DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 25-4-2013


NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


BNB entende-se com empresário mineiro

Entendem-se o Banco do Nordeste e o empresário mineiro Mateus Contatto, cujo pedido de financiamento para seu projeto de pecuária leiteira – no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi – aguarda análise há um ano.
O superintendente do BNB no Ceará, Robério Messias, informa: tudo vai dar certo.
Robério considera importante para a economia cearense não só o projeto de Contatto, mas todos os demais que estão sob análise do BNB.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

PT pressiona senadores de olho
em reeleição de Dilma em 2014

Carlos Chagas define como triste a vinda do presidente do PT, Rui Falcão, a Brasília, para pressionar três senadores a não rejeitar nem sequer modificar o projeto que restringe os direitos de partidos em formação e de novos partidos terem acesso a tempo de propaganda gratuita na televisão e aos recursos do fundo partidário. Triste porque o companheiro-presidente não dialogou. Impôs a Jorge Viana, Wellington Dias e Eduardo Suplicy a aprovação integral do projeto, como questão fechada no partido. Fechada por quem, cara-pálida? Pela presidenta Dilma e pelo ex-presidente Lula. Precisamente no dia em que Dilma declarou à imprensa não estar em campanha e que todas as suas múltiplas viagens pelo país fazem parte de suas funções de dirigir o Brasil... Fica clara a estratégia dos detentores do poder, em campanha para reeleger a presidente da República ainda no primeiro turno. Leia o artigo completo aqui.

Simon diz que Dilma parece vulgar ao impor o 'pacote de abril' contra Marina

Geraldo Magela/AgSenado
FotoPARA O SENADOR PEDRO SIMON, O PT ESQUECE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA
Em discurso contundente, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) classificou como “pacote de abril” da presidenta Dilma o projeto de lei aprovado na Câmara e em discussão no Senado “em regime de urgência” que, praticamente, restringe a criação do partido de Marina Silva. "Dilma começa a perder a credibilidade, aparecendo como política vulgar ao tentar impedir que Marina crie partido, enquanto o PT esquece sua história e se submete ao Palácio", afirmou. De acordo com o texto, parlamentares que ingressarem em novos partidos não levarão junto o tempo de rádio e TV e os recursos proporcionais que detinham em suas siglas de origem. A nova norma é considerada casuísmo por Simon, porque atinge principalmente o partido que Marina Silva tenta criar, Rede de Sustentabilidade. “Há pouco tempo foi permitida a criação do partido de Kassab, porque vinha apoiar o governo, e agora mudam-se as regras para tirar Marina do jogo eleitoral”, desabafou Simon.

‘Xerife’ do Senado
compra encrenca
com o Planalto

O diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo, o “xerife” do Senado, comprou briga com o GSI, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. O GSI reclama que ele quer impor esquema próprio de segurança para governantes que visitam o Congresso. É uma velha disputa: os militares da segurança da Presidência e dos dignitários estrangeiros não reconhecem autoridade na Polícia Legislativa.

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'Otoridade'

Na última visita da presidenta Dilma ao Congresso, o “xerife” Pedro Ricardo teria ameaçado oficial do Exército com voz de prisão.

Jarbas bate em Dilma, comparando-a
aos militares, e ninguém a defende

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) atacou há pouco a presidenta Dilma Rousseff, acusando-a de autoritarismo e arrogância, em razão do que chama de "pacote de abril", ou seja, o projeto de lei já aprovado na Câmara, em discussão no Senado, praticamente inviabiliza a criação de novos partidos. Nenhum senador governista defendeu a presidenta das duras críticas de Jarbas Vasconcelos  Ele reagiu à declaração do governo de que não aceita a analogia do projeto com o "pacote de abril", de 1977, durante o governo do general Ernesto Geisel. Jarbas afirmou que tem formação mais autoritária que os militares da ditadura, que fecharam o Congresso Nacional por ocasião do outro pacote, o "original".

Feriado prolongado

De olho em ganhar uma semana inteira de folga em decorrência do feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, o Senado publicou decisão proibindo sessões deliberativas na quinta (2) e sexta-feira.

Vida de gado

Curiosa economia de álcool e band-aids nos postos do Ministério da Saúde no Rio: espetam a vacina direto nos braços dos idosos, que saem segurando um fiapo de algodão.

Se a moda pegasse...

O empresário que denunciou o contrato de US$524 milhões da OAS do “amigo” Lula na Costa Rica, revogado pela presidente, exigiu na mídia local que Laura Chinchilla “reconheça o erro e peça desculpas”.

For the record

Pergunta na internet: a coluna de Lula no New York Times, que em 2004 falou do seu apreço por bebidas, sairá na página policial do jornal?


NO BLOG DO NOBLAT

BNDES e BB são os maiores credores da usina de etanol de amigo de Lula

David Friedlander, Estadão
Mais da metade da dívida bilionária da usina de açúcar e álcool do empresário José Carlos Bumlai, amigo e conselheiro do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, está nas mãos de bancos do governo federal. A Usina São Fernando entrou em recuperação judicial dias atrás e pendurou uma dívida de R$ 1,2 bilhão.
Desse montante, cerca de R$ 540 milhões são financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco do Brasil (BB) ainda no governo Lula.
A São Fernando deve impostos, pagamentos a fornecedores e salários de empregados, mas seu principal problema é com 15 bancos, credores de mais de R$ 1 bilhão. Entre eles estão Bradesco, Santander, BTG, Itaú e BNP. Mas as dívidas com essas instituições são bem inferiores aos cerca de R$ 300 milhões que o BNDES tem a receber ou aos R$ 240 milhões emprestados pelo BB.



A Câmara aprovou um golpe de Estado!

Blog de Ricardo Setti
É uma barbaridade!
A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados — justamente a comissão de JUSTIÇA — aprovou hoje um projeto de emenda à Constituição que, se levado adiante, representará nada menos do que um golpe de Estado.
Contrariando uma multissecular tradição profundamente enraizada no Ocidente, contrariando o espírito da Constituição, contrariando o bom senso e as regras elementares da democracia, a emenda à Constituição pretende submeter ao Congresso decisões da Justiça que declare leis como inconstitucionais.
Isso ocorrerá – se essa loucura prosperar – sempre que o Supremo Tribunal Federal julgar procedentes as chamadas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin) propostas por vários órgãos legalmente autorizados a isso (veja quais na lei que regula as Adins, parágrafo 2º).
Ou seja, deputados e senadores serão quem decidirão, em última instância, se vale ou não vale o que eles próprios aprovaram. Nesses casos, serão os juízes de si mesmos — em detrimento dos direitos e garantias individuais dos cidadãos, cuja garantia é a Justiça.
O Legislativo, sempre controlado, como os demais Poderes, pelo Judiciário nas nações civilizadas e decentes, será seu próprio controlador em determinados casos — e se colocará acima do Poder Judiciário.
É um escândalo, é uma imoralidade.



Planalto sofre dupla derrota em lei que barra siglas

Estadão
O Palácio do Planalto foi duplamente derrotado na noite desta quarta-feira, na tentativa de votar o projeto de lei que cria dificuldades para a criação de novos partidos e asfixia as candidaturas à Presidência da ex-ministra Marina Silva e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
O ministro Gilmar Mendes (foto abaixo), do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a tramitação da proposta logo depois de o Senado ver-se obrigado a encerrar, por falta de quórum, a sessão que decidiria o pedido de urgência para a votação do projeto.
Na liminar, pedida pelo PSB, Mendes afirmou que cabe ao STF analisar questões internas do Congresso em casos de "flagrante desrespeito ao devido processo legislativo ou aos direitos e garantias fundamentais". O ministro suspendeu a tramitação do projeto até que o plenário do Supremo decida se a proposta pode ou não ser votada pelos senadores.






Simon chama Dilma de 'marechala' e 'política vulgar'

O Globo
Aos 83 anos de idade, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez o discurso mais contundente contra a presidente Dilma Rousseff, durante a discussão do pedido de urgência, apresentado por governistas, para votar o projeto que dificulta o funcionamento de novos partidos políticos.
Contrário ao projeto, Simon chamou Dilma de "marechala presidente" e "política vulgar". Afirmou que a presidente está "perdendo a credibilidade" e "se deixou ludibriar pela paixão do cargo e para se manter no cargo, custe o que custar".


Câmara aprova pena de prisão de até 10 anos para morte em rachas

Eduardo Bresciani, Estadão
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que estabelece pena de até 10 anos de prisão para homicídio cometido por motorista que participava de racha. A proposta amplia ainda as multas para quem praticar essa infração, igualando as penalidades à da lei seca, que pune o motorista que dirigir embriagado.
O projeto fixou a pena de detenção de 6 meses a 3 anos para quem participar de racha, mas ampliou a sanção quando isso resultar em lesão corporal grave ou morte. No caso de lesão corporal, a pena sobe para de 3 a 6 anos de prisão. Ocorrendo morte devido ao racha, a pena vai de 5 a 10 anos de prisão. O relator do projeto, Hugo Leal (PSC-RJ), destaca que a pessoa que participar de um racha que tenha vítimas passará a responder por homicídio doloso por ter assumido o risco de cometer o crime.



Domésticas: alíquota do INSS não deve cair

Geralda Doca e Luiza Damé, O Globo
O governo deve baixar uma medida provisória (MP) para criar o regime simplificado que vai unificar o recolhimento do FGTS, da contribuição previdenciária e de um seguro contra acidente de trabalho para os empregados domésticos.
Segundo uma fonte, o entendimento do governo é que, como envolve tributos e tem impacto nas contas públicas, a unificação é prerrogativa exclusiva do Executivo. A minuta da MP prevê FGTS obrigatório de 8%, mantém a contribuição patronal para o INSS em 12% e fixa uma alíquota de 0,5% sobre o salário para custear o seguro contra acidente de trabalho. Haverá prazo de carência para o pagamento do novos direitos de até 120 dias.



Militarização do setor elétrico esconde ineficiência na Venezuela

Janaína Figueiredo, O Globo
Em 2012, ano em que Hugo Chávez foi reeleito para governar a Venezuela até 2019, especialistas no setor elétrico estimam que o país sofreu cerca de 800 grandes apagões. A grave crise energética não impediu Chávez de vencer as eleições com mais de dez pontos percentuais de vantagem em relação a seu adversário, o líder opositor Henrique Capriles.
Com um resultado muito mais apertado e com o país às voltas com outros gargalos econômicos como inflação, desvalorização e escassez de alimentos, o novo presidente, Nicolás Maduro (foto abaixo), foi obrigado a encarar o problema em sua primeira semana de gestão. E optou por acusar a oposição de estar por trás de uma sabotagem e militarizou o setor elétrico. Na visão de analistas locais ouvidos pelo GLOBO, a iniciativa busca, essencialmente, “esconder um dos maiores fracassos da revolução bolivariana”.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Valério foi esclarecedor, diz delegada de inquérito que apura envolvimento de Lula com o mensalão


A delegada responsável pelo inquérito que investiga o elo do ex-presidente Lula com o mensalão, Andréa Pinho, considerou “esclarecedor” o novo depoimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. A expressão foi usada por interlocutores da delegada na Polícia Federal. Pinho esteve anteontem em Belo Horizonte, onde ouviu o empresário.
A razão principal para o novo depoimento era levantar detalhes sobre os supostos encontros de Valério com Lula e esclarecer possíveis contradições do empresário. Valério já havia prestado depoimento à Procuradoria-Geral da República em setembro. Pinho negou aos advogados de Lula acesso ao inquérito. Segundo eles, a delegada afirmou que Lula não é investigado e que o caso corre sob sigilo. A defesa estuda se recorrerá ao Judiciário para obter acesso à investigação.
As investigações do mensalão produziram diversos “filhotes”. A PF em Minas pedirá a quebra do sigilo bancário de Freud Godoy, ex-secretário pessoal do ex-presidente Lula, conforme noticiou ontem o jornal “O Estado de S. Paulo”. O pedido faz parte de outro inquérito, aberto para apurar gastos das empresas de Valério, condenado pelo STF a 40 anos de prisão.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Comissão da Câmara quer acesso à sindicância sobre Rose

Na VEJA.com:

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, um pedido de acesso à sindicância feita pela Casa Civil para investigar a atuação de Rosemary Noronha, amiga íntima do ex-presidente Lula e ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo. A proposta é de autoria dos tucanos Carlos Sampaio (SP) e Otávio Leite (RJ). “Faremos uma reunião reservada para examinar a documentação. E tomaremos providências em conjunto”, disse Otávio Leite. Os tucanos também queriam a convocação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mas o pedido não foi votado.
Reportagem publicada na edição desta semana de VEJA revelou detalhes da sindicância que foi mantida em segredo pelo governo porque poderia criar “instabilidade institucional”. Ela mostra como a ex-secretária Rosemary Noronha se aproveitou da intimidade com o ex-presidente Lula para ganhar dinheiro, traficar poder e viver como uma soberana.
(Gabriel Castro, de Brasília)

NO BLOG DO CORONEL

Dilma inventa a "inflação de base". Começa a construção de uma grande mentira eleitoral
Como a inflação em alta será um dos temas da campanha de 2014, o PT já ensaia a vacina: 5% a 6% é uma inflaçãozinha. Resta saber como a oposição vai fazer o povão, não a mídia, entender o que é inflação e os seus efeitos. Que o PSDB bote a equipe de campanha na rua hoje mesmo, registre os preços de 2013 para voltar nos mesmos lugares em 2014, com os mesmos eleitores, mostrando a diferença. Farmácia, supermercado, poupança no banco, etc. Fica a dica.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, diz que o Brasil tem uma "inflação de base" renitente "entre 5% e 6%" --acima do centro da meta do BC, de 4,5%.Ele não enxerga, porém, nenhum risco de um surto inflacionário no horizonte. "Pelo que a gente observa, a inflação de base no Brasil está nessa faixa de 5,5%... Entre 5% e 6%. Ela não supera isso, mas também dificilmente fica abaixo disso", disse Pimentel em entrevista à Folha e ao UOL.
A inflação (IPCA) nos últimos 12 meses terminados em março estourou o teto da meta de 6,50% e atingiu 6,59%. Para que se possa "ter uma inflação de base mais baixa", diz, será preciso que a competitividade da economia se recupere como um todo. Quando será? "É um processo um pouco mais lento, mas ela [a inflação] vai cair." Para Pimentel, um dos ministros mais próximos da presidente Dilma, isso será possível com as medidas de combate aos gargalos logísticos, que vão reduzir os custos e elevar a produtividade das empresas brasileiras.
Enquanto isso, Pimentel admite que o país tem "um limite para o crescimento" sem produzir alta de preços. Ele evita precisar qual seria esse PIB potencial. "Deve estar mesmo nessa faixa de 3% a 4%. Talvez um pouco mais, de 4,5%. A partir daí você começa a ter problemas, porque advém dos gargalos logísticos, de uma pressão excessiva sobre o mercado de mão de obra." Por isso, reconhece que, até solucionar seus gargalos logísticos, o país vai conviver com "taxas de crescimento que não são exuberantes, mas suficientes para sustentar o pleno emprego e o crescimento da renda". Em seus cálculos, "isso vai levar dois, três anos para resolver".
O ministro diz que as medidas do governo estão surtindo efeito e provocando retomada dos investimentos neste ano, após seguidas quedas que travaram o crescimento em 2012 --de 0,9%.Ele diz, contudo, que a retomada é mais "lenta do que a gente gostaria". E reconhece que o saldo comercial em 2013 não será dos melhores. "Vamos ter um superavit que vai ser mais ou menos no padrão do ano passado. Se conseguirmos isso, acho que vai ser um excelente resultado." O ministro diz ainda que a decisão do BC de subir os juros em 0,25 ponto percentual foi "cautelosa, não foi exagerada", tomada mais para combater as expectativas do que "os índices reais" de inflação.(Folha de São Paulo)


NO BLOG UCHO.INFO

Brasileiros precisam reagir com firmeza e rapidez à manobra dos quadrilheiros que querem calar o MP

É preciso correr – Quando oucho.info afirma que tirar na marra Marco Feliciano da presidência da comissão de Direitos Humanos é colocar a democracia sob risco iminente, muitos entendem ser casuísmo de nossa parte, mas é importante lembrar que apenas defendemos a inviolável regra constitucional de que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Não se trata de ser a favor da homofobia ou contra os homossexuais, até porque o radicalismo em qualquer direção é extremamente perigoso, mas de preservar o Estado Democrático de Direito, que começa com o respeito inquestionável à Carta Magna.

Prova maior do perigo que ronda a democracia é a ditatorial PEC 37, que tira do Ministério Público, em seu todo, o direito constitucional de investigar. Na Constituição de 1998, a criação dessa prerrogativa do MP foi discutida largamente, sem que os alarifes que hoje atuam sob o manto da falsa impunidade fizessem qualquer objeção à proposta. O direito de o Ministério Público investigar deve permanecer intacto, sob pena de as polícias se transformarem em corporações de governo e o Brasil dar mais um passo na direção da ditadura do banditismo oficial.
O impasse que emoldura a Proposta de Emenda à Constituição 37/2011, que estabelece a competência para a investigação criminal, levou à Câmara dos Deputados, na quarta-feira (24), representantes do Ministério Público e das polícias Federal e Civil, que se reuniram com o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
Integrante da chamada base aliada do governo, que retribui com benesses infindáveis a genuflexa obediência do PMDB, Henrique Alves defende a necessidade de um acordo entre as partes, pois a previsão é que a PEC será colocada na pauta de votação nos primeiros dias de junho. O presidente da Câmara afirmou que o Ministério Público e os policiais terão o mês de maio para concluir a negociação.
Faz-se necessário destacar que ultrapassa as fronteiras da razoabilidade qualquer proposta de negociação que violente a Constituição Federal, que está a um passo de ser ultrajada apenas para proteger os políticos quadrilheiros que, aproveitando o perfil imperioso e totalitarista do atual governo, buscam oficializar a impunidade.
Bisonha e indesejada pela democracia, a tal PEC surgiu no vácuo das condenações que marcaram o julgamento da Ação Penal 470, que tratou do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional. O banditismo político que se instalou no Palácio do Planalto, a partir de 2003, quer tirar do caminho os incômodos investigatórios, os quais podem ser criminosamente negociados na esfera policial, o que não significa colocar no mesmo patamar todos os integrantes da polícia, que como qualquer segmento da sociedade tem a sua banda de podridão.
Os brasileiros precisam reagir com urgência a essa tentativa absurda de ultraje à democracia, deixando de lado as filigranas burras que embalam a polêmica sobre Marco Feliciano, pois nada pode ser mais discriminatório do que uma ditadura disfarçada.

Mobilização Democrática recorrerá à Justiça contra PEC que submete decisões do STF ao Congresso

Caso de polícia – O presidente nacional da Mobilização Democrática, deputado federalRoberto Freire (SP), anunciou, na quarta-feira (24), que ingressará no (STF) Supremo Tribunal Federal com mandado de segurança contra a tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que submete ao Congresso Nacional decisões da Corte sobre inconstitucionalidade de emendas à Carta Magna e súmulas vinculantes. “Essa matéria não pode tramitar porque é atentatória à República, a cláusulas pétreas da Constituição”, afirmou Freire, ao justificar a medida que pretende tomar.
Na avaliação de Roberto Freire, a PEC é tão “absurda” que chega a “eliminar um dos três poderes”, ao submeter suas decisões a outro poder, já que o parlamento passa a ter direito de derrubar decisões do Supremo.
A PEC é de autoria do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). A admissibilidade dela foi aprovada hoje pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Estavam presentes durante a votação os deputados José Genoino (PT-SP), que fez elogios à proposta, e João Paulo Cunha (PT-SP), condenados pelo STF por participação no esquema do mensalão. No momento da votação, apenas 20 deputados estavam no plenário da comissão.
Na justificativa da PEC, Nazareno condena o “ativismo judiciário” e afirma que decisões como a da fidelidade partidária e do aumento do número de vereadores seriam rediscutidas pela Câmara e pelo Senado. A proposta tem o apoio da bancada evangélica.

Câmara aprova projeto de Rubens Bueno que proíbe políticos de governarem da prisão

Sol quadrado – A situação é absurda, mas hoje, no Brasil, prefeitos e outros políticos presos em flagrante ou que tiveram a prisão preventiva ou temporária decretada pela Justiça podem governar atrás das grades. Para acabar com essa aberração, a Câmara dos Deputados deu importante passo nesta quarta-feira (24) ao aprovar projeto (PL-2859/2011) do líder da MD na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR).
A medida, aprovada por unanimidade pela Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, acrescenta artigo ao Código de Processo Penal e determina o afastamento imediato de suas funções do funcionário público preso. No caso de um prefeito, por exemplo, assumiria em seu lugar o vice ou o substituto legal. A proposta atinge governadores, ministros, parlamentares e agentes públicos em geral.
“Rotineiramente, vemos agentes públicos, inclusive prefeitos, despachando de cadeias públicas, mesmo após serem presos cautelarmente. Essa aberração não pode continuar”, defende Bueno, que espera que agora a proposta seja aprovada rapidamente pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Passada esse fase, seguirá diretamente para o Senado.
Para o parlamentar, há necessidade de o Código de Processo Penal ser alterado e conter claramente o afastamento imediato do agente público preso. “Até porque, mesmo preso, mas exercendo a chefia de um governo, o administrador pode prejudicar as investigações, influindo na produção de provas ou determinando que seus assessores as modifiquem”, ressalta Rubens Bueno.

Vazamento do dossiê sobre Rosemary Noronha continua tirando o sono de muitos poderosos

Tiro no pé – A pergunta que não quer calar na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e nos arredores da Esplanada dos Ministérios é uma só. Quem vazou o dossiê sobreRosemary Noronha e por qual razão?
A razão do vazamento é uma questão de raciocínio cartesiano por parte de quem frequenta os bastidores da política nacional. Longe dos holofotes desde que a Polícia Federal flagrou sua namorada envolvida com a máfia dos pareceres, Lula simplesmente mergulhou em ostracismo forçado, o que representa uma penitência para quem é movido pelo histrionismo.
Mesmo à distância e por meio de interlocutores, Lula tem declarado oficialmente sua disposição em reeleger Dilma em 2014, mas na realidade seu desejo maior é ser o candidato do PT na corrida presidencial. Certo de que sua sucessora carregará para a campanha o legado da crise econômica que preocupa a extensa maioria dos brasileiros, algo sem solução no curto prazo, o ex-metalúrgico Lula tem jogado contra Dilma nos subterrâneos do poder.
Sem a mesma habilidade que seu criador eleitoral, que, reconheçamos, é um animal político, Dilma é uma pessoa com visão estratégica quando o cardápio é a maldade para eliminar os incômodos que surgem ao longo do caminho.
Por razões óbvias o dossiê contra Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, não chegou à revista Veja pelas mãos de Dilma Rousseff, mas alguém muito próximo da presidente e com reservas em relação a Lula fez esse serviço que serve de base para uma trama cinematográfica em nossa querida e amada Botocúndia.
Lula erra ao acreditar que pode tudo e que ninguém pode detê-lo, mas o equívoco maior está em desdenhar o poder de fogo do adversário. Dilma é inoperante como responsável pelos destinos do País, mas na condição de inimiga o seu currículo mostra que competência não lhe falta. De mais a mais, o maior erro que um homem pode cometer ao longo da vida é duvidar da capacidade de raciocínio de uma mulher, seja ela quem for.


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