Lula cabalou votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para absolver mensaleiros. Não se revelou constrangido ao apertar apertar a mão de Paulo Maluf para selar o apoio dele ao candidato do PT a prefeito de São Paulo. Renan Calheiros, que já renunciou à presidência do Senado para não ser cassado, foi eleito presidente do Senado em fevereiro último. Milhares de pessoas pediram a sua renúncia. Em vão.
A um confidente, Dilma disse que não se meteria na eleição de Renan porque não poderia se meter com assuntos pertinentes ao PMDB e ao Congresso. Como se ela de fato não se metesse. Como se nunca tivesse se metido. A ex-faxineira ética, que nos seu primeiro ano de governo demitiu seis ministros por suspeitas de malfeitos, não apenas se recompôs com eles como devolveu ministérios e outros cargos que havia tomado dos seus partidos. Para se eleger a gente faz o diabo a quatro, desculpou-se Dilma. E nessas ocasiões o bicho costuma pegar. Está para ser aprovada no Congresso uma proposta que enfraquece o poder de investigação do Ministério Público. O governo não mexeu um dedinho para impedir.
O vice de Alckmin, governador do PSDB, virou ministro de Dilma sem deixar de ser vice. Por fim, o STF ganhou ministros escolhidos com base na esperança de que livrem mensaleiros da cadeia. Ainda bem que são homens honrados. Votarão de acordo com sua consciência. Resultado da influência do demônio: esgotou-se a paciência dos que acabaram saindo às ruas para protestar. A repulsa à corrupção está por trás de sua atitude, segundo pesquisa do Instituto Datafolha. Dilma foi forçada a admitir que seu governo ouve com atenção as vozes que cobram mudanças.
Mas mudanças para quê se o governo vai tão bem? Quer dizer: passou recibo de que ou muda ou ficará de fora da próxima eleição. Dilma de fora significava Lula dentro outra vez. Significava… Agora, não mais necessariamente.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

EXCLUSIVO! PT JÁ TEM CAMPANHA PRONTA DA REFORMA POLÍTICA, COM CARTAZES E CARTILHAS, PARA TRANSFORMAR O BRASIL EM MAIS UMA REPÚBLICA SOCIALISTA.
Não retiro do blog uma vírgula do que venho escrevendo há quase uma década. Mais recentemente publiquei aqui no blog um post afirmando que o PT já estava se preparando para dar o golpe na democracia. Impressionante que a grande imprensa brasileira ou dormiu de touca ou realmente já se submeteu integralmente ao governo do PT. Nem mesmo a revista Veja, que é o único veículo da grande mídia que não se atrelou ao poder foi fundo nessa pauta: a tal cantada e decantada reforma política a partir de um plebiscito solicitando o apoio da Nação à convocação de uma assembléia constituinte exclusiva para votar uma reforma política do interesse exclusivo do PT.No dia 6 deste mês de junho revelei aqui no blog um panfleto vermelho do PT, um troço meio mal feito, lançando a idéia da "reforma política", conforme podem conferir aqui. Nessa ocasião alertei que estava em andamento uma jogada política do PT no estilo do que ocorreu na Venezuela, Equador e Bolívia, onde as instituições democráticas tornaram-se apenas uma pantomima para esconder um modelo cubano de gestão do Estado, ou seja o que qualificam de "socialismo do século XXI". E isto aconteceu exatamente a partir de realização de plebiscito e Constituinte.
Quando eclodiu essas manifestações no Brasil, voltei a alertar para o fato e vi como estranho um movimento popular esquisito que se seguiu à arruaça do Movimento Passe Livre, em São Paulo. Intui, de imediato, e não tenho motivos até agora para mudar de opinião, que os protestos poderiam estar chocando o ovo da serpente golpista. Adverti que a truculência das agressões ao patrimônio publico e privado, a violência geral não tinham qualquer sentido e parecia surgir do nada, haja vista que nos últimos anos o governo do PT promoveu os maiores escândalos da história e ninguém deu um pio.
Agora, há pouco, me enviaram o link para o site do PT, onde lá está uma cartilha de instruções para a ação dos militantes do partido para ser baixada e diversos cartazes de propaganda da campanha da Reforma Política proposta pelo PT. Aí não mais aquele panfleto vermelhão e grosseiro, mas coisa feita por profissionais.
Há um texto de abertura assinado pelo Rui Falcão, o presidente do PT. Está tudo preparado bem antes da Dilma anunciar, como anunciou nesta segunda-feira, que irá propor a reforma e um plebiscito. 
A campanha já deve estar prontinha para ser lançada. Isto não é, portanto, apenas uma coincidência. Os links estão aí para que os leitores constatem. Também não é segredo, a campanha foi tornada pública no site do próprio PT. Acima está a reprodução de um dos cartazes que deverão ser espalhados à farta pelo país inteiro pelo setor de propaganda do PT.
Isto coincide também com uma reunião do Foro de São Paulo marcada para os próximo mês no Brasil. O Foro de São Paulo foi fundado em 1990, por Lula e Fidel Castro, na cidade de São Paulo. É uma organização esquerdista que objetiva aplicar o "socialismo do século XXI", em todos os países latino-americanos. 
Creio que este meu escrito é suficiente para os leitores entenderem o que está ocorrendo, ou seja, a gestação de um Golpe de Estado comunista. Sim este é um golpe comunista, mas que pretende ser incruento, ou seja, a massa bovinamente deve aderir ao canto de sereia do PT por um "país melhor, mais justo e socialista".
O resto da história todos já sabem. Afinal já ocorreu na Venezuela, Bolívia, Equador e está prestes a ocorrer na Argentina.

LEIAM TAMBÉM E VEJAM O VÍDEO: O QUE É O FORO DE SÃO PAULO!

UMA REALIDADE DEPLORÁVEL: NO BRASIL A MAIS CARA DE TODAS AS COPAS DO MUNDO!


Estádio Mané Garricha: luxo e esplendor contrastam com um país que sequer possui tratamento de esgoto em sua cidades que flutuam sobre uma imensa cloaca. Uma afronta inominável.

Enquanto a redação do Estadão derrapa pelo lamaçal do delírio esquerdista, o time de editorialistas do vetusto diário segura as pontas e continua produzindo editoriais que dignificam o jornalismo, porquanto traduzem exatamente o tamanho do desatino, da incompetência e da farra com o dinheiro público nestes quase 11 anos de governo do PT.
Transcrevo os primeiros parágrafos com link para leitura completa. Os números são estarrecedores. Leiam:
O "privilégio" cantado em prosa e verso pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que se sentou sobre os louros da escolha em 2007, e entoado por sua sucessora, Dilma Rousseff, em cuja gestão se realizará o torneio promovido pela Fifa, custará quatro vezes os gastos dos anfitriões do último certame e três vezes os gastos dos dois anteriores.
O governo federal não justifica - nem teria como - este disparate. Mas, por incrível que pareça, os responsáveis pela gastança encontram um motivo para comemorar: a conta ainda não chegou ao teto anunciado em 2010, que era de R$ 33 bilhões. É provável, contudo, que esse teto seja alcançado, superando o recorde já batido, pois, se os custos cresceram 10% em dois meses, não surpreenderá ninguém que subam mais 18% em 12 meses.
Esta conta salgada é execrada porque dará um desfalque enorme nos cofres da União, que poderiam estar sendo abertos para a construção de escolas, hospitais, estradas, creches e outros equipamentos dos quais o País é carente. Como, aliás, têm lembrado os manifestantes que contestam a decisão oficial de bancar a qualquer custo a realização da Copa das Confederações, do Mundial de 2014 e da Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. E, além dos valores, saltam aos olhos evidências de que tal custo não trará benefícios de igual monta. Leia TUDO AQUI


NO BLOG UCHO.INFO

Ronaldo Caiado propõe convocação extraordinária do Congresso Nacional no recesso parlamentar

Mãos à obra – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado(GO) propôs nesta segunda-feira (24) a convocação extraordinária do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar para discussão e apreciação de temas reivindicados pela população nas manifestações realizadas nas últimas semanas. Segundo Caiado, os assuntos que devem dominar essa pauta são ligados à saúde, educação e transporte, para debate nas últimas duas semanas de julho quando está programado o recesso.

“Entendemos que não há clima nesse momento para o Congresso entrar em recesso e aguardamos uma posição da presidente da República, do presidente da Câmara ou do Senado para uma convocação extraordinária. Estamos informando ao líder do governo e aos demais líderes partidárias que o Democratas é favorável a essa convocação para discussão dos temas mais debatidos nas ruas e que o governo fechou os olhos”, informa Caiado. Ele explica que a convocação extraordinária deve ser requisitada por uma dessas três autoridades com pauta pré-definida, conforme o artigo 57 da Constituição Federal.
De acordo com o líder democrata, o partido, por diversas vezes tentou colocar na pauta e aprovar projetos ligados à saúde, educação e transporte, porém foi derrotado pela maior base aliada da América Latina. Além disso, Caiado afirmou que o Democratas vêm denunciando o que o povo agora percebeu e está mostrando sua insatisfação nas ruas. “Reconhecemos a articulação da juventude brasileira que ganha identidade e protesta contra o descompasso entre o governo do PT prometeu nas campanhas e o que vem fazendo. Os Democratas vêm denunciando em plenário as escolhas erradas da presidente, aparelhamento do Estado, aumento do gasto público, criação de ministérios”, acrescenta.
“Posso deixar claro que todos os deputados do Democratas estarão presentes para debater e trazer soluções. Essa é a posição do partido nesse momento em que enfrentamos uma realidade que o governo fechou os olhos acreditando numa política de marketagem que a grande voz ouvida era apenas a de João Santana, que encantava com seus filmes nas campanhas achando que esse cidadão ia continuar encantando a população. Esta reação agora mostra que o governo perde força e representação política para representar a população brasileira”, declarou o líder do Democratas.


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