DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 16-6-12
BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Voltei
Não que fosse exatamente um mistério, não é? Mas agora estão aí os detalhes da cadeia de eventos que resultou na não convocação de Cavendish. Nunca antes na história destepaiz uma Comissão Parlamentar de Inquérito se acovardou de maneira tão vexaminosa.
BLOG DO EGÍDIO SERPA
Os articuladores da PEC do Supremo negam que a
intenção seja rever no futuro decisões como a eventual condenação dos
réus do Mensalão.
Outro brasileiro
Depois do rumoroso caso de Marco Archer,
noticiado em primeira mão nesta coluna em 2004, mais um brasileiro
poderá pegar pena de morte na Indonésia por contrabando de cocaína. As
autoridades locais só revelaram a iniciais R.B.F: ele foi pego em Bali
após a apreensão no aeroporto da droga, avaliada em US$ 525 mil, numa
mochila. Marco Archer foi preso com 13,4kg de cocaína escondidos em sua
asa-delta.
Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, também foi
condenado à morte, apesar dos apelos do Brasil para comutar a pena em
prisão perpétua.
Militares da ativa e da reserva convocam
“panelaço” no domingo (17) na praia de Copacabana, contra “a quadrilha
asquerosa no poder”.
A investida no apoio de Paulo Maluf (PP) à
chapa petista Haddad-Erundina à prefeitura de São Paulo coincide com o
relatório do Banco Mundial, que inclui Maluf nos 150 casos de corrupção
internacional.
O PT já se movimenta para tirar do PMDB a
liderança do Governo no Senado, diante a iminência de o senador Eduardo
Braga (PMDB-AM) deixar o cargo para disputar a prefeitura de Manaus.
Os adeptos da candidatura rejeitada do
petista João da Costa à prefeitura de Recife apelidaram o presidente do
partido, Rui Falcão, de Rui “Facão”. Costa ameaça, mas ainda não foi à
Justiça contra o veto.
O voto da deputada Íris de Araújo (GO),
favorável à convocação de Fernando Cavendish (Delta) para depor na CPI,
criou problemas para ela no PMDB. É que seu partido teme que as
denúncias respinguem no governador do Rio, Sérgio Cabral, de quem o
empresário é amigo.
BLOG DO CORONELEAKS
Odair Cunha é o Cascatinha, o meu garoto do PT...Com os trabalhos da CPI do
Cachoeira em baixa, o relator Odair Cunha (PT-MG) vai se dedicar, na semana que
vem, a um treino intensivo com delegados da Polícia Federal e promotores para
aprender a inquirir os depoentes. As "aulinhas" vão acontecer depois
dos depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do
Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que evidenciaram a falta de traquejo de
Cunha.
247
Preso desde o dia 29 de fevereiro deste ano, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, obteve pouquíssimas vitórias na Justiça até agora, embora tenha contratado um dos advogados mais caros do País: o criminalista Marcio Thomaz Bastos, ao custo de R$ 15 milhões. Em praticamente todas as decisões favoráveis, a assinatura nos despachos foi do desembargador Tourinho Neto.
A primeira dessas decisões aconteceu no dia 17 de abril, quando Cachoeira conseguiu deixar o presídio de segurança máxima em Mossoró (RN) e foi transferido para Brasília. Juiz responsável pela decisão? Tourinho Neto.
Três dias atrás, Tourinho Neto tomou também a primeira decisão para, eventualmente, sacramentar a morte da Operação Monte Carlo. Relator de um pedido de habeas corpus apresentado por Thomaz Bastos, ele considerou as escutas ilegais.
Segundo Tourinho Neto, o delegado encarregado da investigação, Matheus Mella Rodrigues, fundamentou o pedido de interceptações em denúncias anônimas. "Não se pode haver a banalização das interceptações, que não podem ser o ponto de partida de uma investigação, sob o risco de grave violação ao Estado de Direito", disse ele.
O julgamento será retomado na terça-feira e se os demais magistrados acompanharem o relator, o trabalho dos policiais será atirado no lixo. Curiosamente, Cachoeira, notório por sua indústria de grampos ilegais, tenta se safar questionando a legalidade dos grampos da polícia.
Tourinho Neto também tomou outra decisão favorável a Cachoeira, no dia 13 deste mês, ao mandar desbloquear os bens do laboratório farmacêutico Vitapan, que está em nome de sua ex-mulher, Adriana Aprígio – o pagamento dos honorários de Thomaz Bastos passa pela indústria farmacêutica de Anápolis (GO).
Tourinho Neto é desafeto da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, e é também visto com ressalvas por certas alas da Polícia Federal e do Ministério Público. Sua decisão de hoje, no entanto, não garante a liberdade de Cachoeira, porque ele ainda está em preso em função de outra operação da Polícia Federal, a Saint-Michel, cujo habeas corpus ainda não foi julgado.
O Globo
O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu nesta quinta-feira abertura de processo para investigar o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho e Emprego (MTE) Carlos Lupi, por improbidade administrativa.
Também foram ajuizadas ações contra o ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego Ezequiel Sousa do Nascimento e o ex-assessor do gabinete de Lupi, Weverton Rocha Marques de Sousa. Outro requerido pelo MPF é Adair Meira, responsável por ONGs beneficiárias de convênios com o MTE.
Caso sejam condenados, eles podem perder os direitos políticos, ficar impedidos de firmar contratos com o poder público e de receber benefícios e incentivos fiscais, além de pagar multa.
A ação contra Lupi foi originada por representação feita pelo deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) e pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), baseada em reportagem de novembro de 2011, que informava que o ex-ministro teria usado avião pago por Meira em viagem oficial ao Maranhão, em dezembro de 2009.
A apuração do MPF-DF comprovou que o aluguel da aeronave custou R$ 30 mil, pagos pela entidade sem fins lucrativos Centro de Estudos e Promoção Social (Cepros), com cheques assinados pelo próprio Adair Meira. Essa entidade possui o mesmo cadastro de outra ONG administrada por Meira, que firmou convênio com o MTE. Questionado pelo Ministério Público, o partido de Lupi, o PDT, declarou não ter custeado as despesas do aluguel do avião.
Segundo o MPF-DF, foi comprovada também existência de interesse por parte de Adair Meira em ações ou omissões do MTE. Ele possui 11 entidades vinculadas a seu CPF e, dessas, duas mantêm ao menos nove convênios com o Ministério do Trabalho. Na ação, o Ministério Público ressalta, ainda, que a maioria dessas parcerias foi firmada após essa viagem.
COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O que será que ele está vendo?, intrigaram-se nesta quinta-feira incontáveis leitores da Folha confrontados com a foto na primeira página. A expressão superlativamente embevecida do deputado federal Jilmar Tatto grita que o líder da bancada do PT está cruzando, a bordo de um floco de nuvens multicoloridas, a difusa fronteira que separa o deslumbramento do êxtase. O que faz bater em descompasso o coração do companheiro?
Os olhos rútilos e os lábios trêmulos, na grande imagem de Nelson Rodrigues, avisam que Jilmar está grávido de admiração, orgulho e felicidade. Ou euforia, sugerem as mãos que batem palmas. O que estará acontecendo? O grupo de candidatas a miss em visita a seu gabinete resolveu homenageá-lo com um striptease coletivo? A ex-primeira dama Carla Bruni irrompeu no plenário para sussurrar-lhe que topa trocar Paris por Brasília? Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, apareceu de repente para comunicar que só aceitará depor na CPI se tiver a seu lado, e de mãos dadas, aquele parlamentar tão sensível?
Nada disso. Jilmar ficou assim sem que fosse apresentado a alguma singularidade assombrosa. Para exibir essa cara de palerma apaixonado, bastou-lhe testemunhar, sentado na fila do gargarejo da CPI, o momento em que o governador Agnelo Queiroz propôs a quebra do sigilo telefônico, bancário e fiscal já quebrado pelo Supremo Tribunal Federal. “Você é nosso e nós somos teu”, parece murmurar a fisionomia do líder do PT. O recado endereçado a Sérgio Cabral pelo torturador gramatical Cândido Vaccarezza é a mais perfeita tradução da CPI de araque.
Reveja a foto no alto da página. Contemple sem pressa a imagem que levou Jilmar Tatto a flutuar na estratosfera. Fica mais fácil entender por que a CPI do Cachoeira virou uma chanchada pornopolítica que finge investigar coadjuvantes para manter longe da cadeia os protagonistas de outro escândalo calculado em bilhões de reais. O deputado Miro Teixeira tem razão: abstraídos os raríssimos homens honrados, o que se vê é um duelo travado por tropas do cheque tão patéticas e desprezíveis quanto as velhas tropas de choque.
Governistas e oposicionistas aplaudem os bandidos de estimação e fazem de conta que estão bravos com os meliantes do lado de lá. A simulação ficou perigosa depois que a cachoeira desaguou na Delta. Nesta quinta-feira, o PT e a base alugada se juntaram para conjurar o perigo e excluíram Fernando Cavendish da lista de depoentes. Melhor encerrar os trabalhos antes que o Brasil inteiro enxergue na CPI o que ela é: uma Confraria dos Pilantras e Idiotas. Ou um Congraçamento de Políticos Imorais.
“Está claro que convocar o Cavendish é trazer para a CPI todas as empreiteiras”, diz um parlamentar do PT
Fernando
Cavendish esteve em Brasília e deixou claro a uma parlamentar: se for
transformado em bode expiatório, revelará o esquema de laranjas que
atende a todas as empreiteiras que negociam com o governo e que
financiam políticos. O recado foi passado adiante, e a CPI decidiu não
convocá-lo. Não guarde essa informação só pra você!
*
A CPI instalada para apurar o escândalo que tem — ou tinha —no centro o bicheiro Carlinhos Cachoeira produziu, nesta semana que termina, ela própria, um novo escândalo: deixou de convocar Fernando Cavendish, o dono da Delta. Reportagem de Daniel Pereira e Adriano Ceolin na VEJA que começa a chegar hoje aos leitores explica os motivos. Leiam trechos. A íntegra está na edição impressa da revista. Volto depois.
*
A CPI instalada para apurar o escândalo que tem — ou tinha —no centro o bicheiro Carlinhos Cachoeira produziu, nesta semana que termina, ela própria, um novo escândalo: deixou de convocar Fernando Cavendish, o dono da Delta. Reportagem de Daniel Pereira e Adriano Ceolin na VEJA que começa a chegar hoje aos leitores explica os motivos. Leiam trechos. A íntegra está na edição impressa da revista. Volto depois.
(…)
No mesmo dia em que a CGU anunciou a punição à Delta, [Fernando] Cavendish esteve em Brasília. Numa conversa com um parlamentar de quem é amigo, ele disse que não apenas a Delta, mas a maioria das grandes empreiteiras paga propina a servidores públicos e políticos em troca de obras e aditivos contratuais.
No mesmo dia em que a CGU anunciou a punição à Delta, [Fernando] Cavendish esteve em Brasília. Numa conversa com um parlamentar de quem é amigo, ele disse que não apenas a Delta, mas a maioria das grandes empreiteiras paga propina a servidores públicos e políticos em troca de obras e aditivos contratuais.
Cavendish
afirmou ainda que a Delta adotou o mesmo sistema que já era usado pelas
outras empreiteiras: para dificultar o rastreamento da propina,
repassava os recursos a empresas-laranja, que, posteriormente,
entregavam o pedágio a quem de direito. Sentindo-se injustiçado por ser o
único a expiar os pecados em público, Cavendish apresentou ao
parlamentar um conjunto de empresas-laranja que serviriam à Delta e às
concorrentes.
Ele nominou
sete empresas das áreas de engenharia e terraplenagem. Todas atenderiam
às empreiteiras de modo geral, repassando recursos destas a autoridades
que facilitam a obtenção de contratos em órgãos públicos. Todas
funcionam em São Paulo e têm como proprietário o empresário Adir Assad,
apesar de estarem em nome de pessoas como o técnico em refrigeração
Jucilei Lima dos Santos e de Honorina Lopes, sua mulher, ambos
encarnando o papel daquilo que os manuais de corrupção classificam como
laranja.
Cavendish
conhece como poucos Adir Assad — e os serviços prestados por ele. Há
duas semanas, VEJA revelou que a Delta repassou 115 milhões de reais a
empresas-laranja. Do total, 47,8 milhões abasteceram as contas da Legend
Engenheiros Associados, da Rock Star Marketing e da S.M. Terraplanagem,
que também são de propriedade de Adir Assad.
As sete
novas empresas de engenharia e de terraplenagem, segundo Cavendish,
fariam parte do mesmo laranjal a serviço da Delta e também de outras
grandes empreiteiras do país. O parlamentar que conversou com Cavendish
passou o relato adiante. Foi como se acendesse um rastilho de pólvora
que percorreu as bancadas do PMDB, PP, PR e PT. O recado foi entendido
como um pedido de solidariedade e, claro, como uma ameaça velada,
destinada a trazer novas empresas e parlamentares para o centro da
investigação.
“Está claro
que convocar o Cavendish é trazer para a CPI todas as empreiteiras”, diz
um graduado petista que votou contra a convocação do empreiteiro. Só
uma investigação acurada sobre a movimentação financeira das
empresas-laranja revelará se Cavendish blefa ou fala a verdade. O fato é
que, na semana passada, o empresário foi blindado apesar da fartura de
indícios que pesam contra ele. Além do relatório do Coaf, a própria CPI
já detectou que houve grande quantidade de saques em dinheiro, às
vésperas das eleições, nas tais empresas-laranja abastecidas pela Delta.
Uma planilha
em poder da comissão também revela que contas da empreiteira que
recebiam os recursos federais foram as mesmas que transferiram dinheiro
para uma empresa-laranja sediada em Brasília, agraciada com 29 milhões
de reais. Os parlamentares de oposição acreditam que encontraram o caixa
usado para subornar funcionários do governo federal.
(…)
(…)
Não que fosse exatamente um mistério, não é? Mas agora estão aí os detalhes da cadeia de eventos que resultou na não convocação de Cavendish. Nunca antes na história destepaiz uma Comissão Parlamentar de Inquérito se acovardou de maneira tão vexaminosa.
E fiquem
como outra informação: alguns governistas consideram que as convocações
do dono da Delta e de Luiz Antônio Pagot, ex-chefão do Dnit, são
inevitáveis. Tentam uma maneira — o problema é saber que compensação
poderia oferecer — de fazer com que depoimentos incômodos estourem como
bomba só no terreno da oposição. Até agora, não conseguiram encontrar a
fórmula. A razão é simples: o primeiro cliente da Delta é o governo
federal; o segundo é o governo do Rio; o terceiro é o de Pernambuco.
A Delta
tinha uma expertise e um método onde quer que operasse, entenderam? E,
anda a espalhar Cavendish, não eram práticas exclusivas de sua empresa.
Ele teria feito apenas o que todos, na sua área, fazem.
Ah, sim: a
convocação de Cavendish foi recusada por 13 a 16. Escreve VEJA: “Para a
definição do placar, foram decisivos dois parlamentares: o senador Ciro
Nogueira (PP-PI), que se alinhou à maioria, e o deputado Maurício
Quintella Lessa (PR-AL), que não participou da sessão. Soube-se depois
que Nogueira e Lessa haviam se encontrado na Semana Santa com Cavendish
num restaurante em Paris”.
Eles juram que foi um encontro casual. Quem duvidaria?
PS —
Leitor, você ainda se encontrará com Cavendish em Paris. Mas tenha o
bom senso e o bom gosto de não dançar com guardanapo na cabeça…
Post publicado originalmente às 6h48
Dilma não vê “luz no fim do túnel” da crise
Na Folha:
Diante de 23 governadores, a presidente Dilma Rousseff traçou um cenário preocupante para a crise internacional ao afirmar que ela tende a “se agravar” e que ainda não há luz no fim do túnel.”A luz no fim do túnel não está acesa. Isso tudo nós devemos à Zona do Euro e também à não recuperação dos Estados Unidos. É isso que leva o governo a aumentar as medidas para enfrentar a crise”, disse a presidente. Dilma chamou atenção para a eleição de amanhã na Grécia, que pode levar o país a deixar o euro.
Diante de 23 governadores, a presidente Dilma Rousseff traçou um cenário preocupante para a crise internacional ao afirmar que ela tende a “se agravar” e que ainda não há luz no fim do túnel.”A luz no fim do túnel não está acesa. Isso tudo nós devemos à Zona do Euro e também à não recuperação dos Estados Unidos. É isso que leva o governo a aumentar as medidas para enfrentar a crise”, disse a presidente. Dilma chamou atenção para a eleição de amanhã na Grécia, que pode levar o país a deixar o euro.
“A crise é
profunda e pode se aprofundar mais ainda com a eleição”, afirmou ela
durante a reunião no Palácio do Planalto em que anunciou uma linha de
crédito de R$ 20 bilhões para investimentos nos Estados — mais uma
medida para alavancar a economia brasileira. O ministro Guido Mantega
(Fazenda) falou, em tom de brincadeira e de alerta, que havia, sim, luz
no fim do túnel, mas que poderia ser uma locomotiva vindo no sentido
contrário devido à posição não cooperativa de bancos e países
desenvolvidos.
Dilma
afirmou ainda que o país não pode crescer “por soluços” e que está
tomando medidas para garantir a retomada do crescimento, como a redução
das taxas de juros. Ela aproveitou para citar frase do ex-ministro
Delfim Netto para tentar mostrar que, apesar da crise, o Brasil está
numa posição mais favorável. “Nós somos o último peru com farofa de Ação
de Graças do mundo. Como ainda temos uma elevada taxa de juros, temos
massa de manobra, que é a nossa ferramenta de enfrentamento dessa
crise.”
(…)
(…)
Dilma dá secretaria para homem de Maluf para que este apoie Haddad em SP
Por Thais Arbex, na VEJA Online:
O Diário Oficial da União
desta sexta-feira trouxe uma nomeação que pode mudar a composição de
forças — e o tempo no horário eleitoral gratuito de TV — na eleição
paulistana. O engenheiro Osvaldo Garcia foi nomeado secretário nacional
de saneamento ambiental do Ministério das Cidades, pasta comandada pelo
PP, o partido do deputado federal e ex-prefeito de São Paulo Paulo
Maluf. Garcia não é filiado ao PP, mas é próximo a Maluf.
A nomeação
ocorre depois de o PP ter anunciado, na noite de ontem, que poderia
desistir do apoio ao candidato tucano, José Serra, para apoiar o petista
Fernando Haddad. O secretário-geral do PP, Jesse Ribeiro, nega que a
nomeação esteja ligada à possibilidade de apoiar Haddad. A alegação
oficial do PP para deixar Serra é a pressão por parte do tucano para que
os partidos aliados formem chapa única na eleição proporcional — o que
limitaria o número de vereadores que o PP seria capaz de eleger. “Quando
anunciamos o apoio ao Serra, o combinado era que a chapa única seria
apenas para o PSDB, o DEM e o PSD”, explicou Jesse Ribeiro,
secretário-geral do PP. “Assim teríamos igualdade na disputa. Não
estamos exigindo a vice, nada. Só queremos que cumpram o que havia sido
combinado.”
Dono de
1min35s no horário de TV, o PP pode inverter o tempo de exposição dos
candidatos no programa eleitoral gratuito. Se Haddad realmente fechar
com o partido de Maluf e também com o PCdoB, passaria a ter 7min39s,
1min01s a mais do que José Serra.
BLOG DO EGÍDIO SERPA
Castelão: perguntas ainda sem resposta
Há duas perguntas ainda sem resposta:
1) Quanto custará a manutenção do estádio Castelão, um dos palcos da Copa do Mundo de 2014?
2) Como esse custo será bancado?
Na Copa das Confederações e na do Mundo, a Fifa bancará tudo.
O consórcio construtor da obra que planos tem?
Acredite: PT terá apoio de Maluf em SP
Da Folha de São Paulo: O governo federal
entregou ontem, 15, um posto-chave do Ministério das Cidades a um
afilhado do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para afastá-lo do pré-candidato
José Serra (PSDB) e atrair o apoio de seu partido a Fernando Haddad
(PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
O ex-prefeito virou alvo de disputa por causa do tempo de TV: é dono de 1min43s nos blocos de propaganda eleitoral. Ele já havia negociado adesão aos tucanos, mas recuou e prometeu anunciar sua decisão na segunda-feira. Ontem, no entanto, os petistas já tratavam como certo que ele apoiará Haddad.
“Estou fazendo uma aliança com o PP”, disse o pré-candidato após apresentar sua vice, Luiza Erundina (PSB). Haddad evitou citar o nome de Maluf, que deixou a prefeitura sob acusações de corrupção -que ele nega- e hoje está na lista de procurados da Interpol, sob risco de ser preso se tentar sair do país. Ao ser questionado se aceitaria dividir palanque com ele, o petista não respondeu.
O pré-candidato disse buscar apoio de todos os partidos que sustentam o governo Dilma Rousseff e admitiu a possibilidade de, se eleito, dar novos cargos a Maluf e ao PP. “Vamos ver quais são os quadros que eles têm”, disse.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
PEC faz do
Um grupo de senadores ligados ao
ex-presidente Lula articula discretamente uma Proposta de Emenda
Constitucional baseada em um princípio explosivo: estabelecer o próprio
Senado Federal como instância recursal ou revisora de decisões adotadas
pelo Supremo Tribunal Federal que envolvam matérias constitucionais. Na
prática, o Senado teria mais poderes que o próprio STF em decisões
judiciais.
Inspiram a futura “PEC do STF” a insatisfação
com decisões da Corte e o suposto arrependimento de Lula com algumas
indicações de ministros.
A PEC do Supremo recebe tratamento secreto. Senadores que articulam a mudança constitucional pediram para não serem citados.
O ex-prefeito virou alvo de disputa por causa do tempo de TV: é dono de 1min43s nos blocos de propaganda eleitoral. Ele já havia negociado adesão aos tucanos, mas recuou e prometeu anunciar sua decisão na segunda-feira. Ontem, no entanto, os petistas já tratavam como certo que ele apoiará Haddad.
“Estou fazendo uma aliança com o PP”, disse o pré-candidato após apresentar sua vice, Luiza Erundina (PSB). Haddad evitou citar o nome de Maluf, que deixou a prefeitura sob acusações de corrupção -que ele nega- e hoje está na lista de procurados da Interpol, sob risco de ser preso se tentar sair do país. Ao ser questionado se aceitaria dividir palanque com ele, o petista não respondeu.
O pré-candidato disse buscar apoio de todos os partidos que sustentam o governo Dilma Rousseff e admitiu a possibilidade de, se eleito, dar novos cargos a Maluf e ao PP. “Vamos ver quais são os quadros que eles têm”, disse.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
PEC faz do
Senado instância
de recurso ao STF
A vida como ela é
Maior moita
‘Nada a ver’
Randolfe: 'esta CPI está na berlinda'
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta sexta (15) à Coluna que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira está nas “48 horas mais difíceis” desde sua abertura. “Com a decisão de ontem de blindar a Delta e com a liminar concedida [ao Carlinhos Cachoeira] fica difícil. Esta CPI está na berlinda”, afirmou. Ao ser questionado sobre a possível soltura do contraventor, Randolfe disse que a CPI tem de exigir do judiciário garantias de segurança e de integridade para as testemunhas. “O senhor Cachoeira não vai, por exemplo, poder sair do país”, explicou. O bicheiro Carlinhos Cachoeira conseguir um habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 1º Região, porém, ainda tem outro mandado de prisão contra ele e o tribunal decidiu mantê-lo na papuda.
Outro brasileiro
preso com droga
na Indonésia
Saga brasileira
Panela vazia
Gênios
De olho na liderança
Faca amolada
Rebeldia goiana
BLOG DO CORONELEAKS
Dia nacional da facada nas costas.
O dia 15 de junho pode ser considerado o dia nacional da facada nas
costas. Geraldo Alckmin trai José Serra, não fazendo acordo com Paulo
Maluf, que corre para os braços de Fernando Haddad, pendendo o tempo de
TV para o lado do PT. Luíza Erundina é convencida por Eduardo Campos a
ser vice de Haddad e fica sabendo, em cima do palanque, que Maluf vai
fazer parte da coligação. Vital do Rêgo, presidente da CPI do Cachoeira,
do PMDB, é comunicado que, apesar da sua fidelidade equina, perdeu o apoio do PT
para eleger o novo prefeito da mais importante cidade do seu estado,
Campina Grande, Paraíba, justamente para o ministro das Cidades do PP de
Maluf, Aguinaldo Ribeiro, que recebeu uma Secretaria a mais para um
indicado do ex-prefeito paulistano. É pouco ou quer mais?
Casal 20 da CPI do Cachoeira.
Inauguração de ponte construída pela Delta contou com a presença do Casal 10 +10.
O senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, é casado com a deputada federal
Iracema Portella, do mesmo estado e partido. Os dois fazem parte da CPI
do Cachoeira. Os dois têm direito a voto. O casal esteve em almoço
suntuoso em finíssimo restaurante de Paris, patrocinado por Fernando
Cavendish, da Delta Construções, em abril passado, às vésperas da CPI.
fazem parte da Tropa de Cheque denunciada pelo deputado Miro Teixeira
(PDT-RJ). A Delta Construções tem obras de mais de R$ 141 milhões no
Piauí. A relação de obras pode ser conhecida aqui.
Cascatinha e Cachoeira.
"Vai ser um intensivão. Como não sou desse mundo da
investigação, é preciso fazer um treinamento de investigação, saber quais são
as técnicas", explicou o relator. "Não é esse negócio de pergunta e
resposta", disse. Assim como ele, os governadores também fizeram
intensivos para "fazer bonito" na CPI: Perillo treinou exaustivamente
com assessores sua fala na comissão, enquanto Agnelo foi preparado pela
profissional de mídia training Olga Curado.
O treinamento de Cunha na próxima semana será possível
porque a CPI vai dar uma parada nas sessões de depoimento e administrativas
para votar requerimentos. O motivo para o "recesso branco" é a
Conferência Rio +20 e as festas juninas, frequentadas principalmente por parlamentares
do Nordeste. Sem sessões, Odair Cunha pretende centrar o trabalho na análise de
documentos.
Integrantes da CPI pretendem reunir-se com o presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini, para reclamar da demora do envio de quebras
de sigilos bancário e fiscal. Também deverão se encontrar com a diretoria da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para solicitar o envio de
informações sobre o laboratório farmacêutico Vitapan, de propriedade da família
do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O recesso da semana que vem CPI vai servir para amainar os
ânimos na CPI. Nesta sexta, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR),
defendeu o desligamento de parlamentares da comissão que almoçaram, em Paris,
com o ex-presidente da Delta Construções Fernando Cavendish. O senador Ciro
Nogueira (PP-PI), que votou contra a convocação do empresário, e o deputado
Maurício Quintella (PR-AL) admitiram ter se encontrado com Cavendish, durante a
Semana Santa, na França, depois de uma viagem oficial a Uganda.
"O mais adequado seria os que estão sob suspeição
pedirem para sair da CPI", afirmou Dias. "O correto teria sido eles
se declararem impedidos de deliberar sobre o tema", disse o tucano. (Estadão)
BLOG DO NOBLAT
O polêmico juiz que mandou soltar Cachoeira
Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Tourinho Neto tem sido um dos poucos magistrados sensíveis às demandas do advogado Marcio Thomaz Bastos, contratado por R$ 15 milhões, no caso do bicheiro Carlos Cachoeira; conheça algumas de suas decisões247
Preso desde o dia 29 de fevereiro deste ano, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, obteve pouquíssimas vitórias na Justiça até agora, embora tenha contratado um dos advogados mais caros do País: o criminalista Marcio Thomaz Bastos, ao custo de R$ 15 milhões. Em praticamente todas as decisões favoráveis, a assinatura nos despachos foi do desembargador Tourinho Neto.
A primeira dessas decisões aconteceu no dia 17 de abril, quando Cachoeira conseguiu deixar o presídio de segurança máxima em Mossoró (RN) e foi transferido para Brasília. Juiz responsável pela decisão? Tourinho Neto.
Três dias atrás, Tourinho Neto tomou também a primeira decisão para, eventualmente, sacramentar a morte da Operação Monte Carlo. Relator de um pedido de habeas corpus apresentado por Thomaz Bastos, ele considerou as escutas ilegais.
Segundo Tourinho Neto, o delegado encarregado da investigação, Matheus Mella Rodrigues, fundamentou o pedido de interceptações em denúncias anônimas. "Não se pode haver a banalização das interceptações, que não podem ser o ponto de partida de uma investigação, sob o risco de grave violação ao Estado de Direito", disse ele.
O julgamento será retomado na terça-feira e se os demais magistrados acompanharem o relator, o trabalho dos policiais será atirado no lixo. Curiosamente, Cachoeira, notório por sua indústria de grampos ilegais, tenta se safar questionando a legalidade dos grampos da polícia.
Tourinho Neto também tomou outra decisão favorável a Cachoeira, no dia 13 deste mês, ao mandar desbloquear os bens do laboratório farmacêutico Vitapan, que está em nome de sua ex-mulher, Adriana Aprígio – o pagamento dos honorários de Thomaz Bastos passa pela indústria farmacêutica de Anápolis (GO).
Tourinho Neto é desafeto da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, e é também visto com ressalvas por certas alas da Polícia Federal e do Ministério Público. Sua decisão de hoje, no entanto, não garante a liberdade de Cachoeira, porque ele ainda está em preso em função de outra operação da Polícia Federal, a Saint-Michel, cujo habeas corpus ainda não foi julgado.
Ministério Público abre processo contra Carlos Lupi
Ex-ministro é acusado por ter feito viagem oficial em avião bancado por ONGO Globo
O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu nesta quinta-feira abertura de processo para investigar o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho e Emprego (MTE) Carlos Lupi, por improbidade administrativa.
Também foram ajuizadas ações contra o ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego Ezequiel Sousa do Nascimento e o ex-assessor do gabinete de Lupi, Weverton Rocha Marques de Sousa. Outro requerido pelo MPF é Adair Meira, responsável por ONGs beneficiárias de convênios com o MTE.
Caso sejam condenados, eles podem perder os direitos políticos, ficar impedidos de firmar contratos com o poder público e de receber benefícios e incentivos fiscais, além de pagar multa.
A ação contra Lupi foi originada por representação feita pelo deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) e pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), baseada em reportagem de novembro de 2011, que informava que o ex-ministro teria usado avião pago por Meira em viagem oficial ao Maranhão, em dezembro de 2009.
A apuração do MPF-DF comprovou que o aluguel da aeronave custou R$ 30 mil, pagos pela entidade sem fins lucrativos Centro de Estudos e Promoção Social (Cepros), com cheques assinados pelo próprio Adair Meira. Essa entidade possui o mesmo cadastro de outra ONG administrada por Meira, que firmou convênio com o MTE. Questionado pelo Ministério Público, o partido de Lupi, o PDT, declarou não ter custeado as despesas do aluguel do avião.
Segundo o MPF-DF, foi comprovada também existência de interesse por parte de Adair Meira em ações ou omissões do MTE. Ele possui 11 entidades vinculadas a seu CPF e, dessas, duas mantêm ao menos nove convênios com o Ministério do Trabalho. Na ação, o Ministério Público ressalta, ainda, que a maioria dessas parcerias foi firmada após essa viagem.
COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A cara de palerma apaixonado confirma que a CPI é uma Confraria dos Pilantras e Idiotas
O que será que ele está vendo?, intrigaram-se nesta quinta-feira incontáveis leitores da Folha confrontados com a foto na primeira página. A expressão superlativamente embevecida do deputado federal Jilmar Tatto grita que o líder da bancada do PT está cruzando, a bordo de um floco de nuvens multicoloridas, a difusa fronteira que separa o deslumbramento do êxtase. O que faz bater em descompasso o coração do companheiro?
Os olhos rútilos e os lábios trêmulos, na grande imagem de Nelson Rodrigues, avisam que Jilmar está grávido de admiração, orgulho e felicidade. Ou euforia, sugerem as mãos que batem palmas. O que estará acontecendo? O grupo de candidatas a miss em visita a seu gabinete resolveu homenageá-lo com um striptease coletivo? A ex-primeira dama Carla Bruni irrompeu no plenário para sussurrar-lhe que topa trocar Paris por Brasília? Andressa Mendonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, apareceu de repente para comunicar que só aceitará depor na CPI se tiver a seu lado, e de mãos dadas, aquele parlamentar tão sensível?
Nada disso. Jilmar ficou assim sem que fosse apresentado a alguma singularidade assombrosa. Para exibir essa cara de palerma apaixonado, bastou-lhe testemunhar, sentado na fila do gargarejo da CPI, o momento em que o governador Agnelo Queiroz propôs a quebra do sigilo telefônico, bancário e fiscal já quebrado pelo Supremo Tribunal Federal. “Você é nosso e nós somos teu”, parece murmurar a fisionomia do líder do PT. O recado endereçado a Sérgio Cabral pelo torturador gramatical Cândido Vaccarezza é a mais perfeita tradução da CPI de araque.
Reveja a foto no alto da página. Contemple sem pressa a imagem que levou Jilmar Tatto a flutuar na estratosfera. Fica mais fácil entender por que a CPI do Cachoeira virou uma chanchada pornopolítica que finge investigar coadjuvantes para manter longe da cadeia os protagonistas de outro escândalo calculado em bilhões de reais. O deputado Miro Teixeira tem razão: abstraídos os raríssimos homens honrados, o que se vê é um duelo travado por tropas do cheque tão patéticas e desprezíveis quanto as velhas tropas de choque.
Governistas e oposicionistas aplaudem os bandidos de estimação e fazem de conta que estão bravos com os meliantes do lado de lá. A simulação ficou perigosa depois que a cachoeira desaguou na Delta. Nesta quinta-feira, o PT e a base alugada se juntaram para conjurar o perigo e excluíram Fernando Cavendish da lista de depoentes. Melhor encerrar os trabalhos antes que o Brasil inteiro enxergue na CPI o que ela é: uma Confraria dos Pilantras e Idiotas. Ou um Congraçamento de Políticos Imorais.
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