DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-10-12


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Senhas de arapongas
davam ‘sopa’ na Abin

A investigação do roubo de documentos “confidenciais” da Agência Brasileira de Inteligência pelo agente “William” poderá revelar uma trama digna de “Inspetor Clouzot”: além de um sistema vulnerável, a Abin, ligada à Presidência da República, mantinha senhas dos agentes em local de fácil acesso. “William”, suposto ladrão de documentos, pode ter usado senha de outro agente para acessar o sistema.

Medalhas de volta

Militares da reserva vão pressionar o comando do Exército a confiscar as medalhas do Pacificador concedidas a mensaleiros condenados.

Lista extensa

Os mensaleiros condenados José Genoino, José Dirceu, João Paulo Cunha, Waldemar Costa Neto receberam a Medalha do Pacificador.

Condenou, dançou

Segundo decreto de abril de 2002, perdem medalhas os “condenados por sentença transitada em julgado por atentado contra o erário”.

Vamos à la playa

A conta com cartão corporativo na Abin, secreta “em nome da Segurança Nacional”, vai aumentar muito: os arapongas torram a cota de passagens e diárias para não ter que devolver nada ao Tesouro.

PT quer sangue

Lula prometeu ir a Fortaleza na terça (23) e os petistas locais querem que ele dê o troco no ex-deputado Ciro Gomes, cujas críticas ao ex-presidente calam fundo. Ciro sumiu da campanha neste segundo turno.

Adelante, companheiros

Senador de oposição da Bolívia, Roger Pinto poderá fazer companhia a Waldemar Costa Neto, do mensalão, na Organização dos Estados Americanos: sem salvo-conduto na embaixada do Brasil em La Paz, Pinto quer recorrer à corte internacional para denunciar Evo Morales.


BLOG DO NOBLAT

Não se fala de outra coisa, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo

A orientação do Planalto e do PT é evitar o clima de “já ganhou” em São Paulo. Mas não se fala em outra coisa em Brasília a não ser o futuro secretariado de Fernando Haddad. Há disputa ferrenha entre os deputados federais do partido.

Com os resultados animadores de petistas escolhidos pelo ex-presidente Lula para concorrer a prefeito, como Fernando Haddad, em São Paulo, e Márcio Pochmann, em Campinas, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) passou a semana comentando no Planalto, entre risos, que o PT vai instituir as prévias para “poste de Lula”.

Busca da renovação, por Merval Pereira

Merval Pereira, O Globo

Confirma-se uma tendência que já havia dominado o primeiro turno das eleições: o número recorde de votos brancos e nulos registrado pela pesquisa Datafolha, juntamente com o grande índice de indecisos às vésperas do segundo turno, mostra o eleitor em busca do novo, insatisfeito com as opções que os partidos políticos estabelecidos lhe oferecem. E não apenas de nomes novos, mas de atitudes novas.

O fenômeno foi exacerbado em São Paulo, onde 30% dos eleitores se abstiveram ou votaram branco ou nulo, atitude que as pesquisas indicam se repetirá no segundo turno da escolha do prefeito paulistano.

Mas essa tendência foi registrada em todo o país, com uma média de 25% de não voto, índice muito fora do padrão histórico das últimas eleições.

Em várias capitais, mesmo naquelas em que o resultado foi definido no 1º turno, o não voto foi o segundo colocado, isto é, o candidato que chegou em segundo lugar, muitas vezes indo para o 2º turno, teve menos votos do que a soma dos eleitores que optaram por não votar.

Tudo indica que estamos entrando em uma fase de nossa vida partidária em que vai se revelando o desgaste de material do sistema que está montado em torno de partidos políticos esterilizados por uma mecânica de coalizão autofágica.

O país põe em marcha sistemas que tentam organizar minimamente essa orgia de siglas que nada significam, como a Lei da Ficha Limpa, que começou a vigorar aos trancos e barrancos nestas eleições.

Mas ainda temos muito a caminhar para chegarmos a um sistema político-partidário que reflita uma sociedade madura. Em uma votação obrigatória, haver 30% de não votantes é sem dúvida uma marca que merece registro dos que se preocupam com o rumo de nossa sociedade, uma clara reação negativa do eleitor médio.

Se o Parlamento representa com justeza a média da sociedade que o elege, há um registro de parte ponderável dela se recusando a continuar participando do jogo nos termos em que ele está colocado.

Leia a íntegra em Busca da renovação

Contra Dilma e Lula, Gleisi Hoffmann banca Fruet em Curitiba

Diana Fernandes e Junia Gama, O Globo

A eleição para a prefeitura de Curitiba tem relevância especial para a ministra Gleisi Hoffmann (foto abaixo), senadora licenciada pelo PT do Paraná. Apelidada de “Dilma da Dilma” quando assumiu o principal gabinete do quarto andar do Palácio do Planalto, após a segunda queda de Antonio Palocci da Casa Civil, ela adotou um estilo low-profile de fazer política e voltou-se para os projetos regionais.

No próximo domingo, a ministra pode sair vitoriosa das urnas depois de brigar por uma coligação, no mínimo, inusitada: a do PT com o candidato Gustavo Fruet, hoje do PDT, mas que foi um algoz dos petistas no auge do escândalo do mensalão.





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No Brasil, punição para furto é mais severa que para corrupção

Thiago Herdy e Roberto Maltchik, O Globo

A baixíssima incidência de presos condenados por corrupção no sistema carcerário brasileiro não pode ser atribuída à natureza não violenta do crime. Prova disso é que aproximadamente 70 mil pessoas cumprem pena no país por furto, destaca o pesquisador da Fundação Getulio Vargas Pedro Abramovay, ex-secretário nacional de Justiça.

Para cada preso por corrupção no país, há cem encarcerados por subtração de coisa alheia, de acordo com a estatística mais atualizada do Depen. Embora considere os dois crimes graves, Abramovay não concorda com a adoção de diferentes critérios na hora de decidir quem deve ir ou não para a cadeia.

Leia mais em No Brasil, punição para furto é mais severa que para corrupção

Leia também Corruptos somam apenas 0,12% do total de presos no Brasil


Kadafi, ditador obcecado por sexo e abusos

Fernando Eichenberg, O Globo

Numa manhã de abril de 2004, em Sirta, no litoral mediterrâneo da Líbia, a jovem Soraya, então com 15 anos, soube em sala de aula, por seu professor, que fora escolhida para entregar flores ao líder do país, Muamar Kadafi (foto abaixo), na visita do presidente à escola de sua cidade natal.

Superado o choque, mas ainda tomada pela excitação, Soraya vestiu para a ocasião especial o traje vermelho tradicional líbio - túnica, calça, véu e um pequeno chapéu. Ansiosa, se perguntava como saudar o grande Guia da Revolução: beijar sua mão? O que dizer? Deveria recitar algo?





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BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Daqui a pouco, haverá mais gente nos lançamentos dos meus livros do que nos comícios do PT. Ou: PT quer Sírio-Libanês para Lula e Dilma, mas não para o povo

O PT fez ontem o seu “megacomício” em São Paulo em favor da candidatura de Fernando Haddad. Estiveram presentes Luiz Inácio Apedeuta da Silva, a presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente, Michel Temer e mais sete ministros de estado, entre eles José Eduardo Cardozo (o de Justiça), Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde). O último capítulo de “Avenida Brasil” foi ao ar anteontem. Era para ser uma festança de arromba. Como todo o aparato oficial mobilizado mais a máquina partidária, compareceram ao local, com boa vontade na estimativa, umas três mil pessoas. Daqui a pouco, haverá mais gente nos lançamentos de “O País dos Petralhas II” do que nos comícios do PT.

“Olhem aí… As pesquisas apontam o Haddad na frente, e esse Reinado Azevedo fica ironizando os comícios do PT…” Ironizo mesmo, ué! Trata-se de um número ridículo quando se trata de líderes tão populares, ora! Pode até ser que o petista venha a ganhar a disputa, mas certamente não será porque a população se entusiasmou com ele. Mas não quero falar disso agora, não. De resto, como diria o Velho Guerreiro, a eleição só acaba quando termina.

O que chama a minha atenção é outra coisa. Abaixo, reproduzo, em vermelho, texto de Gustavo Uribe, do Globo, sobre o comício petista. As ofensas que Lula dirigiu ao tucano José Serra, aliás, estão na manchete da Folha Online e na submanchete do Globo Online. Vivemos dias assim: Lula ofende alguém e ganha o noticiário. Dilma e Lula satanizaram José Serra. Era fala para ser levada ao horário eleitoral nesta semana.

Em comício na capital paulista neste sábado, a presidente Dilma Rousseff acusou o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, de fazer uma campanha eleitoral de baixo nível e, em uma crítica indireta ao ex-governador de São Paulo, disse que o PT não é “raivoso”. Em ato político em apoio à candidatura de Fernando Haddad, a presidente comparou os ataques a que o candidato do PT tem sido alvo nesta campanha eleitoral aos feitos contra ela na campanha eleitoral de 2010, quando José Serra também era o candidato do PSDB.
“Os mesmos argumentos usados contra mim estão sendo usados contra Fernando Haddad, às vezes sorrateiramente, às vezes abertamente. Eles disseram que eu era um poste, que não tinha competência para governar. Eles usaram de todos os argumentos. A mesma campanha eleitoral de baixo nível que estão fazendo com o Fernando Haddad eles fizeram comigo”, disse a presidente Dilma Rousseff.

Vamos ver. O leitor que não é de São Paulo não tem como saber, então informo. Na televisão, a campanha de Haddad já acusou Serra de ser o responsável pela quase cegueira de um homem. Isso é campanha de alto nível. Já afirmou que a Prefeitura se negou a doar terreno para creche. Documentos provaram ser mentira. Isso é campanha de alto nível. Acusa Serra de ter abandonado a Prefeitura. Ele renunciou para se candidatar ao governo e foi eleito no primeiro turno. Isso é campanha de alto nível. Sustenta que o tucano só governou para os ricos, o que é uma estupidez. Isso é campanha de alto nível.

Quanto à fala da presidente Dilma, dizer o quê? Qual foi a campanha de “baixo nível” de que ela foi vítima? Serra, como candidato de oposição em 2010, tinha críticas ao governo, o que é próprio das democracias. Imaginem se Obama, nos EUA, ousaria acusar Romney de “baixo nível” porque o contesta. Mau caminho, dona Dilma! Se a senhora se abespinhou quando nem era presidente, suponho que vá ameaçar com a palmatória quem ousar criticá-la em 2014.

Dilma está faltando com a verdade. Em 2010, infelizmente, acho que Serra foi bonzinho demais com ela. Suas contradições e a sua incompetência à frente da Casa Civil, que têm desdobramentos ainda hoje no governo meia-bomba, foram pouco exploradas. As precariedades de infraestrutura do país, que não são pequenas, têm uma grande corresponsável: Dilma Rousseff.

O ex-governador de São Paulo também foi alvo de críticas duras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o comparou aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, que não cumpriram o mandato até o final. Em 2005, José Serra deixo a prefeitura de São Paulo para disputar o governo paulista. Segundo o líder petista, José Serra é um “bicho que tem uma sede de poder inigualável” e está cada dia “mais raivoso”. O ex-presidente petista aconselhou ainda o candidato tucano a “ficar quieto e esperar para disputar a sucessão presidencial em 2014 ou 2018″. Segundo ele, José Serra deixou a prefeitura de São Paulo após “não aguentar a primeira enchente”.

“Ele perdeu as eleições e agora não sabe ficar sem um mandato. Ele deveria ficar quieto e esperar para disputar em 2014 ou 2018. Será que ele não sabe que continua a ter enchente e vai cair fora de novo?”, questionou o ex-presidente petista.

Eis aí o alto nível da campanha! A tanto descem uma presidente e um ex-presidente da República. Collor, atual aliado de Lula, foi impichado. Jânio renunciou porque queria dar um golpe. Serra saiu da Prefeitura para se eleger governador no primeiro turno, com mais votos na cidade do que teve na eleição para prefeito, tal era o “descontentamento” da população. De enchente, ademais, o PT entende bem! Serra ao menos estava na cidade, não é? Numa das vezes em que São Paulo estava debaixo d’água, a então prefeita Marta Suplicy estava descasando em… Milão!

Serra, segundo o alto nível de Lula, é “bicho que tem sede de poder”. Lula, como sabemos, é um “bicho” modesto, que se contenta em levar uma vida simples, afastado dos holofotes e do poder do estado. Por isso, em comício em Santo André e em Mauá, anunciou que vai atuar como lobista no governo Dilma para que mande mais verba para aquelas cidades caso petistas sejam eleitos.

Reparem que nem Dilma nem Lula atacaram Kassab. No palanque, na presença dos dois, parece que nem Haddad o fez. O prefeito virou alvo das porradas só no horário eleitoral, sem o endosso visível dos outros dois. Por quê? Porque a presidente conta com os quarenta e tantos votos na Câmara do partido do atual prefeito da Capital. É possível até que o PSD venha a ter um ministério. Não se descarte nem mesmo que possa integrar a base de apoio a Haddad na Câmara caso ele se eleja. Vale dizer: Kassab é usado para atacar a candidatura de Serra, mas será útil depois. O prefeito já disse que tende a apoiar Dilma em 2014. Mais: o PT conta atraí-lo também para a aliança contra Alckmin. Política de alto nível.

Ao todo, acompanharam o ato político cerca de três mil militantes. O comício eleitoral será usado na última semana do horário eleitoral gratuito do candidato do PT. Ao todo, estiveram presentes sete ministros, entre eles José Eduardo Cardoso (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) e Aloizio Mercadante (Educação). O vice-presidente Michel Temer também subiu no palanque eleitoral e assegurou que a bancada municipal do PMDB será aliada de Fernando Haddad caso seja eleito prefeito de São Paulo. Em discurso, Fernando Haddad também fez ataques a José Serra e o acusou de produzir mentiras na reta final da campanha eleitoral.

“Não podemos deixar a mentira corroer o que construímos até aqui. Eles tratam São Paulo como se fosse uma propriedade privada, o que não é”, afirmou o candidato do PT.

De mentira, Haddad também entende. Em seu programa de governo, diz que vai tirar as Organizações Sociais que gerenciam aparelhos de saúde na cidade. Caso vença e caso cumpra a promessa, será um caos no setor. Questionado, afirmou não ser essa a sua intenção. Vale dizer: seu programa diz uma coisa, e ele, outra.

O PT quer acabar com essas parcerias. Recorreu ao Supremo contra elas. Entre os gestores de hospitais públicos, estão o Albert Einstein e o Sírio-Libanês, que Dilma e Lula conhecem muito bem. Entendo! Quando eles precisaram ter a certeza de um bom atendimento, procuraram um hospital privado de primeira linha — no caso, o Sírio-Libanês. Mas acham, pelo visto, que o povo não tem direito a tamanha regalia. Tem é de se conformar com a tradicional precariedade do serviço público.

Aliás, taí. A campanha de Serra deveria levar esta questão ao horário eleitoral: por que Haddad não quer que o povo tenha o que Lula e Dilma tiveram no Sírio-Libanês: o alto nível?

BLOG DO JOSIAS

Lula reclama de ataques e parte para o ataque

Lula comandou na noite passada mais um comício da campanha do pupilo Fernando Haddad. Criticou o rival José Serra. “Está cada vez mais raivoso”, disse. “Daqui a pouco vai aparecer na televisão babando de ódio.” Padaroxalmente, Lula espumou sobre o antagonista tucano.

Comparou Serra a dois políticos de imagem entre controversa e adversa: Janio Quadros e Fernando Collor. Disse que, a exemplo do adversário de Haddad, ambos notabilizaram-se por abandonar mandatos antes do final. Saltaram de prefeituras para governos estaduais e dali para a presidência. Eleito, Janio renunciou. Collor foi renunciado. Serra não logrou chegar ao Planalto.

Serra deixou a prefeitura em 2006, 15 meses depois da posse. Elegeu-se governador e deixou deixou a cadeira nove meses antes do término do mandato para tentar a sorte na sucessão presidencial de 2010. Perdeu para Dilma Rousseff. Lula ironizou: “Poderia ficar quieto e disputar com ele em 2014, 2018, 2030 ou 2040. Voltar a querer ser prefeito é achar que o povo é tonto.”

“O bicho tem uma sede de poder inigualável”, Lula acrescentou. “Não sabe ficar sem mandato. Também presente ao comício, Dilma mimetizou Lula nas críticas ao estilo de Serra. Acusou o tucanato de repetir 2010 em 2012. “A mesma campanha baixo nível que fizeram contra o Haddad, fizeram contra mim. Primeiro, disseram que eu era um poste. Depois, que não tinha competência para governar.”

COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Para inocentar culpados, um hipócrita de carteirinha acusa o Supremo de hipocrisia

Inconformado com a condenação dos companheiros bandidos pelo Supremo Tribunal Federal, Lula repete de meia em meia hora seu diagnóstico sobre o julgamento do mensalão: “É uma hipocrisia”. O ex-presidente nunca escondeu que foge de leituras como o diabo da cruz, o vampiro da claridade e Dilma Rousseff da verdade. Pode-se deduzir, portanto, que nunca viu um dicionário a menos de um metro de distância.

Se provavelmente ignora a grafia da palavra que anda recitando, Lula decerto desconhece seu significado. Alguma alma caridosa deveria fazer-lhe o favor de contar que, segundo o Aurélio, hipocrisia quer dizer fingimento, falsidade; fingir sentimentos, crenças, virtudes, que na realidade não possui. Derivada do latim e do grego, a palavra se aplicava originalmente à representação dos atores que usavam máscaras de acordo com o papel interpretado.

Em 1997, por exemplo, Lula usava a máscara de chefe da oposição quando foi incluído no elenco de 52 protagonistas da História do Brasil entrevistados para um documentário patrocinado pelo BankBoston e produzido pela TV1. Numa das salas do Museu do Ipiranga, conversei por mais de uma hora com o então presidente de honra do PT. Ainda convalescendo da derrota que lhe impusera Fernando Henrique Cardoso três anos antes, já estava em campanha para o duelo de 1998.

Fiel ao script ditado pela máscara da vez, o entrevistado caprichou na pose de campeão da ética e da modernidade, pronto para erradicar a corrupção, o populismo e outras pragas que sempre infestaram a política brasileira. O vídeo mostra o que Lula disse sobre Jânio Quadros, FHC e o Congresso. “Enquanto o povo gostar de políticos como o Jânio, nós não saímos do atraso”, começa a discurseira. Confira três trechos:

SOBRE JÂNIO: “Sabe, o populista barato, o autoritário, o que acha que as pessoas tem que ter um chefe que mande, que dê ordem, que use a chibata, sabe, que não tem respeito pelas pessoas, que grita com o jornalista, que ofende os adversários… Eu, pela minha formação política, jamais me prestaria a ser um político desse tipo”.

SOBRE FERNANDO HENRIQUE: “Quando é que a pessoa começa a ficar ditador? É quando a pessoa se sente superior aos demais…sabe, quando a pessoa se sente superior às instituições, às organizações da sociedade civil, quando a pessoa começa a entender que não precisa ouvir mais ninguém, quando a pessoa só tem boca, não tem ouvido, a pessoa começa a ficar com atitude de ditador”.

SOBRE O CONGRESSO: “Eu acho que o parlamento brasileiro funciona como uma espécie de bolsa de valores. A verdade é que as pessoas de boa índole, as pessoas sérias, as pessoas comprometida com as suas concepções ideológica são minoritárias no Congresso. Aquilo é um balcão de negócio”.

Passados 15 anos, o entrevistado incorporou o que Jânio tinha de mais detestável, enquadrou-se no figurino que atribuiu equivocadamente a FHC e faz o que pode para tornar o Congresso mais cafajeste do que era em 1997. O farsante que agora acusa o STF de hipocrisia é um perfeito hipócrita. Mas este talvez hoje seja um dos seus traços menos repulsivos. Os outros são muito piores.

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

EXCLUSIVO: VAZA NA INTERNET LAUDO DE MÉDICO ESPANHOL DETALHANDO O AVANÇO DO CÂNCER DE CHÁVEZ



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Como em todo governo totalitário o estado de saúde do caudilho no poder é um segredo guardado a sete chaves, mormente quando o caudilho pode se encaixar no modelo do líder carismático. Este é o caso do tiranete Hugo Chávez, tipicamente um líder carismático e, como o carisma é algo intransferível, quando esse tipo de liderança fica doente ou morre, todo o sistema de poder vigente se esfacela.

Esta é uma das razões pelas quais governos como o cubano e venezuelano sob o comando de Chávez, escondem o que realmente se passa no âmbito interno do poder. E esta situação torna-se aguda quando o líder sofre de uma doença incurável, como é o câncer.

Apesar de todos os cuidados para manter o segredo, as notícias parecem ter vida própria e teimam em chegar ao conhecimento da população. Tanto é que o câncer de Chávez foi revelado ao mundo pelo jornalista venezuelano Nelson Bocaranda.

Agora é a jornalista venezuelana Ludmila Vinogradoff, correspondente do influente diário espanhol ABC que publica com exclusividade um documento importante. Trata-se do laudo médico sobre o estado de saúde de Chávez, firmado em 25 de agosto deste ano pelo médico espanhol José Luiz García, chefe do Serviço de Cirurgia, do Hospital Geral Universitário Gregorio Marañon, de Madrid, que havia examinado o caudilho.

Conforme o facsímile acima do documento postado por Vinogradoff em seu blog no site do diário espanhol ABC, o número do histórico do paciente Chávez é 468292 e "a única coisa que fala esclarecer é o lugar onde ser realiou a consulta com o médico, se em CAracas ou em Havana, por que não cremos - diz a jornalista - que o mandatário em plena campanha pudesse viajar a Madrid"

E continua: "Checamos o calendário do Presidednte durante os dias 15 e 26 de agosto e não encontramos nenhuma atividade pública registrada na imprensa. Isto faz pensa - afirma Vinogradoff - que bem pode submeter-se a um check-up nesses dias, cujo resultado está no o documento".

Transcrevo no original em español o comentário da jornalista Ludmilla Vinogradoff, postado em seu blog juntamente com o boletim médico de Chávez.

EN ESPANHOL - El 25 de agosto pasado el médico español José Luis García Sabrino, jefe del Servicio de Cirugía, del madrileño Hospital General Universitario Gregorio Marañón, habría examinado al presidente Hugo Chávez Frías, según copia del informe firmado por el propio García, que nos ha llegado por el twitter @estebangerbasi.
El Número de Historia del paciente Chávez es 468292 y lo único que falta por aclarar es el lugar donde se realizó la consulta con el galeno, si en Caracas o en La Habana, porque no cremos que el mandatario en plena campaña haya podido viajar a Madrid. Chequeamos el calendario del Presidente durante los días 25 y 26 de agosto y no encontramos ninguna actividad pública registrada en la prensa. Esto hace pensar que bien pudo hacerse un chequeo médico en esos días con el siguiente resultado. Haga CLICK AQUI para leer el blog de Ludmila Vinogradoff.


BLOG ALERTA TOTAL

Brincando de Bandido com o Voto? Não!


Surrealidade recente na periferia pobre de São José do Rio Preto, cidade rica do interior paulista. Um grupo de crianças maltrapilhas, que fazia uma algazarra na rua, se assusta com a chegada de uma patrulha da Polícia Militar. A molecada, entre 10 e 12 anos de idade, é submetida a um pente-fino. Com eles, os PMs acham uns revólveres e vários sacolés que seriam de entorpecentes. Seria uma quadrilha-mirim do famoso PCC?

Todos são “apreendidos” para a Delegacia. Lá, uma perícia bem simples causou estranheza. As armas eram de brinquedo. Feitas, toscamente, pelos garotos. Nos saquinhos bem embalados havia apenas farinha de trigo. Nada de cocaína. Como ninguém poderia ser enquadrado criminalmente, os pais são convocados. Na conversa com o delegado, a criançada dá a explicação para o armamento e droga de mentirinha: “A gente só tava brincando de traficante”...

Eis o retrato de um Brasil que é brinquedo, não! E onde a criminalidade não está para brincadeira. Em lugar nenhum. São Paulo parece em guerra civil. Pelo menos é a constatação de um experiente médico legista. A cada plantão no IML, ele se cansa de tanto fazer a necropsia de policiais e “bandidos” – cujos corpos parecem saídos de uma sangrenta batalha. O clima de insegurança é generalizado em todo o País. A violência come solta – principalmente onde a ignorância impera.

Ao contrário da pobre molecada de São José do Rio Preto, o Governo do Crime Organizado não está para brincadeira. Nem a onda de “justiçamentos” no Mensalão assusta seus cínicos e perversos integrantes. A certeza da impunidade, principalmente para os crimes contra a “coisa pública”, continua em vigor. Será que a corrupção, os comportamentos desviantes e a falta de ética se consolidam como anti-valores de nossa cultura tupiniquim? Parece que sim.

Os conceitos errados, as ideologias fora do lugar, a farsa politicamente correta, o ritmo de vale-tudo e o pragmático sentimento de salve-se quem puder, combinados, moldam um brasileiro que se especializa em praticar os sete pecados capitais - por suposta questão de sobrevivência. Produzido neste sistema criminoso de ignorância, preconceitos, erros, injustiças, impunidades, politicagens e falta de educação, o anti-cidadão é perfeito para o modelo Capimunista de Estado em vigor.

O Capimunismo investe pesado na imbecilidade coletiva. O regime é farsista. Assim consegue esconder, da maioria programada mentalmente para ignorar a realidade, a sua verdadeira face fascista, totalitária, inimiga das liberdades – sobretudo a individual. O coletivismo é uma imposição. Sobretudo na área de Educação. Temos um Ministério da Educação Capimunista que interfere e intervém direta e coercitivamente nas escolas e universidades, com modelos, sistemas e ideologias que favorecem a ignorância, os preconceitos, os erros, as divisões, as injustiças e tantos outros anti-valores.

O sistema capimunista de ensino é uma máquina de moldar e moer gente ignorante. As instituições de ensino por ele controladas são uma seríssima piada sem graça. Escolas e Universidades – incluindo as públicas - mais parecem quitandas da Educação. Algumas até tem a fachada de um supermercado. Mas, na hora da avaliação crítica, não passam de fábricas de imbecis diplomados. Formam sujeitos com precária ou nenhuma visão humanística, científica, tecnológica ou profissional.

As ideologias fora do lugar patrocinados pelo Capimunismo começam seu estrago pelo núcleo familiar, desestruturando-o. Sem educação a partir da própria família, o imbecil coletivizado é facilmente preparado para a brincadeira (inclusive, de bandido). Sem educação quando chega na escola, o ignorante-inútil é submetido a uma lavagem cerebral com a ideologia gramscista e suas variações. Não aprende a observar, lembrar e muito menos pensar para agir com correção, retidão, ética e baseado na Verdade. Merece o diploma de Analfabeto político-funcional.

Nosso Ministério da Educação Capimunista deforma o estudante. Os conteúdos cuidadosamente padronizados desrespeitam as diferenças individuais e pregam a ilusão da igualdade de ensino e de oportunidades. O problema se agrava com a prática criminosa da Aprovação Automática – cinicamente chamada de “Educação Continuada”.

Em seguida, os méritos e os esforços individuais vão para o saco com as soviéticas provinhas do Enem, enade & cia. Ou com os vestibulares de mentirinha, baseados no adestramento estudantil. E o cachorro do aluno torce o rabo, apoteoticamente, com duas brincadeiras. O sistema de cotas e o usurário esquema de financiamento bancário para ingresso automático do imbecil coletivizado ou anafalbeto funcional no ensino superior.

É nessa conjuntura de imbecilidade capimunista que o eleitor de São Paulo ameaça cometer mais uma de suas costumeiras bobagens históricas. A perigosa eleição de Fernando Haddad representa a vitória de todo esse processo de destruição mental coletiva, através da criminosa ideologização no sistema educacional. Haddad foi um dos mais incomPTentes ministros da Educação de todos os tempos. Apenas para parafrasear o criador dele, foi coisa nunca antes vista na história deste País.

A marketagem petralha vende Haddad como “o homem novo”. Curiosamente, o Josef Goebels usou este mesmo slogan no nazismo alemão. O pensamento petralha tem muito a ver com o raciocínio totalitário de Adolf Hitler. Fiel praticante do cínico e fanático pensamento do italiano Antonio Gramsci, que emprega o ilusionismo ideológico para tentar justificar as ações políticas, o PT não é apenas um partido nazi-fascista. É farsista, essencialmente. Difundir ideias, cuja verdade não precisa ser comprovada, para ser aceita pela massa idiotizada, é uma especialidade dos chefões que governam o crime organizado.

Na verdade, pintado como “o novo”, o pseudo-intelectual Haddad simboliza a mais retógrada “vanguarda do atraso” (perdão, eterno Millôr Fernandes, se agora pareço um bandido que brinco de roubar a expressão que você criou especialmente para definir José Sarney). O inexperiente e inapto Haddad é o candidato dos mensaleiros que não brincam na hora de roubar o dinheiro público – que parece coisa de ninguém, na idiotizada mentalidade tupiniquim.

Quando abre a boca diante das câmeras, Haddad personifica o velho radicalismo pretensioso de José Dirceu em sua permanente postura de dono da verdade. Talvez até Dirceu se projete no meninão Haddad – o que justifica ele ter dito que o importante agora é a vitória dele na eleição, deixando para depois a preocupação com a condenação no Mensalão. Dirceu é dono de uma razão cínica. Se Haddad vencer agora – numa vitória pessoal de Lula que impôs a candidatura dele goela abaixo da militância partidária -, o Reich Petralha ganha força para durar “mil anos”...

Pior que isso é a gente ouvir a brincadeira dita ontem, em Campinas (SP), por Dilma Rousseff – uma experiente ex-membro dos famosos Grupo dos Onze de Leonel Brizola, em seus tempos de radicalóide. A chefona-em-comando das Forças Desarmadas – e líder amada pelas Forças Bem Armadas da ala mafiosa do Foro de São Paulo – proclamou, em um comício, uma daquelas verdades que a safadeza petralha contradiz automaticamente: “Precisamos de gente sem vícios, sem aqueles tiques da política tradicional e velha, clientelista, da distribuição de pequenos benefícios e presentes”.

O discurso da politicagem eleitoreira aceita tudo. Tomara que a maioria do eleitorado paulistano – que não é ouvida pelas manipuladores pesquisas que influenciam o voto de maneira espúria – tome vergonha e rejeite entrar na brincadeira de eleger mais um parceiro dos mensaleiros.

Não cometa a gafe do chefão Lula, na Argentina, cujo inconsciente se admitiu réu do mensalão e alegou ter sido julgado (e inocentado, de quê?) pelas urnas. Também não faça pior que os meninões ignorantes. Domingo que vem, não brinque de bandido com seu voto. A vítima será você mesmo!



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.






























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