DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 20-11-12

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Fiat terá dinheiro do FDNE e do FNE


Uma alta fonte deste blog, com gabinete na Esplanada dos Ministérios, antecipou:

O Banco do Brasil (BB) – usando recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) – vai financiar 50% do projeto de construção da fábrica da Fiat em Pernambuco.
Os outros 50% sairão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FDNE), administrado pelo Banco do Nordeste (BNB).
Em números: R$ 800 milhões do FDNE e R$ 800 milhões do FNE.
Há um ruído no BNB, que, até há muito pouco tempo, gerenciava, com exclusividade, os dois fundos.
Hoje, o FDNE é repartido entre o BNB, O BB e a Caixa Econômica Federal.
Na cabeça dos técnicos do BNB nasceu a semente da desconfiança.
A desconfiança de que o Palácio do Planalto – via Ministério da Fazenda – quer esvaziar as agências regionais de fomento, como Sudene e BNB.
Teria isso a ver com a vitória do PSB de Eduardo Campos e de Cid Gomes no Nordeste?

Irrigação: a burocracia atrapalha o Dnocs


Ao lançar o “Irriga Mais”, o Governo da presidente Dilma Roussef – por meio do Ministério da Integração Nacional – tem dois objetivos:
Incentivar a agricultura irrigada e, ao mesmo tempo, enquadrar o Dnocs e Codevasf no esforço de fazer produzir mais de 100 mil hectares já infraestruturados, mas até hoje improdutivos.
Este blog tem dito – e o repete agora:
Há uma burocracia que, na Codevasf e no Dnocs, impede que áreas irrigadas prontas para a produção sejam ocupadas por novos produtores.
Será que a direção do Dnocs teme perder poder com uma mudança no seu modelo de gestão?
O “Irriga Mais” só terá êxito se a ele aderir o Dnocs.
E isso está difícil.


NO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

Cantor Belchior é procurado no Uruguai


Rio de Janeiro - O cantor e compositor cearense Belchior está sendo procurado pela Polícia no Uruguai por acumular uma dívida de cerca de R$ 30 mil reais em um hotel quatro estrelas. "É um patrimônio cultural brasileiro e é uma vergonha que tenha um comportamento assim", disse Maria da Rosa, gerente do hotel, em entrevista ao Fantástico, na Rede Globo, no domingo passado.

Em 23 de agosto de 2009, o mesmo programa exibiu uma matéria em que amigos, parceiros e até parentes do cantor contavam que ele havia desaparecido. A notícia foi destaque no Brasil e no exterior. Encontrado em uma pequena cidade do Uruguai, o cantor preferiu não falar da vida pessoal.

Nesta semana foi a vez de um hotel uruguaio dar queixa na Polícia contra Belchior. Segundo a gerente Maria da Rosa, ele deve mais de R$ 30 mil em diárias e serviços. O hotel fica na cidade de Artigas, perto da fronteira. Belchior e a mulher, Edna, se hospedaram no local em julho do ano passado.

Para a gerente, o casal disse que passaria apenas 15 dias, mas foi ficando, e até maio deste ano pagava o hotel semanalmente, sempre em dinheiro. Belchior e a mulher pararam de pagar as contas, alegando que o dinheiro deles estava bloqueado no Brasil. A boa vontade da gerente ainda durou seis meses.

Sem prisão

No início de novembro, segundo Maria da Rosa, Belchior disse que iria pedir ajuda ao consulado brasileiro. Na semana passada ele saiu com a mulher do hotel e não voltou. No mesmo dia, a gerente registrou um Boletim de Ocorrência contra o casal. A Polícia enviou um informe a todas as delegacias do Uruguai. O comissário Hector de Los Santos explica que, se for encontrado, Belchior não será preso, pois não pagar dívida não é crime no país.


NA FOLHA DE SÃO PAULO

Justiça livra Lula de ação que pedia R$ 9,5 mi de volta

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FLÁVIO FERREIRA
MATHEUS LEITÃO
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
A Justiça do Distrito Federal livrou ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Amir Lando de uma ação de improbidade administrativa que pedia a devolução de R$ 9,5 milhões aos cofres públicos.
O juiz Paulo Cesar Lopes, da 13ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, extinguiu a ação proposta pelo Ministério Público Federal em janeiro de 2011 por entender que houve erro técnico.
Segundo ele, o Ministério Público só poderia ter processado Lula durante o mandato --e por meio de outra ação, a de crime de responsabilidade. Para o magistrado, o MPF poderia ter usado ações civis comuns para ressarcimento dos danos, mas não a de improbidade administrativa, que pode acarretar na suspensão dos direitos políticos.
A Procuradoria da República no Distrito Federal acusava Lula e o ex-ministro de uso da máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG, envolvido no esquema do mensalão, pelo envio de 10,6 milhões de cartas a segurados do INSS de outubro a dezembro de 2004.
Segundo a procuradoria, cartas assinadas por Lula e Lando informavam sobre consignados com taxas de juros reduzidas. À época, o BMG era o único banco privado que oferecia esse empréstimo, dizia a acusação.
O BMG vendeu em 2004 parte da carteira de crédito consignado à Caixa Econômica Federal por R$ 1 bilhão.
No caso do mensalão, o BMG foi acusado de abastecer o valerioduto com mais de R$ 30 milhões. A Procuradoria-Geral da República, responsável pelo processo do mensalão, preferiu desmembrar as acusações sobre a atuação do BMG no escândalo, e essa parte foi para a Justiça Federal de Minas Gerais.
Lula, em viagem, Lando e o BMG não foram encontrados para comentar a decisão.


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Dois em um

O ministro Joaquim Barbosa decidiu acumular a presidência do Supremo Tribunal Federal, a partir de quinta (22), com a relatoria do processo do mensalão. Ele vai seguir os hábitos e costumes do STF.

Top-top trapalhão

A boa diplomacia recomenda não se meter em assuntos de outros países, mas a presidenta Dilma deu ouvidos ao aspone para assuntos internacionais aleatórios, Marco Aurélio Top-Top Garcia, e na Espanha em crise falou de corda em casa de enforcado. Pegou mal na Europa.

Dr. Batalhão

Não bastaram os 145 advogados do ex-presidente do Banco do Nordeste Roberto Smith: o Tribunal de Contas da União rejeitou os recursos contra a condenação dele e assessores por “malfeitos”.

Sexologia

A ministra Marta Suplicy (Cultura) visitou no domingo (18) uma célebre cerâmica portuguesa em Caldas da Rainha, cidade conhecida também pela feira erótica alternativa com versões “Itu” de genitais masculinos.

Tente outra vez

Alertada pela coluna que deu o nome do vencedor dois meses antes, a Polícia Rodoviária Federal cancelou a licitação de 300 carabinas calibre 5.56 por quase R$1,3 milhão. Mas a ArmaLite vai ganhar de novo.

Pensando bem...

...o problema não é a famosa teoria jurídica alemã do “domínio do fato”, mas quem “domina de fato” o mensalão.


NO BLOG DO NOBLAT

Jurista Claus Roxin não confirma declarações a ele atribuídas

Blog do Augusto Nunes
Na edição de 11 de novembro, a Folha de S. Paulo amparou-se em declarações atribuídas ao jurista alemão Claus Roxin, um especialista na teoria do domínio do fato, para socorrer na página 5 os condenados no julgamento do mensalão.
"Participação no comando do esquema tem de ser provada", diz o título da reportagem que promoveu um desfile de frases muito animadoras para os companheiros punidos pelo Supremo Tribunal Federal.
Por exemplo: “Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido”.
Neste domingo, um esclarecimento público divulgado por Roxin em Munique e reproduzido pelo site Consultor Jurídico atestou que a reportagem, assinada por Cristina Grillo e Denise Menchen, é tão verdadeira quanto um palavrório de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais.
Durante a conversa ocorrida no Rio no fim de outubro, em nenhum momento o jurista imaginou que as perguntas estavam associadas ao julgamento em curso no STF, que não tem acompanhado e cujo conteúdo desconhece.
“O professor se limitou a repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft)”, esclarece o documento redigido pela assessoria de Roxin, que se declarou especialmente perplexo com outro espasmo de criatividade dos autores da reportagem: “O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”.
O esclarecimento público resgata a verdade: “A Folha já havia terminado suas perguntas quando um dos participantes (da mesa-redonda na Universidade Gama Filho), em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública”.
Além de demolir a reportagem, o texto desmonta uma invencionice: Roxin se espantou“ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. O professor afirma tratar-se de uma inverdade.

Contrário a foro privilegiado, Barbosa quer temas cruciais no STF

Estadão
Joaquim Barbosa chega ao mais alto posto do Judiciário nacional nesta semana com o propósito de trazer de volta à pauta do Supremo Tribunal Federal casos "cruciais", justamente quando a corte está paralisada pelo julgamento do mensalão, que, para ele, representa um "divisor de águas".
Contrário ao foro privilegiado, o mineiro de Paracatu, de 58 anos, chega ao topo da carreira no momento em que desfruta de imensa notoriedade por, como relator do mensalão, ter liderado a condenação de importantes políticos, entre eles o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
No STF desde 2003, quando foi indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva --principal nome do PT, partido mais atingido pelas condenações do atual julgamento--, Barbosa recebeu a Reuters em seu gabinete pouco depois de assinar o desligamento oficial de Ayres Britto, que se aposentou ao completar 70 anos.



Supremo livra Marconi Perillo de depor à CPI do Cachoeira

Ricardo Brito, Estadão
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu na manhã desta segunda-feira, 19, liminar para que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, não seja obrigado a comparecer a uma convocação da CPI do Cachoeira.
Mas a defesa do governador goiano quer usar essa mesma decisão para livrá-lo de um eventual indiciamento no relatório final da comissão parlamentar, que será apresentado na quarta-feira, 21, pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG).



Repasses caem, mas Delta ainda é a segunda que mais recebe da União

Fernanda Krakovics, O Globo
Além da prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira e da cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), as investigações do suposto esquema de corrupção montado pelo contraventor goiano, feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, tiveram pelo menos mais um efeito prático até agora: a queda de 60% neste ano, até outubro, dos recursos repassados pelo governo federal para a construtora Delta em relação ao total pago ao longo de 2011.
Mesmo com a redução, a Delta é a segunda empreiteira que mais recebe repasses do governo federal. De acordo com o Portal da Transparência, a Delta recebeu até outubro R$ 341,8 milhões do Orçamento da União deste ano, atrás apenas da Odebrecht, que recebeu, no mesmo período, R$ 795,6 milhões, para a execução de obras federais. No ano passado, a Delta liderou o ranking das empreiteiras com contratos com a União, com R$ 862,4 milhões. 

Procuradora do MPF: ‘Graves irregularidades na UFRJ’

O Globo
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça Federal, nesta segunda-feira, a ação civil pública que investiga casos de improbidade administrativa dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O material foi entregue à 28ª Vara, cujo titular é o juiz Alcides Martins Ribeiro Filho. Segundo a assessoria do órgão, o magistrado ainda vai analisar o processo. Em entrevista ao GLOBO, o reitor da universidade, Carlos Antonio Levi, rebateu as acusações.
A autora da ação é a procuradora da República Márcia Morgado. As denúncias ganharam repercussão nacional no último domingo (18), em reportagem do “Fantástico”, da TV Globo. Nesta segunda-feira, o MPF publicou um comunicado sobre a investigação. 

Presos mandam interromper atentados em SC

Jean-Philip Struck, Veja
"Amanhã já pode normalizar tudo, tá, meu irmão?". Tanto os ataques a ônibus e policiais militares em Santa Catarina quanto a redução de episódios de criminalidade no estado, observada nas últimas horas, parecem ter a mesma origem: uma ordem de dentro dos presídios.
Na madrugada desta segunda-feira, 19, não foi registrado nenhum ataque relacionado à onda de crimes orquestrada por presos do sistema penal do estado. Foi a noite mais tranquila desde o dia 12, quando os atentados começaram. 
O diálogo foi interceptado pela Secretaria de Segurança catarinense em uma gravação entre dois presos na última quinta-feira, 15 de novembro, e foi obtida pelo jornal Diário Catarinense, sediado em Florianópolis. Segundo o jornal, o diálogo foi travado entre um preso detido em uma cadeia de Blumenau, na região norte, e outro em um presídio não identificado. Os nomes não foram divulgados.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Fala da ministra Maria do Rosário deixa a população refém da bandidagem!

Para satisfação e gáudio da estupidez politicamente correta — e criminosamente correta também —, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) decidiu pensar. E esse é sempre um momento periclitante para a experiência humana na Terra. Ela esteve ontem com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para pedir mais rapidez na votação de um projeto que cria um sistema de prevenção contra a tortura nas cadeias. E mandou ver ao vento: “O que as pessoas precisam compreender cada vez mais é que, quanto pior a situação dentro dos presídios, mais violência nós teremos nas ruas. Há uma conexão”.
Qual conexão, minha senhora? Agora prove o que diz. Ela não vai conseguir, é evidente, porque está apenas dizendo uma dessas tolices pomposas, com a qual vão concordar amplos setores da imprensa, não necessariamente muito afeitos ao calor do pensamento. Afinal, sustentar que Maria do Rosário diz uma grossa bobagem pode se confundir com a defesa da tortura nas cadeias… A tolice politicamente correta tem sempre o condão de paralisar a razão.
Então vamos ver. Pra começo de conversa, os chefões que mandam no crime organizado costumam estar em cadeias de segurança máxima, bem longe das agruras enfrentadas por boa parte dos 470 mil  que há no Brasil e que, atenção!, não pertencem a facção nenhuma. Uma coisa é reconhecer a existência de PCC, Comando Vermelho, ADA etc. Outra, distinta, é imaginar que eles realmente comandam um exército de centenas de milhares de pessoas. Mas esse não é o aspecto mais deletério da fala doidivanas desta senhora.
Os presídios precisam melhorar porque há que se seguir a lei no país também para os presos. Precisam melhorar porque não se admite que o estado mantenha milhares de homens em condições abaixo de qualquer dignidade. Trata-se de uma obrigação de quem tem a correta tarefa de tirar do convívio social os delinquem. Mas não! Os presídios NÃO PRECISAM MELHORAR porque, de outro modo, seremos todos reféns de organizações criminosas. Seremos agora chantageados por presos?
Ao dizer o que disse, Maria do Rosário retirou dos chefes do crime organizado a responsabilidade por atos que intranquilizam milhões de brasileiros e a transferiu para as costas largas da sociedade. Seríamos, então, vejam que maravilha!, os verdadeiros responsáveis por aquilo que nos ameaça.
O que me encanta, adicionalmente, na sua fala é o tom. Vamos reler: “O que as pessoas precisam compreender cada vez mais é que, quanto pior a situação dentro dos presídios, mais violência nós teremos nas ruas. Há uma conexão”. Fica parecendo, como veem, que estamos resistindo bravamente àquilo de que Maria do Rosário quer nos convencer. Dá a impressão de que está nas nossas mãos dar menos ou mais dinheiro para o sistema penitenciário. Nessa fábula, ela é a Fada Boa, aquela que pretende nos conduzir para o caminho do bem!
Mas esperem! O partido a que pertence esta senhora é governo no Brasil há looongos 10 anos! Ainda tem mais dois pela frente, com boas chances, hoje ao menos, de reeleição. ASSIM, QUEM PRECISA COMPREENDER QUE É PRECISO INVESTIR EM PRESÍDIOS É O SEU GOVERNO, É O SEU PARTIDO.
O ministro da Justiça — seu colega de legenda José Eduardo Cardozo — é o chefe do Depen (Departamento Penitenciário Nacional). O Depen responde pelas execuções penais no Brasil inteiro e tem livre acesso a qualquer presídio na hora em que bem entender. Quem “precisa compreender” a gravidade da questão é o próprio ministro — ou como se explica o corte, em 2011, de R$ 1,5 bilhão da verba da Secretaria Nacional de Segurança Pública?
Há outro ângulo a examinar na fala da ministra.Ela faz supor que o crime organizado não cessará seus ataques enquanto não melhorar a situação dos presídios, de sorte que haveria uma relação mecânica entre uma coisa e outra, e os bandidos que organizam ataques o fazem levados por uma espécie de fatalidade. Não poderiam, assim, evitar seus atos. O bandido, na formulação magistral de Maria do Rosário, seria também uma vítima. Como tal, merece reparação.
É claro que a condição dos presídios têm de melhorar. Mas não! Isso, por si, não contribuirá para diminuir a violência na sociedade. Até porque, minha senhora, basta cotejar o número de homicídios dos estados que menos prendem com os dos estados que mais prendem, e nós vamos constatar o óbvio: os que prendem menos têm taxas de homicídios muito maiores.
Reitero: os presídios precisam oferecer condições salubres aos presos porque esse é um dever do estado. Mas sem essa de sugerir que estamos, como sociedade, colhendo o que plantamos. Uma ova! Se o governo federal fosse mais efetivo para vigiar as fronteiras, por exemplo, entrariam no país menos drogas e armas — e isso certamente teria um efeito positivo no combate à violência.
E como Maria do Rosário é petista, não poderia faltar a tentação de jogar a responsabilidade nas costas de outros governos: “Estamos, sim, diante de uma situação de emergência. Ainda que não seja atual, que já venha se arrastando há muito tempo, não basta apenas ampliar o número de vagas.”
É o que ela tem a dizer depois de dez anos no poder!  Pois é… Vamos ver se o PT consegue mais quatro nas urnas. Ao fim de tudo, poderemos dizer com orgulho, depois dos “cinquenta anos em cinco” de Juscelino: “PT: quatro anos em dezesseis”…

Cotada para a Educação da gestão Haddad é ré em processo que apura desvio de verba em Santo André

Na Folha. Volto depois:
Escolhida pelo prefeito eleito Fernando Haddad (PT)para ocupar a Secretaria da Educação, Cleuza Repulho é ré em um processo que investiga um esquema de desvio de R$ 49 milhões na Prefeitura de Santo André. Cleuza ainda não foi confirmada como parte da futura gestão porque Haddad quer antes conversar com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). Atualmente, ela comanda a pasta no município da Grande São Paulo. Os supostos desvios ocorreram entre 2005 e 2008, quando ela era a titular da Educação em Santo André. O ex-prefeito da cidade João Avamileno (PT) também é réu no processo. Os dois negam irregularidades.
Em ocasiões anteriores, Cleuza afirmou que as denúncias eram decorrentes de disputas políticas. De acordo com o Ministério Público, que apresentou ação de improbidade administrativa no ano passado, a Secretaria da Educação repassava verbas para uma ONG que não comprovou a realização dos serviços. O Instituto Castanheira foi contratado para atendimento de adolescentes e qualificação de professores. A primeira presidente da ONG era vizinha de Cleuza, e um idealizador do instituto era ex-namorado dela.
Em sua gestão como secretária em São Bernardo, outro contrato com uma ONG (a Paradigma) também passou a ser investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. A apuração é se pessoas próximas a ela se beneficiariam do contrato de cerca de R$ 3 milhões. Cleuza enfrenta ainda uma campanha do sindicato dos servidores públicos de São Bernardo que pede sua saída do cargo. A mobilização tem até camisetas com a frase “Fora Cleuza”. O sindicato reclama de uma proposta da secretaria, ainda não formalizada, de realizar concursos públicos apenas para professores, excluindo outras funções como coordenador e orientador pedagógico e diretor de escola.
Post publicado originalmente às 4h41
(…)
VolteiCostumo tomar cuidado com esse tipo de acusação. Os petistas é que gostam de ser ligeiros nessas coisas. Imaginem se uma gestão tucana indica alguém com esse perfil. Eles fazem passeata… Lambança de petista com ONGs e institutos criados por gente ligada ao próprio partido não chegaria a ser uma novidade. 
Noto que Cleusa Repulho, tudo indica, compõe aqueles quadros do petismo que não têm território. Onde está o partido, lá vai ela. Já serviu em Santo André, em São Bernardo e, agora, está cotada para São Paulo. Quadros da “firma” se deslocam para os entes que vão sendo capturados pelo pelo partido. No passado, o PT já fez isso com o lixo. Agora, faz com a educação.

Deputado que sacou dinheiro do Banco Rural oferece almoço em homenagem a Dirceu. Faz sentido…

Por Nelson Barros Neto, na Folha:
Uma semana após ser condenado a dez anos e dez meses de prisão no julgamento do mensalão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu ontem um “ato de solidariedade” de petistas da Bahia, em Salvador. O almoço aconteceu na casa do deputado federal Josias Gomes (PT), que figurou na lista dos sacadores de dinheiro na boca do caixa do Banco Rural na época do escândalo, mas foi absolvido após processo de cassação na Câmara e não virou réu no julgamento do Supremo.
O prato principal foi uma “paella”, “em homenagem ao discurso da presidente Dilma [Rousseff] na Espanha”, disse Gomes à Folha. As dezenas de convidados ainda comeram uma costela de bode.

Um padrão muito particular de moralidade – Anvisa demite gerente que revelou fraude. Quem mandou ser honesto?

Por Evandro Éboli, no Globo:
A direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demitiu semana passada o gerente-geral de Toxicologia do órgão, o engenheiro agrônomo Luiz Cláudio Meirelles, que havia denunciado casos de suspeita de corrupção e irregularidades na liberação de agrotóxicos. Em carta postada numa rede social, após sua demissão, Meirelles detalhou o episódio e contou que seis produtos foram aprovados mesmo sem avaliação toxicológica.
O ex-gerente afirmou que sua assinatura foi falsificada em documentos da Anvisa, e ainda sustentou que desapareceram os processos com suspeita de irregularidade. Ele relatou o caso à direção da agência em setembro. Nesta segunda-feira, depois de ser procurada pelo GLOBO, a Anvisa anunciou em nota que estava enviando as denúncias para serem investigadas pela Polícia Federal.
No início de agosto, após descobrir as fraudes, o próprio Meirelles suspendeu a tramitação dos processos de alguns produtos na Anvisa e proibiu a comercialização de dois deles, largamente usados como agrotóxicos em grandes plantações. Meirelles estava na Anvisa desde a sua fundação, em 1999, e organizou a gerência de Toxicologia. É funcionário de carreira da Fiocruz, para onde retornará, no Rio.
Segundo Meirelles, os problemas estavam relacionados à Gerência de Avaliação de Risco, subordinada a ele. O ex-gerente-geral solicitou à direção da Anvisa o afastamento do gerente dessa área, Ricardo Augusto Velloso. “Houve rompimento da relação de confiança exigida para o cargo”, contou Meirelles na sua carta. Mas, segundo o ex-gerente-geral, a direção da Anvisa demorou a tomar uma decisão.
“Graças a uma equipe que atua com firmeza, descobrimos o que ocorreu. O episódio está todo bem documentado, enviei para investigação interna para que a apuração siga seu curso. Pedi providências e cancelamos os documentos falsos que liberaram agrotóxicos. Mas não recebi qualquer orientação adicional da direção”, disse Meirelles ontem.
A exoneração de Ricardo Velloso só ocorreu este mês, depois que o Ministério Público Federal entrou no caso e pediu explicações à Anvisa. No dia 14, a Anvisa demitiu também Meirelles. A demissão foi aprovada por dois diretores. Outro se absteve. O ex-gerente afirma que o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o informou de sua demissão depois de elogiar sua atuação.

Nunca antes na história destepaiz um corruptor e formador de quadrilha teve tantos porta-vozes. Ou: “Mídia” faz assessoria de imprensa de graça para José Dirceu

Nunca antes na história destepaiz alguém condenado pela Justiça por corrupção ativa e formação de quadrilha deu tanta opinião como José Dirceu. Basta que se forme um borborigmo em alguma área de seu pensamento, e lá está a imprensa: “Dirceu disse isso, Dirceu disse aquilo…”
O homem opina sobre tudo. Tem o que dizer, claro!, sobre Joaquim Barbosa, o Poder Judiciário, a reforma política, a América Latina (talvez  sobre a crise no Oriente Médio etc.
Agora, informam os portais, ele decidiu se posicionar sobre o suposto processo de “renovação” do PSDB… O condenado opina, e aquilo que os petistas chamam “mídia” se encarrega de anunciar para o mundo.
Jamais se viu um corruptor e formador de quadrilha com tantos porta-vozes. O Zé deve ficar contente. Não precisa de assessoria de imprensa. Por alguma razão, considera-se que aquilo que ele pensa é notícia.
Daqui a pouco vai opinar sobre unha encravada, espinhela caída e o mico da mais velha novela de Glória Perez…


NO BLOG DO CORONELEAKS

Atraso em obra do PAC é "regra do jogo".

Comentário: ao que parece, mentir sobre os números do PAC também é parte da estratégia do governo petista. Uma das obras apresentadas como 99% pronta no último balanço apareceu, ontem, com 87% da execução.
Atraso em obras "é regra do jogo", disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em apresentação de balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A ministra é a responsável pelo programa carro-chefe do governo em termos de obras públicas. Entre 2010 e 2012, o PAC cumpriu 40% dos gastos programados até 2014 e tem grandes projetos, como refinarias, ferrovias, canais de irrigação e estradas, com mais de dois anos de atraso.
A declaração da ministra ocorreu poucos dias depois de o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) também ter tratado com franqueza um tema de sua responsabilidade, as prisões. Cardozo chamou carceragens brasileiras de medievais e disse que preferia morrer a cumprir uma pena longa em algumas prisões. A frase de Belchior foi dita quando explicava o critério de classificação das obras do PAC no balanço. Um grupo de obras consideradas mais importantes para o governo recebe no balanço carimbos de "adequado" (verde), "em atenção" (amarelo) ou "preocupante" (vermelho).
Todas as vezes em que essas obras monitoradas atrasam, o governo reajusta o prazo delas nos balanços, alongando a previsão de encerramento. Quando faz a mudança, ele também muda a classificação, colocando-a, muitas vezes, como adequada. "Os quadros 'atenção' e 'preocupante', para nós, significam o risco que essa obra tem para ter continuidade necessária. Se eu colocar cada dia de atraso, tudo teria que ser vermelho", disse.
"Então atraso é da regra do jogo, e, como você [repórter] mesmo salientou, a gente discutiu isso aqui no último balanço e o tamanho dele tem se verificado proporcionalmente ao período previsto de obra. Então, o que colocamos é a criticidade." 
Caso emblemático das mudanças é o trem-bala. Os balanços do PAC 1 apontavam que a licitação seria concluída em 2010. A concorrência não tem sequer edital -a previsão é que seja publicado no dia 26- e o governo mantém o sinal de adequado na obra. O mesmo ocorre com as refinarias da Petrobras em Pernambuco e no Rio. Ambas estavam com previsão de conclusão em 2010. A refinaria no Nordeste tem 64% de execução, e a do Rio, 41%. Mas esses números nem podem ser considerados firmes. No caso da Ferrovia Norte-Sul, o trecho entre Uruaçu e Anápolis (GO) aparecia no balanço do PAC anterior com 99% de conclusão. No atual balanço, aparece com 87%.(Folha de São Paulo)

Lula e a (o) Caixa.

O BMG, que depois veio a abastecer o Mensalão, recebeu exclusividade para oferecer empréstimos consignados a juros escorchantes para os aposentados. Lula assinou carta de próprio punho dizendo que a operação era um bom negócio. Mais tarde, a Caixa comprou a carteira - junto com ela a inadimplência - por extraordinários R$ 1 bilhão. 
Em 2010, nas eleições, o SBT, de Sílvio Santos, dono do Banco Panamericano, montou uma farsa para desqualificar José Serra. Dias depois Lula recebeu Sílvio Santos. Logo em seguida a mesma Caixa comprou o banco quebrado do apresentador por R$ 740 milhões. Depois, "descobriu" que havia um rombo de mais de R$ 4 bilhões a serem cobertos. O dono do SBT, que poderia ter quebrado, manteve intocado o restante do seu patrimônio.
Po fim, no dia de ontem, a Caixa anunciou o patrocínio do Corinthians. O negócio foi intermediado por Lula, que havia se comprometido com a direção do clube a conseguir um patrocinador. Como não teve êxito, acionou o banco público de novo. Que aliás, é o mesmo banco que patrocina a pior escória da imprensa, instalada na esgotosfera.



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