PRIMEIRAS DA TARDE-20-6-12

BLOG DO CORONELEAKS

Haddad: 100% de rejeição.

O advogado Pedro Dallari recusou convite para ser o vice de Fernando Haddad (PT) em São Paulo. Filiado ao PSB, Dallari é amigo de Haddad, mas também muito próximo da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que nessa terça-feira, 19, desembarcou da vice após a repercussão da ida do PT à casa do deputado Paulo Maluf para acertar o apoio do PP à chapa petista. Leia mais aqui.
 

Lula, o homem crise.

Comentário: Lula, sem a faixa presidencial no peito, virou um tiro no pé para o PT. Onde põe a mão, abre uma crise. Começou com a CPI do Cachoeira, passou pela indicação de Haddad, preterindo Marta Suplicy  que tinha mais de 30% de pretensões de voto, destruiu o partido no Recife e, agora, comanda uma aliança com Maluf, pessoalmente, com direito à foto e gargalhadas, levando Erundina a desistir de ser vice. Lula é o homem crise.

Um dia depois da feijoada que selou o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP), o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, perdeu a sua vice. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), 77, abandonou ontem a chapa em protesto contra a aliança com o ex-rival. A decisão agrava a crise na campanha petista, que passou a enfrentar cobranças de sua própria militância e terá que correr em busca de um substituto para a ex-prefeita.

Em reunião com a cúpula do PSB em Brasília, Erundina disse que não aceitava a ligação com Maluf, a quem acusou de corrupto e aliado da ditadura militar. Ela reclamou das fotos do ex-prefeito ao lado de Haddad e do ex-presidente Lula, que articulou o acordo para ampliar o tempo de TV de seu afilhado em 1min35s. Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, deram aval ao rompimento. Disseram a aliados que a permanência da vice causaria mais problemas a Haddad que sua saída. "Se ela permanecesse, seria crise todo dia. Ela seria sempre questionada sobre a presença de Maluf. Seria um ponto permanente de instabilidade", afirmou Campos.

A ex-prefeita disse ao portal G1 que deixa a chapa, mas vai "continuar apoiando a candidatura" de Haddad. O petista acompanhou o encontro à distância e soube do desfecho por telefone. Ele lamentou a saída de Erundina, mas disse que ela já sabia da negociação com Maluf ao ser anunciada como sua candidata a vice, na sexta-feira. "Estou muito confortável com o telefonema do Eduardo [Campos], embora lamente a decisão da companheira Erundina", afirmou Haddad. "Eu não gostei. Gostaria que ela permanecesse."

Ele disse não se arrepender da aliança com o ex-prefeito e repetiu o argumento de que o PP integra a base de apoio ao governo Dilma Rousseff. "Como um partido que apoia o governo federal pode não servir para nos apoiar no plano municipal? Não faz o menor sentido do ponto da democracia moderna." Antes de se reunir com Erundina, Campos consultou Haddad sobre a hipótese de retirar a indicação da vice. O petista disse que desejava a permanência dela e pediu ao aliado que a convencesse de aceitar o acordo com o PP. A ex-prefeita ficou irredutível e reconheceu que sua permanência causaria novos problemas à campanha.

Haddad disse não ter um "plano B" para substituir a socialista. Só descartou um vice do PP de Maluf. À noite, eram cotados o advogado Pedro Dallari e a deputada Keiko Ota, ambos do PSB. Corria por fora o ex-jogador Marcelinho Carioca, suplente de deputado pela sigla.  PC do B, que indicou a deputada estadual Leci Brandão, será consultado. O vereador Juscelino Gadelha (PSB) lamentou a saída de Erundina, mas disse que a posição dela foi minoritária no partido. "Vamos fazer campanha com o Maluf, sem problema nenhum." (Folha)
 
 
BLOG DO NOBLAT
 
Enviado por Bruno Lima Rocha -
20.6.2012
| 13h03m
Política

Lula, Maluf e a memória operária, por Bruno Lima Rocha

É senso comum afirmar que a política profissional é a arte da traição, uma carreira perfeita para traidores de classe ou ambas as opções, dentre dezenas de outras com péssima caracterização.
Ninguém precisa ser experto em análise política para deduzir que me refiro a aliança entre o pré-candidato do PT para a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad e o ex-prefeito e ex-governador e ex-candidato à Presidência pelo partido de apoio da ditadura militar, o engenheiro Paulo Salim Maluf (PP).
Longe de pensar em termos moralistas (embora um pouco de moral pública nunca faça mal), aponto para o tema da acumulação de forças através da memória histórica.
Luiz Inácio posar ao lado de Paulo Salim em fotos de difusão, celebrando a aliança de ocasião com o político mais internacional do Brasil além dele próprio (isto porque Maluf está na lista da Interpol), é uma chibatada na história recente do sindicalismo brasileiro em geral, e do operariado fabril em particular.
Para os que pensam ser exagero, trago a memória histórica como prova cabal. Em 1979, o então arenista, homem de confiança do regime de exceção, era justamente o governador dos paulistas, Paulo Maluf.
Como os pioneiros do sindicalismo autêntico devem se lembrar, São Paulo capital era território dos pelegos, capitaneados por Joaquinzão e seus herdeiros, os mesmos que vieram a organizar a Força Sindical e ocupar a pasta do Trabalho nos anos de Lula.
No ABC, o grupo autêntico construíra nova hegemonia, mas na capital a situação era mais dura para as oposições sindicais.
30 de outubro de 1979 é a data do martírio da liderança que poderia rivalizar com Lula nos anos seguintes. Santo Dias da Silva (Santo Dias), sindicalista negro e oriundo das Comunidades Eclesiais de Base foi assassinado pela Polícia Militar sob comando de Maluf.
O fato comoveu a cidade e o país, vindo a se eternizar no filme Eles não Usam Black-Tie (Leon Hírzman,1981), obra esta que é filmografia em qualquer curso de formação sindical e de movimento popular (eu mesmo já o apliquei em dezenas de oficinas).
Quando os analistas e acadêmicos estudiosos da política se perguntam os porquês da desmobilização da sociedade brasileira, esta referência simbólica pode ser uma boa pista. Infelizmente, o pragmatismo político (a maldita real politik) opera com a mesma virulência da ROTA dos tempos áureos do malufismo agora ressuscitado.
Santo Dias e centenas de outros, foram novamente assassinados, com a foto dos novos aliados, Lula e Maluf.

Bruno Lima Rocha é cientista político

Mãe do presidente da CPI desconhecia doação da Delta

PMDB confirmou repasse de R$ 50 mil para campanha da deputada Nilda Gondim (PB)
Marcio Allemand, O Globo
A deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB), mãe do senador Vital do Rêgo, presidente da CPI que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com parlamentares e empresários, virou protagonista de uma inoportuna coincidência. Numa das transferências de valores do partido para sua campanha em 2010 foram doados R$ 50 mil provenientes de repasses feitos pela Delta Construções.
Ao GLOBO, a deputada afirmou desconhecer ter recebido qualquer recurso da Delta e que as doações neste valor foram feitas pelo diretório nacional do PMDB.
Já o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, disse ao GLOBO que seu partido, assim como o PT, recebeu da Delta na época da campanha um total de R$ 1.150.00,00 e que este valor foi repassado para campanhas de todo o Brasil.
- A deputada Nilda Gondim realmente não teria como saber de onde veio a doação. Nem ela e nem os outros que também receberam dinheiro proveniente das doações da Delta. Foram muitos e eles poderiam ter recebido muito mais, aliás. E para nós, peeemedebistas, não há problema algum nisso - afirmou o senador.
Nilda, que está em seu primeiro mandato, garantiu que suas contas de campanha foram aprovadas e estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo levantamento não informa quem doou aos partidos, mas sim aos candidatos.
- Não conheço a Delta, nunca recebi nada desta empresa e nem nunca vi este senhor (Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora).
Leia mais em Mãe do presidente da CPI desconhecia doação da Delta 

PF investiga telefonemas suspeitos para sócio de Carlinhos Cachoeira

Mulher de juiz Leão Aparecido Alves pode estar envolvida

O Globo

A Polícia Federal investiga o suposto envolvimento da mulher e de uma assessora do juiz Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal, no vazamento de informações da Operação Monte Carlo.
Leão, que deveria assumir o comando do processo contra o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, renunciou ao caso.
Nesta segunda-feira à tarde, ele alegou suspeição e se declarou impedido de ocupar o lugar que, até quinta-feira passada, era do juiz substituto Paulo Augusto Moreira Lima.
A polícia descobriu o envolvimento do nome da mulher de Aparecido Alves por acaso, quando rastreava um telefone flagrado em várias ligações para José Olímpio de Queiroga Neto, um dos principais sócios de Cachoeira.
Os policiais pediram autorização para acessar o extrato da conta e descobriram que entre os possíveis usuários do telefone estavam a mulher e uma auxiliar do juiz.
Numa conversa interceptada em fevereiro desse ano, Cachoeira menciona a operação que estaria sendo preparada em sigilo pela polícia e faz referência a uma mulher como suposta fonte da informação.
O vazamento teria chegado inicialmente a Queiroga. O empresário, um dos presos na Operação Monte Carlo, é acusado de controlar a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis no entorno do Distrito Federal em parceria com Cachoeira.
As ligações entre familiares de Leão Aparecido Alves e Queiroga são anteriores ao ingresso do empresário na exploração de jogos.
No final da noite de terça-feira, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador federal Mário César Ribeiro, designou o juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, como o novo responsável pelo processo envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira.




 
 

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