DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-9-12

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


STF: Joaquim será presidente e relator,
se for necessário

O ministro relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, foi questionado por amigos preocupados com os sinais de manobras protelatórias, cujo objetivo seria arrastar o julgamento até 18 de novembro, quando se aposenta o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto. A aposta do PT é que, ao assumir a presidência, Barbosa deixaria a relatoria. Ledo engano.

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Nem pensar

Joaquim Barbosa avisou: se chegar ao ponto de assumir a presidência do STF durante o julgamento do mensalão, não abrirá mão da relatoria.

Pegou bem

A exemplo de Ayres Britto, o ministro Joaquim Barbosa também gostou da escolha Teori Zavascki para a vaga de Cezar Peluso no STF.

Fraquinho

Preterido mais uma vez para a sonhada vaga no STF, Luiz Adams (AGU) agora já pode ter certeza de que Dilma não confia no seu taco.

Mantega reforma
seu gabinete e a 
Caixa paga a conta

O ministro Guido Mantega (Fazenda) decidiu reformar seu gabinete e, além de fazê-lo sem licitação, obrigou a Caixa Econômica Federal a pagar a conta – o que seria ilegal, segundo especialistas. A reforma foi feita durante uma viagem do ministro ao exterior, mas ele a detestou. E mostrando que o discurso de “austeridade” na prática é outro, mandou fazer tudo de novo. A conta é da Caixa, mas nós é que pagamos.

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Indignação

Os caprichos de Mantega na reforma do seu gabinete causaram indignação até em assessores, pelo descaso com recursos públicos.

Embromation

Há uma semana a assessoria de Mantega tenta embromar a coluna, para não responder aos questionamentos sobre a reforma milionária.

Jogo de esconde

A Caixa age como se tivesse algo grave a esconder. Sua assessoria negou explicações sobre a reforma de Mantega: “É com a Fazenda”.

Cultura inútil

No final da semana, Ana de Hollanda pensava ter arrefecido o ânimo de tirá-la do cargo. Dançou ontem. Mas a senadora Marta Suplicy (PT-SP) também perdeu: a pasta é tão importante quanto... nada.

Roda viva

Artistas e escritores festejam no Twitter a saída de Ana. Chico Buarque apoiou Dilma para emplacar a irmã e agora canta “Lugar de cobra é no chão”, que diz: “quem é tudo não é nada, essa vida é um vai e vem”.

Que PDT?

O ministro Brizola Neto (Trabalho) mantém distância dos deputados do PDT, seu partido. Quando assumiu, a bancada federal deixou claro que a escolha era da presidenta Dilma, e não dos parlamentares.

Pensando bem...

...agora só resta à ex-ministra Ana de Hollanda relaxar e gozar.

POR QUE MARTA VIROU MINISTRA?

Por Carlos Chagas


                                                        Fica difícil entender porque Marta Suplicy virou ministra da Cultura. Se foi como compensação por  haver entrado na campanha de Fernando Haddad, mesmo com atraso de oito  meses, a pergunta imediata seria saber se  vale tanto  por tão pouco. Ou que outros  ministros serão  sacrificados, além de Ana de Holanda, para satisfazer o capricho do ex-presidente Lula em ver eleito seu ex-ministro da Educação. Porque quantos votos Marta teria conquistado para Haddad  numa única carreata em companhia do candidato,  no fim de semana que passou? Como ele precisa de muito mais votos, seria de presumir ampla reforma ministerial?
                                                        Não é por aí, inclusive porque, éticamente, ministros não devem fazer campanhas eleitorais. Indaga-se que relações especiais a nova ministra dispõe com a pasta que assumirá amanhã.  No início de sua carreira política foi sexóloga na televisão, tendo transplantado discutível conceito de sua antiga profissão quando ocupou o ministério do Turismo no governo Lula, ao recomendar a passageiros amontoados horas a fio nos aeroportos “que relaxassem e gozassem”.  
                                                        É verdade que muitos ministros do governo Dilma pouco tiveram a ver com as pastas para os quais foram nomeados, valendo lembrar que Marta é a décima-terceira de uma longa fila de substituições. 
                                                        Sendo assim, importa continuar garimpando as razões dessa mudança.  Ana de Holanda encontrava-se sob fogo batido do PT, que jamais conseguiu ocupar o ministério da Cultura. Os companheiros entraram em guerra com ela desde suas primeiras semanas no exercício do cargo, precisamente por conta dos   singulares conceitos  praticados pelos petistas.   Para eles, cultura seria tudo o que lhes  permitisse usufruir da arte, da literatura, da música, da poesia e até da  História em proveito de sua ideologia, mais ou menos como nos tempos de Hitler e de Stalin.  Tudo em favor de suas concepções, aliás,  cada vez mais confundidas  com a obsessão de ocupar o poder e valer-se de suas benesses. Como Ana de Holanda não cedeu à investida,  virou alvo prioritário. É acusada até mesmo de haver recebido camisetas do Império Serrano para desfilar no carnaval. Estaria o PT a serviço da Portela, da Mangueira ou da Beija-Flor?
                                               Mas por que Marta? – continua a pergunta. Por haver desafiado o Lula, custando tanto tempo para participar de só  uma carreata  em favor de Haddad? Se a moda pega, será a desagregação do modo petista de eleger pessoas.  Ou  de governar. 
                                               Vale  seguir adiante. Com um misto de arrogância e desprezo pela  imprensa, a nova ministra disse que conversa muito com a presidente Dilma, “e vocês não sabem de todas as conversas que temos”. Nem queremos saber,  daquelas que  envolvem receitas de bolo,  mas temos esse direito se as duas senhoras cuidam de cultura. Qual a meta do governo, a partir de agora? Meses atrás um bispo-senador foi feito ministro da Pesca, tendo confessado jamais haver empunhado um anzol ou segurado numa minhoca. Outros exemplos se encontrarão  com facilidade na atual equipe da presidente Dilma, que nada justificam mais essa falta de sintonia entre  os agentes e suas obrigações.
                                               Resta  uma ilação: Marta virou ministra para incomodar menos do que vinha incomodando...  

CONSEQUÊNCIAS DA SUPOSTA CONDENAÇÃO DE JOSÉ DIRCEU

                                                        O ministro Joaquim Barbosa fechou o triângulo. Primeiro relacionou Marcos Valério ao Banco Rural. Agora, une esses dois ângulos ao terceiro,  José Dirceu. Dificilmente deixará de condenar o ex-chefe da Casa Civil, como fez com o publicitário e com a diretoria do banco. Até agora a  maioria  dos ministros do Supremo tem acompanhado o relator. Não  há indicações de mudança, apesar de os ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli discordarem.
                                                        A suposta condenação de Dirceu seria o que de pior poderia acontecer ao PT, tanto faz se  depois do primeiro turno das eleições municipais,  certamente antes do segundo. Essa perspectiva explica a irritação crescente do ex-presidente Lula, cuja preocupação principal é ver Fernando Haddad prefeito de São Paulo. A primeira batalha, de colocar o ex-ministro da Educação no segundo  turno, aparece mais renhida do que a definitiva.
Os companheiros dão mostras de estarem tão exasperados quanto o chefe. Sabem adiantar muito pouco tentar evitar a vitória de Celso Russomano na votação inicial, por isso concentram suas baterias nos fartos índices de rejeição de José Serra. O favorito ficaria para a etapa posterior, mesmo sabendo que nesse caso os tucanos votariam em peso no primeiro colocado.                                           Desenha-se,  assim, o previsível para 2014: a disputa entre PT e PSDB pela presidência da República. Com farta vantagem para a reeleição da presidente Dilma, ainda que debaixo das nuvens do imponderável, senhor de todas as eleições.
                                                        De qualquer forma, o roteiro do julgamento no Supremo parece definido, ainda mais com a simpatia do presidente Ayres Britto pela antecipação de seu resultado através de sessões extraordinárias de votação. A pedra de toque no processo chama-se José Dirceu. Sua condenação  influenciará os resultados das eleições municipais. Quanto às nacionais, daqui a dois anos, nem com bola de cristal...


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