DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 23-7-12

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Merckel vai às compras e encontra um
brasileiro que, como ela, detesta Dilma

FotoMERCKEL PAGANDO SUAS COMPRAS: COMO UMA CIDADÃ COMUM
Era hora do almoço, na sexta-feira (20), quando um jornalista brasileiro, durante passeio turístico em Berlim, resolveu matar a fome no subsolo da filial da Galeries Lafayette, perto do Portão de Brandeburgo, onde se vendem queijos franceses muito apreciados. Chegando ao local, quase esbarrou em uma personalidade conhecida em todo o mundo: a chanceler Angela Merckel, chefe do governo da Alemanha. Como uma cidadã comum, ela chegou ao local para comprar queijos, e estava acompanhada – discretamente – apenas de um segurança. O jornalista se aproximou do homem e perguntou se poderia fazer uma foto. O segurança disse não. O jornalista insistiu, apelando para uma argumentação no mínimo curiosa: disse ter a impressão de que ela (Merckel), aliás como ele próprio, ”detesta a presidente do meu país”. O segurança deu uma risada concordando com a observação do jornalista, e permitiu que a foto fosse feita, mas à distância.

Dilma pode 
repensar relação
com o Paraguai

O vexame da política externa brasileira, reagindo ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, acendeu luz amarela no Planalto: a retirada do embaixador, a exclusão do Paraguai do Mercosul e a constatação de que o próprio Lugo admitiu a legalidade de sua saída, poderão aliviar pendências com o vizinho, de olho no mercado chinês e nas prometidas parcerias do Paraguai com a União Europeia e EUA.

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Fez-se a luz

Além das parcerias comerciais, entram também na balança a parceria estratégica com Itaipu Binacional e o combate ao crime na fronteira.

El comandante

O governo concluiu que “foi mal” a ruidosa insensatez do assessor top-top da Presidência, Marco Aurélio Garcia, comandante da trapalhada.

Os trapalhões

O governo estaria até topando confrontação com os parceiros na ação desastrada: os presidentes Kirchner (Argentina) e Mujica (Uruguai).

Marco Maia proíbe manifestação sobre o mensalão no plenário da Câmara
Os deputados estão proibidos de se manifestarem sobre o mensalão no plenário da Câmara durante o julgamento do caso pelo Supremo Tribunal Federal, de acordo com decisão do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS). Segundo Maia, faixas, cartazes e qualquer outra forma de manifestação estão proibidas, para que o processo não seja "contaminado". Maia, por ser o presidente da Câmara, pode cortar o microfone caso ocorram ofensas ou manifestações que ultrapassem o uso da palavra em discursos dos deputados. É permitido também que ele baixe norma que impeça manifestações nas galerias do plenário. Informações da Folha de SP.


Roberto Freire critica decisão de Maia

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou neste domingo (22) que o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), não pode censurar parlamentares e a sociedade de se expressarem sobre o mensalão no Congresso. Para Freire, Maia precisa respeitar a liberdade democrática e não se opor aos debates do país. O parlamentar disse que proibições valem apenas quando as regras legais são quebradas."Ninguém pode ser impedido de se manifestar livremente no Congresso. Espero que ele não queira proibir os parlamentares de expressarem a sua opinião seja ela qual for", disse.

De mal a pior

A telefonia celular ocupou o topo da lista de atendimento do Procon em todo o Brasil, registrando 78 mil demandas. O número está dentro dos 861.218 registros de atendimentos no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, de janeiro a junho de 2012.

Duas bombas

Tal como o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em Brasília, o ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, também está indócil para falar na CPMI, prometendo envolver Cachoeira com ex-companheiros do PR.

Admissão de culpa

O governo do Ceará pagará 18 indenizações de R$640 mil a anistiados políticos que tiveram processos deferidos pela Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou. A solenidade será no início de agosto.

País rico

O Brasil faz bela figura em Paris em plena “marolinha” econômica: embaixada e a residência do embaixador consomem R$1,2 milhão mensais do contribuinte, fora o salário de mais de 20 diplomatas.

PT desunido

O Movimento “Militância Viva”, composto por parlamentares do PT-DF, ameaça se isolar dentro da própria sigla na capital. Há quem diga que será um grupo direitista dentro de um partido de extrema esquerda.

Trem da alegria

O advogado-geral da União, Luis Adams, divulgou anteprojeto da nova lei orgânica da AGU, que transforma advogados privados com cargos comissionados em membros do órgão, mesmo sem concurso. Os servidores consideram inconstitucional, e querem anular a decisão.

BLOG DO NOBLAT

A Música do Dia - Só Por Amor

 
 Raul de Souza

Ouça Só Por Amor, de Baden Powell e Vinícius de Moraes 


Falta alguém no banco dos réus do mensalão

Enviado por Ricardo Noblat - 
23.7.2012
 | 8h01m
Marcos Valério, um dos cérebros do mensalão, voltou a ameaçar Lula, segundo a VEJA desta semana.
Em pânico com a possibilidade de vir a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal, que começará a julgar no próximo dia dois os 38 réus do mensalão, Valério se disse disposto a contar que esteve com Lula várias vezes, o que Lula sempre negou.
Foi Paulo Okamoto, uma espécie de diligente tesoureiro informal da família Lula, que de novo dobrou Valério. Naturalmente, Okamoto nega que Valério tenha feito qualquer ameaça a Lula. Ou dito que antes do estouro do escândalo do mensalão estivera com ele na Granja do Torto, uma das residências oficiais do presidente da República.
"[Valério] queria me encontrar porque às vezes quer saber das coisas. Em geral, ele quer saber como está a política, preocupado com algumas coisas", justificou Okamoto. Foi claro? Adiante.


Coube também ao advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, outra peça importante da engrenagem do PT, agir para sossegar o espírito atribulado de Valério.
Ponham-se no lugar do ex-publicitário mineiro. Era rico, riquíssimo antes de se meter com o PT de Delúbio Soares, Genoino e José Dirceu. Tinha duas agências de propaganda. E inventara uma forma de lavar dinheiro por meio de bancos para engordar o caixa 2 de políticos às vésperas de eleições. Eduardo Azeredo, do PSDB, foi um deles.
Procurado para fazer pelo PT o que fizera por Azeredo, imaginou ter tirado a sorte grande.O governo Lula estava nos seus meses iniciais. E a turma à frente do partido em busca do tempo perdido.
De repente, todas as portas se abriram para Valério. E ele passou a "fartar os olhos" admirando o dinheiro que entupia as suas burras.
Teria dado certo - não fosse o tresloucado gesto de Roberto Jefferson, presidente do PTB, que por pouco não pôs o governo a pique.
Em um sábado de junho de 2005, depois de tomar uns goles a mais na Granja do Torto, Lula falou em renunciar ao mandato. Ficara sabendo que Valério admitira envolvê-lo no escândalo.
José Dirceu, então chefe da Casa Civil da presidência da República, foi chamado às pressas em São Paulo. Escalado para dar um jeito em Valério, deu sem fazer barulho.
Naquele dia postei em meu blog que Lula falara em renúncia - embora eu não soubesse por que. Nunca recebi tantos desmentidos de porta-vozes e amigos do governo.
Ainda no segundo semestre de 2006, Valério voltou a atacar. Procurou um político de forte prestígio junto a Lula. Queixou-se de estar quebrado. Acumulava dívidas sem poder honrá-las. Seus bens haviam sido bloqueados. Caso não fosse socorrido, daria um tiro na cabeça ou faria com a Justiça um acordo de delação premiada.
O político pediu uma audiência a Lula. Recebido no gabinete presidencial do terceiro andar do Palácio do Planalto, o político reproduziu para Lula o que ouvira de Valério.
Em silêncio, Lula virou-se para uma das janelas do gabinete que lhe permitia observar parte do intenso movimento nas vizinhanças do palácio.
Então perguntou ao visitante: "Você falou sobre isso com Okamoto?" O visitante respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Seria desnecessário.
O diligente Okamoto, aquele que pouco antes pagara do próprio bolso cerca de R$ 30 mil devidos por Lula ao PT, apascentou Valério.
Falta alguém em Nuremberg!
Quero dizer: falta alguém na denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República sobre a "organização criminosa" que tentou se apossar do aparelho do Estado.
Desviou-se dinheiro público - e não foi pouco. Pagou-se para que deputados votassem como queria o governo. Comprou-se o apoio de partidos.
Nada será capaz de reparar o mal produzido pelos que chegaram ao poder travestidos de legítimos hierarcas da decência - falsos hierarcas como se revelariam mais tarde.
Mas se a Justiça só enxergar inocentes entre eles, isso significará que também foram bem-sucedidos na tarefa de trucidar a esperança.

MEMÓRIAS DO MENSALÃO

E ficou tudo por isso mesmo? E ficará por isso mesmo?

(Comentário aqui publicado às 3h16m de 6.6.2005)
A ser verdade o que diz o deputado Roberto Jefferson na Folha de S. Paulo de hoje, Lula e os ministros José Dirceu e Antonio Palocci foram informados sobre um processo de corrupção liderado pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e pouco fizeram.
Um deles deve ter dito a Delúbio para suspender a entrega de R$ 30 mil mensais a deputados da base aliada do governo - que, em troca, votavam no Congresso a favor de projetos e medidas de interesse do governo. Tanto que "a fonte secou" desde janeiro.
Delúbio não foi punido. A "compra" de deputados não foi denunciada pelos que dela tomaram conhecimento - e Jefferson só o faz agora porque está em apuros.
O escândalo não foi investigado. Ninguém pediu de volta o dinheiro distribuído aos deputados. Ninguém propôs a cassação do mandato de deputados que se venderam. Ninguém investigou de onde saía o dinheiro que fez de Delúbio um provedor generoso de políticos. Apenas "a fonte secou" - se é que de fato secou.
Abriu-se outra na semana passada - essa aparentemente "mais legítima", digamos assim.
O ministro da Fazenda [Antonio Palocci] foi encarregado de convencer deputados a enterrarem a CPI dos Correios em troca da liberação de verbas para pequenas obras públicas em suas bases eleitorais.
Saiu de cena a fonte pilotada por Delúbio que irrigava diretamente o bolso de deputados. Entrou a pilotada por Palocci destinada a irrigar as chances de deputados que pretendem se reeleger.

Dilma Rousseff leva sete ministros em sua viagem aos Jogos Olímpicos

Jamil Chade, Estadão.com.br
A presidente Dilma Rousseff chegará a Londres acompanhada por sete ministros e terá uma programação intensa, que vai misturar política internacional, promoção da imagem do Brasil e assuntos ligados aos atuais Jogos Olímpicos. A próxima edição do evento ocorre no Brasil, em 2016, e o País quer aproveitar o evento na capital inglesa para promover a competição em quatro anos.
Na quarta-feira, Dilma terá uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro britânico, James Cameron. Na pauta: a crise econômica mundial e até a situação na Síria, que vive uma guerra civil de grande proporções.



Campanhas: 'Não há explicação para o uso de tantos recursos'

O Globo
A procuradora Sandra Cureau afirmou que a justificativa apresentada por alguns candidatos — a de que, por não terem tempo de televisão, têm que se deslocar mais, e por isso gastam mais — não é razoável. Ela lembra que a produção de programas de rádio e TV é um dos maiores custos de uma campanha:
— O que mais mais eleva o custo das campanhas, a produção dos programas de TV, eles não têm. O que terão de custos? E quem vai financiar? Provavelmente, o dinheiro não vem do próprio candidato e será devolvido em fraudes de licitações, desvios de verbas federais, a mesma história de sempre. Não tem outra explicação para o uso de tantos recursos nas eleições de locais tão pobres. É triste, porque, quando o eleitor vende seu voto, é porque não acredita que um dos candidatos seja capaz de fazer o melhor por ele. 

Brasileiros têm 4ª maior fortuna do mundo em paraísos fiscais

Bruno Villas Bôas, O Globo
Os brasileiros mais ricos têm uma fortuna estimada em US$ 520 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) depositados em paraísos fiscais, o quarto maior volume de recursos no mundo, atrás apenas de China (US$ 1,18 trilhões), Rússia (US$ 798 bilhões) e Coreia do Sul (779 bilhões).
O valor foi levantado no estudo Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network.

Governo reconquista parte da capital, e rebeldes tomam escola militar

O Globo
Após quatro dias de uma ofensiva rebelde que atingiu o centro nervoso do regime de Bashar al-Assad, matando quatro de seus membros, o governo sírio recorreu no domingo a armamento pesado para conter a revolta nas duas principais cidades do país.
Conseguiu, à custa de ataques com helicópteros e com a principal unidade das Forças Armadas — a temida 4 Divisão Blindada — reconquistar dois distritos da capital, Damasco. Mas viu os rebeldes anunciarem a tomada de controle de uma escola militar próximo a Aleppo, a maior cidade do país e o seu coração industrial e de negócios, onde os combates foram intensos. 

Videla: Igreja ajudou com desaparecimentos na Argentina

O Globo
O ex-ditador argentino Jorge Videla (foto abaixo), que cumpre pena de prisão perpétua por crimes contra a Humanidade, revelou à revista “El Sur” que autoridades da Igreja Católica de seu país tinham informações sobre o destino dos presos políticos desaparecidos e assessoraram o regime militar (1976-83) no trato com suas famílias.
O relato foi feito numa entrevista realizada em 2010, mas apenas ontem divulgada. O ex-ditador admite que havia dialogado sobre o assunto com diversas autoridades eclesiásticas, entre elas o núncio apostólico Pio Laghi e o cardeal-primaz Raúl Primatesta, além de outros bispos. 



Marcelo Rubens Paiva é esquecido em avião da TAM

Escritor, que é paraplégico, pediu ajuda a seus seguidores no Twitter

Eduardo Rodrigues
O escritor Marcelo Rubens Paiva recorreu ao Twitter para tentar sair de um voo da TAM em Congonhas, após ser esquecido no avião na tarde deste domingo. O vôo saiu às 17h30m do Rio de Janeiro e chegou a São Paulo por volta das 18h30m. Rubens Paiva, que é paraplégico, revelou o inusitado drama em duas mensagens na rede social.

Foto: O Globo

Na primeira, escrita por volta das 18h50m, o escritor pedia ajuda a quem estivesse online: "TAM me esqueceu dentro de 1 aviao. Voo 3971. Em Congonhas. Alguem pode ligar e pedir ajuda? Help!".
Quatro minutos depois, brincou com a situação: "Tripulacao foi embora e me esqueceram rrr. Vou roubar este Airbus. Sera q é facil pilotar?"
A TAM levou dez minutos para responder a mensagem através de sua conta oficial no Twitter: "Oi, Marcelo! Poderia por gentileza detalhar via DM o que exatamente ocorreu para que possamos lhe auxiliar? Obrigado".
Em torno das 19h40m, Rubens Paiva disse que o problema foi resolvido, não sem criticar a empresa: "Serio. Demoraram mais tempo pra me tirarem do aviao do q voo RJ SP".

Saindo do armário, por Elena Landau

Elena Landau, O Globo
Primeiro foram os aeroportos, depois os portos e refinarias. Agora vem um pacote para aprofundar o processo de concessões para o setor privado e ressuscitar o PAC. Depois de um surto intervencionista, o governo percebeu que é impossível crescer de forma sustentada sem investimentos em infraestrutura e muito menos sem capital privado.
Finalmente o PT rendeu-se ao óbvio e abraçou a agenda das privatizações de vez. O problema é que o faz de forma encabulada, tentando fingir que não faz o que faz, e nisso acaba fazendo malfeito.
A verdade é que a privatização nunca foi abandonada. Mudou de forma e foi redesenhada, refletindo circunstâncias econômicas e preferências governamentais, mas nunca deixou de acontecer ao longo dos últimos 20 anos.
A desestatização começou em setores industriais, para depois incluir concessões públicas possibilitando o país cumprir uma agenda de investimentos que o Estado, por falta de recursos e restrições institucionais e políticas, não podia fazer sozinho. As formas de venda também variaram ao longo do tempo: moedas de privatização foram aceitas no início, depois veio a participação do BNDES e dos fundos de pensão.
Em muitos casos a privatização foi integral, em outros, empresas estatais mantiveram participações minoritárias nas empresas privatizadas. O fato é que, de Collor a Dilma, o reposicionamento do Estado na atividade econômica nunca parou.
Acontece que o governo petista ficou por muito tempo aprisionado por um discurso eleitoral que satanizava as privatizações. Demorou a sair do armário e mesmo assim continua envergonhado de um processo que só traz benefícios ao país. O grave, no entanto, não é a retórica da política, mas as falhas efetivas da privatização petista.
Leia a íntegra em Saindo do armário

Um tiro na nuca da nação, por Guilherme Fiúza

Guilherme Fiúza, O Globo
Carlinhos Cachoeira disse que vai à CPI quando quiser, porque a CPI é dele. Quase simultaneamente, um dos agentes federais que o investigaram é executado num cemitério, enquanto visitava o túmulo dos pais.
Al Pacino e Marlon Brando não precisam entrar em cena para o país entender que há uma gangue atentando contra o Estado brasileiro. Em qualquer lugar supostamente civilizado, os dois tiros profissionais na nuca e na têmpora do policial Wilton Tapajós poriam sob suspeita, imediatamente, os investigados pela Operação Monte Carlo — alvos do agente assassinado. Mas no Brasil progressista é diferente.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se pronunciou sobre o crime. Declarou que “é leviano” fazer qualquer ligação entre a execução do policial federal e a operação da qual ele fazia parte. E mais não disse.
Tapajós foi enterrado no lugar onde foi morto. Se fosse filme de máfia, iam dizer que esses roteiristas exageram. No enterro, alguém de bom-senso poderia ter soprado ao ouvido do ministro: dizer que é leviano suspeitar dos investigados pela vítima, excelência, é uma leviandade.
Mas ninguém fez isso, e nem poderia. O ministro da Justiça não foi ao enterro. Wilton Tapajós era subordinado ao seu ministério, atuava na principal investigação da Polícia Federal e foi executado em plena capital da República, mas José Eduardo Cardozo devia estar com a agenda cheia. (Talvez seja mais fácil desvendar o crime do que a agenda do ministro.)
Por outro lado, o advogado de Cachoeira, investigado pelo agente assassinado, é antecessor de Cardozo no cargo de xerife do governo popular. Seria leviano contrariar o companheiro Thomaz Bastos.
Assim como o consultor Fernando Pimentel (ministro vegetativo do Desenvolvimento) e Fernando Haddad (o príncipe do Enem), Cardozo é militante político de Dilma Rousseff e ministro nas horas vagas. O projeto de permanência petista no poder é a prioridade de todos eles, daí os resultados nulos de suas pastas.
Cardozo anunciara que ia se aposentar da política, e em seguida virou ministro. Lançou então seu ambicioso plano de espalhar UPPs pelo país e se aposentou (da função de cumpri-lo).
Deixou de lado o abacaxi do plano nacional de segurança, que não dá voto a ninguém, e foi fazer política, que ninguém é de ferro. Para bater boca com a oposição e acusá-la de politizar a operação da PF, por exemplo, o ministro não se sente leviano.
Leia a íntegra em Um tiro na nuca da nação


BLOG DO CORONELEAKS

A "primeira dama" vai ser estrela na campanha do Haddad.

O PT começa a construir um mito e uma mentira sobre a esposa de Fernando Haddad. Ana Estela Haddad é apenas a esposa que largou a vida acadêmica em São Paulo, na USP, para seguir o marido na sua carreira em Brasília, sempre com um carguinho de confiança sob medida em outro ministério. Basta olhar o seu currículo e os seus cargos comissionados. Além disso, Ana Estela Haddad era especialista mesmo em usar jatinhos junto com o marido. Estava ao seu lado em 97 viagens em aviões da FAB, indo e vindo de Brasília para fazer campanha eleitoral em São Paulo. O ministro poderia, a esposa não. Mas isto é um mero detalhe na carreira fantástica de Ana Estela Haddad, que o PT apresentará como a "mentora intelectual do ProUni", porque lia cartas para o ex-petista e ex-ministro Cristovam Buarque, no MEC, sua primeira "boquinha", tendo ficado emocionada com a história de uma mãe que não podia pagar a faculdade da filha. Não é piada. É João Santana.


Mensalão: PT deve R$ 100 milhões para Marcos Valério.

A dez dias do início do julgamento do mensalão, Marcos Valério e seus ex-sócios devem na Justiça pelo menos R$ 83 milhões que saíram dos bancos Rural e BMG para abastecer o PT e partidos aliados em 2003 e 2004. A Folha teve acesso aos processos no Tribunal de Justiça de Minas em que os bancos cobram o valor, mas, segundo avaliação de envolvidos no episódio, a dívida jamais será paga. O julgamento começa no dia 2 de agosto no STF (Supremo Tribunal Federal).
Apontado como operador do mensalão, Valério alega que pegou o dinheiro a pedido do PT e, para pagar aos bancos, cobra R$ 100 milhões do partido na Justiça. "Há uma responsabilidade de natureza civil do PT", diz o advogado de Valério, Marcelo Leonardo. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, em 2003 e 2004 o Rural e o BMG fizeram empréstimos de R$ 64 milhões ao PT e às empresas de Valério.
O objetivo, sustenta a denúncia dos procuradores, era misturar esse valor ao dinheiro público desviado de contratos das empresas de publicidade de Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados -e, com isso, camuflar a origem ilegal dos recursos do mensalão.
O PT nega e afirma que o dinheiro que repassou a aliados e a integrantes do partido, para atender a despesas eleitorais, vieram exclusivamente dos empréstimos feitos no Rural e no BMG. E diz que pagou a sua parte em 2009, não reconhecendo, por consequência, a dívida cobrada hoje de Valério. Já a Procuradoria descreve o mensalão de outra forma: como um esquema de compra de apoio político no Congresso organizado pelo PT no início do governo Lula. E diz que os bancos liberaram o dinheiro em troca de receber benefícios do governo. Não teriam a intenção de cobrá-lo, o que só fizeram após o estouro do escândalo. O Banco Rural, segundo a Procuradoria, queria o apoio do governo na aquisição de parte do Banco Mercantil de Pernambuco. Já o BMG, diz a denúncia, teria sido beneficiado na operação de empréstimos consignados de servidores públicos.
Os documentos mostram que as dívidas de Valério com os dois bancos estão longe de ser quitadas. Um dos empréstimos, de R$ 17,4 milhões, por exemplo, foi parar no arquivo da Justiça mineira no mês passado. Trata-se do empréstimo de do Rural à Graffiti, empresa do grupo de Valério. A dívida foi atualizada para os R$ 17,4 milhões em 2005, quando a cobrança começou, mas hoje pode ser muito maior. O banco alega que o caso será reativado quando localizar bens de Valério para penhorar.
Em 2009, Valério assinou uma "confissão parcial de dívida" ao dar uma Pajero e uma Toyota Fielder para abater R$ 120 mil de outra das pendências, de R$ 38,4 milhões, referente a empréstimo do Rural à SMPB, principal empresa do grupo. Além disso, seu ex-sócio Ramon Hollerbach deu imóveis avaliados em R$ 420 mil. Os dados mostram que até agora apenas 1,5% desse empréstimo foi quitado. No processo, Valério e os ex-sócios chegaram a apresentar fazendas apontadas como fantasmas pela Justiça para tentar abater a dívida. Valério não pagou os empréstimos junto ao BMG que, segundo ele, também foram destinados ao PT.(Folha de São Paulo)









BLOG DO REINALDO AZEVEDO

LEIAM ABAIXO

— Ainda o TCU e as folias mensaleiras – A prática velha de Ana Arraes dá a cara de Eduardo Campos, o “novo”!;— Anedota búlgara: humaniza-se o animal ao mesmo tempo em que se animaliza o homem;— Um texto inteligente no jornalismo! Viva!!!;— Herança maldita do lulismo – Gasto com servidor dobrou em nove anos;— Brasil é o 4º país com mais dinheiro em paraísos fiscais, diz organização;— Governo estuda afrouxar superávit em 2013; afinal, em 2014, há eleição presidencial…;— Dívida de Valério com bancos é de ao menos R$ 83 milhões, mas não será paga…;— Rebeldes sírios tomam região fronteiriça;— Às vésperas do julgamento do mensalão, Dirceu quer dar relevo à imagem do suposto revolucionário para mitigar a do “consultor de empresas” que se esgueira em hotéis;— E Janio de Freitas, mais uma vez, tenta livrar a cara de José Dirceu! Desta vez, sem temer o ridículo!;— O estelionato eleitoral do PT é de tal sorte que partido se obriga a esconder até uma decisão acertada, ainda que tardia. Veja por quê;— Dilma repete decretos de Lula e libera verbas “restritas” em período eleitoral; Que os policiais que mataram indevidamente sejam punidos. Para que se possa honrar uma PM que salva milhares de vidas. Ou: O dia em que O Globo e o Estadão deram trela a uma mentira asquerosa;— Advocacia-Geral da União faz a coisa certa e põe ordem na bagunça das demarcações das terras indígenas; Funai e o indianismo do miolo mole reclamam, é claro!
























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