DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-5-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Senado se omite 
na punição a
menores bandidos

O Senado faz corpo mole e nem sequer discute projetos que diminuem ou suprimem a “maioridade penal”, enquanto se multiplicam casos de crimes cometidos por bandidos “di menor”, que confiam na impunidade garantida pela lei em vigor. Há uma centena de projetos. Um deles, do senador Sérgio de Souza (PMDB-PR), propõe a mesma punição para menores e adultos que cometam crimes de igual natureza e gravidade.

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Trâmite

O projeto de Sergio de Souza aguarda parecer do relator Aloísio Nunes (PSDB-SP) na CCJ antes de seguir para a Câmara.

Perde o controle

Para Sérgio de Souza, o Estatuto da Criança e do Adolescente oferece aos menores delinquentes uma “velada promessa de impunidade”.

Elementar, meus caros

Dilma pragmática, ora pois, explicando o déficit histórico de US$ 994 milhões: “qualquer oscilação na balança é apenas uma oscilação".

Mais do mesmo

Dilma anunciou a criação de agências de extensão rural que já existem com outro nome, Emater, administradas pelos Estados. Faltou conversar com governadores, ou tudo não passou de outro factoide.

A Índia é aqui

Foi destaque internacional, inclusive na Índia, o estupro de passageira em micro-ônibus no Rio, menos de dois meses depois de uma americana.

Perigo à vista

Vai sobrar para nosso bolso: enquanto vem ao Brasil o presidente mais ou menos eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) trata de “investimentos” em Cuba.

Passar bem

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) inaugura um hospital em Hebron (Palestina) com US$1 milhão doados pelo Brasil. Em Israel, se reúne com farmacêuticas para fabricação de remédios biológicos e genéricos.

Pergunta no guichê

Quando Lula diz que o PT precisa “recuperar valores”, significa que o partido está sem caixa depois do mensalão?

NO BLOG DO NOBLAT

Barbosa envia embargos de réus do mensalão a Gurgel e pede parecer

Carolina Brígido, O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, pediu que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se manifeste sobre os embargos apresentados por réus condenados no julgamento. Barbosa enviou nesta segunda-feira para Gurgel os embargos de declaração apresentados pelos réus do mensalão que pediam efeitos infringentes, ou seja, o reexame das provas e a absolvição dos réus ao fim de um novo julgamento.
Barbosa deu prazo de 10 dias para Gurgel se manisfestar. O parecer vai ajudar o ministro a elaborar um voto sobre os recursos. Não há previsão de quando o julgamento dos recursos vai ocorrer.



AGU cobrará R$ 2,7 mi de prefeitos cassados por gastos com eleições

Estadão
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta segunda-feira, 6, que vai cobrar R$ 2,7 milhões de prefeitos cassados para cobrir os gastos da União com a realização de novas eleições. O valor refere-se a 51 ações em curso com pedido de ressarcimento.
Outras 37 ações serão protocoladas na Justiça Federal nos próximos dias e em seis casos foi feito acordo. Ao todo, há 94 ações realizadas em parceria com a Justiça Eleitoral. Em todas, os prefeitos foram cassados porque foram condenados por crimes como compra de voto e abuso de poder político e/ou econômico.


Brasil pretende enviar 6 mil médicos cubanos a regiões remotas do país

O Globo
O governo brasileiro pretende contratar 6 mil médicos cubanos para que trabalhem em áreas remotas do país, onde o atendimento é deficiente ou inexistente, apesar da controvérsia sobre a qualificação desses profissionais.
O chanceler Antonio Patriota disse nesta segunda-feira que as negociações para a vinda dos médicos cubanos envolvem a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Associações médicas brasileiras são contra a autorização para que médicos formados em Cuba atuem no Brasil, argumentando que as faculdades cubanas têm padrões inferiores aos brasileiros e que em alguns casos os cursos de medicina cubanos equivalem aos cursos brasileiros de enfermagem.


Pesquisa mostra piora na avaliação de usuários de telecomunicações

O Globo
Nos últimos dez anos serviços como os de telefonia celular, internet e TV por assinatura tiveram grandes avanços tecnológicos e passaram a fazer parte do dia a dia dos brasileiros. Porém, a satisfação dos usuários com a qualidade dos serviços que recebem das empresas do setor andou na contramão.
Numa escala de zero a cem pontos, o índice de satisfação com o funcionamento dos celulares pós-pago, por exemplo, passou de 71,4 para 53,7 no período, uma queda de 17,7 pontos. Realizado pela Meta Instituto de Pesquisa de Opinião, o estudo analisou entrevistas com cerca de 200 mil clientes de todas as modalidades de serviços de telecomunicações — 42 mil horas de entrevistas foram compiladas — e custou R$ 5,3 milhões à Anatel.


Impressoras 3D já são usadas para produzir armas

Estadão
A primeira arma do mundo feita com a tecnologia de impressão 3D foi testada com sucesso nos Estados Unidos. A notícia foi dada pela BBC, que divulgou um vídeo mostrando como a arma foi produzida por um estudante de direito americano de 25 anos.
O estudante e seu grupo defendem a liberdade das pessoas de utilizarem a tecnologia para desenvolver armas de fogo em casa. Eles pretendem compartilhar as informações sobre a primeira experiência feita no sábado, 4.


Argentina reprime venda de dólar que atinge os 10 pesos

O Globo
A Agência Federal de Ingressos Públicos (Afip, órgão equivalente à Receita Federal) iniciou nesta segunda-feira uma ofensiva junto às casas de câmbio em Buenos Aires, tentando coibir a venda da divisa americana acima dos 10 pesos. Agentes da agência percorreram diversas casas de câmbio no centro financeiro da capital no intuito de desestimular a ação de cambistas.
Muitas lojas não abriram, outras operaram apenas por telefone, mas as poucas que funcionaram chegaram a fechar negócios com o dólar vendido a 10 pesos, em operações limitadas a US$ 3 mil por cliente. Ao final do dia, a cotação baixou para 9,87 pesos, ligeiramente abaixo dos 9,88 da última sexta-feira. No câmbio oficial, a divisa americana encerrou a 5,16 pesos para compra e a 5,21 para venda, uma diferença de 89,3% em relação ao paralelo.



Jovens são encontradas em Ohio dez anos após sequestro

O Globo
Três mulheres que desapareceram quando ainda eram adolescentes, há uma década, foram encontrados vivas nesta segunda-feira em uma área residencial a cerca de 2 km do centro de Ohio, nos Estados Unidos. Uma multidão tomou a rua perto da casa onde a polícia afirmou mais cedo ter encontrado Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight. Um motorista de de 52 anos também estava na casa e foi preso.
Um vizinho escutou gritos na casa ao lado e correu para o local, onde encontrou as três mulheres. Amanda Berry usou o celular para ligar para a emergência. Depois da chegada da polícia, elas foram levadas para um hospital, onde médicos atestaram que elas estavam sob boa condição médica e salvas.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Advogados dos mensaleiros querem confundir tribunal com fralda de bebê

Parece que os advogados dos mensaleiros começaram a considerar que, de fato, as decisões de um tribunal são como fralda de bebê: ninguém sabe o que vai encontrar — embora, convenha-se, as opções não sejam tantas assim. E, bem…, cumpre observar que estão errado.
Leio na reportagem de Laryssa Borges, na VEJA.com, a declaração de Hermes Guerrero, advogado de Ramon Hollerbach, condenado a 29 anos de prisão: “No caso dos embargos infringentes, cabe um reexame da condenação quando ela não foi unânime. Em um julgamento único, sem o duplo grau de jurisdição, isso se justifica ainda muito mais”.
Como é que é???
O doutor inventou uma lei nova ou um artigo novo do Regimento Interno do Supremo. Vamos ver. A divergência, se é que existe (eu acho que não!), é uma só: 1) ou vale o Artigo 333 do Regimento Interno do Supremo, que prevê esse recurso QUANDO HÁ QUATRO VOTOS DIVERGENTES (e só nesse caso), ou2) vale a Lei 8.038, de 1990, que regula os processos criminais nos tribunais superiores E NÃO PREVÊ EMBARGOS INFRINGENTES? Cumpre lembrar que, no STJ, eles já não existem.
Assim, a afirmação do doutor é um despropósito a) em relação ao Regimento Interno (que exige os quatro votos; não basta a pura e simples divergência); b)em relação à Lei 8.038.
Enquanto vigia a Constituição de 1967, o Regimento Interno do Supremo tinha a força de lei. A partir da Constituição de 1988, não mais. A lei que regula processos criminais é de 1990, posterior, portanto, à Constituição. Assim, é evidente, é lógico, é claro que o Artigo 333 perdeu eficácia, não vale mais. Por quê? Porque uma lei pode mais do que um regimento. E porque o próprio STF já tornou artigos do seu regimento sem efeito em razão de lei.
“Ah, mas há ministros que acham que vale, sim!” Eu sei. Por isso mesmo, existe a polêmica. Mas não é uma polêmica perdida no mar da incerteza. Ela tem duas balizas: o Artigo 333 do Regimento Interno e a Lei 8.038. Essa história de que, por não haver o duplo grau de jurisdição, então tudo é permitido, é uma piada. Isso não é direito. É achismo — e dos mais despropositados.
Por Reinaldo Azevedo

O que as oposições têm a dizer mesmo sobre o debate das drogas? Resposta: nada! E essa e a melhor parte; a pior é a besteira. Ou: Lula não conheceu Sartre nem acompanhou o Maio de 1968 francês… Não deixa de ser uma sorte para os brasileiros que só têm a protegê-los o próprio medo!

No sábado, enquanto o jornal O Globo publicava uma entrevista da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, criticando a proposta de discriminação das drogas, defendendo as comunidades terapêuticas e a internação compulsória de viciados, ocorria em Brasília um seminário, iniciado no dia anterior e que se estenderia até o seguinte, em favor da descriminação (os mansos…) e da legalização (os furiosos) das ditas-cujas. Não só isso. Pediu-se lá, sob aplausos entusiasmados, a legalização da produção, da distribuição e do consumo de todas as drogas. Gleisi, que é contra isso, é do PT. O encontro de Brasília era promovido por uma Universidade Federal controlada pelo PT; financiado por um órgão do Ministério da Educação, comandado pelo PT; tinha o apoio do Ministério da Saúde, que também está com PT, e contava com o incentivo de outros órgãos do estado chefiados pelo… PT!!! Entenderam? Enquanto a ministra de estado que tem de negociar algumas pautas com o Congresso apontava num sentido, o happening, financiado com dinheiro público, apontava no outro. O governo Dilma é esquizofrênico? Pode ser ruim, mas não padece dessa dualidade. Isso é política. E as oposições? O que elas diziam a respeito? Ora, como de hábito, nada — ao menos aquela de Brasília. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin já pôs em prática a internação involuntária — sob o silêncio assustado do PSDB, esse partido que se mostra, a cada dia um pouco mais, uma equação vencida pelo tempo. O eleitor passou na janela, e as Carolinas da social-democracia não viram. Que peninha! Xiii, hoje é dia de tomar porrada de todo lado: dos petistas (como de hábito), dos tucanos, da esquadrilha da fumaça, dos aspiradores de pó, dos “muderrrnos”… Assim é que é bom. A política no Brasil é chata. O meu blog não é. Sigamos.
Prometi ontem à noite que escreveria nesta madrugada um texto com estes elementos: “1) a entrevista de Gleisi Hoffmann sobre as drogas; 2) as posições (no plural) dos petistas sobre o assunto; 3) a fala (ou não-falas) das oposições a respeito; 4) os que ‘frequentaram’ o Maio de 1968 francês; 5) os que conheceram Jean-Paul Sartre; 6) um certo sindicalista bastante conservador (a seu modo) em matéria de família; 7) uma oposição sem agenda (ou com a agenda errada)” . E disso me ocupo agora. Na verdade, exponho as visões que foram se clareando enquanto eu redigia aquele outro texto. Como no conto de Machado de Assis “O Cônego ou a metafísica do estilo”, as palavras ficaram lá no meu cérebro se procurando, como Silvio, o substantivo, buscava Silvia, o adjetivo (quem não ainda não leu o conto não entendeu lhufas; nunca é tarde para Machado). Adiante.
Ora, meus caros, a excelente entrevista concedida por Gleisi deveria estar na boca de políticos da oposição — na verdade, no que concerne às drogas, aquela deveria ser a linha oficial dos que pretendem apear o PT do poder. Em vez disso, o que se tem é um enorme silêncio. Sabem por quê? Porque os oposicionistas que temos são reféns de algumas ideias do século passado e têm, não canso de apontar aqui, um medo pânico do povo. Muitos tucanos de nobre plumagem jamais falariam o que falou Gleisi porque temeriam ser chamados de “reacionários” pela militância do Alto de Pinheiros e Higienópolis — e até pelos… petistas! Gleisi, no entanto, vai lá e fala.
A ministra, claro!, opinava em nome do governo — o cargo a obriga a tanto. Mas não duvido que pense realmente aquilo. O que esperar da mãe de duas crianças, uma de 11 e outra de 7 anos? Ora, que expresse o justo temor de milhões de mães Brasil afora, que sabem o que significaria a liberação das drogas: seus filhos ficariam muito mais expostos ao risco. Sim, acho que a ministra foi sincera. E foi também metódica. Eis o PT, ocupando todo o espectro do debate: lidera a pressão que eles chamam “da sociedade” (é mentira!) em favor da descriminação e também lidera o processo de resistência. Com o primeiro movimento, ganha a simpatia dos descolados e da imprensa liberacionista; com a segunda, obtém a simpatia do povo, que repudia — e com razão — a descriminação.
E os tucanos ficam com o quê? Ora, em escala nacional, com nada! Embora FHC seja um dos prosélitos da descriminação, os que endossam essa ideia, no mais das vezes, já têm partido — e não é o PSDB! A legenda perde a chance de falar com a população. O mínimo que merecia aquela patuscada ocorrida em Brasília era um protesto veemente dos tucanos, que alimentam a ambição, oficial ao menos, de chegar ao poder. O dinheiro que financiou aquele troço saiu da CAPES. Prestem atenção para a tradução por extenso da sigla: Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior. Mas como reagir? FHC é uma espécie de porta-bandeira da tese que lá se defendia. Na Folha desta segunda, Cesar Gaviria, seu companheiro na Comissão Latino-Americana Sobre Drogas e Democracia, defendeu que o Estado passe a fornecer gratuitamente drogas aos viciados. Não faz tempo, numa de suas pajelanças, os tucanos concluíram que precisavam se aproximar mais do povo. Defendendo a descriminação das drogas ou fugindo do debate quando ele aparece? Ora, não vai acontecer.
Pior: os tucanos ajudaram a criar embaraços ao projeto de lei do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que disciplina as comunidades terapêuticas, regulariza a internação involuntária (a compulsória saiu do projeto) e aumenta a pena para os traficantes. O que estou aqui a dizer é que, mais uma vez, um debate importante se trava na sociedade, e não se ouve a voz da oposição. Assim, o PT ocupa as duas pontas do debate (a favor da descriminação e contra); as duas faces do jogo político, o “contra” e o “a favor”; os dois lados da polarização. Lula andou dizendo por aí que o PT parlamentar, o que governa, o do establishment, afastou-se do PT da base. E não pensem que ele pretende encostar um no outro. Isso é parte do jogo. O PT é assim mesmo.
Lula não conheceu Sartre
Quando Jean-Paul Sartre veio ao Brasil, em 1960, FHC foi um de seus anfitriões. A professora Ruth Cardoso, sua mulher, até fez uma sopa de mandioquinha para o filósofo. Eram tempos, digamos, de pré-convulsão na França e no Brasil. A revolução cubana acontecera havia pouco. Sartre já vivia a fase de declínio do pensamento (havia se tornado anos antes um comunista…), mas ainda não tinha surtado de vez, como ocorreu nas jornadas de Maio de 1968, quando foi às ruas distribuir jornaizinhos maoístas e emprestar apoio integral àquele espetáculo comuno-fascistoide que foi a chamada “revolução estudantil”. Um intelectual agudo como Raymond Aron olhou aquilo e previu que os idiotas nunca mais recuperariam a modéstia. E ele estava certo.
Por que isso agora? Estou aludindo a um texto que escrevi aqui na manhã de segunda-feira. Pressão em favor da liberação das drogas haverá em qualquer tempo. Hoje, ela só encontra guarida em alguns governos porque aquela geração de 1968 ou imediatamente posterior, ainda contaminada por aquelas ideias, está no poder. O discurso da medicalização do vício é mera desculpa, é papo furado. Por que a ministra Gleisi Hoffmann foi tachada até de “fascista” pelos liberacionistas? Ora, o xingamento revela muito mais do que diz à primeira vista. No fim das contas, essa gente acha que drogar-se é um “direito”. Está cantandoe andando para os doentes. Não dá a mínima! No fim das contas, eles querem é restaurar, como é mesmo?, “as barricadas do desejo”; querem é “a imaginação no poder”.
E agora chamo Lula. Enquanto os estudantes ocupavam a Sorbonne, na França, ele se filiava ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Relutou. Não gostava de sindicalismo nem de políticos. Se vocês perceberem, da boca do líder máximo do PT, não sai conversa sobre droga. A visão que ele tem de família — ainda que possam surgir uma secretária ou outra no meio do caminho — é bastante tradicional. Não conto nenhuma novidade ao afirmar que o Babalorixá exprime, no que concerne aos valores, aos costumes, aos hábitos, o padrão do homem médio brasileiro. Sabe que, se aparecer falando em defesa da descriminação das drogas, cria um curto-circuito na relação com uma parcela importante da “massa”, que o tem como líder.
Vale dizer: nessa roubada, ele não entra. Ainda que alguns petistas graúdos sejam militantes da causa, ele, pessoalmente, fica fora desse papo. E, se querem saber, não é só por cálculo, não. Lá de onde ele vem (e, como ninguém, ele sabe o que isso significa e o peso que tem na personagem que criou), que é o lugar em que se concentra a esmagadora maioria do eleitorado, a droga ainda é, FELIZMENTE, um anátema. E é bom que seja assim. Se considerarmos o estado inepto que temos; a educação vagabunda que temos, a saúde precária que temos, a polícia ineficiente que temos, a verdade é que o povo só tem a si mesmo! O povo só tem a defendê-lo e a protegê-lo, muitas vezes, seus próprios medos.
A entrada dos tucanos na campanha em favor da descriminação das drogas e o seu silêncio cúmplice quando a vanguarda petista (nunca o Lula!) decide transformar a questão num tema quente são muito mais desastrosos para o partido do que parece à primeira vista. Trata-se de um fabuloso descolamento da realidade, que traduz, no fim das contas, inaptidão, inapetência e incompetência.
Texto publicado originalmente às 5h14
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO CORONEL

Contas do Mensalão do PT serão julgadas por Toffoli no TSE. Adivinhem o resultado

Ex-advogado do PT e ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antonio Dias Toffoli é o atual relator, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do processo das contas do diretório nacional do PT do ano de 2003. O processo está desde julho do ano passado no gabinete do ministro no TSE. Procurado pela Folha, o ministro preferiu não se manifestar sobre o assunto. Por meio da assessoria de imprensa, informou: "A resposta à pergunta seria antecipação de decisão que será tomada nos autos oportunamente". A reportagem quis saber se ele observava algum impedimento para atuar como relator no caso.
A Folha revelou no domingo passado que as contas de 2003 do partido foram aprovadas em 2010. Os técnicos do TSE também recomendaram a aprovação das contas do PT de 2004. Os dois anos foram os de maior movimentação do esquema do mensalão. A decisão sobre as contas de 2003 coube à ministra e atual presidente do TSE, Cármen Lúcia. Ela somente aplicou multas no valor de R$ 180,9 mil por falhas na aplicação do Fundo Partidário, formado por recursos públicos. O PT recorreu do pagamento das multas, alegando não ter cometido irregularidades. É esse recurso que agora está nas mãos do ministro Toffoli. Ele assumiu a relatoria após a distribuição automática do processo, já que Cármen Lúcia se tornou a presidente do tribunal e, por lei, teve de deixar o caso.
Como relator do processo, Toffoli já deu pelo menos dois despachos, um dos quais para não permitir de imediato a consulta da Folha aos documentos. O pedido da reportagem, em petição, data de 15 de abril passado. Em contraste, outra ministra do TSE, Laurita Vaz, atual relatora das contas do PT nos anos de 2004 e 2005, autorizou à reportagem acesso imediato aos documentos. A consulta foi feita na mesma tarde do pedido.
Em 2003, Toffoli trabalhava como subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil na gestão de José Dirceu, condenado pelo Supremo como chefe da quadrilha do esquema do mensalão. Registros do TSE apontam que Toffoli advogou, de 1998 a 2002, em quatro processos no TSE representando o Diretório Nacional do PT e em outros dois em nome do partido.
Além disso, ele atuou em processos no mesmo tribunal na condição de advogado de defesa do comando da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2002. Pela lei, o Ministério Público pode levantar a hipótese de suspeição de um juiz. Procurada ontem pela reportagem, a Procuradoria-Geral da República, que representa o Ministério Público Eleitoral no TSE, afirmou que até o momento não obteve provas para pedir a suspeição de Toffoli no processo.
(Folha de São Paulo)


Não vamos permitir que o Brasil importe médicos cubanos para trabalharem feito escravos, como ocorre na Venezuela

O mundo inteiro sabe que Cuba exporta escravos para trabalhar em outros países. O esquema é simples. O profissional recebe um salário de fome no país onde trabalha, enquanto o governo paga a diferença diretamente aos Castro. É o que acontece na Venezuela. É o que vai acontecer no Brasil, se importarmos médicos cubanos. Cuba não faz caridade. Cuba é o mais capitalista dos países na hora de usar seres humanos como escravos para suprir os seus problemas de caixa.
O governo cubano cobra U$ 11,4 mil por mês por médico cedido ao governo chavista. No entanto, estes médicos recebem apenas U$ 230 mensais na Venezuela, mais uma ajuda de U$ 46 dólares para a família, paga diretamente em Cuba. São 45 mil médicos que geram uma receita anual para a ditadura dos Castro de cerca de U$ 4,5 bilhões por ano. Se fosse no Brasil, ao dólar de hoje, cada médico cubano custaria R$ 23 mil mensais, mas ficaria com o equivalente a um salário mínimo por mês.
Pois os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando a vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram nesta segunda-feira (6) a parceria. O diabo está nos detalhes. É inadmissível que estes médicos, se autorizados, não recebam aqui o mesmo valor pago aos médicos brasileiros. E diretamente a eles.
Se não for assim, o Brasil estará importando e utilizando mão de obra escrava, o que é um crime que, com toda a certeza, o nosso diligente Ministério Público Federal jamais permitirá. Nem a turma do Sakamoto vai deixar, não é mesmo? Se existe tanta fiscalização sobre as condições análogas à escravidão supostamente existentes em algumas fazendas e fábricas, não é possivel que a Secretaria de Direitos Humanos da Maria do Rosário e o Ministério da Justiça do José Eduardo Cardozo permitirão que os médicos cubanos sejam explorados oficialmente pelo governo brasileiro.
Não, não venham com esta conversa de que estes médicos serão pagos lá. Não serão! Eles devem embolsar este dinheiro aqui, na pessoa física, em conta corrente aberta em banco brasileiro. Não aceitem os truques da ditadura cubana. Vamos fiscalizar, porque na Venezuela está ocorrendo um fenomeno. Mais de 1.500 desses médicos emigraram para os EUA ou países vizinhos. Conseguiram furar o controle do serviço secreto castrista, que os acompanham d eperto naquele país. “Quando algum médico foge, o governo finge que foram trasladados”, explica um dos membros da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana, que pediu para não ser identificado.
As fugas não são para menos. Os cubanos sempre moram em grupos de quatro, em cubículos de 30 metros quadrados, único espaço de que dispõem para dormir, cozinhar, tomar banho e se entreter. Um dos quatro costuma ser um informante ou agente do sistema repressivo castrista. Todos os médicos devem voltar para “casa” antes das 18 horas. Para dar uma “voltinha”, devem pedir licença com semanas de antecipação, mediante documento no qual justificam o destino e a duração de sua movimentação. Todos estão proibidos de entrar em contato com oposicionistas ou jornalistas, e dependem da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana.
Não vamos discutir mais se os médicos cubanos possuem conhecimentos técnicos similares aos dos médicos brasileiros. Vamos aceitar que sim. Então que venham para cá para receber salários iguais aos médicos brasileiros, trabalhando a mesma carga horária. Em Porto Velho (RO), a prefeitura precisa de médicos e paga R$ 12 mil mensais. A prefeitura de Sabará (MG) paga quase R$ 10 mil mensais. A prefeitura de Araguatins (TO) paga R$ 10 mil mensais para clínico geral. Que venham os cubanos. E que o dinheiro que pagaremos fique aqui, aquecendo o nosso mercado, em vez de sustentar a ditadura escravagista de Cuba.



"Coveiro" do PT é convocado para depor no Senado

O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do PSDB no Senado, protocolou nesta segunda-feira (6), na Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle, requerimento pedindo o comparecimento do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para que explique seu envolvimento com a tentativa de enfraquecer a investigação, em curso na Casa Civil, sobre as reinações de Rosemary Noronha.
Segundo denúncia publicada na revista Veja, que chegou às bancas neste final de semana, a Secretaria-Geral da Presidência da República teria atuado fortemente, para impedir que a sindicância comandada pela Casa Civil chegasse ao fim, tornando públicas as traficâncias de poder de Rosemary Noronha, no período em que ela, valendo-se de sua condição de amiga íntima do ex-presidente Lula, chefiou o escritório da Presidência da República em São Paulo.
Ainda de acordo com a revista, as investigações comprovaram que Rosemary Noronha usava o cargo que ocupava na chefia do escritório da presidência da República em São Paulo para traficar interesses, influenciar decisões e indicar pessoas na estrutura pública. A matéria informa ainda que, no mesmo dia em que foi criada a investigação da Casa Civil, a Secretaria-Geral da Presidência instaurou um processo “com vista a obter informações, acompanhar as apurações e orientar os órgãos envolvidos”.
Diante da gravidade dos fatos relatados por Veja, Aloysio Nunes acha indispensável que Gilberto Carvalho compareça à Comissão de Fiscalização e Controle, e explique por que, em última análise, o governo federal está investigando e tentando cercear o governo federal. O líder também considera essencial confirmar ou não a existência de documento da Secretaria-Geral da Presidência da República, que resumiria as conclusões da “investigação paralela” e conteria uma série de ressalvas e advertências sobre o trabalho da comissão de sindicância da Casa Civil. (Da Liderança do PSDB)


NO BLOG DO JOSIAS


Essas pessoas que sistematicamente desmoralizam o Congresso Nacional e jogam a opinião pública contra os políticos deveriam ir para a cadeia. O diabo é que os que fazem isso dispõem de privilégios como a prerrogativa de foro e a imunidade parlamentar. Veja-se, a propósito, a penúltima do Senado.

As repórteres Fernanda Odilla e Gabriela Guerreiro informam que certas regalias sobreviveram às promessas de corte do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Por exemplo: continuam na folha nove servidores cuja atribuição é fazer o check-in e carregar as malas dos senadores no aeroporto de Brasília.
Você, caro contribuinte, paga régios vencimentos para livrar Suas Execelências das atribulações a que são submetidos os mortais nos aeroportos brasileiros. Os nove carregadores de luxo recebem contracheques que oscilam entre R$ 14 mil e R$ 20 mil. Calma, segure os palavrões. Você não tem imunidade.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

O passeio na Feira de Frankfurt ajuda a entender por que tantos escritores preferem não enxergar a indigência verbal de Dilma

O comentarista Flavico pinçou um trecho do artigo de Mario Vargas Llosa sobre a morte lenta do chavismo: “É triste ver o nível intelectual desse governo, cujo chefe de Estado assobia, ruge ou insulta porque não sabe falar.” E acrescentou uma boa pergunta: a que país Vargas Llosa se refere mesmo? A interrogação é muito pertinente. A Venezuela parece cada vez mais aqui.
Por sempre ver as coisas como as coisas são, o grande romancista peruano precisou de dois ou três discursos de Nicolás Maduro para constatar que o herdeiro de Hugo Chávez não sabe falar. Caso se expressasse em português do Brasil, o ganhador do Nobel de Literatura não precisaria de mais que dois minutos ou três parágrafos de um improviso em dilmês para espantar-se com a indigência verbal de Dilma Rousseff.
Nem todos os escritores (e jornalistas) sem avarias no cérebro são militantes do PT. Por que tantos deles fingem ignorar a assombrosa miséria retórica do neurônio solitário? Por que fazem de conta que entendem o que está dizendo a superexercutiva que não diz coisa com coisa? O que há com esses intelectuais que contemplam com mansidão bovina, entre uma e outra salva de palmas, a discurseira que reitera a celebração da ignorância?
O que há é o de sempre. Há o medo de melindrar a “esquerda” e entrar na alça de mira das milícias do PT. Há o temor de cair em desgraça com Lula, o pai dos pobres, ou irritar Dilma Rousseff, a mãe dos miseráveis, e ser estigmatizado como inimigo da pátria. Há, sobretudo, o pavor de ficar fora da turma contemplada com bênçãos, favores e, sobretudo, verbas federais.
Em troca da inclusão de um livro na lista dos recomendados pelo MEC, garantia de muitos milhões em direitos autorais, o mais indignado dos rebeldes de antigamente entrega a mãe e oferece a avó como brinde. Outros fecham negócio a preços de ocasião. Por exemplo, uma vaga no grupo formado por mais de 70 escritores que, em outubro, vai representar o Brasil na Feira de Frankfurt.
A multidão ficará pelo menos quatro dias por lá, comendo, bebendo, dormindo em excelentes hotéis e vendendo seu peixe — tudo pago com o dinheiro que o governo subtrai dos pagadores de impostos. Um passeio desses na Alemanha ─ e de graça ─ costuma valer mais que a cumplicidade silenciosa. A maioria dos viajantes saberá retribuir a demonstração de apreço pelos literatos da terra com gentilezas adicionais.
Entre elas se inclui a esperta forma de miopia que faz enxergar um monumento à inteligência num cérebro baldio, incapaz de produzir uma única ideia que preste, uma só frase com começo, meio e fim. Ou dizer   qualquer coisa que possa mitigar a constatação perturbadora: nunca houve na história do Brasil uma figura tão irremediavelmente despreparada para exercer a presidência da República.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS CUBANOS PELO GOVERNO PETISTA: MAIS UM PASSO EM DIREÇÃO AO "SOCIALISMO DO SÉCULO XXI" NO BRASIL.

O governo brasileiro está negociando com a ditadura cubana a vinda de 6.000 médicos para trabalhar no interior do Brasil. O acordo deve ser semelhante ao que existe entre Cuba e a Venezuela – onde milhares médicos cubanos foram importados pelo governo do falecido presidente Hugo Chávez.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, depois de um encontro com o chanceler de Cuba, Bruno Rodriguez. “Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos um grande valor estratégico”, disse o ministro.
A intenção do governo brasileiro é levar os cubanos para trabalhar em cidades do interior do Brasil onde hoje não há atendimento e onde os médicos do País não querem trabalhar.
O Brasil, no entanto, terá que encontrar uma solução para a autorização de trabalho para esses médicos. Hoje, médicos formados no exterior precisam fazer uma prova de revalidação do diploma, o Revalida, em que menos de 10% dos que tentaram nos dois últimos anos foram aprovados.
O anúncio do Itamaraty foi condenado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que, em nota, classificou a negociação como “eleitoreira, irresponsável e despeitosa”. No texto, o CFM diz que pretende tomar medidas jurídicas contra um eventual acordo.
“Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais”, diz a nota. Do site da revista Veja
MEU COMENTÁRIO - O Conselho Federal de Medicina (CFM) está certo apenas em parte, mas não no que concerne ao essencial. A importação de médicos cubanos é parte da estratégia do Foro de São Paulo, a organização esquerdista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 cujos detalhes já reportei e podem ser lidos aqui, entidade essa que articula a comunização de todo o continente latino-americano.

Isto quer dizer que o exercício da medica como uma profissão liberal pode estar com seus dias contados no Brasil, já que o objetivo dos tarados ideológicos do PT é transformar médicos em operários. Aliás, a profissão já sofre um aviltamento flagrante desde que foram criados sindicatos de médicos. Ora, a medicina é uma profissão muito especial e complexa que depende além da vocação dos que postulam alcançá-la, de estudos aprofundados em universidades que possuam instalações e equipamentos de alta tecnologia.

Além disso essas escolas de medicina terão obrigatoriamente de estar em permanente interação com os maiores centros de pesquisa do mundo, ou seja Estados Unidos, Israel, Inglaterra, Alemanha e não mais do que isso. Justamente essa parte do mundo ocidental combatida por esses vermes bolivarianos.

Se no Brasil essas exigências que listei sumariamente já são apenas parcialmente observadas, o que se poderá dizer do ensino da medicina em Cuba, um país que na verdade é uma grande favela? Cuba é um país arrasado pelo comunismo de Fidel Castro e seus sequazes.

A "famosa" medicina cubana é  uma mentira histriônica, alimentada pela grande mídia cujas redações, em esmagadora maioria, são controladas por militantes da causa comunista. Estou afirmando isso porque sou jornalista e sei muito bem o que estou dizendo. É nas redações dos jornais onde se pode encontrar o maior número de diletantes e idiotas de todos os gêneros. Esses semoventes são os responsáveis por difundir bobagens como a excelência da medicina cubana. Acreditem: excelência da medicina cubana é uma tremenda mentira elevada criminosamente ao status de verdade absoluta pela mídia controlada pelos esbirros do castro-comunismo.

O desgoverno pernicioso do PT ao anunciar a importação de médicos cubanos, na verdade está é importando 6.000 espiões a serviço do Foro de São Paulo. Esta é que é a verdade. E o exemplo mais bem acabado ocorre na vizinha Venezuela, que começou importando médicos cubanos e hoje já possui uma população cubana que chega a 60 mil pessoas. Dentre esses cubanos a maioria faz parte do G2, o serviço secreto de Fidel Castro e seu irmão Raúl.

Reportagem da revista Veja dá uma idéia do que representa essa maldita importação de cubanos para o Brasil. Embora isso seja um golpe à medicina brasileira, representa também mais um passo em direção à implantação do "socialismo do século XXI". É que no atual estágio de implantação no Brasil desse socialismo dito bolivariano, que vem sendo levado a efeito pelo governo do PT, há necessidade de pessoas dispostas a serem, delatores, espiões e, sobretudo, assassinos. Este é um momento crucial da tal "revolução bolivariana", já que a maioria dos cidadãos não topa encarar o desempenho de tais "missões'' . É aí que entra o esquema cubano. Começam a importar médicos. Depois até mesmo militares, como já acontece na Venezuela.

Transcrevo a reportagem da revista Veja sobre a importação de cubanos pela Venezuela. A reportagem é da edição de 24 de fevereiro de 2010, portanto quando Chávez ainda estava vivo. Vale a pena ler:

Os Muito maus companheiros
Imagine você, leitor, chegar ao aeroporto para uma viagem ao exterior, descobrir que seu passaporte foi invalidado por ordens superiores e receber intimação para comparecer a uma repartição do governo federal. Lá, numa sala hermética, ser interrogado durante três longas horas por dois agentes estrangeiros que fazem perguntas como: "Sua família é de origem burguesa ou proletária?" ou "Por que há tantos carimbos no seu passaporte?". Odiosas em todos os sentidos, as cenas ocorreram em 2008 com o professor universitário aposentado Heinz Sonntag, alemão naturalizado venezuelano, de 69 anos. Os agentes eram, pasmem, cubanos. Feitos com quinze dias de intervalo, os interrogatórios seguiram roteiros absolutamente idênticos. "Eles explicaram que faziam isso de propósito, porque queriam encontrar contradições nos meus dois depoimentos", disse a VEJA o sociólogo, que, como se pode deduzir, participa de duas organizações civis de oposição ao regime de Hugo Chávez.
Jornalistas, diretores de veículos de comunicação, economistas e outros professores universitários foram submetidos ao mesmo constrangimento de ser colocados contra a parede por estrangeiros em seu próprio país. Os relatos são uma demonstração assustadora do tamanho e do alcance da intervenção cubana na Venezuela. A face mais amistosa dos 64 000 cubanos atualmente no país é a dos médicos convocados para atender a população carente, a mais sinistra é a dos agentes de inteligência infiltrados nos órgãos de segurança e a mais risível é a do ministro da Informática e das Comunicações, Ramiro Valdés, chamado para "resolver" a crise energética provocada pela incompetência chavista. Lotados em cartórios e nos órgãos públicos que emitem documentos de identidade e passaportes, agentes cubanos atrapalham a vida de oposicionistas como Sonntag e o funcionamento de empresas. Uma rotineira ata de assembleia de sócios, que antes era registrada em um dia, agora pode demorar um ano. "O objetivo dos cubanos é sempre o de prejudicar a empresa privada, qualquer que seja ela", disse a VEJA o diretor da Câmara de Comércio de Caracas, Víctor Maldonado.
Mesmo os venezuelanos que ainda apoiam Chávez repelem veementemente a cubanização. Oito em cada dez habitantes do país declaram não querer que seu país se transforme em uma nova Cuba. Cogita-se até que a renovada e maléfica influência cubana tenha provocado a saída de dois ministros de Chávez nos últimos trinta dias. Ramón Carrizales, da Defesa, teria pedido as contas por essa razão. O uso da ilha castrista como plataforma de doutrinação das Forças Armadas é crescente. Militares que querem ascender às patentes mais altas devem se candidatar a uma promoção batizada de "Fidel Castro", e há até uma "tropa revolucionária cubano-venezuelana", apoiada pelo Exército e pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (as Farc). O ministro da Saúde, Carlos Rotondaro, também teria sido demitido após reclamar da proliferação de intrusos em sua pasta.
No caso dos cubanos não ligados ao aparato policial-repressivo existe um complicador, pois demandam a presença de agentes controladores para convencê-los das vantagens que estarão perdendo se não retornarem às delícias da ilha privada dos irmãos Castro. Trabalhinho difícil. Entre os médicos e enfermeiros mobilizados para o programa Barrio Adentro, que atende moradores de favelas, 65% fugiram para outros países (veja um depoimento no quadro). Cerca de 1 000 escaparam pelas fronteiras terrestres com o Brasil e com a Colômbia. Para os Estados Unidos, onde muitos possuem familiares, já foram mais de 500. Para os que conseguem driblar os vigilantes do G2, o serviço secreto cubano, e compram passagens aéreas, o maior obstáculo é passar pelos funcionários da imigração no aeroporto, quase todos cubanos também. O consentimento normalmente se dá com o pagamento de suborno entre 300 dólares e 2 000 dólares aos conterrâneos.
A instalação do camarada Ramiro Valdés no comando da comissão criada para resolver a crise energética na Venezuela seria cômica se não fosse trágica. Valdés tem mais familiaridade com a eletricidade usada com fins policialescos do que com aquela que, cada vez menos, fornece luz e energia aos venezuelanos. Em Cuba, foi chefe do G2, ordenou fuzilamentos e criou a nefanda lei de "periculosidade social", que permite ao regime prender qualquer um sem provas, sob a acusação de que poderia cometer um crime no futuro. Mais recentemente, mostrou serviço na censura à internet, considerada por ele "um dos mecanismos de extermínio global" e um "potro selvagem que pode e deve ser dominado".
Ao buscar um atalho para resolver problemas que ele próprio criou, Chávez importou tudo o que deu errado na ilha e criou uma categoria nova, a do no know-how. Cuba importa 80% dos alimentos que consome. Mesmo assim, cubanos foram chamados para coordenar os projetos de reforma agrária em terras expropriadas pelo Exército venezuelano. Cuba tem apagões de doze horas e fábricas fecham as portas para economizar energia. Não obstante, Valdés recebeu a absurdamente patética função de "czar do apagão". Cuba não tem sistemas funcionais de transporte. Não tem carro, não tem ônibus, não tem metrô e não tem gasolina. Não importa. Técnicos cubanos estão prestando assessoria para as obras do metrô de Valencia, cidade com 1,3 milhão de habitantes. Chávez também importou algumas coisas que funcionam? Sim, mas que era melhor nunca terem funcionado, como o aparato repressivo e a censura. O presidente só confia nos cubanos para o seu esquema de segurança. Tem guarda-costas cubanos e viaja em um avião da Cubana de Aviación. O que Chávez mais admira, evidentemente, é o sistema castrista de eternização no poder, uma tragédia facilitada pelo maior de todos os muros, o formado pelas águas do Atlântico. Na Venezuela, não vai ser tão fácil. Do site da revista Veja

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Dilma promete estranho subsídio à aviação regional e senador aliado ressuscita projeto para o setor

Pane seca – Senador pelo PTB de Roraima, Mozarildo Cavalcanti solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, a votação do PLS 130/2001, que trata do adicional tarifário para linhas aéreas regionais suplementadas.

De autoria de Cavalcanti, o projeto foi aprovado pelo Senado em 2001 e seguiu para a Câmara dos Deputados, onde está parado desde 2002. “O projeto (PL 7.199/2002 naquela Casa) foi aprovado em caráter conclusivo em duas comissões da Câmara em 2007, mas teve recurso para apreciação em plenário. Desde então a matéria está parada na Câmara”, explicou o senador.
O objetivo da proposta, de acordo com Mozarildo Cavalcanti, é incentivar a aviação aérea regional, que tem sofrido nos últimos anos com a concorrência das duas grandes empresas aéreas brasileiras, TAM e Gol.
Em discurso, Cavalcanti também elogiou uma recente promessa da presidente Dilma Rousseff, que garantiu que o governo subsidiará passagens aéreas regionais para concorrer com os preços das passagens de ônibus.
Segundo Mozarildo Cavalcanti, a aviação regional ainda é muito fraca no País, principalmente na região Norte. Na Amazônia, lembrou o parlamentar, várias empresas regionais desapareceram porque as duas grandes empresas acirraram a concorrência, o que o senador caracterizou como duopólio. “Gol e Tam fazem o que bem entendem no que tange a tarifas aéreas” disse.
O PLS 130/2001 de Cavalcanti cria um adicional tarifário nas passagens aéreas para a criação de um fundo de desenvolvimento da aviação regional. Com isso, grandes empresas aéreas ajudariam a subsidiar as pequenas e desenvolver regiões menos atendidas pela atual malha aérea.
Muito estranho
Incentivar a aviação regional é algo necessário em um país com dimensões continentais como o Brasil, mas isso não pode se dar à sombra do suado dinheiro do contribuinte. Antes de tomar como base essa promessa absurda de Dilma Rousseff, é importante recordar outra utopia destilada pela presidente. Há meses, Dilma disse que construiria 800 aeroportos regionais em todo o País, o que é impossível de acontecer em menos de dois anos de mandato.
Essa proposta de Dilma Rousseff é tão ilógica, que qualquer criança seria capaz de gargalhar se ouvisse tal declaração. De igual modo, a votação do PLS em questão será mais uma ação inócua do Congresso Nacional, pois é inadmissível incentivar um setor da economia que carece de um cenário mínimo para se desenvolver. Da forma como a presidente faz suas promessas, fica a impressão que construir um aeroporto regional é mais simples do que fazer um pastel.
Esse movimento já é considerado estranho por muitos especialistas em aviação comercial, que alertam para a possibilidade de se tratar de mais um escoadouro de dinheiro público a financiar campanhas dos atuais donos do poder. É preciso estar atento e impedir que mais ume escárnio seja inserido na história complexa e corrupta de um país que continua dormitando sobre a lenda de ser a nação do futuro.

Dilma ignora os números do mercado financeiro e faz promessas e declarações absurdas em São Paulo

Camisa de força – Horas depois de o Banco Central divulgar, no Boletim Focus, o pessimismo do mercado financeiro em relação à economia brasileira, a presidente Dilma Rousseffcontrariou o óbvio e desafiou a lógica. Em São Paulo, diante de uma plateia repleta de empresários, Dilma disse que o País tem taxas de juro em nível civilizado e que a inflação está sob controle. No contraponto, nove entre dez economistas têm discurso oposto.

Como se fosse uma operação em cadeia, a alta de preços tem se alastrado e levado preocupação às autoridades econômicas do governo após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado nos últimos doze meses ter alcançado a marca de 6,59%, índice acima do teto da meta fixado pelo governo, que é de 6,50% ao ano. Para 2013, a previsão dos economistas é que a inflação oficial deve fechar o ano na casa de 5,71%, número que pode mudar de acordo com o grau de ineficácia das recentes medidas adotadas pelos palacianos.
Em seu discurso ufanista, Dilma Rousseff prometeu a redução das taxas de juro para microempreendedores cairá de 8% para 5% ao ano. Uma aposta perigosa, em especial porque o Banco Central já sinalizou que a alta da Selic será utilizada para combater a inflação. Enquanto Dilma promete taxas de juro reduzidas, os analistas financeiros apostam que a Selic chegará ao final do ano no patamar de 8,25%. Ou seja, não há como conceder empréstimos com taxas de juro menores do que o índice pago na captação de recursos no mercado.
“Eu desconheço qualquer país do mundo que em tão pouco tempo realizou uma mobilização dessa envergadura para formalizar, por um lado, e apoiar dando crédito a esse conjunto de empreendedores. Nosso governo tem um compromisso inquestionável com os pequenos negócios”, disse Dilma durante a cerimônia de posse do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato.
“O mundo pratica uma política de austeridade que tem como efeito corte significativo de salários. Do nosso lado, não estamos pensando em reduzir emprego, mas temos obrigação de reduzir o custo do trabalho através da redução dos impostos na folha de pagamento e de política acelerada de formação e qualificação profissional”, completou a presidente ao acionar sua usina de messianismo.
Dilma pode prometer o que bem quiser, pois quem conhece a realidade sabe que tudo não passa de embuste oficial para camuflar uma crise econômica que preocupa e já começa a produzir estragos. Preocupada com seu projeto de reeleição, a neopetista Dilma Vana Rousseff tem mostras de que para garantir a vitória na corrida presidencial de 2014 vale tudo, inclusive sangrar os cofres públicos com concessões de toda ordem, quando a economia exige, de fato, mudanças estruturais e definitivas.




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