DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-4-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Para Ematerce, é a pior seca em 100 anos


José Maria Pimenta, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), lembra que a grande seca de 1958 se espremeu entre dois anos de bom inverno – 1957 e 1959, “muito diferente do que acontece hoje, pois temos uma seca que veio colada em um ano seco, o de 2012″.
Pimenta cita o que denomina de “outro retrato cruel” da intensidade da seca de 2013, que é “a exagerada mortandade de espécies nativas de nossa flora, como o pau branco, o sabiá e o marmeleiro, que não mais brotaram por terem morrido de sede nestes últimos dois anos”.
Eis a sua conclusão:
“Diante dessa realidade, eu afirmo que a seca de 2012- 2013 é a maior dos últimos 100 anos”.
Pimenta tem razão.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Dilma quer 
Leonardo, do PSG,
presidindo a CBF

A presidenta Dilma sabe que não pode meter o bedelho nesse assunto, por se tratar de entidade privada, mas tem um candidato preferido para assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): Leonardo, craque aposentado da seleção brasileira e atual dirigente de uma das maiores forças do futebol francês, Paris Saint Germain (PSG). Ela quer ver José Maria Marin fora da CBF o mais rápido possível.


Planos secretos

Lembrada de que as federações estaduais é que definem o presidente da CBF, Dilma dá de ombros. Parece ter planos intervencionistas.

Urticária

Dilma sente urticária quando lembra que terá de conviver com o atual chefe da CBF em eventos das copas das Confederações e do Mundo.

Fim do mundo

O desprezo por Marin é compartilhado por Dilma e Joseph Blatter, da Fifa: acham o fim do mundo a CBF nas mãos de alguém sob suspeita.

Empresa de 
mochilas vende
cisternas ao governo

Empresa ligada à “máfia da Mooca”, de São Paulo, investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a Capricórnio S/A venceu licitação para instalar 137 mil cisternas no Nordeste, no valor total de R$ 780 milhões. Sua especialidade é outra: fornece kits de uniformes e mochilas escolares para o governo tucano paulista. O edital saiu às vésperas do carnaval.


Recurso

Concorrente da Capricórnio, a Compecc Engenharia recorreu contra o resultado da licitação da Codevasf, apontando inúmeras anomalias.

Bicho pegou

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi chamado às pressas ao Planalto após a convocação da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) na Câmara para dar explicações sobre a demarcação de terras indígenas.

Aposentadoria

A governadora Roseana Sarney (MA) obteve ontem sua aposentadoria como analista legislativo, nível III, padrão S45, o mais alto do Senado: o valor supera o teto. Após o redutor, vai receber R$ 26,7 mil mensais.

Explicado

Colecionadores dos casos de pé-frio do ex-presidente Lula já incluem na lista a decadência do ricaço Eike Batista. O ex-bilionário entrou em inferno astral depois que Lula aceitou ajudá-lo em seus projetos.

Se a moda pegasse...

O presidente da Bolívia, Evo Morales, cancelou decreto que dava passagem em primeira classe à filha nas viagens ao exterior com ele. Ela mesma pediu, para não ser insultada por contribuintes revoltados.

Vitrine quebrada

A revista Time destaca o estupro da turista no Rio e outros crimes nas cidades brasileiras: acobertados pela impunidade, perigam destruir a imagem do Brasil, “apesar do povo gentil e de grandes obras da Copa”.

Pensando bem...

...Dilma deveria evitar o vermelho, sua cor favorita. Lembra tomate.

O outro lado da moeda

Após receber a notícia de que está novamente no páreo para arrendar o Maracanã, Eike Batista recebeu outro duro golpe de um banco estrangeiro. Em março, o Bank of America, 3º maior banco do mundo, recomendou o preço de R$ 1,00 para as ações da OGX. Hoje, o Deustche Bank, instituição com mais de um século de atuação no mercado de capitais, reduziu o target dos papéis da empresa de Eike para apenas R$ 0,80. As ações que eram negociadas a R$ 13,29 em abril de 2012 foram negociadas a R$ 1,44 hoje pela manhã. Com mais essa queda, a fortuna do brasileiro que chegou a US$ 30 bi, e o colocou na 7ª posição no ranking dos mais ricos do mundo, caiu para “míseros” R$ 14 bilhões.


NO BLOG DO NOBLAT


Grosso, mas eficiente, por Sandro Vaia

Aquele homem grosso e inadequado, que tem dor nas costas, nunca senta e está sempre de pé atrás de uma cadeira dando esporro nos outros?
Pois é, que homem ríspido e grosseiro. Não é um sujeito de bons modos. Não cursou mesmo nenhuma escola de etiqueta.
Longe de ter a fleugma de um lorde inglês ou a finesse de uma dama vitoriana, o ministro Joaquim Barbosa é um rústico que incomoda quando condena mensaleiros, maltrata jornalistas e mais ainda quando maltrata juízes que representam os supremos interesses da importante classe dos juízes.
Nesta semana ele montou uma armadilha para tornar pública a sua ira contra a criação de quatro novos tribunais federais que, segundo ele, custarão aos cofres públicos 8 bilhões de reais, e não trarão ao contribuinte nenhuma melhora no funcionamento do Judiciário.
Recebeu uma delegação de representantes classistas da Magistratura- associações de juízes disso e daquilo - e desandou a criticar a maneira “sorrateira” como eles teriam apoiado a criação dos 4 novos tribunais, que provavelmente serão instalados “nalgum resort ou praia”.
A palavra “sorrateira” abespinhou um dos magistrados, que tentou contestá-la e levou um cala-boca imperial do presidente do Supremo. Que acrescentou, criticando as delegações que o visitavam, que elas (as entidades) “não representam a Nação, mas apenas interesses corporativos”.
O ministro de maus bofes seguiu adiante:
“A Constituição não dá poderes à Ajufe (Associação de Juízes Federais). Isso não faz parte das exigências constitucionais. Não confunda a legitimidade que o senhor tem como representante sindical com a legitimidade dos órgãos de Estado. Órgãos importantes do Estado não se pronunciaram sobre a PEC. Vocês participaram de forma sorrateira na aprovação dela”.
O fato é o seguinte: a PEC vai praticamente duplicar o número de tribunais federais existentes (os cinco atuais já empregam 36 mil funcionários), violar a Lei de Responsabilidade Fiscal e pouco ajudará a desafogar a Justiça. Só a defenderam as entidades classistas da Magistratura e a cúpula do Judiciário não foi sequer ouvida a respeito.
Uma legitima farra corporativista. Haveria meios mais eficazes e mais baratos de melhorar a eficiência da Justiça Federal, como a digitalização dos processos ou a criação de câmaras regionais previstas pela Constituição.
Acontece que o juiz “grosso e inadequado”, como o classificaram em nota de protesto as entidades de classe, preferiu fazer o barulho de quebrar os cristais e acordou o país para um assunto que permaneceria ignorado.
Mal educado mas eficiente.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

Cardozo diz que PF tem autonomia para investigar Lula

O Globo
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo (PT, foto abaixo), disse nesta quinta-feira, em São Paulo, que a Polícia Federal tem autonomia para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do mensalão. Segundo Cardozo, a PF é "republicana" e não está submetida a "nenhum tipo de interferência, de qualquer natureza".
O comentário do ministro foi feito depois de ter sido questionado por jornalistas se a PF estaria apta a investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua eventual participação no caso do mensalão.
— A PF está apta a investigar quaisquer dos crimes que estão na sua competência", afirmou, antes de participar de um debate sobre Segurança Pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, na tarde desta segunda-feira.


Roseana Sarney se aposenta pelo Senado e receberá R$ 20,9 mil mensais

Júnia Gama e Maria Lima, O Globo
O Senado irá pagar salário vitalício de R$ 20,9 mil mensais à governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), aposentada nesta quinta-feira como servidora da Casa. Roseana passou a integrar os quadros do Senado em um chamado “trem da alegria” - sem ter prestado serviço público -, que durou de 1974 a 1985.
Somente em maio de 1986 veio a público a medida que efetivou a filha do então presidente da República, José Sarney (PMDB-AP). O ato foi publicado nesta quinta-feira no boletim oficial da Casa, assinado pela diretora-geral do Senado, Doris Marize Romariz Peixoto. Doris foi efetivada no Senado pelo mesmo ato que incluiu Roseana no quadro de servidores do Senado.
  

Delegados da PF chamam operação anticorrupção de 'cena teatral'

Fausto Macedo e Bruno Boghossian, Estadão
Delegados da Polícia Federal reagiram à ofensiva feita pelo Ministério Público para manter seu poder de investigação. Duas entidades de classe da PF criticaram o mutirão contra a corrupção deflagrado pelos promotores e procuradores na última terça-feira, quando 92 pessoas foram presas sob acusação de desviar mais de R$ 1 bilhão de cofres públicos.
Os delegados chamaram a operação de “cena teatral” e afirmaram que sua execução foi “inadequada”. Sustentam que o MP não tem meios para realizar investigações e defendem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 37, que retira dos promotores e procuradores o poder de apuração.


Cardozo diz que redução da maioridade penal é inconstitucional

Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem (11), em São Paulo, que o seu ministério é contra a diminuição da maioridade penal. Segundo Cardozo, no seu entendimento, a redução é inconstitucional. “A redução da maioridade penal não é possível, a meu ver, pela Constituição Federal. O Ministério da Justiça tem uma posição contrária à redução, inclusive porque é inconstitucional.
Em relação a outras propostas, eu vou me reservar o direito de analisá-las após o seu envio”, disse, após participar esta tarde de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sobre programas federais de segurança.


Ministério do Esporte paga prêmio a campeões mundiais de 58, 62 e 70

O Globo
Cada um dos 51 jogadores campeões mundiais nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970 receberá R$ 100 mil, pagos pelo Ministério do Esporte.
Segundo informou o ministério nesta quinta-feira, a partir da próxima segunda-feira eles vão receber a premiação prevista na Lei Geral da Copa, sancionada em junho do ano passado. O ministério divulgou que o ex-atacante Tostão recusou o prêmio. A premiação inclui os titulares e reservas que disputaram pelo menos um dos três mundiais pela seleção brasileira. Da lista total, 15 jogadores já morreram e seus sucessores têm direito ao prêmio.



Revisão de tarifas de elétricas reduz cortes na conta de luz

Renée Pereira, Estadão
Parte da redução média de 20% das tarifas de energia elétrica conseguida com a Medida Provisória 579, que renovou os contratos de concessão do setor elétrico, já foi corroída pelas revisões tarifárias das distribuidoras.
Em dois grandes processos, encerrados na semana passada (da Cemig e da CPFL), as tarifas voltaram a subir para algumas classes de consumo. Há casos em que a queda anunciada - e comemorada - pela presidente Dilma Rousseff já foi praticamente zerada.



FMI alerta para risco de novas bolhas na economia global

O Globo
O FMI alertou, nesta quarta-feira, para o risco de surgimento de novas bolhas na economia global diante da manutenção das políticas de estímulos monetário empreendidas pelos bancos centrais de vários países. Para tanto, o Fundo sugere a adoção de alguns mecanismos que minimizem esses riscos, como aumento de provisões e da supervisão financeira em seus mercados.
Ainda segundo o FMI, medidas extraordinárias que vêm sendo adotadas desde 2007 pelo BCE, Fed e o Banco do Japão – com a redução das taxas de juros e a compra de bonos soberanos – podem acarretar efeitos indesejáveis, colocando a estabilidade financeira em risco.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Logo, todo brasileiro terá direito ao menos a um cadáver; a partir do segundo, os nossos humanistas começarão a se preocupar

Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É das ONGs que se dizem dedicadas à defesa dos direitos humanos diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Em breve eles começarão a falar. Bastará que comece a tramitar no Congresso uma PEC alterando o Artigo 228 da Constituição, que define a inimputabilidade penal até os 18 anos, ou uma lei que mude o Artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece um limite de três anos de “recolhimento” mesmo para assassinos, e toda essa gente falará freneticamente. Contra a medida, é claro! Dirão que os reacionários, que a “direita”, estão tentando criminalizar as criancinhas e os pobres — como se pobreza fosse sinônimo de violência.
É evidente que essa gente toda não é obrigada a comentar cada homicídio que acontece no Brasil — até porque são 50 mil ao ano. Mas me espanta a rapidez com que todos eles se manifestam quando morre alguém que consideram “companheiro”, quando o cadáver tem a marca “do social”; quando o morto estava, em suma, ligado a uma causa do partido. É por isso que, há muitos anos, digo que há dois grupos de vítimas de homicídio no Brasil: o dos mortos sem pedigree, para os quais ninguém dá bola (e são a esmagadora maioria), e a dos mortos com pedigree, com certificado de autenticidade social. Até briga de bandidos em assentamentos de ex-sem-terra assume a dimensão de um “caso político”.
Os idiotas, diante de uma afirmação como essa, querem ler o que não está escrito. É evidente que se deve apurar e punir com rigor as mortes motivadas por conflitos de terra e assemelhados. Ocorre que a atenção que o Poder Público dá a essa questão é desproporcional quando se considera o que vai pelo país. É aceitável que se mate, no Brasil, a cada ano, 50 mil pessoas? Não há guerra no mundo que produza esse número de cadáveres. E razoável que, diante dessa realidade, os Poderes Públicos se mostrem inermes?
Sim, precisamos de polícias mais eficientes, de mais iluminação pública, de urbanização das favelas, de mais amor, de mais solidariedade, de mais gente fazendo aqueles coraçõezinhos de cantor sertanejo… Mas precisamos de leis — que sejam cumpridas — que ponham fim à impunidade. É duro ter de escrever assim, mas é necessário: matar tem de deixar de ser ou um bom negócio ou um negócio quase irrelevante. E os governos é que têm de encaminhar esse debate.
A inimputabilidade penal até os 18 anos, garantida na Constituição, e o máximo de três anos de reclusão para um menor que tenha cometido um latrocínio criam uma espécie de demanda por “menores assassinos”, que passam, então, a jogar com a lei. Se não forem pegos, ótimo! Se forem, não será assim tão ruim.
“Se a maioridade penal for estabelecida aos 16, não poderão surgir os assassinos de 15, Reinaldo?” Em tese, sim, embora me pareça razoável supor que, quanto menor a idade, maior é o controle das famílias e menor a chance de delinquir. Mas que se note: a) eu sou contra o estabelecimento de uma idade para a inimputabilidade; creio que se deve avaliar a consciência que o criminoso tem do seu ato; b) com 17, 16, 15 ou 12 anos, a internação de, no máximo, três anos tem de ser revista.
Progressão das penas e regime de cumprimentoHá outras aberrações no país que precisam ser corrigidas. Para os crimes considerados não hediondos, o condenado tem direito à chamada progressão da pena depois de cumprir apenas 1/6 — do regime fechado para o semiaberto e deste para o aberto. No caso dos crimes hediondos, a progressão se dá depois de 2/5 de cumprimento e 3/5 para reincidentes.
A progressão de regime, em tese, não é automática e tem de ser precedida de rigorosa avaliação para que o juiz, então, possa decidir. Bobagem! Acabou virando mera burocracia homologatória. As avaliações, quando existem, são ineptas, e a progressão é concedida sem qualquer critério.
O homicídio qualificado ou o latrocínio, por exemplo, são crimes hediondos. No Brasil, a condenação máxima é de 30 anos — o que é uma raridade. Mesmo nesse caso extremo, se o condenado não é reincidente, pode ficar preso apenas 12 anos. Vênia máxima aos sábios do direito nacional: 12 anos por uma vida é muito pouco! Mas ainda é bastante, creiam, quando nos damos conta do que realmente acontece.
Falemos, então, dos delitos e das penas. O goleiro Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio TRIPLAMENTE qualificado, sequestro, cárcere e ocultação de cadáver. Terá de cumprir dois quintos da pena (por causa do crime hediondo) e aí pode ter direito à progressão. Ficará em regime fechado oito anos e uns quebrados. Não dá para saber ao certo. A cada três dias que trabalha na prisão, por exemplo, diminui um da pena. É razoável? Sua namorada foi sequestrada, deixada em cárcere privado, espancada, morta, e, muito provavelmente, o corpo foi dado aos cães. Com todos os benefícios, é possível que Bruno fique preso, de fato, entre sete e oito anos.
E por que é assim? Porque inexistem instituições prisionais no Brasil para os regime semiaberto e aberto. Tanto é assim que vocês cansaram de ler que o regime semiaberto é aquele em que o preso tem o direito de sair para trabalhar e só tem de dormir na cadeia. 
Não é, não! O regime semiaberto, a rigor, também deveria ser fechado. Só que o preso teria mais regalias e viveria sob vigilância menor. Em alguns casos — para estudar, por exemplo — poderia sair da cadeia, mas estaria sempre sob a tutela de um ente estatal. O preso albergado, este, sim, poderia trabalhar, cumprindo certas formalidades, recolhendo-se ao albergue durante a noite e nos fins de semana. Por que tantos verbos no futuro do pretérito?
Isso tudo em tese. O Estado brasileiro simplesmente não dispõe dessas unidades prisionais. Praticamente não há instalações para o regime semiaberto e aberto no Brasil. Resultado: depois de cumprir um sexto da pena ou dois quintos (crimes hediondos), o preso sai da cadeia e vai pra casa, como se estivesse em liberdade condicional — e o livramento condicional é outra coisa.
Caminhando para a conclusãoEntão vejam que coisa fabulosa: o regime da progressão já seria uma liberalidade ainda que houvesse condições físicas de se cumprirem as três etapas da condenação à prisão. Como o país dispõe só de instalações — no mais das vezes, porcas — para o regime fechado, tão logo ele consiga a primeira fase da progressão, vai pra casa. Sequestra, tortura, mata, corta em pedaços e dá de comer aos cachorros e estará livre, leve e solto em sete anos, quando muito.
É aceitável?
Em breve, algum pragmático ainda vai propor que todo brasileiro tenha o direito de matar ao menos uma pessoa sem ser molestado pelo estado. A partir do segundo, aí o sujeito pode se complicar, mas não muito. Observo que, dado o baixíssimo índice de identificação da autoria de homicídios no país, esse “direito ao cadáver” vem sendo exercido com determinação: 50 mil vezes por ano, no mínimo.
Tudo sob o silêncio ensurdecedor de Maria do Rosário, de José Eduardo Cardozo, de Gilberto Carvalho, de Dilma Rousseff, das ONGs dedicadas à defesa dos direitos humanos… É que essa gente está muito ocupada tentando demonstrar quem eram os bandidos e quem eram os mocinhos no Brasil de há 50 anos!
Os cadáveres dos brasileiros do presente podem esperar. São cadáveres sem pedigree. Que falta faz uma oposição no Brasil, não é mesmo?
Por Reinaldo Azevedo

Nunca antes na história “destepaiz” – Ensino de matemática e ciências no país é pior do que o da Etiópia

Na VEJA.com:

Um relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado na quarta-feira, aponta o Brasil como um dos piores países do mundo nos ensinos de matemática e ciências. Entre 144 nações avaliadas, o país aparece na 132ª posição, atrás de Venezuela, Colômbia, Camboja e Etiópia. Outro dado alarmante é a situação do sistema educacional, que alcança o 116º lugar no ranking – atrás de Etiópia, Gana, Índia e Cazaquistão. Os dois indicadores regrediram em relação à edição 2012 do relatório, em que estavam nas 127ª e 115ª posições, respectivamente.
O estudo indica como uma das consequências do ensino deficiente a dificuldade do país para se adaptar ao mundo digital, apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor privado. “A qualidade do sistema educacional, aparentemente, não garante às pessoas as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança”, diz o levantamento.
Em comparação com o ano passado, o Brasil subiu apenas da 65ª para a 60ª posição no ranking que mede o preparo das nações para aproveitar as novas tecnologias em favor de seu crescimento. Apesar de ter galgado posições, os autores do relatório destacam que o lugar ocupado pelo país não condiz com sua economia, entre as sete maiores do mundo. Na América Latina, Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica, por exemplo, são considerados mais bem preparados para os novos desafios da era digital.
O número de usuários de internet no Brasil também não chegava ainda a 45%, o que deixa o Brasil na 62.ª posição nesse critério, abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga. O Brasil não é o único a passar por essa situação. “Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios”, diz o informe.
“O rápido crescimento econômico observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação”, alerta o relatório.
Por Reinaldo Azevedo







NO BLOG DO JOSIAS

Corte de Jersey rejeita recurso da família Maluf 
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Foi rejeitado pela Corte de Apelação da Ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico, o penúltimo recurso das empresas da família Maluf em cujas contas encontra-se parte da verba desviada da prefeitura de São Paulo. Coisa de R$ 55 milhões. Em tese, ainda cabe mais um recurso a uma corte na Inglaterra. Mas a nova apelação só seria apreciada se houvesse clara violação ao interesse público. Algo que não há.
Assim, a prefeitura paulistana está mais próxima de rever a cor do seu dinheiro. No dia em que isso acontecer, será injetada alguma lógica no ilógico que representa a longevidade de Maluf na política. Até aqui, vem prevalecendo a inconsequência que leva à eterna reabsolvição de Maluf. Ele parece dispor de uma licença irrevogável para a regeneração.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

PASSARINHO DE MADURO É PROIBIDO DE PIAR NO ENCERRAMENTO DA CAMPANHA E CAPRILES CRESCE

Acima centenas de ônibus entopem as ruas de Caracas trazendo os militantes para figurar no comício chavista. Abaixo Maduro segura o "pajarito" de João Santana. As fotos acima são do site 25Segundos e a do "pajarito" é do jornal El Nuevo Herald que ironiza a insólita invenção do marketeiro do Lula.
O encerramento da campanha eleitoral presidencial na Venezuela nesta quinta-feira, transformou o trânsito de veículos em Caracas num verdadeiro inferno. 
A capital foi tomada por centenas de ônibus procedentes de todas as regiões do país trazendo militantes chavistas para dar a impressão de grandiosidade para o comício de Nicolás Maduro, o candidato do partido chavista.
As fotos acima mostram o surpreendente volume de ônibus estacionados nas ruas próximas ao centro da capital venezuelana.
O fato de que as últimas pesquisas apontam para um empate técnico entre Maduro e o oposicionista Henrique Capriles criou uma ansiedade muito grande nas hostes governistas, apesar do uso intensivo da máquina estatal para para eleger o filhote do finado tiranete Hugo Chávez.
A eleição ocorrerá no no próximo domingo. Clique AQUI para ver mais fotos das filas de ônibus que trouxeram os militantes para garantir presença no comício de Nicolás Maduro.
A marcha monumental que seguiu Capriles no último domingo em Caracas deixou os chavistas de cabelo em pé. Tanto é que o baiano João Santana, o marketeiro de Lula e da Dilma que orienta a campanha chavista, chegou até a criar o tal "pajarito" incorporado pelo espírito do ditador bolivariano e que fez pio-pio para Maduro, que ele mesmo traduziu como sendo a 'batalha será ganha'.
Maduro gostou a invenção de João Santana e passou a imitar o tal "passarinho" nos comícios, passando a fazer pio-pio antes de começar a discursar, mas a estratégia não deu certo e já estava sendo motivo de gozação. Foi quando João Santana mandou Nicolás Maduro parar de imitar a ave nos comícios.
O mais impressionante de tudo isso é ver com a grande imprensa - com raras exceções - é condescendente com todo esse turbilhão de sacanagem e mentira, sem falar no assalto aos cofres do governo venezuelano. 
Está certo que a maioria dos jornalistas é constituída de imbecis totais. Mas a verdade é que tem muita gente mamando na teta chavista. Ah, tem sim!Clique AQUI para ver mais fotos de um dia infernal em Caracas





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