DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-11-12

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


O trânsito de Fortaleza virou um caos


José Pompílio, repórter do Caderno Auto, do
 Diário do Nordeste, embarcou às 18 horas da última 5ª feira, 8, em um dos ônibus que trafegam pela Avenida 13 de Maio.
O embarque foi em uma parada defronte à Igreja N. S. de Fátima.
Dez minutos depois, Pompílio notou que o coletivo avançara não mais que 20 metros.
Mais 15 minutos e o ônibus chegou ao cruzamento da Avenida Luciano Carneiro, onde ele – diante da necessidade de chegar logo à Reitoria da UFC, seu destino final – desembarcou do ônibus, fazendo a pé o resto do percurso.
“Pode parecer incrível, mas cheguei primeiro do que o ônibus”, disse Pompílio, para quem o caos urbano está aí porque as ruas e avenidas não são mais suficientes para suportar a avalanche de carros novos.
O que fazer?


NO BLOG DO ROBERTO MOREIRA

Vica deixa o comando do Fortaleza


Após a derrota de hoje (11) e o fim das possibilidades de acesso a série B, Vica não é mais o técnico do Fortaleza. O ex-comandante do Leão do Pici lamentou, e disse que o que será lembrado de seu trabalho no clube é a derrota e não tudo que foi feito anteriormente.

NO JORNAL O POVO

Cid desce do avião e corre na pista, relata site


O governador Cid Gomes (PSB) teria mandado parar o avião e descido em plena pista de pouso do aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador (BA), para cumprimentar logo a presidente Dilma Rousseff (PT), na última sexta-feira. A informação é do site Bahia Negócios.

Segundo o site, o avião em que estava o governador do Ceará taxiava na pista, em procedimento de desembarque, no momento em que o voo que transportava Dilma e o governador baiano Jaques Wagner (PT) chegava a Salvador, para a 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Neste instante, segundo o relato, Cid ordenou ao piloto que atravessasse a pista principal em direção ao local onde a presidente desembarcaria. Mas não houve autorização para tal, diante do grande fluxo de aeronaves.

Cid, então, desceu do avião e atravessou correndo os 45 metros da pista principal, narrou o Bahia Negócios. Ainda de acordo com o site, a situação causou preocupação em controladores de voo, na Infraero e nos seguranças do aeroporto.

O POVO procurou a assessoria de imprensa do Governo do Estado para comentar o assunto, mas os telefones não foram atendidos na noite de ontem.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Mais de mil
pessoas estão 
‘grampeadas’ no DF

Mais de mil pessoas estão com os telefones grampeados no Distrito Federal, segundo segredou o diretor-geral da Policia Civil, delegado Jorge Xavier, e que “muitas prisões” serão realizadas nos próximos dias. Ele fez essa revelação durante reunião com membros da bancada federal – senadores e deputados – do DF para explicar que a atividade policial não foi afetada pela greve de agentes, iniciada há 80 dias.
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Império da lei

Enquanto somente no Distrito Federal mil pessoas estão grampeadas neste momento, nos Estados Unidos a média é de 1.700 por ano.

Dirceu acha 
que vai cumprir 
4 anos de reclusão

Réu no processo do mensalão, já condenado pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro da Casa Civil de Lula José Dirceu fez as contas e informou a familiares e amigos sua estimativa. Ele acha que a sentença será elevada, mas deverá cumprir pena, em regime fechado, de no máximo quatro anos de reclusão. Sente-se injustiçado, alega inocência, mas avalia que são mínimas as chances de pena reduzida.





Carência política

Outros partidos aliados ao governo estão inquietos após reunião da presidenta Dilma com o PMDB e PSB. Pedem o mesmo tratamento.

Quem manda de fato

Virou piada na imprensa européia: o mais eficaz combate ao crack no Rio não foi obra do governo Sergio Cabral, e sim dos traficantes do morro da Serrinha, que, em faixas, decretaram a proibição da droga.

Trabalhar é possível

O deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF) faz parte da minoria assídua de 4% do Congresso. Ele compareceu a todas as sessões, apesar de presidir a Frente Parlamentar de Gestão Pública, e de participar de várias comissões, como a de Orçamento e a CPI do Cachoeira.

Pensando bem...

...após a manifestação gigantesca contra ela, só resta a Cristina Kirchner seguir o poeta Drummond e “dançar um tango argentino”.


NO BLOG DO NOBLAT

Sem acórdãos publicados, decisões do STF ficam em suspenso

Carolina Brígido, O Globo

Para que a Ação Penal 470 — conhecida como a do mensalão — ou qualquer outra que tramite no Supremo Tribunal Federal (STF) seja dada por concluída, é indispensável a publicação do acórdão do julgamento no Diário da Justiça. Segundo o regulamento interno da Corte, 60 dias é o prazo máximo entre a decisão dos ministros e a publicação desse texto.
A realidade no dia a dia do Supremo é, no entanto, bem diferente. Um total de 2.632 ações aguarda a publicação de seus respectivos acórdãos. Entre elas, há pelo menos uma que data de maio de 2010. Os ministros explicam o atraso, afirmando que o volume de trabalho em seus gabinetes é muito grande. 



Cresce o número de jovens que recorrem a estimulantes sexuais

Fernanda Cruz,  Agência Brasil

Um levantamento feito com homens entre 25 e 35 anos atendidos pelo Centro de Referência em Saúde do Homem da capital paulista revelou que 20% dos pacientes utilizaram medicamentos para disfunção erétil sem prescrição médica. Foram consultados 300 homens durante o período de um mês.
“São jovens que acham que tomando a medicação vão virar super-homens, vão ter um aumento da potência. Mas, na verdade, não tem nada disso”, disse Cláudio Murta, coordenador da Urologia do centro.
Murta explicou que o uso dos estimulantes sem necessidade não faz diferença no desempenho sexual. “A medicação funciona apenas para quem tem problema. Para quem não tem, praticamente não faz efeito”, informou.

Após suicídios, Espanha tenta mudar hipoteca

Estadão

Líderes do conservador Partido Popular espanhol, do governo, e do Partido Socialista vão se reunir nesta segunda-feira para discutir um acordo que leve a mudanças nas leis que regem as hipotecas no país. A iniciativa por reformas acontece em meio à indignação popular diante dos suicídios de dois mutuários que tiveram suas hipotecas executadas e estavam para ser expulsos de suas casas.
No sábado, o banco de poupança e crédito Kutxabank, do País Basco, a suspender as execuções de hipotecas contra mutuários inadimplentes. Segundo líderes do governo e da oposição, entre as opções que os partidos vão discutir está a de suspender temporariamente as execuções de hipotecas contra pessoas necessitadas; outra é estabelecer condições para que todos os devedores possam renegociar suas dívidas sem ser expulsos de suas casas.

Israel ataca a Síria em primeira investida do tipo desde 1973

Daniela Kresch, O Globo

A guerra civil na Síria ecoa na fronteira do país com Israel. Pela primeira vez em quase 40 anos, desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, Israel lançou um míssil antitanques (o novíssimo modelo Tamuz) contra solo sírio depois de ser atingido, pela quarta vez em uma semana, por projéteis lançados do país árabe contra as Colinas de Golã. A troca de hostilidades tem o potencial de incendiar o Oriente Médio, principalmente se for acompanhada de bombardeios mútuos também na fronteira entre Síria e Turquia. 


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Resposta a uma professora de história que achou que poderia me esculhambar. Ou: O que liga a anistia a Marighella aos criminosos do mensalão

Carlos Marighella foi anistiado. Escrevi um post lembrando a sua obra. Entre outras delicadezas, em seu “Minimanual do Guerrilheiro Urbano”, ele defendia que seus comandados e outros tantos que tomassem aquele texto como guia recorressem a emboscadas, como a que o matou. Ele legitimava a prática de seus algozes — apenas não estavam do mesmo lado. Defendia ações abertamente terroristas e não ficou só na teoria. Praticou o que escreveu. Muita gente morreu por decisão sua e de seu grupo. No texto em questão, apenas lembrei parte pequena do que fez e do que escreveu.
Recebi uma mensagem irada de uma senhora que se diz professora de história. Dados alguns jargões e cacoetes, acreditei que falasse a verdade. Fui ao Google e a encontrei nas redes sociais “debatendo” isso e aquilo… Coitados dos nossos jovens! Quantos ficarão na ignorância! Não publico o nome da bruta porque não vou lhe dar cartaz nem satisfazer o ego: “Viu só? Aquele Reinaldo lá publicou o que escrevi…”. Parte da sua invectiva contra mim, no entanto, ajuda a pensar. Leiam que mimo.
“Por que você faz tanta questão de ser desagradável e, como você mesmo diz, escrever o que mais ninguém escreve? Pode ser que ninguém mais escreve porque é um absurdo. Você já parou para pensar que não é Deus e que pode estar errado? (…)  Marighella foi um verdadeiro herói nacional e sabia que não enfrentava os canhões com flores. Essa sua obsessão de ser do contra é patética (…)”
E ela segue me ofendendo — e ofendendo também a língua e o subjuntivo: “Pode ser que ninguém mais escrevA…”, senhora professora!!! A continuar assim, mestra, “nós num pega mais os peixe…” — para escrever em haddadês… Vamos ver.
Se explicitar a realidade documental é ser “desagradável”, então sou. Lamento informar, senhora, que milhares de leitores se interessam pelos fatos. E meu post sobre Marighella traz apenas os fatos. Não fui eu que atribuí a ele a defesa do terrorismo, como a senhora afirma em outro trecho de sua mensagem. Ele efetivamente FEZ a apologia de tal prática, sem meias palavras.
Ora, minha senhora, eu, com efeito, ignoro “não ser Deus” porque, para ter tal consciência ativa, seria preciso que, em algum momento da trajetória, tivesse me imaginado… Deus, constatando, desolado, que a minha impressão era falsa.Como me sei demasiadamente humano e falível, então não poderia constatar NÃO SER o que IMPOSSÍVEL SERIA ainda que, louco, ambicionasse SÊ-LO. Leia de novo, mestra. Leia de novo…
A cada linha que escrevo, é evidente, penso que posso estar errado. É próprio de quem labuta com as palavras e com as ideias. Escreve-se a favor de determinados pontos de vista e contra outros tantos. Um texto só se torna relevante se é de combate, se incorpora a polêmica para fazer uma escolha — e é de sua natureza ser espreitado pelo risco do erro. Assim, respondendo à sua indagação, afirmo: sim, conto com a possibilidade de estar errado todos os dias, várias vezes por dia, a cada post. Mas não me acovardo, não. Sempre faço uma escolha: os fatos.
Quanto às flores e aos canhões, acho que a metáfora já era brega quando empregada por Geraldo Vandré nos anos 60 do século passado, não é mesmo? Mas a senhora tem razão: se há coisa que Marighella não fazia era recorrer a flores. Ele preferia bala e explosivos…
É com essa seriedade que a senhora encara seus alunos? Não divulgo seu nome também para poupá-la de si mesma e não expor a nu sua ignorância diante dos jovens. Cedo ou tarde, eles teriam acesso a essa resposta, e eu tenho enorme carinho por professores porque penso nos que tive; lembro-me que eu mesmo fui um deles.
Eis o pontoMas eu entendo a reação da Dona Fulana professora de história. É razoável que ela estranhe o meu texto no cotejo com o que eventualmente leu na dita “grande imprensa”, nos portais, sites etc. Lembrei a obra real de Marighella não porque pretenda ser diferente dos outros; torno-me diferente dos outros porque lembrei a obra real de Marighella. A senhora entendeu a sutileza da coisa? De novo, leia de novo… NOTA: não sou o único a fazê-lo; sou dos poucos.
Noto, caros leitores, que seria perfeitamente possível glorificar — já que querem assim — a vida de Marighella sem omitir a sua obra. Ora, que se explicitem suas escolhas, suas ações, sua teoria revolucionária (expressa no minimanual e em outros livros). E que se diga em seguida que aquele, afinal, era mesmo um caminho virtuoso. Do ponto de vista intelectual, considero menos digno omitir seus crimes do que absolvê-lo, entenderam? Que se diga com todas as letras: “Matou, sim; explodiu bombas, sim; defendeu o terrorismo, sim, mas era uma saída legítima, revolucionária, humanista…”. Sei lá eu quantas barbaridades elogiosas se poderiam dizer. Eu continuaria a achar o pensamento abjeto, mas menos covarde. Divergir sobre as escolhas — especialmente sobre as escolhas éticas — é parte do jogo. Escoimar uma biografia de aspectos incômodos para relevar o Varão de Plutarco é um procedimento desonesto e covarde.
O Brasil tem outros heróis ou quase-heróis incômodos. Pegue-se o caso de Getúlio Vargas, por exemplo. Foi um tirano. Sua polícia torturou, aleijou e matou durante o Estado Novo. Não obstante, setores da esquerda e nacionalistas de várias tonalidades fizeram dele um herói, como se não tivesse havido três Getúlios: o da Revolução de 30, o do Estado Novo e o suicida cheio de amanhãs supostamente gloriosos. O tirano teve sua obra esmaecida pelo fervor do falso profeta, e as esquerdas (que ele tratou no porrete) e o nacional-estatismo o transformaram no nosso único “founding father”. Nada se compara, no entanto, à mistificação que está em curso, a que deu início, em muitos casos, a Comissão da Anistia e que terá sequência com a dita Comissão da Verdade.
Ora, cantar as glórias de Marighella significa declarar que não existe pecado no terreno das esquerdas. O mais relevante, meus caros, é que isso tem pouca ou nenhuma importância no que respeita ao passado. O terrorista que liderou a ALN está morto e enterrado, a exemplo de suas vítimas, tornadas anônimas — a Comissão da Verdade não quer saber que nome tinham, quais eram seus laços familiares, que afetos se romperam com a sua morte. Eram meros coadjuvantes da “narrativa” estrelada por aquele cavaleiro sem mácula.
As omissões sobre a vida e a obra de Marighella servem ao presente, aos supostos “resistentes” de hoje. Ora, naquele caso, era a suposta grandeza da causa que dava ao terrorista licença para matar e para recomendar que se matasse — de forma aleatória se necessário — como método. Fiquem atentos, nestes dias, às desculpas dos chefes criminosos do mensalão. Também eles falam em nome de uma “causa”; também eles dizem estar em luta contra inimigos terríveis e poderosos; também eles afirmam — como quer Janio de Freitas… — que se trata de um confronto entre os reacionários que mataram Getúlio e lideraram o golpe de 1964 e as forças populares…
Como quem tem apreço pela história, senhora professora — e, definitivamente, não parece ser o seu caso, embora, Deus Meu!, tenha salas de aula à sua disposição —, não deixo que a farsa prospere sem emitir a minha opinião. Como quem tem apreço pelo futuro, não deixo que vigaristas — não sem protesto ao menos — nos imponham, em nome de sua moral, o que jamais lhes imporíamos em nome da nossa: a justificação do crime.
Aqui os tiranos não se criam.

Tarso Genro apoia evento em Porto Alegre abertamente hostil a Israel e viola 9 dos 10 incisos do Artigo 4º da Constituição! Que os civilizados apelem ao Supremo Tribunal Federal!

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) — o homem que abrigou o terrorista Cesare Battisti e o transformou num herói da resistência à “ditadura italiana” (???) —, decidiu dar mais uma grande contribuição ao bem, ao belo e ao justo e resolveu emprestar apoio oficial ao “Fórum Social Mundial Palestina Livre”, que acontece em Porto Alegre entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro. Mais do que isso, como vocês verão. Segundo o site do evento, delegações de 36 países já se inscreveram. O endereço para a inscrição fala por si mesmo: http://www.inscricoesfsmpl.rs.gov.br/pt. Você leu direito, leitor amigo: ali está “rs.gov.br”. Sim, Tarso não apenas dá apoio ao fórum como transformou o ato num evento oficial. Seus aliados tentaram envolver na história a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e a Prefeitura de Porto Alegre. A tempo, os respectivos dirigentes de ambas perceberam que estavam sendo arrastados para um encontro que, na prática, defende atos terroristas de grupos palestinos e prega o fim do Israel.
É inacreditável que o Estado brasileiro permita — e me refiro, sim, aos Três Poderes da República — a realização, em território nacional, de um ato claramente hostil a um país com o qual mantém relações diplomáticas. Como ficará absolutamente claro, o Fórum viola de maneira frontal nove dos dez incisos do Artigo 4º da Constituição Federal, a saber:
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Por quê?
Será que o Brasil não pode sediar um evento em defesa da criação de um Estado palestino? Claro que sim! Mas em que termos se vai realizar o de Porto Alegre, com o apoio de Tarso Genro?
O tal fórum tem um espantoso documento de referência, eivado de mentiras. Ele contém tudo o que a gente precisa saber para ter noção clara da natureza do acontecimento que está sendo financiado por Tarso Genro, com o dinheiro dos gaúchos. Destaco alguns itens (conforme o original) em vermelho e traduzo em azul:
1: defesa do direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao apartheid, dirigindo-se à obtenção do direito de retorno e do exercício de autodeterminação, inclusive o estabelecimento de um Estado nacional independente e soberano, em conformidade com as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU);
“Defesa do direito do povo palestino a resistir” significa também, mesmo que estivesse escrito em língua portuguesa aceitável, a defesa das práticas terroristas do Hamas e de outros grupos que lutam contra Israel. O que se faz aí, de modo não explícito, é chamar ações terroristas de “resistência”. De resto, quando se chama de “apartheid” a situação israelo-palestina, já não se quer debater mais nada.
2 – fortalecimento e expansão da participação na campanha global, liderada pelos palestinos, de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel, uma das mais importantes formas de solidariedades com nosso povo e seus direitos. As campanhas BDS englobam boicotes a Israel e empresas internacionais cúmplices das violações israelenses das leis internacionais, e boicotes acadêmicos e culturais de instituições israelenses, parceiras coniventes na ocupação e no apartheid;
Tarso Genro está metendo dinheiro público num evento que prega o isolamento de um país ao arrepio de quaisquer leis internacionais e das próprias normas e compromissos que regem as relações do Brasil com o Israel.
7. apoio e fortalecimento da luta pela libertação dos prisioneiros palestinos, vivendo em condições desumanas, em prisões israelenses, por seu envolvimento na luta pela libertação nacional da Palestina. Nesse contexto, enfatiza-se a necessidade de garantir a libertação imediata e incondicional, como questão de prioridade, de doentes, crianças, idosos e mulheres, assim como os presos sob regime de detenção administrativa, e a libertação dos 27 parlamentares sequestrados pelas autoridades da ocupação, em clara violação das leis internacionais;
Existem, isto sim, prisioneiros do Fatah vivendo em condições desumanas nos presídios do Hamas e prisioneiros do Hamas vivendo em condições desumanas nos presídios do Fatah. Nas cadeias israelenses, não! Também é mentira que existam crianças presas. Já tratei aqui desse assunto.
14. apoio à resistência popular palestina contra a ocupação israelense, legitimando-a como forma primordial de luta em benefício do povo palestino;
De novo, a referência velada às ações terroristas, chamadas de “resistência popular”. Isso inclui, por exemplo, os foguetes que o Hamas vive disparando no Sul de Israel…
15. incitamento aos meios de comunicação a ter papel ativo na exposição das políticas colonialistas e racistas do Estado de Israel, lançando campanhas de informação pública.
No Brasil, isso nem precisa de conclamação. O noticiário já é majoritariamente anti-israelense.
Destaquei apenas alguns itens. A pauta é toda ela virulenta, tentando vencer um debate e uma guerra no grito. Contam-me que o Irã também está dando apoio entusiasmado ao evento. A ver. Vou tentar saber detalhes. Não se trata, obviamente, de um encontro ou de um seminário para, sei lá, debater um caminho para a paz entre israelenses e palestinos. Nada disso! Estamos falando de uma espécie de ritual para, como e mesmo Ahmadinejad?, “varrer Israel do mapa”.
EngabeladosNo site do jornalista gaúcho Políbio Braga, leio a seguinte nota:
“Não sairão mais na Assembleia do RS as reuniões do Fórum Parlamentar Palestina Livre. O presidente Alexandre Postal decidiu cancelar a cessão das instalações e o apoio oficial, depois que foi alertado para o caráter provocador do Fórum Social Mundial Palestina Livre, que reunirá organizações e líderes partidários extremistas de 30 Países em Porto Alegre. O Fórum chegou a constar da capa do site da Assembleia, em função de uma costura política inicial levada a efeito pelo deputado Raul Carrion, PCdoB.”
O prefeito José Fortunati também percebeu a patuscada autoritária e resolveu cair fora. Assim, sobrou no apoio ao evento que viola nove dos dez incisos do Artigo 4º da Constituição apenas este inefável Tarso Genro.
Mãe judiaSei que alguns bobos vão sair gritando por aí: “Vejam o que Reinaldo Azevedo está a escrever! Tarso é filho de uma judia de sobrenome ‘Herz’”. Sim, é verdade, mas aonde isso nos leva? A lugar nenhum! O governador poderia ser judeu de pai e mãe e, ainda assim, promover atos hostis a Israel. Não seria o primeiro… Não pensem, ademais, que judeus não possam ser, ainda que de modo especialmente perverso, antissemitas. Esse é um longo debate, no qual não vou entrar agora.
De origem judaica ou não, o fato é que Tarso Genro está financiando um ato abertamente hostil a Israel, cuja pauta acolhe, ainda que de modo oblíquo, práticas terroristas e acena com o fim daquele estado. Tudo isso em Porto Alegre, cidade perigosamente próxima da Tríplice Fronteira, comprovadamente infiltrada pelo terrorismo islâmico.
Battisti, como se vê, não era o máximo a que ele poderia chegar. Sempre que a gente acha que Tarso chegou ao limite, ele, como diria Millôr, dá mais um passo.

Os criminosos do mensalão e a má tradição da pena mínima para crimes contra a vida

O ministro Marco Aurélio Mello decidiu ser, brinquei em outro post, o “terceiro polo” do julgamento, além de relator — Joaquim Barbosa — e revisor: Ricardo Lewandowski. Resolveu esposar uma tese a que nem o próprio revisor deu curso nas suas intervenções: pretende que crimes considerados autônomos ao longo do julgamento mereçam a caracterização, na fase da dosimetria, de “continuidade delitiva”. Parece que a soma total das penas deixou assustados um ou outro ministros. Aqui e ali, dentro e fora do tribunal, começa a circular uma tese, máxima vênia, estúpida: “Como pode Suzane von Richthofen matar os próprios pais, nas circunstâncias cruéis em que os crimes se deram, e ser condenada a 39 anos, e Marcos Valério, que não matou ninguém, levar 40?”
Pois é… O tolo raramente cuida de todas as implicações de suas ilações, não é? Notem: a ser assim, os homicídios, os executados da forma mais torpe, como é o caso, seriam o limite das penas impostas no país, pouco importando quantos crimes pudessem praticar, por exemplo, os criminosos do colarinho branco.
Por que Valério foi condenado a 40 anos, ainda que não tenha matado ninguém? Porque o tribunal concluiu que cometeu uma penca de crimes, ora essa! E esses crimes têm as suas respectivas penas definidas em lei. Se a soma resulta em 40 anos — e todo mundo sabe que ele poderia cumprir, em regime fechado, apenas um sexto dela (menos de sete anos) —, assim é por causa das coisas que ele fez. O que isso tem a ver com a assassina dos próprios país ou com outros crimes de sangue? Resposta: nada!
Vamos devagarConsiderar que a corrupção ativa está em continuidade delitiva com o crime de peculato é uma ofensa à inteligência. Ora, poder-se-ia comprar um parlamentar com dinheiro privado, por exemplo. E estaria caracterizada a corrupção ativa, certo? Mas, se foi com dinheiro público — e, para tanto, se enfiou a mão na grana do Banco do Brasil —, não se está aí diante de um crime obviamente autônomo? Ora, não dá nem pra afirmar que o dinheiro que foi para os mensaleiros era aquele do Banco do Brasil, certo?
Mais ainda: somem-se todos os recursos distribuídos aos políticos — ao menos aquilo que se conseguiu descobrir —, e se vai verificar que o total está muito longe dos mais de R$ 76 milhões que foram surrupiados do banco. Que diabo de “continuidade delitiva” é essa? O conjunto da obra evidencia que se roubou dinheiro público também para outros fins que não o pagamento de políticos, não é? A depender de como se leia essa história, convenham, todos os crimes dos condenados por formação de quadrilha estariam em continuidade delitiva.
É claro que se trata de uma questão delicada e polêmica. Li outro dia uma coisa que me deixou meio estarrecido. Uma mulher matou o marido. Descobriu que havia uma testemunha do homicídio. Matou-a também. Foi condenada por um assassinato e por outro, e as penas se somaram. Os advogados apelaram ao Tribunal de Justiça de São Paulo alegando que a segunda morte estava em… continuidade delitiva. Perderam. Apelaram ao STJ e… ganharam! Ou por outra: o primeiro cadáver rendeu-lhe pena de homicídio; o segundo foi considerado mero fator agravante… A mim me parece uma decisão escandalosa! Queira Deus que o critério adotado por Lewandowski para o acréscimo das penas não faça escola também nessa área. Ele estabeleceu que amplia a pena em apenas um sexto quando o crime se repete até 15 vezes; em um quarto, quando de 16 a 25; e só opta por um terço (nem cogita os dois terços, limite possível da majoração) quando repetido mais de 25 vezes…
Aliás, não sei como aquele caso prosperou. A Súmula 605 do STF, que é de 1984, deixa claro:
Súmula nº 605 – 17/10/1984
Não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida.
A leiO que diz o Artigo 71 do Código Penal? Isto:
“Art. 71 – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209 , de 11.7.1984)”
Pois é… O peculato pelo qual foi condenado Marcos Valério na Câmara, por exemplo, guarda, por acaso, relação de “tempo, lugar e maneira de execução” com o praticado no Banco do Brasil? Eles só têm uma coisa em comum: são dois peculatos! Nem os comparsas são os os mesmos…
Pena mínimaA desordem, nessa área, é grande. Ao mesmo tempo em que temos 70 mil presos espalhados em cadeias Brasil afora, em situação obviamente irregular e sem assistência judicial, há uma certa tradição firmada da pena mínima no país quando os criminosos são julgados — mesmo nos chamados crimes de sangue; mesmo nos chamados crimes contra a vida. Como esquecer o caso emblemático da atriz Daniella Perez? Foi assassinada em 1992 com 18 — !!! — golpes de punhal. Os assassinos, Guilherme de Pádua e sua então mulher, Paula, foram à delegacia consolar a mãe da atriz, a novelista Glória Perez… Ele foi condenado a 19 anos de prisão; ela, a 18 anos e seis meses. Deixaram a cadeia antes de cumprir sete anos de pena. Menos de sete anos em regime fechado por um assassinato, cometido com requintes de crueldade e posterior cinismo? Além de não parecer razoável, não é razoável!
O que uma coisa tem a ver com outra? Volto lá ao ponto inicial. Esse laxismo nos crimes de sangue tem levado alguns setores a fazer juízos exóticos no julgamento do mensalão. Inaceitável, isto sim, é que se possa matar uma pessoa com requintes de crueldade e ficar em cana menos de sete anos. De resto, um criminoso do colarinho branco pode, sim, ter uma pena superior à de um homicida a depender do número de crimes que tenha praticado.


NO BLOG DO CORONELEAKS

PT prepara terreno para defenestrar Zé Dirceu.

Brasília sediará, na primeira quinzena de dezembro, a última reunião do Diretório Nacional do PT no ano em que o partido sentou no banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) para ser julgado pelo escândalo do mensalão. Antes do encontro, que reúne todas as tendências e correntes partidárias, a Construindo um Novo Brasil (CNB) — antigo Campo Majoritário — vai fazer uma reunião própria para avaliar 2012 e discutir a sucessão interna na legenda em 2013. Sob a influência do réu condenado José Dirceu. “Ele tem o DNA do que o PT é hoje e ainda orienta nossos passos”, disse um petista com cargo de destaque em um governo estadual comandado pelo partido.

Mas até mesmo esse respeito fiel tende a desaparecer com o passar do tempo e será praticamente nulo quando o PT estiver elegendo o futuro presidente, em novembro do ano que vem. Pelo caminhar do julgamento, a eleição interna petista, provavelmente, coincidirá com a fase de execução das penas. Apesar de a dosimetria de Dirceu não estar ainda definida, poucos acreditam que ele escapará de cumprir parte da pena em regime fechado.

O mesmo petista que “bateu continência” para Dirceu admitiu que ele dificilmente estará na reunião da CNB em dezembro. “Ele tem se resguardado. Apareceu no Diretório Nacional em setembro, pouco antes do segundo turno das eleições municipais. Mas não deve participar deste de agora”, completou o aliado. A expectativa é que no encontro em Brasília o PT discuta o mensalão e, quem sabe, divulgue uma nota sobre o julgamento, algo que não aconteceu até agora.

Pessoas próximas ao ex-todo poderoso general petista lembram que o mesmo constrangimento vivenciado pelo aliado foi sentido pelo candidato eleito do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Ao longo de todo o segundo turno, o candidato do PSDB, José Serra, lembrou que o petista estava ligado aos mensaleiros. “Haddad não podia renegar Dirceu. Mas também tomava o cuidado de não incensá-lo”, lembrou um interlocutor do partido.

A perda de espaço de Dirceu na legenda não será abrupta e sim, gradual. Na base partidária, ele ainda é reverenciado. “Zé Dirceu, Genoino (José Genoino) e Delúbio (Delúbio Soares, ex-tesoureiro) saltaram do patamar de militantes para o de heróis. Mas isso só os petistas entendem”, declarou um militante ferrenho do antigo campo majoritário do PT. Mas esse grau de heroísmo começa a ser suplantado pelo novo momento.

Há duas semanas, o ex-presidente Lula convenceu Dirceu e Genoino a reembainharem as armas. Eles queriam fazer gestos públicos e manifestações contra o julgamento do Supremo. Lula achou uma péssima ideia. O presidente nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, negou que a entidade vá organizar qualquer manifestação a favor do ex-chefe da Casa Civil, como o próprio Dirceu pedira em uma solenidade antes do início do julgamento. “Como entidade, não está em nossa pauta hoje realizar nenhuma manifestação nesse sentido. O Dirceu é uma figura polêmica, uns amam, outros odeiam. A UNE nem ama nem odeia”, declarou Daniel, em entrevista ao Estado de São Paulo.

Pesa ainda contra Dirceu a necessidade de o PT virar a página. “Precisamos, a exemplo do que fizemos em São Paulo, renovar nossos quadros. Falo isso com a dor de quem está vendo companheiros condenados injustamente em um julgamento ao vivo, midiático, que está assustando especialistas jurídicos internacionais”, disse ao Correio o governador da Bahia, Jaques Wagner.

Em relação às futuras eleições partidárias, ainda é cedo para definir nomes de pré-candidatos ao comando da legenda. Por já ocupar o cargo e ter sido presidente durante a vitória do partido na disputa pela prefeitura de São Paulo, Rui Falcão larga na frente. “O futuro presidente terá que ter a habilidade de unir o time de Dilma e o time de Lula”, explicou um analista político do partido. Por esse quesito, Falcão tem totais condições de permanecer no cargo. “Mas o CNB ainda não escolheu seu nome”, apressou-se em afirmar um petista brasiliense.

Outro nome que surge espontaneamente é o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ele admitiu a amigos que esse pode ser um sonho de futuro, mas que não há condições de exercê-lo nesse momento. Para isso, teria que deixar o posto ministerial, algo que não está em seus planos e nem na cabeça da presidente Dilma. Pelo menos, por enquanto.(Correio Braziliense)


José Dirceu quer encarnar Mandela. Mais fácil virar um Marcola.

Várias pessoas em torno de José Dirceu estão chocados com a sua conduta doentia. Arrogante e em pleno surto de megalomania, ele prepara em detalhes a cerimônia da sua prisão. Quer ser arrancado de casa, algemado, jogado no camburão. Quer chocar e gerar comoção entre a militância petista. O chefe da quadrilha do Mensalão acredita, piamente, que será um novo Nelson Mandela. E que, da cadeia, comandará uma revolução que salvará o Brasil desta injusta e ímpia democracia. Que sairá da prisão nos braços do povo aclamado como o grande líder da esquerda, pronto para tomar o poder pelo voto ou pelas armas.  Com a sua biografia, a sua índole e o seu caráter, no entanto, é mais fácil José Dirceu se transformar não em Mandela, mas sim em Marcola, liderando o crime organizado no país. Fiquem de olho nos gestos do bandido. Ele pirou de vez.

A propósito, vale a pena ler este post publicado por Augusto Nunes.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Celso Arnaldo arrasador: Para acabar de novo com o drama da seca, a presidenta não promete fazer chover, mas radicaliza no dilmês de pajelança: “Nós queremos usá a água pra aumentá o chamado di comer”

CELSO ARNALDO ARAÚJO
Dilma Rousseff não tem dado muita sorte na Bahia: há duas semanas, seu já lendário “Comício de Cazajeiras” consagrou a derrota da candidatura de Nelson Pelegrino à prefeitura de Salvador. Mas este é um momento mágico na relação entre o homem e o meio ambiente: em Malhada, a 900 quilômetros da capital, no castigadíssimo sertão baiano, a presidenta vai transformar um discurso pífio em água abundante, na cerimônia de inauguração da primeira etapa do sistema adutor da região de Guanambi – na verdade, mais uma inauguração da promessa de acabar com a seca no nordeste.
O truque é velho, mas ainda funciona. Encharcados pelos perdigotos errantes da discurseira presidencial, os baianos ali presentes, e em seguida todos os nordestinos, já começaram a se imaginar mergulhando em suas novas jacuzzis naturais.
E o milagre parece ainda maior quando se ouve com boa vontade – e o espanto de sempre — este vídeo de 5min37s com o Discurso de Malhada: a estiagem do pensamento de Dilma chega a ser bíblica, apocalíptica. Nenhum sertanejo sem água e letras jamais escutou uma fala tão primitiva, arcaica e árida – e incompatível com as altas funções da animada senhora que traz consigo uma enchente de prenúncios de vida farta e fértil.
Sem tempo sequer para se abrir um guarda-chuva, começa o dilúvio de sandices:
“Eu queria dar bom dia pra todas as mulheres aqui. E também pros homens. Afinal de contas, afinal de contas, as mulheres são mães de todos os homens. Então tá todo mundo em casa”.
Weslian Roriz disse isso? Ângela Bismarchi? Não, foi a presidente da República – que, desde a campanha de 2010, encasquetou com essa imagem tosca da transcendência feminina através da maternidade masculina e a vem piorando de discurso em discurso: as mulheres, maravilha-se ela, são as mães de todos os homens — como o são, aliás, de todos os seres humanos. Ou seja: como nunca antes neste país, somos filhos de nossas mães. Uma grande vitória da mulher: na herança maldita e machista de FHC, nós, os homens, é que éramos pais de todas as mulheres.
É, mas esse negócio de DNA não é tão simples. A presidente, meio mineira, meio gaúcha, nas proporções que lhe convêm, é um cadinho de torrões natais:
– Porque eu tenho um pedaço de mim que é baiano.
Sobre essa estranha baianidade, mais não disse nem lhe foi perguntado, mesmo porque o assunto em pauta vai além de regionalismos: as vidas secas, neste país, estão com os dias contados, como insistiu o retirante Lula, também conhecido como Dom Predo III, durante oito anos.
– Pra nós agora, chegou a hora, junto com o Jaques Wagner, da gente (sic) resolver o problema da água de uma forma a garanti que as mulheres e os homens, as crianças, possam tomá café de manhã, tomá banho, tê uma água saudável.
No nordeste, o chamado “problema” da água continua sendo sua inexistência. Mas isso agora será consertado, começando por esta adutora baiana. E com um governo que se orgulha de suas secretarias de promoção da igualdade racial, das mulheres e dos direitos humanos em geral, é um alento saber que a nova água não fará discriminação de gênero e faixa etária – conservadas, é claro, suas características organolépticas clássicas: incolor, insípida e inodora. Melhor ainda: degustada no café da manhã, também poderá ser usada para a higiene pessoal. Outra grande ideia do governo Dilma.
Mas, espere, não é só:
–E também nós queremos, e por isso que nós vamos lançar terça-feira o programa de irrigação, nós queremos usá a água pra aumentá o chamado “di comer”. Nós queremo aumentá a produção de alimentos.
Claro: depois do “di beber”, o “di comer” – ou o “chamado di comer”. Mas quem chama? É como se diz comida por aquelas bandas? Ok, não importa. Sim, em se plantando, tudo dá – mas vá fazer isso sem água: o governo Dilma descobriu, em boa hora, mais uma aplicação vital do “precioso líquido”. E, oba, vem aí mais um programa com a marca do governo Dilma. Na terça-feira, tem discurso de inauguração de mais uma promessa.
Parece que, antes mesmo de achar água, Dilma está se achando, de novo com essa velha história de acabar com a seca no nordeste, enquanto os sertanejos e suas criações minguam e fritam como torresmo, mortos de sede, numa escala como nunca antes neste país. Humilde, nossa moça do tempo se rende à força da natureza:
– A gente sabe, dentro da nossa condição de seres humanos, que nós num controlamos o clima. Nós não controlamos o dia que chove, quando não chove, porque um ano chove mais do que o outro. Mas nós podemos garantir que a gente tenha instrumentos para que quando não chovê a gente tenha água istocada, que a gente tenha um açude, que a gente tenha uma adutora pra captá água de um rio volumoso, como é o São Francisco, e levá água pra população, de forma garantida, chova ou faça sol.
Um dia, alguém que hoje tem grande credibilidade transformou água em vinho. De palanque em palanque, de promessa em promessa, a presidente anuncia, em conta-gotas, um milagre muito mais difícil: transformar papel em água.
Daí a evocação de São Francisco? Por falar nele, e a transposição? A enxurrada de desvios já foi transposta para a polícia? As obras, abandonadas pelas empreiteiras conchavadas, serão retomadas, sem caudalosos aditivos, chova ou faça sol?

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

PROJETO DO PT QUE CENSURA A INTERNET VAI À VOTAÇÃO NA CÂMARA NESTA TERÇA-FEIRA.

Por inúmeras vezes alertei aqui no blog que o PT deseja impor a censura à internet, por meio de uma lei denominada "marco regulatório da internet". Dito e feito. Na edição da Folha de São Paulo deste domingo, Elio Gaspari denuncia isso em nota intitulada "Querem domesticar a internet", emulando o modelo chinês.

Engraçado. Até agora, às vesperas do projeto ser votado na Câmara dos Deputados é que o assunto é citado pelo jornal numa coluna, não de reportagem da redação. E fica a pergunta: por que a reportagem dos jornalões como a Folha que cobrem a Câmara silenciaram sobre a tramitação e conteúdo do projeto? Leiam o que informa Elio Gaspari:

O comissariado quer um marco regulatório que assegura a liberdade na rede, desde que... e lá vem chumbo

Com mão de gato, puseram pelo menos dois cascalhos no projeto do marco regulatório da internet que permitirão a censura da rede. Coisa de mágicos. Veja-se o parágrafo 3º do artigo 9º:

"Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes de dados, ressalvadas as hipóteses admitidas na legislação". 

É o arcabouço do qual saiu o modelo chinês. A internet é livre, desde que cumpra as normas de serviço, portarias e regulamentos do governo. Felizmente o deputado Miro Teixeira apresentou uma emenda supressiva ao texto do comissariado, cortando-o a partir de "ressalvadas as hipóteses".

Outro dispositivo diz que, para "assegurar a liberdade de expressão", o provedor poderá ser responsabilizado civilmente se não cumprir uma ordem judicial que manda bloquear uma conexão. A coisa fica assim. O soldado Bradley Manning rouba 750 mil documentos secretos do governo americano, transmite-os para o site WikiLeaks por meio de um sistema impossível de ser rastreado (ele só foi descoberto porque contou sua proeza) e um juiz de Mato Grosso manda o Google esterilizar o link. Se não o fizer, pagará uma multa e seu gerente poderá ser preso.

O projeto, que poderá ser votado na terça-feira, fala na defesa da liberdade de expressão e de acesso à informação para aspergir limitações. É a técnica da reunião que baixou o AI-5, na qual se falou 19 vezes em democracia e criou-se a ditadura. Da Coluna de Elio Gaspari na Folh de S. Paulo deste domingo

NO BLOG ALERTA TOTAL

Mensalão assustou financiadores de campanha do PT, e contas de Haddad têm rombo milionário a pagar

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net 
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net 

O escândalo do mensalão afetou perigosamente o sistema usado pelo Partido dos Trabalhadores para arrecadar milhões para suas campanhas eleitorais. O diretório municipal do PT corre o risco de fechar a contabilidade eleitoral no vermelho, caso não obtenha um total de R$ 25 milhões. Nem os empreiteiros amigos querem ajudar a fechar a conta.

O PT paulistano só teria arranjado R$ 10 milhões até agora. Como é improvável que se consiga o resto da grana, a fatura negativa terá de ser paga pela Direção Nacional petista. Só com marketing, o time de Fernando Haddad gastou R$ 3 milhões com a Polis, do publicitário João Santana. Produção de programas de televisão e impressos gráficos comem muito dinheiro na campanha.

O curioso é que 90% da campanha petista seria bancada pelas chamadas “doações ocultas”. O esquema, em que o doador não aparece, é mascarado por repasses do partido para o caixa de campanha. Em geral, a origem dos recursos fica providencialmente escondida para não revelar que as empreiteiras (que prestam serviços à Prefeitura) respondem por mais de 70% do dinheiro doado. Tecnicamente, é uma espécie de “Mensalão Antecipado”. Um cínico “financiamento com dinheiro público para campanha”. 

Na prestação de contas ainda não finalizada, Fernando Haddad já demonstrava que fez a campanha mais cara do Brasil: torrou R$ 16,5 milhões. Mas o valor final, que precisa ser declarado até o dia 30 de novembro do Tribunal Superior Eleitoral, aponta despesas de R$ 25 milhões. Quem vai pagar a fatura? 

Fica difícil arranjar tanto dinheiro para fechar as contas porque empresários temem “ficar na roça” se adotarem procedimentos idênticos aos do Banco Rural – revelados e condenados no julgamento da Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal. Azar, ao menos momentâneo, daqueles que têm comissões a receber pelo serviço prestado...

Serra também na m...

A direção estadual do PSDB não pretende assumir parte das dívidas da campanha de José Serra, que investiu R$ 8,4 milhões - a metade de Haddad, para perder a eleição. 

Tucanos alegam não ter dinheiro em caixa para ajudar no rateio da dívida.

O principal problema é uma fatura de R$ 1 milhão em despesas gráficas que ninguem aceita quitar.

Homenagear é preciso

Militantes petistas são aconselhados pela cúpula partidária a a escreverem homenagens ao ministro Enrique Ricardo Lewandowski, de 64 anos, um carioca cuja família tem muito prestígio em São Bernardo do Campo.

No comunicado petista, as mensagens serão enviadas a Lewandowsk, com vistas a se contrapor aos ataques rasteiros e covardes que ele vem sofrendo.

Motivo da homenagem: “Desde o primeiro momento do julgamento da ação penal 470 não se vergou a pressões, a intimidações, a insultos e à chacota. Foi atacado, ridicularizado, achincalhado, difamado pela grande imprensa e até por grande parte dos seus pares no STF, sobretudo quando absolveu José Dirceu da condenação por corrupção ativa, e rejeitou a tese, jamais provada, de que o PT teria comprado votos”.

Golpe impresso

A Folha de São Paulo denunciou que a Presidência da República jogou fora R$ 135,6 mil para fazer publicidade oficial em cinco jornais de São Paulo que não existem. 

As publicações fictícias são vinculadas à Laujar Empresa Jornalística S/C Ltda, com sede registrada num imóvel fechado e vazio, em São Bernardo do Campo (SP). 

Essa empresa aparece em 11º lugar num ranking de 1.132 empresas que, desde o início do governo Dilma Rousseff, receberam recursos públicos da Presidência para veicular propaganda do governo em diários impressos. 

A Laujar mandou as supostas edições do dia 15 de março do ano passado do "Jornal do ABC Paulista", "O Dia de Guarulhos", "Gazeta de Osasco", "Diário de Cubatão" e "O Paulistano".

Anti-EB

A Comandanta-em-chefa das Forças Armadas, Dilma Rousseff, mandou o Exército ajudar a FUNAI, na desocupação de centenas de famílias de produtores de suas propriedades em Alto da Boa Vista, na região norte de Mato Grosso..

A missão é reduzir em 70% a área territorial do município, para permitir a criação fraudulenta de uma fictícia reserva indígena xavante.

Bacana é como a Dilma manda um aparato militar ( Exército, Força Nacional e Policia Federal) invadir Mato Grosso e varrer do mapa, um município brasileiro, para dar lugar a implantação de mais uma Terra Indígena de mentirinha.

Se a moda pega por aqui...

Pelas redes sociais, circula a foto do jornalista e escritor Alberto Vázquez Figueroa, seguida da frase: "Até que não se pegue 20 políticos e 20 banqueiros e os enforquem, este país não terá solução".

A declaração foi feita numa entrevista de Figueroa a um programa da rádio San Borondón no final de julho deste ano.

Segundo ele, ultimamente os espanhóis têm assistido a políticas governamentais que são "crimes contra a pátria" e, como tais, "deveriam ter uma contestação social igualmente bruta e irracional".

Visão Paranormal

O Programa A Vidente retorna em sua terceira temporada na TVABCD, dia 13 de novembro,

todas as terças feiras,às 21h, no Portal www.tvabcd.com.br.

Os apresentadores e produtores Rosa Maria Jaques e João Tocchetto de Oliveira avisam:

Quando estivermos viajando caçando fantasmas, terá reprise da ultima apresentação”.

Velha piada do selo

Volta a circular na internet a piadinha do selo criado para homenagear os feitos da gestão Lula da Silva:

Lula queria um selo com sua foto para marcar o aniversário de governo.

Duda Mendonça achou boa a idéia e executou o projeto.

Lula aprovou e mandou a ECT fazer 10 milhões de selos.

Quando o selo foi para as ruas, Lula ficou radiante!

Mas, em poucos dias, ele ficou furioso ao ouvir reclamações generalizadas de que o selo não aderia aos envelopes.

O presidente, imediatamente, convocou os responsáveis pela confecção e emissão do selo com a sua imagem, ordenando que investigassem, rigorosamente, o assunto.

Comissões pra lá, grupos, subgrupos e equipes aos montes pesquisaram as agências dos Correios de todo o país, ouviram usuários, balconistas etc.e, finalmente, desvendaram o que estava ocorrendo.

O relatório, de mais de mil páginas, entregue um mês depois,dizia, na sua conclusão:

"Não há nada de errado com a qualidade dos selos.

O problema é que o povo está cuspindo do lado errado".

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus






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