DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 11-5-2013
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Tiro no coração
A operação G-7, da Policia Federal, deflagrada ontem no Acre, atingiu em cheio não apenas a família, mas o coração do poder dos irmãos Jorge e Tião Viana (PT), que controlam o Estado com mão de ferro.
Vergonha
O ex-presidente do INSS Mauro Hauschild, encalacrado na Operação Porto Seguro, da Policia Federal ganhou o título de cidadão honorário de Alagoas. A idéia de jerico foi do deputado Ronaldo Medeiros (PT).
Até Azerbaidjão
é mais competitivo
que o BrasilA ex-república soviética do Azerbaijão, no Cáucaso, está à frente do Brasil no Índex Global de Competitividade 2012-2013 do Fórum Econômico Mundial. Em 48º lugar, o Brasil perde também para o Chile, em 33º, e só ganha de Portugal, arrasado pela crise da zona do euro. O relatório atribui às condições macroeconômicas brasileiras os cinco pontos acima do ranking anterior “apesar da inflação beirando os 7%”.
- Campos e Aécioacertam combinaro jogo em 2014Cotados para disputar a Presidência em 2014, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB) acertaram de costurar estratégia comum para levar as eleições contra presidenta Dilma ao segundo turno. Em conversa esta semana, os dois combinaram de concentrar ataques ao governo petista e convencer os partidos a lançar o maior número possível de candidatos à Presidência.
Mais do mesmo
O World Economic Forum aponta a baixa confiança nos políticos, da eficiência e desperdício do governo para justificar a baixa colocação.
Cuco!
A Europa “da crise”, os EUA, e parte da Ásia estão no “top 10” do ranking. A Suíça ainda é 1ª em negócios, pesquisa e mão-de-obra.
Só na promessa
Mão-de-obra com má qualidade de ensino, e o excesso de impostos e regulamentação prejudicam o empreendedor no Brasil, diz o WEF.
Noite do Oscar
A grande atração ontem no horário político do PT foi o ex-presidente Lincoln, dos EUA, com seu slogan “do povo, para o povo e pelo povo”.
Cuba exige teste de gravidez e HIV para bolsistas brasileiros de medicina
O PT está convocando filiados interessados em bolsas na Escola Latino-Americana de Medicina em Cuba, que já formou 600 brasileiros. Mas o candidatos deparam com a exigência de exame de gravidez e HIV para a pré-seleção, contrariando a “expertise” médica da ilha comunista, que não quer gastar centavo com doentes, e confirmando a política de direitos humanos de Cuba, das piores do planeta, segundo a ONU. Empresas e escolas no Brasil não podem discriminar grávidas e portadores de HIV, exigindo exames prévios de candidatos. Os casos de discriminação no Brasil acabam nas barras dos tribunais, mas Cuba ficou conhecida no passado por perseguir homossexuais.
Todos contra um
Eduardo e Aécio planejam reunião reservada com Marina Silva e Fernando Gabeira (PV), também cotados para concorrer a presidente.
União faz a força
Aécio Neves avalia que só será possível, e com dificuldades, superar a popularidade de Dilma, se os adversários se unirem nos dois turnos.
Pergunta na creche
Se para Nicolás Maduro “Lula é como um pai”, assim como é “o irmão mais velho” de Evo Morales, o ex-presidente será o padrasto de Dilma?
Mais uma denúncia
Servidores do consulado-geral do Brasil em Atlanta (EUA) denunciaram em abaixo-assinado que o embaixador Adalnio Ganem arriscou suas vidas durante a nevasca de janeiro de 2011, obrigando-os a trabalhar, mesmo o governo local pedindo que ninguém saísse de casa.
Nossos comerciais
O marqueteiro João Santana não contava com essa: momentos antes de sua propaganda do “combate à inflação” de Lula e Dilma na TV, o Jornal Nacional da Globo havia destacado a disparada dos preços.
Perversidade
Maldade palmeirense na internet: “Hoje, o melhor lugar do mundo pra se viver é a Bolívia, onde só existem doze corintianos. E estão presos”.
NO BLOG DO NOBLAT
Procuradoria pede para STF rejeitar recursos dos réus do mensalão
Vinte cinco condenados no processo recorreram à Corte Suprema
Carolina Brígido, O Globo
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto abaixo), enviou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer pedindo a rejeição dos embargos de declaração apresentados pelos condenados no processo do mensalão.
Na semana passada, os 25 condenados recorreram à Corte. O relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, pediu uma opinião ao chefe do Ministério Público Federal antes de julgar as apelações. Para o procurador, as decisões tomadas pelo tribunal foram claras o suficiente – e, por isso, não há necessidade de haver qualquer reexame.
Toffoli nega liminar para suspender PEC que limita poderes do Supremo
Carolina Brígido, O Globo
O ministro Dias Toffoli (foto abaixo), do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira o pedido de liminar feito pelo PSDB e PPS para que seja suspensa a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os poderes da Corte.
De acordo com a proposta, se o tribunal declarar alguma norma inconstitucional, essa decisão precisa antes ser aprovada pelos parlamentares para ter validade. No início da semana, numa clara tentativa de melhorar o clima com o Poder Judiciário, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou que não vai dar rapidez à tramitação da PEC 33.
Procuradoria pede condenação de 18 réus da Operação Porto Seguro
Fausto Macedo e Ricardo Chapola, Estadão
O Ministério Público Federal em São Paulo quer a devolução e aplicação de multas que totalizam R$ 38 milhões aos investigados da Operação Porto Seguro - missão integrada da Polícia Federal e da Procuradoria da República que em novembro de 2012 desarticulou suposta organização criminosa de venda de pareceres técnicos em órgãos federais.
Em ação de improbidade administrativa - a primeira da Operação Porto Seguro -, , o procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira, questiona atos praticados com a finalidade de manter o contrato de arrendamento celebrado entre a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e a empresa Tecondi.
Ustra cita Dilma e diz que lutou contra o terrorismo
Evandro Éboli, O Globo
O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra (foto abaixo), que dirigiu o DOI-Codi em São Paulo, disse nesta sexta-feira à Comissão da Verdade que lutou contra o terrorismo e que, se não fosse sua luta, a ditadura do comunismo estaria imposta até hoje e ele teria ido para o paredão.
Ustra fez uma declaração inicial e disse que não responderia perguntas, mas decidiu replicar algumas delas. Na sua fala inicial, Ustra diz que combateu mais de 40 organizações de esquerda, "entre elas quatro em que atuou a atual presidente da República".
Justiça suspende privatização do Maracanã
Pedro Motta Gueiros, O Globo
Ao determinar uma mudança de postura do torcedor, que ficará mais perto do campo no reformado Maracanã, o poder público anunciou uma nova era sem se dar conta de que o espírito imortal do estádio resiste nas pendengas em torno de sua concessão.
Usado para marcar território pelas torcidas, o grito “o Maraca é nosso!” muda de lado de acordo com os lances do jogo da política. Nesta sexta, um dia após o consórcio formado por Odebrecht, AEG e IMX ser anunciado vencedor, uma liminar da 9ª Vara de Fazenda Pública impediu o governo do estado de celebrar o contrato enquanto não for julgado o mérito da ação movida pelo Ministério Público.
Leia mais em Justiça suspende privatização do Maracanã
Inflação afeta renda do brasileiro e dificulta queda da inadimplência
Márcia De Chiara, Estadão
A inadimplência do consumidor patina e recua em ritmo lento nos últimos meses porque a disparada da inflação acabou achatando a renda das famílias, especialmente as mais pobres e que gastam mais com alimentos. Para manter o padrão de consumo, a saída encontrada pelas famílias foi assumir novas dívidas. Isso amplia o risco de inadimplência futura num cenário de alta da taxa de juros.
O índice de calote dos empréstimos com recursos livres do sistema financeiro fechou o ano em 8%, segundo o Banco Central (BC). Em março, o último dado disponível, a inadimplência tinha recuado para 7,6%. A expectativa do economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes, era que a inadimplência recuasse para a média histórica, que é 7,3%, em outubro deste ano. Agora acredita que essa marca será atingida só em dezembro.
‘Sem-banco’ guardam R$ 650 bilhões embaixo do colchão no Brasil
Estadão
Cerca de 40% dos brasileiros adultos, ou 55 milhões de pessoas, não têm conta em banco e continuam guardando o dinheiro "debaixo do colchão". A soma desse dinheiro chega a R$ 650 bilhões (US$ 334 bilhões), segundo estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em algumas regiões, como o Nordeste, o índice de adultos sem conta bancária passa de 50%. No Sudeste, cerca de 65% dos adultos são 'bancarizados'. O Ipea alerta que esse contingente dos 'sem banco', apesar de ser de baixa renda e com pouca escolaridade, forma uma parte importante da população que está sendo absorvida pelo mercado de trabalho, estimulado pelo crescimento econômico.
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
A 'caxirola' de Carlinhos Brown, o povo de manual, e de Dilma, a búlgara da percussão
Decidi manter este texto no alto por mais algum tempo. Há posts da madrugada abaixo dele.
Junte a granada com o soco-inglês. Depois acrescente doses generosas de folclorização do subdesenvolvimento disfarçada de Metafísica Afro-Americana Transcendental. Submeta o conjunto a uma empresa de marketing para ver no que é que dá. Eis que surge, então, a caxirola, um suposto instrumento supostamente inventado pela suposta genialidade de Carlinhos Brown. Ele patenteou o que não passa de uma variação do caxixi, aquele chocalho de palha que acompanha o berimbau. Privatizou o apetrecho dos “irmãos” e firmou um contrato com a multinacional The Marketing Store. Tudo para emprestar cor local à Copa do Mundo. A ideia era produzir 50 milhões de caxirolas, a R$ 29,90 cada. Isto mesmo: algo, assim, como R$ 1.490.000.000,00. Um bilhão, quatrocentos e noventa milhões de reais. Brown receberia uma porcentagem a título de colaboração intelectual. A Brasken forneceria o plástico. Não estudei o caso a fundo para saber como a criação de Brown se diluiria, depois, na natureza. Eu agora estou nesta: só defendo produtos e ideias biodegradáveis, hehe. Fico cá a imaginar se a ideia pega… Imaginem o mundo vendo aquele monte de brasileiros chacoalhando aquela coisa nos estádios: “Ai, que coisa bonita! Que gente feliz! Mais feliz do que o povo do Butão!” . Só que deu tudo errado.
Leiam o que informa a VEJA.com. Volto em seguida.
O músico Carlinhos Brown sofreu uma nova decepção na quinta-feira: a caxirola está proibida em seu próprio estado. De acordo com anúncio feito pela Polícia Militar da Bahia, o instrumento oficial da Copa do Mundo de 2014 não poderá ser usado pelos torcedores que forem à Arena Fonte Nova para acompanhar a primeira partida da final do Campeonato Baiano de 2013, no fim de semana. Por motivo de segurança, o torcedor que tentar entrar com o objeto terá de deixar a caxirola na porta — caso contrário, perderá o duelo entre Bahia e Vitória. A caxirola foi incluída numa lista de objetos proibidos nos estádios baianos —- uma relação que já inclui bebidas alcoólicas, armas e objetos pontiagudos, entre outros.
Há duas semanas, durante outra edição do clássico local, também pela competição estadual, torcedores do Bahia protestaram atirando no gramado as caxirolas que tinham sido distribuídas gratuitamente antes do jogo. Os jogadores do Bahia tiveram de retirar os objetos de plástico do campo para que a partida pudesse ter sequência, num episódio que acabou ficando conhecido como “a revolta das caxirolas”. A decisão de vetar o chocalho de plástico na partida foi tomada em uma reunião que contou com a participação de representantes da PM, da prefeitura, da Federação Baiana de Futebol, da Justiça e de torcidas organizadas. O uso das caxirolas como arma despertou a preocupação da Fifa e do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 (COL), que estariam estudando banir o objeto das partidas do Mundial para evitar qualquer tipo de risco.
Voltei
Pois é… Vejam os dois vídeos abaixo. Um deles mostra Carlinhos Brown, o empresário, disfarçado de Carlinhos Brown, a entidade mística. O outro exibe os russos baianos, que não foram chamados para a combinação de Brown com a empresa de marketing, em ação. Retomo em seguida.
Pois é… Vejam os dois vídeos abaixo. Um deles mostra Carlinhos Brown, o empresário, disfarçado de Carlinhos Brown, a entidade mística. O outro exibe os russos baianos, que não foram chamados para a combinação de Brown com a empresa de marketing, em ação. Retomo em seguida.
E não foi isso, é claro! Os mais afoitos descobriram que aquelas argolas por onde passam os dedos também servem para potencializar a contundência da chamada “porrada”. Carlinhos Brown queria brincar de pós-Carmen Miranda e acabou criando um soco-inglês com sotaque português. E é bom não esquecer: tudo isso contou com apoio do governo. Vejam, no vídeo abaixo, Marta Suplicy, especialista em chocalho desde os tempos em que estudava no Colégio Des Oiseaux, e a presidente Dilma Rousseff, conhecida pelo samba no pé e pelo apego às tradições nativistas, comportando-se como uma búlgara da percussão. Chocalho é instrumento de percussão? Sei lá eu. Deve ser. Um dia ainda estudo, como tese de doutorado, “A Relação Entre Água Encanada, Verminoses e Vacinas e a Quantidade de Instrumentos de Percussão nas Sociedades Contemporâneas — Uma Hipótese Explicativa”. Vou defender lá na Unicamp, onde Aloizio Mercadante conseguiu o doutorado dele, fazendo a apologia da “economia caxirola” do governo Lula…
Ensinando o povo a ser povo
Se vocês procurarem no arquivo do blog, encontrarão dezenas, talvez centenas, de textos em que critico essa mania dos “descolados” brasileiros de ensinar o povo a ser povo. É um hábito dos intelectuais do miolo mole e associados — vejam os sucessivos desastres que produz a Funai, por exemplo, quando tenta ensinar índio a ser índio. O índio quer roupa, e a fundação insiste em deixá-lo com a bunda de fora para satisfação de taras antropológicas que não ousam dizer seu nome… O que tem de ONG, por exemplo, que sobe o morro para ensinar funk e batuque para as crianças pobres que já sabem funk e batuque é uma enormidade! Aula de oboé, ninguém dá. Sobre Manuel Bandeira, ninguém fala. Povo tem é de bater lata e chacoalhar a caxirola do Carlinhos Brown. Mas será mesmo que isso é “coisa nossa”? Nossa? De quem?
Se vocês procurarem no arquivo do blog, encontrarão dezenas, talvez centenas, de textos em que critico essa mania dos “descolados” brasileiros de ensinar o povo a ser povo. É um hábito dos intelectuais do miolo mole e associados — vejam os sucessivos desastres que produz a Funai, por exemplo, quando tenta ensinar índio a ser índio. O índio quer roupa, e a fundação insiste em deixá-lo com a bunda de fora para satisfação de taras antropológicas que não ousam dizer seu nome… O que tem de ONG, por exemplo, que sobe o morro para ensinar funk e batuque para as crianças pobres que já sabem funk e batuque é uma enormidade! Aula de oboé, ninguém dá. Sobre Manuel Bandeira, ninguém fala. Povo tem é de bater lata e chacoalhar a caxirola do Carlinhos Brown. Mas será mesmo que isso é “coisa nossa”? Nossa? De quem?
A “caxirola”, até pelo nome, e uma apropriação obviamente indevida do caxixi. Além da Bahia, em que outro estado isso quer dizer alguma coisa? Aliás, mesmo nesse estado, estamos falando de um traço cultural de uma parcela da sociedade apenas — e é da minoria extrema! Por que a “caxirola” deveria nos representar? Deixem-me ver… A Bahia concentra 7% da população brasileira. Dos poucos mais de 14 milhões de baianos, para quantos o berimbau e suas derivações teratológicas (como a de Brown) têm alguma importância? Imagino os meus amigos Weimar e Cremilda com a caxirola na mão… Por que a estrovenga inventada pelo músico haveria de ser um símbolo do Brasil se ela não diz absolutamente nada para, deixem-me ver, uns 98% dos brasileiros? E olhem que chuto baixo. Fora das áreas destinadas ao folclore local da Bahia, ninguém quer saber de berimbau… A viola caipira é muito mais paulista, por exemplo, do que o berimbau é baiano. Ou ainda: a música de origem sertaneja, com todas as suas derivações não menos teratológicas, representa muito mais os brasileiros — se o critério fosse a representação democrática — do que as parlapatices culturais de Carlinhos Brown.
O governo petista da Bahia acaba de proibir, em nome da segurança dos baianos (que remédio?), o “instrumento” lançado por Dilma Rousseff, com aquele ar sempre encantado que fazem os políticos diante do alegre, primaveril e suposto primitivismo do povo…
Texto publicado originalmente às 19h18 desta sexta
Ai, meu Jesus Cristinho! Era fatal! Eles estavam na moita, mas voltaram para anunciar, uma vez mais, o Apocalipse de São João, revisado por Al Gore. Refiro-me aos fanáticos do aquecimento global. Quanto mais o mundo apresenta evidências contrárias às suas previsões, mais fanáticos eles se tornam. Assim são as seitas extremistas. Elas se alimentam de um mal que está sempre por vir. A VEJA da semana passada trouxe uma longa reportagem com os erros clamorosos dos apocalípticos. O aquecimento não compareceu ao encontro. A temperatura do planeta está estável já há alguns anos. E fez um frio de rachar no Hemisfério Norte. “Mas o mundo vai acabar se continuar assim”, eles gritam. Como ninguém viverá o bastante para constatar se estão certos ou errados, eles podem fazer predições livres de qualquer responsabilidade. A questão da hora é a emissão de dióxido de carbônico na atmosfera. Antes que os sectários berrem, digo eu mesmo. Não entendo zorra nenhuma de clima. Não sou especialista em nada dessas coisas. Mas gosto de lógica. Reproduzo texto publicado na VEJA.com, que traz as informações necessárias para entender o alarmismo da hora. Volto depois.
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Nesta quinta-feira, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera medida diariamente pelo Observatório Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou a marca de 400 partes por milhão pela primeira vez desde o início das medições, em 1958. Segundo os pesquisadores, o valor é simbólico, pois nunca foi atingido durante toda a história da humanidade — pesquisas mostram que a última vez em que a concentração do gás na atmosfera chegou a um nível tão alto foi há mais de três milhões de anos.
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Nesta quinta-feira, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera medida diariamente pelo Observatório Mauna Loa, no Havaí, ultrapassou a marca de 400 partes por milhão pela primeira vez desde o início das medições, em 1958. Segundo os pesquisadores, o valor é simbólico, pois nunca foi atingido durante toda a história da humanidade — pesquisas mostram que a última vez em que a concentração do gás na atmosfera chegou a um nível tão alto foi há mais de três milhões de anos.
O dióxido de carbono emitido para a atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas é o principal gás do efeito estufa, contribuindo com grande parte do aquecimento global. Assim que é emitido, o gás se espalha pela atmosfera — onde permanece por milhares de anos —, aprisionando a radiação do Sol e impedindo que o calor seja dissipado do planeta. Desde que os cientistas começaram a acompanhar sua concentração na atmosfera, ela vem crescendo a taxas cada vez maiores. Antes da Revolução Industrial, no século 19, a concentração média de CO2 era de cerca de 280 partes por milhão.
Os primeiros dados obtidos pelo Observatório Mauna Loa, em 1958, mostravam que a concentração de CO2 já estava na faixa de 316 partes por milhão. A partir daí, o nível só aumentou. Durante os primeiros anos de medição, a concentração crescia a uma taxa de 0,7 partes por milhão por ano. Na última década, esse crescimento acelerou e chegou a 2,1 partes por milhão por ano.
Observações realizadas no Observatório pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e pelo Instituto Scripps de Oceanografia durante as últimas semanas já mostravam que a marca estava para ser atingida. “Esse crescimento não é uma surpresa para os cientistas. Isso é uma evidência conclusiva de que o forte crescimento nas emissões globais de CO2 vindas da queima de carvão, petróleo e gás natural está levando a essa aceleração”, diz Pieter Tans, pesquisador do Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.
NOAA
Tanto a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos e o Instituto Scripps de Oceanografia, realizam mediçõe periódicas no Observatório Mauna Loa, localizado perto de um vulcão extinto no Havaí
Tanto a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos e o Instituto Scripps de Oceanografia, realizam mediçõe periódicas no Observatório Mauna Loa, localizado perto de um vulcão extinto no Havaí
Marco pré-histórico
Durante os últimos 800.000 anos, a concentração de CO2 na atmosfera ficou entre 180 partes por milhão — durante as eras glaciais — e 280 partes por milhão, nos períodos mais quentes. A taxa atual de crescimento na concentração do gás é mais de 100 vezes mais rápida do que o aumento que houve no final da última Era Glacial.
Durante os últimos 800.000 anos, a concentração de CO2 na atmosfera ficou entre 180 partes por milhão — durante as eras glaciais — e 280 partes por milhão, nos períodos mais quentes. A taxa atual de crescimento na concentração do gás é mais de 100 vezes mais rápida do que o aumento que houve no final da última Era Glacial.
Os cientistas estimam que a última vez e que a concentração de CO2 chegou ao nível atual foi há mais de três milhões de anos, durante o Plioceno, época geológica em que as temperaturas na Terra eram cerca de três graus mais quentes do que hoje. “Não há como impedir que o dióxido de carbono ultrapasse a marca das 400 partes por milhão. Isso já aconteceu. Mas o que acontecer daqui para frente ainda vai influenciar no clima e pode ser controlado”, disse Ralph Keeling, pesquisador do Instituto Scripps de Oceanografia.
Limite
Os dados do IPCC ( o painel de mudanças climáticas da ONU) sugerem que a concentração de 450 ppm representa o limite a partir do qual o aquecimento ganharia uma dinâmica que poderia prejudicar a existência humana sobre o planeta. O ideal, ainda de acordo com o IPCC, seria manter a concentração abaixo de 450 ppm para evitar que a temperatura subisse acima dos 2 graus Celsius, limite capaz de provocar danos no ecossistema. Segundo estimativas do órgão, no pior cenário acabariam as geleiras do planeta.
Os dados do IPCC ( o painel de mudanças climáticas da ONU) sugerem que a concentração de 450 ppm representa o limite a partir do qual o aquecimento ganharia uma dinâmica que poderia prejudicar a existência humana sobre o planeta. O ideal, ainda de acordo com o IPCC, seria manter a concentração abaixo de 450 ppm para evitar que a temperatura subisse acima dos 2 graus Celsius, limite capaz de provocar danos no ecossistema. Segundo estimativas do órgão, no pior cenário acabariam as geleiras do planeta.
É significativo o fato de a concentração de CO2 ter ultrapassado o limite de 400 ppm. Mas ainda é impossível precisar de forma definitiva quais serão os efeitos dessa concentração sobre o planeta.
Além disso, as medições do IPCC têm sido alvo de várias críticas. Como afirmou o climatologista inglês Nicholas Lewis em reportagem de VEJA, publicada em 8 de maio, que usou dados do próprio IPCC para prever o aumento da temperatura global até o ano 2100, não existe o risco de se concretizarem a maioria das previsões catastróficas que são propaladas pelos alarmistas, como a de que cidades à beira-mar vão ficar submersas.
Voltei
Eu confesso que não sei direito que diabos quer dizer uma concentração de dióxido de carbono de “400 partes por milhão”. Mas entendi que isso não é bom. Segundo as informações disponíveis, antes da Revolução Industrial, era de 280 partes, índice também da Era Glacial. Então pego daí. O planeta, sozinho, só com alguns dinossauros soltando uns puns, chegou a 280 partes por milhão. Aí vieram mais de sete bilhões de pessoas e chegamos a “apenas” 400 partes por milhão? Como eu sempre desconfiei, perversa mesmo é a natureza! Imaginem o quanto o homem transformou o mundo nesse período, e a gente não conseguiu produzir nem metade do que o planeta fez por sua própria conta?
Eu confesso que não sei direito que diabos quer dizer uma concentração de dióxido de carbono de “400 partes por milhão”. Mas entendi que isso não é bom. Segundo as informações disponíveis, antes da Revolução Industrial, era de 280 partes, índice também da Era Glacial. Então pego daí. O planeta, sozinho, só com alguns dinossauros soltando uns puns, chegou a 280 partes por milhão. Aí vieram mais de sete bilhões de pessoas e chegamos a “apenas” 400 partes por milhão? Como eu sempre desconfiei, perversa mesmo é a natureza! Imaginem o quanto o homem transformou o mundo nesse período, e a gente não conseguiu produzir nem metade do que o planeta fez por sua própria conta?
“Seu ridículo! Mas isso é muito!” É mesmo? As previsões feitas com base nos tão supostamente rigorosos modelos matemáticos não estão se cumprindo. Digam-me cá: para que não ultrapasse o tal limite dos 450, é preciso fazer o quê? Mandar o mundo parar para a gente descer? Desacelerar a economia da China — pedir para a Europa crescer menos é sacanagem, né? Os EUA não estão aquilo tudo. Com o Guido Mantega, ninguém precisa se preocupar. Ele cumpre a sua parte. A indústria brasileira já está indo para o vinagre. Produz pouco carbono…
Em 1650, a população mundial era de 500 milhões de habitantes. E havia, então, 280 partes de dióxido de carbono por milhão. Em 2012, o mundo superou a marca dos sete bilhões de pessoas — cresceu 13 vezes! Sim, claro, encanta-me que saibam com tanta precisão a concentração de dióxido de carbono de há 3 milhões de anos ou dos séculos 17 ou 18… Mas dou crédito aos tais “modelos”. É bem verdade que, nessas coisas, um errinho de interpretação pode fazer uma diferença danada.
Então tá… Os “especialistas” em clima, mesmo com os erros clamorosos que cometeram (não custa lembrar: as geleiras andaram crescendo ultimamente…), continuam a vender seu apocalipse. São pessimistas. Aliás, esse deve ser o pessimismo que mais rendeu dinheiro na história da humanidade. Eu decidi ser otimista. Se a população cresceu 13 vezes, e a emissão de dióxido de carbono não cresceu nem a metade do que já havia em 1650, acho que a gente tem salvação.
Uma coisa, eu sei. Não vai dar para eliminar 6,5 bilhões de pessoas para voltar às 280 partes do gás, né? O planeta vai ter de nos aguentar!
Que saudade do tempo em que as pessoas que odiavam a humanidade optavam pela literatura, pela filosofia, pela escatologia religiosa… A misantropia produziu uma literatura bem interessante. Mas não se viam poetas tentando direcionar os investimentos públicos. Hoje em dia, os misantropos são “cientistas do futuro”. Quanto mais erram, mais alarmistas e sedentos de verba se tornam. Por que não fundam logo uma religião? Eu já sugeri a Igreja dos Apóstolos do Aquecimento Global dos Últimos Dias.
Por Reinaldo Azevedo
NO BLOG DO CORONEL
A notícia é estarrecedora. O Ibama mantém uma lista negra de 43.000 propriedades embargadas por problemas ambientais. Estas fazendas, que totalizam 21,5 milhões de hectares, quase 10% da área de produção agrícola do país, ficam impedidas de exercer qualquer atividade econômica. O Ibama e o Ministério Público, unidos, impõem pesadas multas às cooperativas, tradings, indústrias e frigoríficos que negociem com elas. Antes de comprar, estas empresas precisam consultar a lista de fazendas, pois são pesadamente penalizadas se forem pegas comprando produtos, como grãos ou animais, de áreas com irregularidades. A multa ao comprador é de R$ 500 por quilo do produto adquirido. Um quilo de carne custa cerca de R$ 6, um quilo de soja não custa R$ 1. Não importa se uma fazenda de 50.000 hectares tenha 1.000 hectares com problemas. É o CNPJ e o CPF do dono que ficam comprometidos. Se o produtor rural tem mais de uma fazenda, todas elas passam a fazer parte das listas negras. Não importa, também, se está havendo recuperação do dano alegado pelo Ibama e se a multa está sendo paga. Entrou na lista, não sai mais. Na prática, o Ibama e o Ministério Público estão impedindo a atividade econômica de uma a cada propriedade rural no Brasil. E o preço dos alimentos continua subindo, justamente porque os pequenos estão sendo impedidos de produzir e os grandes conglomerados de carnes e grãos estão sendo beneficiados. A culpa da inflação é da comida? Sim, da comida que o Ibama e o Ministério Público proíbem que seja produzida.
Odebrecht construiu o Maracanã para ela mesma com dinheiro público?
A obra do Maracanã, tocada inicialmente pelo consórcio formado pela Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta, a um custo de R$ 600 milhões, já está orçado em R$ 1 bilhão e 120 milhões. Não devemos esquecer que estas empresas ganharam a concorrência porque apresentaram o melhor preço. O melhor preço já aumentou 87%. E tende a aumentar ainda mais. Segundo o governador do Rio, Sérgio Cabral(PMDB), tudo isso deveu-se " a uma série de variáveis não esperadas", como se isso fosse problema dos cofres públicos e não das construtoras que apresentaram um preço vil para vencer a concorrência, certos dos polpudos aditividos que impõem no decorrer da obra.
Dois dias depois de autorizar um novo aditivo, no valor de R$ 200 milhões, ontem foi divulgado o resultado da concorrência para exploração do Maracanã, por 35 anos. Adivinhem quem venceu? A Odebrecht, com uma proposta de R$ 192,5 milhões. Na verdade, R$ 7,5 milhões a menos do que o aditivo recebido dois dias antes. É mais ou menos assim: o país pagou R$ 200 milhões a mais pela obra do estádio para que a Odebrecht devolva R$ 192,5 milhões nos próximos 35 anos. Só mesmo no Brasil a construtora do estádio ganha a sua concessão nestas condições. E ninguém fala nada. Sabem por quê? Porque a Odebrecht contribui generosamente para a campanha eleitoral de todos os partidos. É só olhar as contas depositadas no Tribunal Superior Eleitoral.
Ontem à tarde, segundo a Veja, a Justiça do Rio de Janeiro impugnou a concorrência para concessão do estádio. A liminar expedida pela 9ª Vara de Fazenda Pública determinou que o governo não pode celebrar o contrato até o julgamento do mérito de uma ação do Ministério Público. No mês passado, o MP quis travar a concessão por considerar que a IMX de Eike Batista foi favorecida no processo. Na decisão, a juíza Gisele de Faria considera que ‘a presença de ilegalidades contamina a licitação’ e determina multa de 5 milhões de reais ao governo do Rio caso a medida não seja cumprida.
NO BLOG DO JOSIAS
Até a noite passada, Paulo Cesar Farias, o PC, era apenas uma aberração histórica. As absolvições do Tribunal do Júri de Maceió converteram-no numa aberração sem lógica. Rememore-se desde o início: num país em que os criminosos do poder, quando pilhados, amargam no máximo algumas semanas de manchetes embaraçosas, o coletor de Fernando Collor passou uma temporada na prisão. Numa terra em que os segredos mais cabeludos costumam dar em nada, PC foi silenciado à bala.Do improvável, o caso deslizou para o inimaginável. O caixa de Collor havia sido vítima de um reles crime passional, concluiu a diligente polícia alagoana ainda no alvorecer das supostas investigações. A namorada jovem atirou no amante maduro –vulgo ‘galinha dos ovos de ouro’— e depois se matou.
Do inimaginável evoluiu-se para o inesperado. Desembarcando da pantomima, o Ministério Público Estadual de Alagoas chegou à conclusão de que PC e a amante foram assassinados. A Promotoria denunciou à Justiça quatro ex-seguranças do tesoureiro de Collor –seriam co-autores, já que não evitaram o infortúnio do chefe. O executor dos disparos? Nem sinal. O mandante? Ora, não venha você com pergunta difícil.
Decorridos 17 anos, migrou-se finalmente do inesperado para o inacreditável. A maioria dos jurados concordou com a acusação num ponto: o que houve foi um duplo homicídio. Paradoxalmente, os mesmos jurados absolveram os quatro ex-seguranças. O assassinato da lógica devolveu a aberração às suas origens: dois assassinados e nenhum assassino.
Nesse contexto, é melhor retornar à versão do crime passional. Não resolve o mistério. Mas diverte a plateia e preserva a ingenuidade nacional. O espectador é como que convidado a perguntar de si para si: se o STF livrou a cara de Fernando Collor depois de tudo o que veio à tona sobre o governo dele, que outras fichas poderiam saltar do arquivo de PC Farias para ser lacrado assim, com sangue?
ADVOGADO ARGENTINO APRESENTA DENÚNCIA CONTRA CRISTINA ACUSANDO-A DE ASSASSINAR SEU MARIDO NESTOR KIRCHNER. RESTOS DO TIRANETE PODEM SER EXUMADOS.
Cristina Kirchner reza pelo defunto marido durante o velório
Advogado argentino, Juan Ricardo Mussa, apresentou uma denúncia contra a presidente Cristina Fernandez de Kirchner e seu filho Maximo, acusando-os, segundo noticiou o jornal argentino Perfil, de matar Nestor Kirchner. O advogado também pediu exumação do corpo para investigar a morte.
Mussa, que fez inúmeras denúncias contra K nos últimos anos, pediu ao juiz federal, que também investigue o secretário Carlos Zannini, e os empresários Lázaro Báez Kirchner, Christopher Lee e Rudy Ulloa Igor como membros de uma "associação ilítica que "encobrio" o suposto crime, de acordo com os detalhes da denúncia.
O pedido de Mussa é baseado no relato de duas testemunhas protegidas que afirmam que Kirchner foi "morto por um tiro no pescoço." Eles falam sobre uma discussão entre Cristina e Nestor em sua residência em El Calafate antes da morte.
De acordo com o laudo da Unidade Médica Presidencial, Kirchner morreu em 27 de outubro de 2010, como resultado de deficiências cardiovasculares do miocárdio.
Em 7 de fevereiro do mesmo ano, foi internado de emergência na capital e em 12 de setembro foi submetido a uma angioplastia devido a outro problema cardíaco.
EN ESPAÑOL - El mutidenunciador del kirchnerismo, Juan Ricardo Mussa, presentó una denuncia fuera de lo común en Comodoro Py contra la presidenta Cristina Fernández de Kirchner: la acusó junto a su hijo Máximo Kirchnerpor "homicidio simple" por la muerte de su esposo Néstor Kirchner el 27 de octubre de 2010.La querella recyó en manos del juez federal Julián Ercolini.
El dirigente del PJ, quien efectuónumerosas querellas contra funcionarios K en los últimos años, solicitó al juez federal que también investigue al secretario Legal y Técnico, Carlos Zannini, y los empresarios kirchneristasLázaro Báez -imputado por lavado de dinero-, Cristóbal López y Rudy Ulloa Igor como miembros de una "asociación ilítica" que "encubrió" el supuesto crimen -según la denuncia- del fallecido ex Presidente.
La denuncia se basa en el relato de dos testigos reservados que mencionan que Néstor Kirchner -de acuerdo al pedido de Mussa- habría sido "asesinado de un tiro en la nuca". Mussa solicitó al juez Ercolini que se exhumen los restos del expresidente para que se determine el verdadero motivo de su deceso.
Según los relatos que recoge la denuncia, Cristina y Néstor Kirchner habrían mantenido una fuerte discusión en su residencia de El Calafate antes del fallecimiento.
De acuerdo a los partes de los Unidad Médico Presidencial, Kirchner falleció el 27 de octubre de 2010 de un infarto como consecuencia de deficiencias cardiovasculares. El 7 de febrero de ese año había sido internado de urgencia en la Capital y el 12 de septiembre se le aplicó una angiosplastia por otro problema coronario.
Por lo tanto, Mussa realizó una ampliación de la denuncia en la que solicitó al juez Ercolini que cite al personal de Emergencias Médicas de El Calafate, que acudió a la residencia de los Kirchner una vez que se informó su grave estado. Do site do jornal Perfil
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