DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 17-9-12

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Oposição pedirá inquérito contra Lula

A oposição decidirá apenas neste terça-feira (18) se vai requerer em conjunto ou separadamente a investigação sobre a suposta participação do ex-presidente Lula como verdadeiro chefe do mensalão, conforme a revista Veja revelou neste final de semana, em reportagem de Rodrigo Rangel citando declarações de Marcos Valério a terceiros. Segundo a revista, o maior esquema de corrupção da História movimentou R$ 350 milhões. Como ex-presidente, Lula tem direito ao foro privilegiado e os pedidos de investigação serão submetidos ao Supremo Tribunal Federal, caso sejam endossados pelo procurador-geral da União, Roberto Gurgel. "É dever do Ministério Público, diante de uma denúncia crime, que é o caso da reportagem, abrir processo", sustenta o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). "Essa investigação chega com sete anos de atraso. Na época da CPI eu apresentei um voto em separado pedindo o impeachment de Lula, mas nem a oposição me apoiou", lembrou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).



TCU investiga 
TCU por maracutaia
em licitação

O Tribunal de Contas da União recebeu denúncia contra ele próprio de supostas irregularidades em um pregão eletrônico para uma compra milionária de impressoras e suprimentos, em 2009. O TCU teria favorecido as empresas Microsens Ltda, já declarada inidônea, e Vale Tecnologia Ltda, já extinta, cujos sócios são parentes. Acórdão do tribunal decidiu pela revogação desse pregão sob suspeita de fraude.

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Súbito silêncio

Falante quando investiga outros órgãos, o TCU ficou mudo: “O tribunal se manifesta por meio de seus acórdãos”, esquiva-se sua assessoria.

Juntas e misturadas

A empresa Vale participou de diversos pregões ao lado da Microsens e, entre 2008 e 2009, ganhou pelo menos trinta deles.

Na tomada

Dilma garantiu que poderá reduzir ainda mais o preço da luz. Quem sabe teremos mais energia para reclamar dos apagões quase diários.

Procurador soma
mais de R$ 82,6 mil
em diárias

O procurador-geral da Justiça do Trabalho, Luís Camargo, acrescentou aos vencimentos mensais de R$ 25.388,10 uma pequena fortuna em diárias. Segundo o Portal da Transparência, durante o ano de 2011, ele recebeu R$ 39.011,36 em diárias, como sub-procurador e procurador-geral, a partir de agosto. Só em 2012, até esta semana, as diárias renderam mais R$ 43.598,97 a Camargo. No total, R$ 82.610,23.

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Beleza de luta

O Ministério Público do Trabalho nada vê de anormal nas diárias do procurador-geral, que seriam produto de “lutas da sociedade brasileira”.

Não dá ideia

Por ora é só especulação gaiata: amigo da ex, o argentino “Luis Favre” poderá ir para o setor de tangos e milongas do Ministério da Cultura.

Última chance

Amigos do ministro Dias Toffoli apostam que ele vai alegar suspeição para não votar no julgamento de José Dirceu, de quem é amigo e foi subordinado, como subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil (em pleno mensalão). E por quem foi contratado como advogado do PT.

Chapados

Com o julgamento de José Dirceu e Delúbio Soares, a partir desta segunda, o ministro Ricardo Lewandowski deverá redobrar a dose de bolsa-Lexotan para aqueles que acompanham as sessões.

Paralisia

A Valec, estatal que constrói ferrovias, desaprendeu o ofício enquanto presidida por José Eduardo Castello, demitido sexta-feira: caiu de 30 mil para 1 mil o número de trabalhadores na obra da ferrovia Norte-Sul.

Expertise

Quem tem “cumpanhêro” não morre pagando: condenado no Supremo, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato era do fundo Previ, do BB, e investiu R$ 5 milhões na semifalida cooperativa Bancoop.

O PIB sumiu

O governo deveria reduzir o IPI de binóculos, para a população e o ministro Mantega finalmente verem de perto o crescimento do PIB.

Fazenda conclui sindicância sem
punir corrupção na Casa da Moeda

FotoDENUCCI, EX-CASA DA MOEDA, E MANTEGA, CHEFE E AMIGO
Ministério da Fazenda encerrou, sem apontar punir nem inocentar qualquer pessoa, a sindicância criada para apurar denúncia de corrupção na Casa da Moeda. A sindicância foi instauradada há seis meses, após o jornal Folha de S. Paulo revelar que o então presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, havia constituído "offshores" em paraísos fiscais que supostamente receberam US$ 25 milhões de comissão de empresas fornecedoras do órgão. O Ministério da Fazenda se recusou a encaminhar o resultado da comissão ao Congresso, segundo revela o jornal neste domingo. Denucci foi demitido quando o amigo e protetor Guido Mantega descobriu que o jornal publicaria o caso.

BLOG DO NOBLAT

VEJA decide se divulga fita com a entrevista de Marcos Valério

A direção da revista VEJA está reunida para decidir se divulga ainda hoje em seu site a gravação da entrevista feita com Marcos Valério, um dos operadores do mensalão, onde ele aponta Lula como o chefe do esquema responsável pela arrecadação de algo como R$ 350 milhões para a compra de apoios políticos e o pagamento de despesas de campanha.
Foi na semana passada, em Belo Horizonte, que a  VEJA entrevistou Valério. E gravou a entrevista.
Marcelo Leonardo, o advogado de defesa de Valério no processo do mensalão, ficou sabendo depois e foi contra a publicação.
"Não é hora de dar entrevistas", decretou ele. E com razão. Valério já foi condenado no Supremo Tribunal Federal por vários crimes. Pegará pena pesada. Mas ainda será julgado por outros.
A revista não concordou em jogar a entrevista no lixo. Ou em arquivá-la. Aí surgiu a ideia de se atribuir as declarações de Valério a amigos e parentes que as teriam ouvido diretamente dele. E reproduzido para a revista.
Na seção Carta ao Leitor, a revista afirma que não houve entrevista. Mas de Lula ao contínuo menos qualificado do PT, todo mundo sabe que Valério falou para a VEJA, sim.
É por isso que os petistas de quatro e cinco estrelas não caíram de pau na revista, muito menos em Valério. Sabiam que mais dia menos dia, Valério acabaria abrindo o bico.
Não querem provocá-lo a revelar mais do que já revelou. E muito menos agora - com um julgamento pela metade e uma eleição às portas.
O acerto de VEJA com Valério e o advogado passou também pela garantia dada pelos dois de que nada diriam que fosse capaz de pôr em dúvida o que a revista publicasse. Até porque eles leram com antecedência o que seria publicado - e aprovaram.
Ocorre que procurado por jornais, o advogado de Valério esqueceu o combinado.
Primeiro disse que Valério nem confirmava e nem desmentia o conteúdo da reportagem.
Depois avançou e disse que Valério não confirmava. Para ao cabo afirmar que ele desmentia.
Aí o caldo entornou - embora uma parcela da direção da VEJA ainda argumente que se deve honrar o compromisso assumido com Valério e o advogado de manter a fita em segredo.

A quarta cópia, por Ricardo Noblat

Dá-se a prudência como característica marcante dos mineiros.
Teria a ver, segundo os estudiosos, com a paisagem das cidadezinhas de horizonte limitado, os depósitos de ouro e de pedras preciosas explorados no passado até se esgotarem, e a cultura do segredo e da desconfiança daí decorrente.
Não foi a imprudência que afundou a vida de Marcos Valério. Foi Roberto Jefferson mesmo ao detonar o mensalão.
Uma vez convencido de que o futuro escapara definivamente ao seu controle, Valério cuidou de evitar que ele se tornasse trágico.
Pensou no risco de ser morto. Não foi morto outro arrecadador de recursos para o PT, o ex-prefeito Celso Daniel, de Santo André?
Pensou na situação de desamparo em que ficariam a mulher e dois filhos caso fosse obrigado a passar uma larga temporada na cadeia. E aí teve uma ideia.

 

Ainda no segundo semestre de 2005, quando Lula até então insistia com a lorota de que mensalão era Caixa 2, Valério contratou um experiente profissional de televisão para gravar um vídeo.
Poderia, ele mesmo, ter produzido um vídeo caseiro. De princípio, o que importava era o conteúdo. Mas não quis nada amador.
Os publicitários de primeira linha detestam improvisar. Valério pagou caro pelo vídeo do qual fez quatro cópias, e apenas quatro.
Guardou três em cofres de bancos. A quarta mandou para uma das estrelas do esquema do mensalão, réu do processo agora julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Renilda, a mulher dele, sabe o que fazer com as três cópias. Se Valério for encontrado morto em circunstâncias suspeitas ou se ele desaparecer sem dar notícias durante 24 horas, Renilda sacará dos bancos as três cópias do vídeo e as remeterá aos jornais O Estado de São Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo. (Sorry, VEJA!)
O que Valério conta no vídeo seria capaz de derrubar o governo Lula se ele ainda existisse, atesta um amigo íntimo do dono da quarta cópia.
Na ausência de governo a ser deposto, o vídeo destruiria reputações aclamadas e jogaria uma tonelada de lama na imagem da Era Lula. Lama que petrifica rapidinho.
A fina astúcia de Valério está no fato de ele ter encaminhado uma cópia do vídeo para quem mais se interessaria por seu conteúdo. Assim ficou provado que não blefava.
Daí para frente, sempre que precisou de ajuda ou consolo, foi socorrido por um emissário do PT. Na edição mais recente da VEJA, Valério identifica o emissário: Paulo Okamotto.
Uma espécie de tesoureiro informal da família Lula da Silva, Okamotto é ligado ao ex-presidente há mais de 30 anos.
No fim de 2005, um senador do PT foi recebido por Lula em seu gabinete no Palácio do Planalto. Estivera com Valério antes. E Valério, endividado, queria dinheiro. Ameaçava espalhar o que sabia.
Lula observou em silêncio a paisagem recortada por uma das paredes envidraçadas do seu gabinete. Depois perguntou: "Você falou sobre isso com Okamotto?"
O senador respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Acionado, Okamotto cumpriu com o seu dever. Pulou-se outra fogueira. Foram muitas as fogueiras.
Uma delas foi particularmente dramática.
Preso duas vezes, Valério sofreu certo tipo de violência física que o fez confidenciar a amigos que nunca, nunca mais voltará à prisão. Prefere a morte.
Valério acreditou que o prestígio de Lula seria suficiente para postergar ao máximo o julgamento do processo do mensalão, garantindo com isso a prescrição de alguns crimes denunciados pela Procuradoria Geral da República.
Uma eventual condenação dele seria mais do que plausível. Mas cadeia? E por muito tempo?
Impensável!
Pois bem: o impensável está se materializando. E Valério está no limiar do desespero.

Polícia encontra 17 corpos em estrada no oeste do México

O Globo


Brasil já é o 3º maior produtor mundial de biodiesel

Danielle Nogueira, O Globo


Dirigente do Grêmio é detido no Engenhão por ofensa racista

O Globo


Encontro expõe fragilidade da aliança de PT e PSB

Tatiana Farah, O Globo


Barbosa vai citar eleição de 2002 e reuniões com bancos

Ricardo Brito e Felipe Recondo, Estadao.com.br


A hora do núcleo político no julgamento do mensalão

Carolina Brìgido e Andre de Souza, O Globo


BLOG DO REINALDO AZEVEDO

E PETRALHA CONTINUA A NÃO GRITAR: “CADÊ A FITA?”



Mais fantasias desmentidas pelos fatos



Bateu o desespero no PT – Marta, agora ministra, acusa Russomanno de “pilantragem” e ataca também a TV Record



Chefe da campanha de Russomanno ainda não se desculpou com católicos e evangélicos pela mentira que contou sobre kit gay de Fernando Haddad



Sem chicanas, Dirceu pode receber primeira condenação – ou primeira absolvição – daqui a dez dias



O STF está mesmo cheio de traidores: sempre que uma autoridade servir ao estado de direito estará traindo o projeto de poder do PT. Ou: Fala de Valério denuncia uma armação golpista


BLOG DO ILIMAR FRANCO


A coluna Panorama Político (16) do jornal O Globo

Plano B para aeroportos          O governo tem plano B para apresentar aos empresários estrangeiros que vão operar os aeroportos Galeão e Confins: seguir o modelo da primeira leva de concessões (Viracopos, Guarulhos e Brasília), mas aumentar o requisito de experiência em aeroportos de 5 milhões para 40 milhões de passageiros/ano. Neste plano, os estrangeiros passariam a ser majoritários na sociedade.

Medo do carimbo da privatização
O cenário em que os empresários estrangeiros ficam com 51% na sociedade e a Infraero com 49% é o que desestimulou até agora o governo a lançar o plano B, que estabelece o modelo de outorga dos aeroportos. Há preocupação de que o plano de concessões seja carimbado como privatização, o que teria ocorrido com as estradas, não fosse o anúncio da criação da estatal EPL (Empresa de Planejamento e Logística). O governo aguardará até o fim do mês resposta dos estrangeiros que analisam proposta em que seriam minoritários da Infraero, entrando basicamente com o know-how.
"Penso que ela (Geiza Dias) merecia mais pelo que ela fez, até mesmo pelo cargo ocupado na agência"
Marco Aurélio Mello
(Ministro do STF)

Primeiros passos
O governador Eduardo Campos (PSB-PE) sedimenta silenciosamente caminho para concorrer a presidente em 2014. Gravou depoimentos para candidatos do partido e aliados em todas as capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes. A estratégia é usar a eleição municipal para se tornar conhecido pelo eleitorado fora do Nordeste.

Enrolou
Presidente Dilma está há meses para escolher o novo ministro do STJ: Sammy Barbosa, Sérgio Kukina e José Sabo. Sofre pressão_o que detesta_ do Acre por Sammy, enquanto Kukina é o candidato do governador Beto Richa (PSDB-PR).

Nem tão geral assim
Ganha força no governo o fatiamento da Lei Geral de Greve, que irá regulamentar direitos e deveres dos trabalhadores. O objetivo é apresentar projetos de lei separados para cada tema como forma de facilitar a aprovação.

Mais dinheiro para qualificar

O Ministério do Trabalho vai passar de R$ 4,5 para R$ 10 o valor da hora/aula em convênios para qualificação profissional. Avalia que, pelo preço, só empresas obscuras estavam participando das concorrências. A intenção é eliminar o submercado de instituições pouco qualificadas e trazer de volta o Sistema S e as entidades federais. 

Torcida contra
Tucanos de alas rivais ao candidato do partido a prefeito de São Paulo, José Serra, estão sendo sarcásticos. Comentam que, se eleito, terá um enterro de luxo no panorama político nacional. Se perder, será enterrado como indigente.

A PF e os grandes eventos
A PF terá de formar em curso de capacitação para segurança de grandes eventos 50 mil vigilantes, a começar pela Copa das Confederações, em dez meses. Mas a publicação da grade curricular dos cursos está parada pela greve.
Situações como esta levam o governo a optar pelo Exército no comando das operações dos grandes eventos, pois não ficaria refém dos servidores.


















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