DA MÍDIA SEM MORDAÇA-MATINAIS-20-6-12

DIÁRIO DO NORDESTE

Após denúncias no BNB

Crescem relatos de irregularidades

20.06.2012

Nas últimas semanas, a associação de funcionários recebeu relatos de mais possíveis fraudes

Desde que vieram a público as recentes denúncias de fraudes no Banco do Nordeste do Brasil (BNB), através de matéria publicada na revista Época, no início do mês, o número de funcionários da instituição que têm apresentado relatos de novos indícios de irregularidades cresceu de forma expressiva.


Através de ligações ou conversas informais, funcionários têm tentado saber se a agência onde atuam está entre as investigadas pela auditoria Foto: Divulgação

De acordo com a presidente da Associação dos Funcionários do BNB (AFBNB), Rita Josina, a entidade tem recebido, nas duas últimas semanas, uma média de um relato ou questionamento, por dia, de funcionários a respeito de possíveis fraudes em suas agências. Antes, indica, a associação recebia uma média de um relato desse tipo por mês.

Contatos

Através de ligações, visitas ou conversas informais, diz, muitos funcionários têm procurado a associação para saber se a agência onde atuam está entre as investigadas pela auditoria do banco ou outros órgãos, uma vez que presenciam possíveis irregularidades. Outros, acrescenta, também estão aproveitando o momento para fazer novas denúncias e ampliar o leque de operações investigadas.

Ela explica que a associação não acompanha diretamente as investigações e, portanto, tem orientado os funcionários a procurar a comissão de ética, a ouvidoria ou a auditoria do BNB.

Contudo, ressalta, alguns funcionários não se sentem à vontade para apresentar denúncias a esses três mecanismos, por temerem represálias ou acreditarem que as denúncias não serão apuradas. Alguns denunciantes já procuraram a associação afirmando que, mesmo após terem apresentado indícios de irregularidades ao próprio banco, as denúncias foram arquivadas, embora os sinais que indicam fraudes tenham permanecido.

De todo modo, salienta, a associação não tomou conhecimento de nenhum caso em que um empregado fez uma denúncia e sofreu algum tipo de represália posteriormente. Segundo Josina, possíveis irregularidades têm sido levadas à associação por pessoas da Capital, do Interior e de outros estados. "Tem gente que chega com o caso de um colega de trabalho de determinado estado, por exemplo".

Sem comentários

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Banco do Nordeste para saber sobre a quantidade de denúncias que têm chegado à ouvidoria e auditoria. A instituição respondeu que "não pode comentar sobre denúncias recebidas nem sobre investigações em andamento, mas reafirma que todas as que chegam ao conhecimento oficial são objeto de investigação".

"A quantidade de investigações é uma informação reservada. O fato é que todas as denúncias foram e estão sendo devidamente tratadas através de sindicâncias internas e, quando cabível, resultam em processos administrativos disciplinares", informou, por e-mail.

Fraudes de R$ 3,8 mi são constatadas

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) reconheceu ontem a existência de fraudes que somaram R$ 3,8 milhões em Limoeiro do Norte. Ao todo, segundo informou a assessoria de imprensa da instituição, foram constatadas irregularidades em 199 operações no município. As irregularidades estão ligadas ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

"O Banco prestou informações aos órgãos de controle e fiscalização - CGU (Controladoria Geral da União) e Banco Central -, além da adoção das medidas adotadas no âmbito do próprio Banco do Nordeste", destacou a assessoria, por e-mail.

Ainda segundo o banco, "durante a sindicância, com a confirmação das irregularidades, foram aprovados pela diretoria, e imediatamente implementados, diversos aperfeiçoamentos nos processos de crédito, com vistas a mitigar os riscos da ocorrência de novos eventos da espécie. Além disso, a concessão de crédito através do Pronaf foi suspensa naquela agência".

Penalidades

A assessoria também informou que o encerramento da sindicância está previsto para o próximo mês. Depois dessa etapa, será aberto procedimento administrativo disciplinar, que avaliará a participação dos envolvidos e proporá a aplicação das penalidades devidas.

"Enquanto isso, eles permanecem atuando no Banco, mas afastados de suas funções originais, já que a punição a funcionário somente poderá ser realizada após a conclusão do procedimento administrativo disciplinar que venha a confirmar a realização de uma perda para a instituição", diz o e-mail. Conforme a instituição, o montante referente às operações hoje sob investigação "só será conhecido ao final das apurações".

Perdas

O Banco do Nordeste (BNB) já contabilizou perdas de R$ 67 milhões, dentre os R$ 100 milhões que teriam sidos desviados das funções contratadas em 24 operações de crédito realizadas pela instituição entre o fim de 2009 e início de 2011, conforme mostrou o Diário do Nordeste no último dia 14. A utilização dos recursos, empresas, clientes e funcionários envolvidos nas fraudes são objetos de investigação pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e pelo próprio banco.

JOÃO MOURAREPÓRTER


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Senador carioca
recebe diárias
para ir à Rio+20

Apesar de ter domicílio no Rio de Janeiro, o senador Eduardo Lopes (PRB) recebeu R$ 5,2 mil do Senado para se hospedar na capital carioca entre os dias 13 e 22 deste mês, para participar da Rio+20. O valor de cada diária gira em torno de R$ 581. O senador alegou ter recebido “automaticamente” o dinheiro, assim como outros que participam do evento, mas prometeu abrir mão da verba extra.

País de Lula

O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ficou perplexo com Lula e Maluf de mãos dadas: “Mas que País é este?”, perguntou a colegas.

Mais do mesmo

Os presidentes do PT, Rui Falcão, e do PMDB, Valdir Raupp (RO), acertaram ontem a aliança para o segundo turno em São Paulo.

Babilônia é aqui

Os jardins da nova sede do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, vão custar R$ 308.703,09 ao contribuinte. Imaginem o valor da obra.

Pesquisa em Goiânia: 69,9% querem
Demóstenes cassado

Pesquisa realizada pelo Instituto Mark no município de Goiânia (GO), entre 15 e 17 deste mês, mostra que para 69,9% dos entrevistados o senador Demóstenes Torres deve ser cassado. O senador é defendido por 15,70% dos ouvidos, que defendem a preservação do mandato. Outros 14,5% não souberam ou não quiseram opinar. A pesquisa ouviu 607 eleitores e foi registrada no TRE sob o nº GO-00047/2012.

Lixo monitorado

O lixo atômico do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, escolheu a dedo sua comitiva para a Rio+20: pelo menos um atual e cinco ex-assessores diretos dele têm mandados de prisão da Interpol, por conexão com o atentado a bomba que há 18 anos matou 85 pessoas em Buenos Aires.

Boa companhia

O ministro iraniano da Defesa, Ahmar Vahdi, o ex-presidente do país dos aiatolás Akbar Hashemi Rafsanjani, e mais seis ex-ministros, fazem companhia a Paulo Maluf no site da Interpol. Tutti buona gente.

Abominável

Deputado campeão de votos no DF, Chico Leite (PT) desabafou no Twitter contra a “abominável” aliança Haddad-Maluf em São Paulo. “Posso até perder todas as eleições, mas jamais perderei a dignidade”.

Ele, o cara

Romeu Tuma Jr está impressionado com a coerência de Lula, em cujo governo foi secretário de Justiça: “Ele barrou Marta prometendo renovação e lançou Erundina e Maluf juntos! É o cara mesmo. De pau!”

Gastos secretos

A Petrobras foi a única das estatais a negar à ONG Contas Abertas seu programa de gastos em 2011 e 2012, apesar da vigência da Lei de Acesso à Informação. Alegou que, “por decreto”, não pode divulgar.

Fim da democracia

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, reagiu à decisão do juiz Paulo Moreira Lima, da Operação Monte Carlo, de sair do País por uns tempos, após sofrer ameaças: “Se juízes se exilarem por medo de represálias, estará se decretando o fim da democracia brasileira".

Desagravo cearense

A confraria dos cearenses em Brasília reúne-se no dia de São Pedro, 29 (sexta-feira), para homenagear em almoço o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alvo de criticas do PT e aliados.

Pensando bem...

...além da Interpol, Maluf também tem o pé-frio do Lula no encalço dele.


BLOG DO REINALDO AZEVEDO

 Foto de Lula e Maluf provocou repulsa, afirma Erundina

Por Christiane Samarco, no Estadão:

A deputada Luiza Erundina (PSB) afirmou nessa terça-feira, 19, que a foto em que Lula e Fernando Haddad aparecem ao lado de Paulo Maluf nos jardins da casa do deputado do PP em São Paulo “provocou repulsa”. “Fui bombardeada nas redes sociais”, afirmou a deputada federal, ao comentar decisão de não aceitar mais ser vice do petista na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
A foto do ex-presidente Lula com o deputado Paulo Maluf nos jardins pesou na decisão?
A aliança com esse sistema político exaurido que está aí é norma mesmo quando não há identidade ideológica. Mas a foto provocou repulsa, uma reação em cadeia. Fui bombardeada nas redes sociais.
Lula agiu mal ao fazer o gesto de visitar o ex-prefeito Maluf em sua casa?
O gesto de Lula foi ruim. Nós que temos história de militância temos responsabilidade de qualificar o processo eleitoral, temos que ter um cuidado para não estragarmos a prática política.
O que a senhora quis sinalizar com a sua saída da chapa?
Engrandecer este homem no momento em que queremos passar a limpo o regime militar, o regime da ditadura, não dá, não dá. O Maluf atuou na ditadura e quando eu fui prefeita, 22 anos atrás, encontrei uma vala clandestina no cemitério de Perus, com 1049 corpos, sendo cinco corpos de desaparecidos políticos… Subir no palanque com ele, não vou.
Não dava para permanecer na chapa…
Não permanecer na chapa é não aceitar a lógica política do vale-tudo que predomina no país todo. Isso só se resolve com reforma política, mas política tem um simbolismo. Eu faço política com uma preocupação de ordem pedagógica. Tanto podemos educar como deseducar. Nós da geração que está passando não podemos aceitar práticas políticas condenáveis que afastem a juventude do processo político.
(…)

Lula de braços dados com o “símbolo da pouca-vergonha nacional”

Leia editorial do Estadão:

A vingança maligna de Maluf

Perto das imagens que estavam ontem na primeira página dos principais jornais do País, o fato de o PT de Lula ter ido buscar o apoio do PP de Paulo Maluf à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo chega a ser uma trivialidade. O chocante, pela abjeção, foi o líder petista se dobrar à exigência de quem ele já chamou de “ave de rapina” e “símbolo da pouca-vergonha nacional”, indo à sua casa em companhia de Haddad, e posar em obscena confraternização, para que se consumasse o apalavrado negócio eleitoral.
Contrafeito de início, Lula logo silenciou os vagidos íntimos de desconforto que poderiam estragar os registros de sua rendição e cumpriu o seu papel com a naturalidade necessária, diante dos fotógrafos chamados a documentar o momento humilhante: ria e gesticulava como se estivesse com um velho amigo, enquanto o anfitrião, paternal, afagava o candidato com cara de tacho. Da mesma vez em que, já lá se vão quase 20 anos, colocou Maluf nas “nuvens de ladrões” que ameaçavam o Brasil, Lula disse que ele não passava de “um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão”. Nunca antes - e talvez nunca depois - o petista terá errado tanto numa avaliação.
Criatura do regime militar, desde então com uma falta de escrúpulos que o capacitaria a fazer o diabo para satisfazer as suas ambições de poder, prestígio e riqueza, Maluf aprendeu a esconder sob um histrionismo não raro grotesco a sua verdadeira identidade de homem que calculava. As voltas que o País deu o empurraram para fora do proscênio - menos, evidentemente, no palco policial -, mas ele soube esperar a ocasião de mostrar ao petista quem era o bobo alegre. A sua vingança, como diria o inesquecível Chico Anísio, foi maligna. Colocou de joelhos não o Lula que desceu do Planalto para se jogar nos braços do povo embevecido, deixando lá em cima a sucessora que tirara do nada eleitoral, mas o Lula recém-saído de um câncer e cuja proverbial intuição política parece ter-se esvanecido.
Nos jardins malufistas da seleta Rua Costa Rica, anteontem, o campeão brasileiro de popularidade capitulava diante não só de sua bête noire de tempos idos, mas principalmente da patologia da sua maior obsessão: desmantelar o reduto tucano em São Paulo, primeiro na capital, na disputa deste ano, depois no Estado, em 2014, para impor a hegemonia petista ao País com a reeleição da presidente Dilma ou - por que não? - a volta dele próprio ao Planalto, “se a Dilma não quiser”. Lula não é o único a acreditar que, em política, pecado é perder. Mas foi o único a dizer, em defesa das alianças profanas que fechou na Presidência, que, se viesse a fazer política no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas.
Não se trata, portanto, de ficar espantado com a disposição de Lula de levar a limites extravagantes o credo de que os fins justificam os meios. O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior.
Lula talvez não se dê conta de que a maioria das pessoas não é como ele: respeita quem se respeita e despreza os que se aviltam, ainda mais para ganhar uma eleição. Ele tampouco se lembrou de que, em São Paulo - berço do PT -, curvar-se a Maluf tem uma carga simbólica incomparavelmente mais pesada do que adular até mesmo um Sarney, por exemplo. Não se iluda o ex-presidente com o recuo da companheira de chapa do candidato, a ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB. Ontem ela desistiu da candidatura a vice, como dera a entender na véspera ao dizer que “não aceitava” a aliança com Maluf. Razões outras que não o zelo pela própria biografia podem tê-la compelido, no entanto, a continuar apoiando Haddad. Já os eleitores de esquerda são livres para recusar-lhe o voto pela intolerável companhia.


BLOG DO JOSIAS


Texto do TCU fulmina fama de gestora de Dilma


O Tribunal de Contas da União enviou ao Congresso um relatório que aniquila a decantada fama de boa gestora atribuída a Dilma Rousseff. O texto analisa as contas do governo referentes a 2011, primeiro ano da administração da sucessora de Lula. Aponta problemas gerenciais em vários setores do governo.
Graças à debilidade gerencial, apenas 20% das ações prioritárias previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias foram efetivamente executadas. O texto foi entregue ao presidente do Senado e do Congresso, José Sarney. Redigiu-o o ministro José Múcio Monteiro.
O mesmo José Múcio que, antes de ser alçado a uma poltrona do TCU, serviu ao governo Lula como ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Nessa época, Dilma respondia pela Casa Civil.
No pedaço do relatório dedicado à análise da qualidade dos gastos públicos, o TCU revelou um quadro preocupante. Identificou deficiências de planejamento e de monitoramento das ações do governo.
Realçou que o Orçamento da União traz na rubrica de ‘restos a pagar’ somas muito altas. Uma evidência de que a execução de projetos que deveriam ter sido implementados no ano passado foram postergados para 2012.
Sugere-se no documento que o governo faça o óbvio: municie-se de indicadores capazes de aferir com precisão a eficiência de suas ações. Recorda-se no texto que foi criado em 2010 o SIC (Sistema de Informação de Custos). O tribunal manifesta a esperança de que a coisa funcione.
Detectaram-se problemas no ritmo de execução das obras do PAC. Por exemplo: prevista inicialmente para 2014, a conclusão de empreendimentos como a hidrelétrica de Belo Monte e o Trem-bala, foi empurrada para 2019.
Num instante em que o PIB, roído pela crise financeira internacional, clama por investimentos, o TCU constatou que os atrasos no PAC não são isolados. Na transição do PAC 1 de Lula para o PAC 2 de Dilma, reprogramaram-se os prazos. Nas obras do estratégico setor de transportes, por exemplo, houve um adiamento médio de 437 dias por ação.
Deve-se o fenômeno, na avaliação do TCU, à incapacidade do governo de gerir obras de vulto. Os projetos básicos, usados como referência nas licitações, são precários. Em consequência, as obras ficam sujeitas a revisões que esticam o cronograma e elevam os custos.
O documento do TCU apontou problemas gerenciais também nas obras da Copa-2014 –“situações não condizentes com o planejamento e os cronogramas traçados.” Afora o risco de elevação do custo dos projetos, menciona-se a possibilidade de alguns deles não serem concluídos a tempo.
O relatório anota um dado alvissareiro: até maio de 2012, a correção de erros detectados na execução das ações governamentais produziu uma economia para o Tesouro de cerca de R$ 500 milhões. O diabo é que a economia é atribuída ao esforço dos auditores do tribunal, não à prevenção do governo.
O TCU menciona ainda problemas nas concessões do setor elétrico. Mercê da falta de planejamento, ainda não foram definidas as diretrizes que nortearão a renovação de contratos que expiram em 2015. Envolvem 37 das 63 distribuidoras de energia do país. Estão em jogo 18% de toda a geração de energia elétrica do país e 84% da rede básica de transmissão.
Não é só: aponta-se a ausência de consolidação dos planos setoriais do setor de transportes. Encontram-se pendentes de conclusão o Plano Aeroviário Nacional, o Plano Nacional de Logística Portuária e o Plano Hidroviário Estratégico. Dessas iniciativas depende, no dizer do TCU, “o equilíbrio da matriz de transporte de cargas.”
Há mais: o ano de 2011 chegou ao fim sem que o governo tivesse trazido à luz os planos de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Coisas previstas na Constiuição. Na linguagem empolada do relatório, a ausência de tais planos impede o governo de agir “de forma organizada e pautada por diagnósticos e objetivos acurados, com a identificação adequada das necessidades de cada área e das ações que possam contribuir para atendê-las.”
Há pior: pelas contas do TCU, a renúncia de receita do governo cresceu em 2011 notáveis 30%. Foi à casa dos R$ 187,3 bilhões. Uma cifra que ultrapassa a soma dos gastos nas áreas de saúde, educação e asssitência social.
Tudo isso sem que o governo disponha de indicadores capazes de medir a eficiência da aplicação dos benefícios fiscais e o impacto da renúncia no crescimento da economia.
O relatório sugere à Casa Civil, hoje chefiada pela senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que se preocupe com um detalhe adicional sempre que enviar ao Congresso projetos ou medidas provisórias que concedam novos benefícios tributários ou elevem os já existentes. Convém incluir nas propostas, ensinou o TCU, metas e indicadores que permitam avaliar os efeitos dos benefícios.
Tomado em seu conjunto, o documento do TCU converte em lero-lero eleitoral aquela pregação segundo a qual Dilma irradiaria para todo o governo a suposta genialidade gerencial que levou Lula a escolhê-la como sua candidata na sucessão de 2010.


 

 














  

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