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UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES


Tombini foi ao Senado se autoafirmar. Cesar Borges, derrotado pelo PT, virou ministro do PT. Eduardo Campos: 2014 ou 2018, o dilema de ser ou não ser.

Helio Fernandes
O presidente do Banco Central não tinha obrigação de ir ao Senado. Foi por vontade própria, na tentativa de tornar pública a batalha silenciosa que trava com o ministro da Fazenda. Com Dona Dilma como assistente isolada e privilegiada.
Ninguém se interessou pela presença, nenhuma repercussão televisiva no dia, nem nos jornais impressos do dia seguinte. Excluída a questão pessoal, o fato era e continua sendo fundamental: quem combate a inflação? Tombini diz que é o BC através dos juros. Mantega, o Ministério da Fazenda monitorando o câmbio.
Pelo visto, nenhum dos dois está com a razão, a inflação continua tendo vida própria e irreparável. O terceiro personagem (que deveria ser o primeiro), Dona Dilma, se omite, se esconde, silencia, deixa entrever (presidente tem que decidir e não deixar que funcione a intuição) que não quer a elevação dos juros.
Da mesma forma que Lula em 8 anos, em apenas 2 anos e pouco Dona Dilma será derrotada. Os juros subirão em maio, podem até ser elevados na reunião de abril. Lula, em todo o seu período no Planalto, tinha que conviver com a gritaria do vice José Alencar: “Os juros estão muito altos”.
Estavam, a queda foi um vento fraquíssimo que não ameaça derrubar nem o Engenhão nem o Maracanã.
CESAR BORGES, 6 ANOS DEPOIS,
VIRA MINISTRO DO PT QUE O DERROTOU
Fez carreira sempre ligado a ACM-Corleone. Em 2002, já na decadência, o chefe teve que renunciar ao Senado, para não ser cassado. Em 2006, já sem o padrinho, Borges ainda era favorito, mas perdeu para Jaques Wagner, do PT.
É que em 2002 e 2006 era colisão, agora passou a ser coalizão. A propósito: continua sem solução a fabulosa herança de ACM-Corleone.
Sem nunca ter trabalhado na vida (começou como parlamentar estadual, mocíssimo, não parou mais), deixou fortuna de mais de 500 milhões, sem contar os quadros de pintores famosos. Curiosamente, nesse litígio rumoroso, aparecem três filhos fora de casa e até uma embaixatriz famosa.
O POLITICAMENTE EDIPIANO
GOVERNADOR DE PERNAMBUCO
Não sai da mídia, televisão ou jornal, sempre contraditório. Anteontem: “Ajudei a eleger a presidente Dilma, mas ela vai mal”. Ora, ela teve mais de 40 milhões de votos, quase todos de Lula. Vitória mesmo do governador: eleição da própria mãe para o Tribunal de Contas.
Ele não sai da mídia, não abandona os holofotes, não deslinda os problemas, não resolve as dúvidas, principalmente a mais importante: 2014 ou 2018? Se decidir que “o momento é 2018”, fica livre de uma preocupação: a desincompatibilização em março de 2014.
SENADOR?
DE MANEIRA ALGUMA.
Foi publicado várias vezes que pode deixar o governo do estado para disputar o Senado. Tolice de quem divulga isso. O Senado não acrescenta nada à sua campanha de 2018 (se a opção for essa) e ainda teria de penetrar numa “casa” desmoralizada.
A DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
INCONSTITUCIONAL
FHC comprou e pagou tão apressadamente a reeleição, que cometeu absurdo inacreditável: o presidente da República pode ser reeleito no cargo. Governadores e prefeitos, para tentar a Presidência, precisam sair. Isso já deveria ter sido igualado com uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional).
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PS – O Globo publicou os nomes de “12 políticos que viraram Judas”. Nenhuma restrição, embora muita omissão. Podiam ser pelo menos 13, faltou um executivo de grande importância, e vulnerável. Altamente vulnerável.
PS2 – Podiam ter relacionado 23, desafiariam supersticiosos, assustariam a impunidade. E não precisariam ir muito longe. Aqui mesmo no Rio, encontrariam 3 ou 4 “papabilis” em cargos importantíssimos.
PS3 – Contratando Ronaldo Fenômeno comentarista de futebol e Barrichello de Fórmula 1, a Globo alimentou os bastidores: começou a aposentadoria de Galvão Bueno. Não é demissão sumária, é um processo de perda de prestígio, pode ser lento, mas irrevogável. Um dos itens: a arrogância e o péssimo relacionamento, principalmente com os colegas.
PS4 – Nomeação reviravolta, altamente elogiável: Renato Maurício Prado, diretor geral de Jornalismo. Tem uma longa e proveitosa convivência (mais de 20 anos) na Organização. E deve fazer um programa de destaque (ainda não é certo) semanal, na Globo ou na GloboNews.

Da Tribuna da Imprensa de 04-4-2013

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