DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 1º-8-12

BLOG DO EGÍDIO SERPA


Má perspectiva para o algodão

Publicado em 01/08/2012 - 5:24 por  | Comentar
CategoriasEconomia

Custa, hoje, mais caro produzir do que vender algodão.
No mundo e no Brasil, também.
Por causa da crise europeia e do mais baixo crescimento da economia da China e dos EUA, caiu o consumo global de roupas.
Exemplo: no Brasil, que produzirá neste ano 1,95 milhão de toneladas de pluma, a indústria têxtil fechará 2012 com um consumo de 905 mil toneladas, menos do que as 900 mil toneladas de 2011. O algodão é sensível ao vai-e-vem da economia.
O consumidor, ao cortar os gastos com roupas, trata de preservar os gastos com alimentos, e o resultado é óbvio: a queda do preço do algodão.
Os preços futuros do algodão deverão cair mais.
A área plantada de algodão no Brasil cairá, em 2013, de 1,3 milhão de hectares para 950 mil.

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Chagas: o futuro nas mãos do Supremo

Começa amanhã. Com todo o respeito, jamais um julgamento igual aos outros, como disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto. Porque o processo dos mensaleiros poderá exprimir um divisor de águas. Uma encruzilhada onde, seguindo por um lado, a mais alta corte nacional de justiça estará decretando o começo do fim da impunidade. Optando pelo caminho oposto, comprovará sermos mesmo uma nação corrompida, realidade da qual não tem escapado nem escaparão nossas instituições maiores. Leia mais no artigo de Carlos Chagas.

Bastos já não controlava a
língua de Cachoeira

Parlamentares da CPI do Cachoeira trabalham com a informação de que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos abandonou a defesa porque já não conseguia controlar o bicheiro. Carlos Cachoeira estaria sob grande pressão da mulher, Andressa Mendonça, para “contar tudo”. Se o contraventor falar, poderá sobrar para membros do governo Dilma, o que desgastaria o ex-ministro de Lula junto à “companheirada” do PT.

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Fiscal de língua

Sem apresentar fato que justifique a suspeita, a oposição acha que o papel de Thomaz Bastos era manter fechada a boca de Cachoeira.

O limite

Márcio Thomaz Bastos concluiu que perdera o controle após a tentativa de chantagem de Andressa – à sua revelia – contra o juiz do caso.

Arquivo vivo

Andressa não se conforma com a prisão prolongada de Cachoeira e não entende por que ele silenciou sobre os próprios inimigos.

Tormento

O ex-advogado do bicheiro também ficou abalado após o procurador Manoel Pastana representar contra ele no Ministério Público de Goiás.

Paraguai: Venezuela
no Mercosul é 
uma ilegalidade

A Venezuela de Hugo Chávez não poderia ingressar no Mercosul porque, além de violar princípios democráticos (censura à imprensa, perseguição a opositores etc), ainda não ratificou acordos como o Tratado de Assunção, que “costurou” o bloco, e o Protocolo de Ouro Preto, indispensáveis à sua adesão. A advertência é de um documento do governo do Paraguai, admitindo recurso a tribunais internacionais.

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Só um pretexto

A suspensão do Paraguai do Mercosul, por destituir Fernando Lugo, foi só pretexto para retirar o obstáculo ao ingresso da Venezuela no bloco.

Obstáculo removido

Para a Venezuela entrar no Mercosul era preciso que o Legislativo dos países membros o aprovassem. E o Paraguai se recusava a isso.

Mau pagador

O semi-ditador Hugo Chávez comprou seis aviões à Embraer por US$ 270 milhões, mas as comemorações são prematuras. Afinal, ele já deu um cano de alguns bilhões na Petrobras, na refinaria de Abreu e Lima.

A era do gelo

O julgamento do mensalão foi notícia na Noruega, onde o IR é público na internet: o influente jornalAftenposten, explicou o “julgamento da década, sem Lula entre os réus”. Os noruegueses devem estar tontos.

Corpo fora

Com o nome envolvido no caso “dólares na cueca”, o vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), não comenta o escândalo do mensalão para “proteger a família”. É irmão do réu José Genoino.

Cruz ou espada

Além da greve dos professores na Bahia, tira o sono do governador Jaques Wagner a possibilidade de ter de escolher entre o palanque de ACM Neto (DEM) e Mário Kertész, do PMDB de Geddel Vieira Lima.

Pensando bem...

...se o mundo vai acabar mesmo em 2012, a contagem regressiva poderá começar amanhã.


BLOG DO NOBLAT


Mensalão: pena de Marcos Valério pode alcançar até 66 anos

Carolina Brígido, O Globo
Se forem condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os réus do mensalão podem pegar penas que alcançariam até 66 anos de reclusão. O teto se aplicaria ao réu com o maior número de acusações: Marcos Valério (foto abaixo), o operador do mensalão, que também corre o risco de pagar multa.
O cálculo das penas será um capítulo à parte no julgamento: após decidirem se cada um dos 38 réus é culpado ou inocente, os ministros começam a fazer contas. A contabilidade considera a existência de réus que respondem a cinco crimes diferentes, cometidos dezenas de vezes. 

Foto: Marcelo Prates / O Globo


Advogado de Dirceu: ex-ministro não sabia de empréstimos

Thiago Herdy, O Globo
A dois dias do início do julgamento do mensalão, o advogado de José Dirceu (foto abaixo), José Luis Oliveira Lima, nega incondicionalmente que o ex-ministro da Casa Civil tivesse conhecimento dos empréstimos e repasses feitos a parlamentares e aliados por meio do esquema financeiro montado por Marcos Valério.
Em entrevista ao GLOBO, realizada por e-mail, diz confiar na "experiência e competência" dos ministros do STF para que eles julguem sem a influência de qualquer pressão externa. "A versão de Roberto Jefferson não encontrou eco nas provas dos autos", defende. 



Valores pagos a criminalistas por réus do mensalão são segredo

Carolina Brígido e André de Souza, O Globo
O julgamento do mensalão reunirá os mais famosos — e caros — criminalistas do Brasil. Defenderão os réus profissionais como Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, ambos ex-ministros da Justiça, Inocêncio Mártires Coelho, ex-procurador-geral da República, Alberto Zacharias Toron e Eduardo Ferrão.
Os honorários são mantidos a sete chaves. Sabe-se no meio jurídico que nomes desse quilate não cobram menos de R$ 1 milhão por uma causa. Em 2007, quando o STF julgou a denúncia do Ministério Público contra os acusados do mensalão, dizia-se entre os advogados que tinha profissional cobrando R$ 1 milhão só para fazer a sustentação oral. 

Morre aos 86 anos o escritor americano Gore Vidal

Autor faleceu em casa de complicações de pneumonia
O Globo
O escritor americano Gore Vidal morreu nesta terça-feira, aos 86 anos, de complicações de uma pneumonia, em sua casa em Los Angeles, informou o sobrinho do autor Burr Steers ao jornal “Los Angeles Times”.
Sempre ativo na política, Eugene Luther Vidal, porta-voz dos direitos civís e das minorias defendia a "consciência crítica diante do imperialismo”. E em 1960 chegou a concorrer, sem sucesso, ao Congresso americano como candidato democrata em Nova York. Perdeu-se um político e consagrou-se um dos maiores escritores da língua inglesa.

Foto: AP

Gore Vidal nasceu na Academia Militar de West Point, no estado de Nova York, em 1925, mas foi criado em Washington D.C. O pai foi pioneiro da aviação e trabalhou para o governo Roosevelt, e o avô, T. P. Gore, senador.

Gore Vidal começou a escrever contos e poemas ainda na adolescência. Aos 18 anos se alistou no exército, onde ficou até 1946. Durante a Segunda Guerra Mundial, a bordo de um navio, escreveu o seu primeiro romance "Williwaw", baseado nas suas experiências militares. Entre 1947 e e 1949, morou na cidade de Antigua, na Guatemala, onde escreveu "Em um bosque amarelo", narrando as dificuldades de um ex-combatente em se adaptar à vida civil, e "A cidade e o pilar", que provocou muita polêmica devido ao seu caráter homossexual. Nos anos 50 lançou "À procura de um rei", "O julgamento de Páris" e "Messias". Logo em seguida passou a se dedicar a fazer roteiros para o cinema e para a televisão e entrou no mundo do teatro.

Nos anos 1960 e 1970 morou na Itália, tendo participado do filme "Roma", de Felini, em 1972, em que desempenhou seu melhor papel: o dele mesmo. Com a biografia do imperador romano "Juliano", reiniciou a carreira literária. Com o pseudônimo de Edgar Box, Gore Vidal escreveu uma série de histórias de detetives.
Sem nunca deixar de lado uma de suas maiores características, o interesse político e histórico, encerrou com "A era dourada: narrativas do império" uma série de sete romances históricos que pretendia serem uma biografia dos Estados Unidos: "Washington", "Burr, "Lincoln", "1876", "Império" e "Hollywood".
Romancista, ensaista, roteirista, autor de artigos para jornais do mundo todo, crítico cáustico das posturas belicistas, sofreu perseguições por parte dos conservadores líderados pelo senador McCarthy nos anos 50. Mas nada impediu a sua criatividade, que se espalhou ainda com os pseudônimos de Cameron Kay e Katherine Everard.

ESPORTES

Jornal das Olimpíadas


 Michael Phelps, nadador americano

Greve dos caminhoneiros é suspensa após acordo com o governo

Heloisa Cristaldo, Agência Brasil
A greve dos caminhoneiros foi suspensa hoje (31) após negociação entre governo federal e representantes da categoria. O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, disse que a desmobilização da categoria será gradativa e deve ser concluída até amanhã (1º) pela manhã.
Botelho destacou que há mais de 10 mil caminhões parados na Via Dutra e a medida de desmobilização gradual será tomada por segurança para evitar acidentes nas estradas.


BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Lista da Carta Capital, que tentou envolver Gilmar Mendes e Delcídio Amaral com Marcos Valério, está em computador de lobista que já foi preso por estelionato; advogado que fez a denúncia trabalha para acusado. Eis os fatos!

É impressionante que as coisas possam acontecer deste modo, mas o fato é que acontecem. Sabem a suposta lista de pessoas que teriam recebido propina de Marcos Valério, publicada pela Carta Capital, aquela revista dirigida por Mino Carta e que só existe por causa do anúncio de estatais e governos petistas? Pois é… A tal lista, segundo a revista, teria sido elaborada por Marcos Valério e até assinada por ele!!! Seria, assim, um caso de corruptor que assina embaixo. Entre os supostos beneficiários, o saco de pancada de estimação do subjornalismo: o ministro Gilmar Mendes e o agora senador Delcídio Amaral (PT-MS). O próprio Valério negou a autoria do documento. Agora provado está: ela saiu do computador do lobista acusado de estelionato Nilton Antônio Monteiro, o mesmo que participou da tal “Lista de Furnas”.É o que atesta perícia feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais. E isso a Carta Capital não contou.
Ao contrário. Lê-se naquele arremedo de reportagem:
“No fim, o publicitário [Marcos Valério] faz questão de isentar o lobista Nilton Monteiro, apontado como autor da famosa lista de Furnas, de ter participado da confecção do documento.” E essa é apenas uma das barbaridades daquele troço que pretendem chamar “reportagem”.
Quem é Nilton? Refresco a memória de vocês com matéria da Agência Estado, datada de 21 de outubro do ano passado. Atenção! Isso só serve para caracterizar a personagem. Falta ainda o melhor.
“O lobista Nilton Antônio Monteiro foi preso em Belo Horizonte acusado de fraudar documentos e assinaturas para tentar extorquir diversos políticos. Monteiro é apontado como um dos autores da chamada lista de Furnas, documento que relacionava 156 políticos de 12 partidos que teriam recebido recursos da empresa para a campanha eleitoral de 2002 e que chegou a ser investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, que afirmou serem falsas as informações.
O lobista foi preso ontem (20), no Centro de Belo Horizonte. A Polícia Civil mineira também executou mandato de busca e apreensão em sua casa, onde apreendeu diversos documentos que seriam usados nas extorsões e dois computadores. De acordo com a polícia, ele montava documentos de confissão de dívidas, com as assinaturas das vítimas, para cobrar os valores judicialmente. “Ele forjava os documentos, as assinaturas e depois entrava com processo para que a Justiça legalizasse a extorsão”, afirmou o chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil mineira, delegado Márcio Simões Nabak.
A maioria dos processos era referente a dívidas milionárias que ele cobrava por “consultoria” prestada aos políticos e empresários. O Grupo Estado obteve cópia de um dos documentos, no qual há uma declaração em nome do ex-presidente de Furnas Centrais Elétricas, Dimas Fabiano Toledo, no qual ele reconheceria uma dívida de R$ 3 milhões com Monteiro.
(…)”
Voltei
Ulalá… No momento, Nilton Monteiro está solto. Matreira, a Carta Capital tenta se precaver: “Monteiro provavelmente tem alguma ligação com a história”. Não! Errado! Ele não tem apenas “alguma ligação com a história”. A lista estava nos seus computadores, apreendidos pela Polícia Civil de Minas. E não é a única, não! Há outras. Mas agora vem a cereja do bolo.
Na reportagem da Carta Capital, assinada por Leandro Fortes, lemos o seguinte:
“Quem entregou a papelada à Polícia Federal foi Dino Miraglia Filho, advogado criminalista de Belo Horizonte. Miraglia chegou à lista por conta de sua atuação na defesa da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada por envenenamento seguido de estrangulamento em um flat da capital mineira, em agosto de 2000.”
Miraglia é o verdadeiro herói da reportagem de Fortes — e, dá pra perceber, sua única fonte. Sai acusando deus e o mundo, levantando ilações sobre esse ou aquele. O que Leandro Fortes esqueceu de contar aos leitores crédulos da Carta Capital? Atenção! MIRAGLIA É NADA MENOS DO QUE ADVOGADO DE NILTON MONTEIRO JUSTAMENTE NO PROCESSO QUE APURA ESTELIONATO, ESTE MESMO QUE RESULTOU NA APREENSÃO DOS COMPUTADORES E NA COMPROVAÇÃO DE QUE A LISTA ESTÁ LÁ! Esse herói de Fortes tem Nilton como cliente, conforme se vê na imagem abaixo. O link do Tribunal de Justiça de Minas está aqui. É assim que a Carta Capital trata de seus leitores. Talvez eles mereçam, não é?

Uma foto para a história da impostura e delírio megalonanico

Depois de golpe no Paraguai, Dilma, Mujica e Cristina comemoram ingresso do ditador Chávez (Foto: Ed Ferreira/AE)
Luiz Inácio Apedeuta da Silva dava a impressão de saber tudo, mas tendia a delegar decisões nas áreas em que sabia que não sabia. Dilma Rousseff, nesse particular, é mais temerária. É menos falastrona, sim, do que o antecessor, mas, atenção para o sentido das palavras!, ela ignora o quanto não sabe. No caso do Mercosul, seu voluntarismo vai além da imprudência já conhecida do Itamaraty nos tempos petistas.
No alto, vemos a foto que celebra a entrada da Venezuela no Mercosul, uma decisão flagrantemente ilegal, que viola a essência do tratado. Uma foto para entrar para a história da importura. O Paraguai está suspenso, mas continua membro do grupo. Dilma Rousseff e Cristina Kirchner deram um golpe naquele país. Olhem lá: um tiranete perigoso (Hugo Chávez), uma doida que agora convoca presidiários para seus comícios e que marcha para o fascismo dos pampas (Cristina Kirchner), um esquisitão que pretende estatizar a maconha (José Mujica, presidente do Uruguai) e… Dilma Rousseff.
Abaixo, vocês leem trecho de reportagem de Lisandra Paraguassu, Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, no Estadão. Dilma parece estar entrando na fase de negação da realidade. O Mercosul do Caribe ao extremo sul das Américas é só um delírio megalonanico. É “megalo” porque pretende emprestar à coisa uma grandeza que não terá. E é “nanico” porque há nisso a ambição de rivalizar com os Estados Unidos.
Há também um problema de lógica. Se a cláusula do Mercosul impede que seus membros celebrem acordos bilaterais fora dos interesses dos bloco, os potenciais candidatos teriam de fazer uma escolha, abrindo mãoe dos acordos já celebrados. Caso pudessem conciliar as duas coisas, por que isso não valeria também para os antigos integrantes? Nesse caso, então, um Mercoul do Caribe para baixo seria o mesmo que Mercosul nenhum. Leiam trecho de reportagem do Estadão:
*
Quatro presidentes anunciaram nesta terça-feira, 31, em Brasília que o Mercosul agora tem cinco integrantes. Questionado sobre o peso da ausência do Paraguai na ampliação, o líder do mais novo membro do bloco, Hugo Chávez, disse que não houve oportunismo político no ingresso venezuelano. O país passou a integrar o grupo só depois da suspensão paraguaia, sob alegação de que o impeachment do presidente Fernando Lugo, há 40 dias, contrariou uma cláusula democrática do bloco.
Questionado pelo Estado se a Venezuela não havia aproveitado uma brecha para ingressar no Mercosul, Chávez respondeu: “De maneira nenhuma. Suponha que, em um jogo de futebol, suspenderam o Pelé por uma falta e deram-lhe cartão vermelho. E aí o Brasil não pode marcar os gols necessários para ganhar uma partida. E alguém diz, ‘Mas o Pelé não jogou’. Bom, o Pelé estava suspenso. O Paraguai está suspenso, não é parte do Mercosul agora”, disse.
Em um encontro fechado de quase duas horas, a presidente Dilma Rousseff e seus colegas do Uruguai, José Mujica, da Venezuela, Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner, discutiram os próximos passos da integração venezuelana e a situação paraguaia. Dilma aproveitou para reforçar sua intenção de ampliar cada vez mais o Mercosul – uma ideia que ganhou apoio explícito de José Mujica.
Apesar dos empecilhos jurídicos, Dilma quer discutir uma forma de atrair novos membros fortes para o Mercosul, de olho especialmente em Colômbia, Chile e Peru. Os três trariam mais de US$ 1 trilhão ao Produto Interno Bruto do bloco. No entanto, todos têm hoje acordos de livre comércio com os EUA, o que impede sua entrada no Mercosul.
“O que podemos examinar é se podemos criar mecanismos que aprofundem a possibilidade de países que não estão formalmente nas normas do Mercosul possam estar”, afirmou o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Para o Itamaraty, juridicamente, essa mudança é impossível. Entre os presidentes, no entanto, essa impossibilidade não é tão categórica. Em seus discursos, a entrada venezuelana foi tratada como uma questão de sobrevivência econômica do bloco – dando a entender que ocorreria de qualquer forma, e não é consequência direta da suspensão paraguaia. “O que não cresce, perece. Estamos obrigados a buscar uma incidência maior do que a de hoje”, defendeu o presidente uruguaio. “Temos de buscar formas inteligentes de incorporar. Temos de abrir a cabeça, porque quando a coisa está demasiadamente fechada, rígida, cheia de regras, não funciona.”
“Há tempos desejamos um Mercosul ampliado em suas fronteiras e com capacidades acrescidas”, afirmou Dilma. “Foi com esse propósito que assinamos, em 2006, o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Bloco, instrumento que entrará em vigor formalmente no dia 12″, completou. Os candidatos hoje a uma vaga no Mercosul são Bolívia, Equador, Suriname e Guiana. Juntos, os quatro países acrescentariam apenas US$ 200 bilhões ao PIB do bloco. Dilma gostaria, também, de mercados mais ativos.
“O governo brasileiro, assim como os demais países que integram o Mercosul, apresentaram com toda a clareza nossa visão no que se refere à situação no Paraguai. O que moveu a totalidade da América do Sul foi o compromisso inequívoco com a democracia”, afirmou. “Nossa perspectiva é que o Paraguai normalize sua situação institucional interna para que possa reaver seus direitos plenos no Mercosul”.

Receita cobra R$ 64 milhões de acusados no mensalão. Seria só por “caixa dois eleitoral”?

Por José Erneto Credendio e Flávio Ferreira, na Folha. Volto em seguida:
A segunda instância da Receita Federal já confirmou punições contra réus e empresas ligadas ao processo do mensalão que somam pelo menos R$ 64,4 milhões. As penalidades foram mantidas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão do Ministério da Fazenda, e referendam na área administrativa as acusações feitas criminalmente pela Procuradoria-Geral da República na ação no STF (Supremo Tribunal Federal). Os valores poderão ficar maiores, porque devem ser atualizados pela Receita com base no ano em que os créditos deveriam ter sido pagos.
As decisões do conselho apontam que o empresário Marcos Valério de Souza e outros réus do grupo apontado como “núcleo operacional” do esquema cometeram diversas infrações, como evasão de divisas, movimentação de dinheiro de origem não declarada e fraudes contábeis para justificar entrada e saída de recursos. Nas empresas dos réus houve uso de notas frias e alterações irregulares em livros contábeis, além de empréstimos simulados, segundo as deliberações do conselho.
Os relatórios do órgão do Ministério da Fazenda revelam também que, quando foi descoberto o mensalão, as empresas tentaram alterar sua documentação fiscal para inserir faturamento que não constava de declarações dos anos anteriores. Segundo documentos da própria Receita, o grupo mandava desde 2002 dinheiro ilegalmente ao exterior, sem passar pelo sistema financeiro nacional.
Folha analisou 38 processos que já chegaram ao órgão, conhecido como “conselhinho”, que decide sobre os recursos dos contribuintes e da Fazenda em divergências na cobrança de tributos. A maior parcela de punições é contra a SMPB, a agência de Marcos Valério indicada como peça-chave do mensalão.
(…)

Voltei?

Que coisa, não? O próprio governo petista admite, então, que há algo mais do que simples caixa dois na lambança do mensalão, não é mesmo? Bonito vai ser ver ministro do Supremo discordando…

Depoentes reforçam suspeita em processo contra Russomanno

Por Rubens Valente e Andreza Matais, na Folha:Testemunhas ouvidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que uma funcionária do gabinete do então deputado federal Celso Russomanno (PRB), paga pela Câmara dos Deputados, trabalhava em São Paulo como gerente de uma produtora de TV do político. Os depoimentos foram dados em 2010 a juízes do Pará e de São Paulo, por ordem do STF, no decorrer de uma ação penal aberta pela Procuradoria-Geral da República. Russomanno é acusado de peculato, que é a apropriação ou desvio de recursos públicos em proveito próprio.
Por maioria, os ministros do STF acolheram em 2008 a denúncia e abriram a ação. Como Russomanno deixou o cargo de deputado em 2010, o processo hoje tramita na Justiça do Distrito Federal. Os depoimentos, aos quais a Folha teve acesso, foram dados por ex-funcionários da empresa de Russomanno, a ND (Night and Day) Promoções, que produzia os programas de TV do político.
As testemunhas dizem que Sandra Jesus Nogueira, então lotada no gabinete de Russomanno na Câmara, assinou documentos e respondeu pela administração da produtora entre 1997 e 2001. “A empresa ND funcionava em torno dela, Sandra”, afirmou em juízo o programador Abraão Castro da Silva, 37. Localizado ontem pela Folha, Silva confirmou: “Ao que eu saiba, ela [Sandra] era a gerente financeira da ND”.
Outra testemunha, a radialista Silmara Roberta Brioetti, 37, que trabalhava na produção das reportagens de Russomanno, afirmou em juízo: “Até onde é do meu conhecimento, Sandra cuidava dos assuntos ligados à empresa ‘Night and Day’”. Também localizada pela reportagem, a testemunha Virgínia Pires confirmou o depoimento à PF, no qual afirmou que Sandra “sempre exerceu as funções de gerente administrativa”. O mesmo afirmou à Folha outra testemunha, Geruza Severina da Silva.
A investigação começou em 2003, com uma ação trabalhista movida por Samuel Pereira Sousa, iluminador da produtora, que pleiteava indenização de R$ 91 mil. 

BLOG DO JOSIAS

Incentivo fiscal em troca de empregos vira lorota
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De passagem por Londres, Dilma Rousseff dissera, na semana passada, que o governo concede incentivos fiscais aos fabricantes de carros com o propósito de aquecer as fornalhas da economia e, sobretudo, assegurar a manutenção dos empregos e da renda dos brasileiros. Ela soara peremptória: “Nós só damos incentivos para garantir emprego.”
Decorridos cinco dias, o ministro Guido Mantega (Fazenda) recebeu em seu gabinete Luiz Moan, diretor de Relações Intitucionais da General Motors. A logomarca amerciana ameaça mandar ao olho da rua até 2 mil trabalhadores em São José dos Campos. Dizia-se que o doutor fora chamado a Brasília para dar explicações.
Terminada a reunião, Mantega declarou que a GM comprovou que é positivo o seu saldo de empregos desde que o governo serviu a última rodada de refresco de IPI, em fins de maio. Moan recuou a 2008 para dizer que, desde aquele ano, a montadora contratou mais gente do que demitiu. Empregava 1.848 empregados há quatro anos. Hoje, roda uma folha de 2.063.
E quanto à carnificina anunciada de São Bernardo? Veja bem, “temos excedente em uma das fábricas de São José dos Campos, temos o compromisso de negociação cautelosa com o sindicato”, declarou o executivo da GM. E Mantega: “Há problemas localizados em São José dos Campos. Não cabe ao governo entrar nos detalhes, é [assunto] da organização interna da empresa.” Hummm!
Em nota, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos insinuou que o ministro petista da Fazenda deveria requisitar informações ao Ministério do Trabalho. De acordo com o sindicato, o Dieese manuseou os dados da pasta do Trabalho e  concluiu: a GM demitiu mais do que contratou nos últimos 12 meses.
Entre julho de 2011 e junho de 2012, contabilizou o sindicato, a GM desempregou 1.189 brasileiros. Além de desconsiderar os dados do próprio governo, diz a nota, “o ministro faz estas afirmações sem o mínimo cuidado de ouvir a outra parte, o sindicato dos trabalhadores. Dessa forma, o ministro diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM.”
Em sua manifestação londrina, Dilma dissera: “Permanentemente, nós estamos olhando isso. […] Aliás, nós só damos incentivos e fazemos toda uma política anticíclica voltada pro crescimento pra garantir emprego, não é por outra coisa. Todos os setores que receberam incentivos do governo têm de saber que nós fazemos isso por um único motivo no mundo: garantir o emprego e a renda do povo brasileiro.”
Considerando-se o lero-lero de Mantega –“Não cabe ao governo entrar nos detalhes, é [assunto] da organização interna da empresa” –conclui-se que a corneta de Dilma não faz eco nem na Esplanada dos Ministérios, que dirá nas fábricas. Ficou entendido que quem acreditou na presidente da República fez papel de bobo. Depois de servir-se do tônico de IPI, a GM recebeu da Fazenda salvo-conduto para descer a lâmina em São José dos Campos.

Costa Rica: vídeo erórico derruba vice-ministra
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Karina Bolaños, vice-ministra da Cultura da Costa Rica foi mandada ao olho da rua por causa de um vídeo. Na peça, veiculada na internet, ela aparece em roupas íntimas. Lamenta estar só e declara desejar um amante que chama de ‘Pequis’.
Em nota, o ministro da Cultura Manuel Obregón refere-se ao caso como algo relacionado à “vida privada de Karina”, não aos seus afazeres como “funcionária pública”. A despeito disso, avaliou que a demissão era necessária.
As pulsões da vice-ministra coincidiram com uma fase de voluptuosa impopularidade da presidente Laura Chinchilla –75% dos costa-riquenhos acham que o governo do país é corrupto. Outros 53% declaram-se insatisfeitos com o desempenho da mandatária.

BLOG DO ALUÍZIO AMORIM

DELAÇÃO PREMIADA PODE TRANSFORMAR CACHOEIRA NO 'HOMEM-BOMBA' DA CPI FAJUTA ARMADA PELO LULA PARA ATACAR OPOSIÇÃO

Da coluna Painel, da Folha de São Paulo deste quarta-feira. O título é sugestivo: Queda d'água. Leiam:
Com a saída de Márcio Thomaz Bastos da defesa de Carlinhos Cachoeira, voltou a ganhar corpo a possibilidade de o empresário acusado de contravenção negociar delação premiada para deixar a prisão, já que as tentativas de libertá-lo fracassaram. O acordo com o Ministério Público é defendido por antigos advogados de Cachoeira, como Jeová Borges Júnior. A hipótese causa apreensão entre políticos de todos os partidos e promete tumultuar o reinício das atividades da CPI.
Santo de casa Dias antes de deixar a defesa de Cachoeira, causa que abraçou em meio às tratativas da delação, Thomaz Bastos argumentava que, diante das sucessivas derrotas na Justiça, ainda apareceria alguém propondo um "milagre" para tirar seu cliente da prisão.
Marco divisório Quando advogou para Cachoeira o ex-ministro teve 11 habeas corpus negados. E passou a acumular reveses em especial depois de divulgadas as denúncias de ameaças atribuídas ao grupo do empresário a juízes e procuradores.

IMPRENSA BRASILEIRA NÃO REVELA OS BASTIDORES DA VISITA DE CHÁVEZ AO BRASIL E REPRODUZ APENAS NOTÍCIAS OFICIAIS

Chávez continua com o rosto muito inchado e avermelhado. Aventou-se, por isso, a possibilidade de que o caudilho também esteja sofrendo da síndrome de Cushing, dada à insuficiência renal decorrente de altas doses de quimioterapia. [Hacer CLIC s/ la foto para ver mas grande]
Da Venezuela chegam ao blog, via Twitter, mensagens de leitores indagando sobre o que diz a imprensa brasileira a respeito não só do ingresso da  Venezuela no Mercosul, ação que foi coordenada pelo Brasil depois que o Paraguai foi alijado do bloco regional, ou seja afastado temporariamente, o suficiente para enfiar Hugo Chávez pela janela; mas em especial sobre a saúde do caudilho. É que conforme noticiei em post mais abaixo, reproduzindo texto da coluna Runrunes, do jornalista venezuelano Nelson Bocaranda, o caudilho teria passado por exame de PET Scan em hospital de Brasília, assistido por médicos cubanos e brasileiros enquanto a imprensa brasileira era distraída pelo esquema de segurança chavista. Isto teria ocorrido ontem à tarde, segunda-feira, segundo Bocaranda.
Todavia a imprensa brasileira não fez nenhuma alusão a esse fato, limitando-se a tratar a entrada da Venezuela no Mercosul como uma coisa normal. Sim, seria normal se a Venezuela sob Chávez não tivesse em suas prisões presos políticos dissidentes do regime. Há inclusive até mesmo uma juíza presa, sem falar no escandaloso caso da prisão de Alejandro Peña Esclusa e de outros líderes oposicionistas perseguidos pelo regime chavista. São fatos concretos que ferem descaradamente a cláula democrática do Tratado do Mercosul.
Tanto é que a Venezuela possui milhares de exilados sendo que existe nos Estados Unidos, a ORVEX (Organização dos Venezuelanos no Exílio) cuja sede é em Miami (EUA).
Curiosamente, a grande mídia brasileira simplesmente ignorou - pelo menos até agora - se Hugo Chávez passou por um check-up médico em Brasília, conforme Nelson Bocaranda detalhou em sua coluna. Sabe-se que Bocaranda é um dos jornalistas mais bem informados da Venezuela e de toda a América Latina e o prestigioso diário venezuelano, o tradicional El Universal, veicula diariamente a coluna Runrunes.
Também não teve destaque na imprensa brasileira a convocação por organizações esquerdistas brasileiras de manifestação de recepção e apoio ao caudilho. O site NotíciasClic da Venezuela registrou o evento que foi um fiasco e reuniu apenas meia dúzia de gatos pingados.
Desta forma, os bastidores da visita de Chávez ao Brasil, no que tange ao aspecto político não foram  enfocados. Tal fato não é estranho aos brasileiros que acompanham o noticiário dos veículos de comunicação locais. Normalmente, a grande mídia, com exceção de pouquíssemas publicações, vai além dos press-releases do Palácio do Planalto. As redações dos meios de comunicação são patrulhados ferozmente pelo PT, o partido do Lula, e seus sequazes.
Os venezuelanos, portanto, perderão seu tempo ao tentar obter informações em sites dos grandes veículos de mídia brasileiros. 
As notícias que mais interessam ao público venezuelano estão mesmo nos jornais e sites da Venezuela que se opõem ao chavismo, apesar de sofrerem a contínua perseguição do tiranete de Miraflores.
A foto acima mostra que Hugo Chávez continua com o rosto inchado e avermelhado, sintoma, segundo noticiei em post mais abaixo, da síndrome de Cushing. Essa moléstia seria decorrente de altas doses de quimioterapia e de esteróides que Chávez vem recebendo para manter-se de pé.

BLOG DO CORONELEAKS

José Dirceu pode pegar 20 anos de cadeia.

José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, poderá pegar pena 20 anos de reclusão. Ele tem acusações de corrupção ativa, além de formação de quadrilha. O último crime está prescrito. Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, e José Genoino, ex-presidente do partido, também respondem por corrupção ativa e formação de quadrilha, portanto, na mesma situação de Dirceu. Pena maior do que a do chefe da quadrilha, somente a de Marcos Valério que, se for condenado em todos os crimes, poderá ficar recluso por 66 anos e meio.

Toffoli já defendeu tese de defesa de Marcos Valério.

Comentário: Durante o julgamento do Mensalão, o advogado de Marcos Valério poderá apontar o dedo na cara do ministro Toffoli e dizer: você já foi a favor do meu cliente! Como é que vai condená-lo agora?
 
O ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), já defendeu uma das principais teses que o réu Marcos Valério Fernandes de Souza usa em sua defesa no mensalão. No processo, com julgamento marcado para começar amanhã, Valério, apontado como operador do mensalão, é acusado de vários crimes: formação de quadrilha, lavagem ou ocultação de dinheiro, corrupção ativa, evasão de divisas e peculato (desvio de dinheiro público). 

No caso do peculato, a Procuradoria-Geral da República (PGR) diz que houve desvios a partir de um contrato da DNA Propaganda, de Valério, com o Banco do Brasil. O empresário diz que seguiu regras do Conselho Executivo de Normas-Padrão. O Cenp, que reúne associações do mercado publicitário, considera normal o que a Procuradoria afirma ser irregular: que comissões pagas por veículos de comunicação a agências, chamadas de "bônus de volume", não precisem ser transferidas para o órgão que as contrata. 

A Procuradoria diz que a DNA deixou de pagar R$ 2,9 milhões ao BB. O repasse estava previsto no contrato entre a agência e o banco. Toffoli, por sua vez, defendeu a legitimidade da retenção de bônus pelas agências em geral num recurso apresentado ao Tribunal de Contas da União (TCU) em 2007, quando comandava a Advocacia-Geral da União (AGU). Em relatório de 68 páginas, Toffoli não tratava do caso específico da DNA com o BB, mas de contratos em geral. 

Ele disse que a participação de servidores públicos nas negociações de bônus entre agências e veículos de comunicação seria "contraproducente" e citou o Cenp. Nessa época, a regularidade desse procedimento no caso DNA-BB já era objeto de discussão em outro processo no TCU -cuja decisão, favorável a Valério, saiu em julho. A polêmica cerca a participação do ministro no julgamento do mensalão. Ex-advogado do PT, Toffoli assessorou o ex-ministro José Dirceu e sua namorada advogou para dois réus do processo.(Folha de São Paulo)




















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