Contou Divaldo Pereira Franco, durante conferência feita em Teresópolis-RJ, na Faculdade de Medicina, que em uma viagem sua à África, cumprindo longo e ininterrupto roteiro de palestras, enfrentou, logo de início, surpreendentes mudanças climáticas. Pois ele saíra de Salvador, com seu primo-irmão Nilson de Souza Pereira, com os termômetros marcando quase 40 graus à sombra. No dia seguinte, em Pretória, cidade em que fez a primeira palestra, os termômetros marcavam temperaturas negativas. Um dia após, em outra cidade africana, a temperatura já era positiva. As bruscas mudanças do clima foram mais sentidas pelo Nilson. Tarde da noite ele estava com febre alta e Divaldo tentou, inclusive, chamar um médico. Não havia telefone. E ele ignorava também onde estavam os anfitriões que generosamente propiciaram aquela hospedagem tão acolhedora.
Divaldo contou que orou, aplicou passes magnéticos em Nilson e, subitamente, lembrou que àquela hora Chico Xavier deveria estar em Uberaba atendendo sofredores que, vindo de toda parte, lhe solicitavam orações, notícias de familiares desencarnados, e pediu também uma palavra bondosa e amiga. Divaldo buscou, mentalmente, o socorro de Chico Xavier. De repente, eis que lhe surge à frente o Chico. Põe a mão sobre a testa de Nilson e acalma Divaldo, dizendo tratar-se de simples choque térmico. Aplica um passe no enfermo e diz que em duas horas tudo se normalizará. E foi isso mesmo o que o ocorreu, antes mesmo das duas horas tão esperadas, acrescentou Divaldo.
Na manhã seguinte, encantado com o fato, Divaldo telefonou lá da África para Altiva Noronha, sua amiga em Uberaba, que frequenta as reuniões realizadas aos sábados pelo Chico Xavier. Relata o próprio Divaldo: “Eufórico, eu queria contar tudo a ela. Mas Altiva falou primeiro e foi dizendo que tinha um recado de Chico para si. Que ele manda avisá-lo que se lembra de sua grande preocupação com Nilson e que pediu para ela, assim que chegasse ao Brasil, dissesse... E Altiva foi contando tudo o que acontecera. Quando terminou, perguntou: - Mas Divaldo, o que é que você queria me contar? Uai, você já está no Brasil? Já chegou? – Não, Altiva. Era tudo isso que você me contou que eu queria contar. Ainda estou na África”.
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